









Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento discute as palavras-chaves importantes para o diagnóstico diferencial de diferentes tipos de icterícias, incluindo idade, sexo, sintomas como dor abdominal e testes laboratoriais como determinação de gama-globulina e testes de coagulação. O texto também discute as diferenças entre icterícias hepatocelulares e obstrutivas.
Tipologia: Notas de aula
Compartilhado em 07/11/2022
4.6
(158)172 documentos
1 / 16
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
As icterícias constituem o sinal mais evidente e objetivo de uma hepatopatia, além de constituírem um elemento a mais no quadro clínico de certas afecções bi- liares, bem como de certas hemopatias. E de tal modo a síndrome ictérica se a- vantaja na patologia do fígado que Von Bergmann temendo que, na sua ausên- cia, muitos processos hepáticos pudessem passar desapercebidos, julgou importante advertir contra a sua supervalorização. São ainda de hoje as palavras es- critas há mais de 30 anos por Me Nee- "there must be few sections of medicine around which a larger literature has grown up than the pathology of different forms of jaundice". Não há mister encarecer a importân- cia de uma correta diferenciação diagnós- tica das icterícias. Basta lembrar que duas orientações terapêuticas diametralmente opostas dela dependem. Ao clínico nem sempre é possível nu- ma primeira indagação formular um diagnóstico. Não poucas vezes é o curso da doença quem esclarece. E entretanto aqui a precocidade diagnóstica é de suma importância dada a possibilidade da in- terferência cirúrgica. Daí a necessidade de recorrermos a diferentes tipos de in- dagação serniótica. Não basta concluir por médica ou cirúrgica uma dada icte- rícia. Se cirúrgica, é essencial responder- mos pela oportunidade ou não da inter-
uma preceituação de ordem geral siste- matizada por Lord Moyniham - HSur- gery has been rnade safe for the patient; We must now make the patient safe for surgery." Na tentativa de esclarecer qualquer condição de icterícia, percorre o clínico
JORGE PEREIRA LIMA u
diferentes etapas. Estudemo-las separa- damente.
1 - Etapa clínica
A observação cuidadosa do paciente, o seu interrogatório minucioso, um exa- me físico adequado são capazes de esta- belecer em bases sólidas o diagnóstico pa- togênico das icterícias em 80 a 90% dos casos. Na grande maioria das vezes o pro- blema será distinguir urna icterícia he- pática de urna pos-hepática, uma vez que são raras e de diagnóstico relativamente facil as formas pré-hepáticas. Assim, em 931 portadores de icterícias estudados em 5 grandes instituições americanas - Mayo Clinic, Cook County Hospital, Mo- unt Sinai Hospital, Presbyterian Hospi- tal, Boston City Hospital, - quase 50% eram de icterícia médica. Apenas em 10 r;; compareceu o componente hemolí- tico. Essa mesma incidência das 3 formas de icterícia é reconhecida por Turnen, no tratado de Bockus. Entre os elementos que devem ser levados em consideração, citem-se:
a - Idade - Estatisticamente, a maioria dos casos de icterícia hepatoce- lular ocorre antes dos 40 anos. Depois dessa idade, a maioria pertence ao tipo cirúrgico.
b - Sexo - As formas crônicas de icterícia hepatocelular, p.ex., as cirroses, predominam no sexo masculino; ao con- trário, nas icterícias obstrutivas incom- pletas há predominância do sexo fe~i no. A incidência da icterícia pos-hepátlca completa é maior entre os homens que entre as mulheres.
130 ANAIS^ DA^ ~'ACULDADE^ D~:^ MEDICINA^ DE^ PóRTO^ ALEGHE
c- Dor abdominal- E' um dos ele- mentos de maior valor no diagnóstico di- ferencial das icterícias. Não é um sinto- ma proeminente nas formas hepáticas; nessa o desconforto epigrástico é muito mais freqentemente experimentado, mes- mo após os esforços. Há casos, no entan-
como uma tração, ora mesmo como uma cólica. Nas icterícias pos-hepáticas por li- tíase do colédoco a dor é típica. Não há necessidade de insistir nas suas caracte- rísticas. Mas o que deve ser lembrado, co- mo o faz Caroli, é que para que a dor te- nha valor na diferenciação diagnóstica ela deve preceder de 12, 24, no máximo 48 horas o aparecimento das icterícias. A dor é a regra nas icterícias por tu- mor de pâncreas. Nunca é demais insis- tir nesse ponto, uma vez que é crença geral que a icterícia sem dor é uma das principais características daquela provo- cada por um tumor de pâncreas. Berk, no Graduate Hospital de Filadélfia, fez um amplo inquérito entre estudantes do
Nas icterícias pré-hepáticas a dor é secundária à litíase pigmentar. Nessa si- tuação, uma cólica biliar típica pode de- senvolver-se.
d - Hipertemia - A hipertemia de início repentino, brusco, acompanhada de calafrios, precedendo de perto o apare-
cimento da icterícia é sinal. quase patog- nômonico de litíase do colédoco. No en- tanto, quando ela se desenvolve no de- curso mesmo da icterícia, perde um pou- co do seu valor como elemento de diag- nóstico diferencial, uma vez que com fre- quência a desenvolvem os tumores da pa- pi~a. E' rara a hipertemia do tipo des .. cnto nos tumores de pâncreas. Nas formas hepáticas de icterícia a ~ipertermia não atinge grau tão elevado,
pré-ictérico, desaparecendo com o desen- volvimento da icterícia.
e - Natureza dos distúrbios dig-esti- vos --::.Uma história dispéptica de longa d~u:aç8:o, eru~tações e náuseas pos-pran- dlms, 1;1tolerancia aos alimentos gordu- rosos, e fortemente sugestivo de doença vesicular crônica com consequente cofé- doco-litíase. A anorexia é saliente nas icterícias n~oplásicas. História recente de constipa- çao ou diarréia em icterícias de idade a.vançada faz pensar em metástase hepá- tica consequente a carcinoma de colon. Nas neoplasias panceáticas é de extraor- dinária importância o volume e o aspec- to das fezes. A incapacidade da absorção do teor proteico e lipídico do bolo alimen- · tar faz com que as matérias fecais sejam bastante volumosas c com aspecto aman- teigado. Distúrbios digestivos precedendo de uma ou poucas semanas a icterícia - tais c~mo. anorexia, náusea, desconforto cpi- gastnco, devem fazer pensar em hepati- te infecciosa.
mas pré-hepáticas não complicadas; pou- co frequente, e, se presente, de intensi- dade leve e de pequena duração nas for- mas hepatocelulares; nas formas hepa- tocanaliculares, o prurido pode ser in- tenso e duradouro, levantando a confu- são com as icterícias pos-hepáticas, com- pletas ou incompletas, onde, sobretudo naquelas, o prurido é frequente, persis- tente e severo.
g - duração - As icterícias de du- ração longa, de mais de 2 anos, sugerem uma forma pré-hepática, hemolítica, ou, então, uma forma obstrutiva intra-hepá- tica primária.
132
d - Aspecto da urina - De colora- cão normal nas formas pré-hepáticas, é escura (coluria) tanto nas formas hepá- ticas quanto pos-hepáticas.
e- Aspecto das fezes- Nas formas pré-hepáticas, a color.ação das fezes é normal ou mesmo mms escura; nas for-
desde o normal até o cinza claro. Nas for- mas obstrutivas, intra ou extra-hepática, de acôrdo com a maior ou menor obstru- ção, as fezes assumem aspecto, igll;~lm~n te variável desde o normal ate a Ja clas- sica "massa de vidraceiro". Numerosos outros aspectos poderiam ser discutidos. Assim, a presença de as- cite, circulação colateral, as a.ranh~s va~ culares, o eritema palmar, sltuaçoes to- das altamente sugestivas de uma forma hepatocelular de icteríci~ .. Uma palayr.a apenas em relação ao hallto dos hepatl- cos o ''fetor hepaticus" por alguns auto- res' considerado patognômonico de clau- dicação celular. Não é verda~e._ Bu!t e Mason, na mais completa rev1sao sobre o assunto, verificaram que o "fetor he- paticus" é também encontra_do nas for- mas obstrutivas, na proporçao de 2 d~ quelas para 1 dessas. E o seu ~:parec~ mento seria independente da billrrubi- nemia e da situação funcional do fígado.
2- Etapa laboratorial
A - Provas Funcionais
Não basta que se suspeite da causa de uma icterícia. E' imprescindível que se a confirme. Não basta que se julgue obstrutiva e se indique a cirurgia. E' in- dispensável conhecer se o fíga?o supo~· tará ou não a sua "prova funciOnal ma- xima que é o ato operatório". Para uma e outra situação recorre o clínico às cha- madas provas funcionais do fígado. Seu número é hoje já incontável. Dia a dia surgem provas ou te~te~ qu~ me~h~r per- mitam uma diferenc1açao dmgnostlca se- gura. Mas o que urge não é a descrição individual de cada uma, muito menos a sua avaliação. O que importa, segundo Popper, seria a sua organização em siste- mas ou perfís que permitam uma melhor análise do paciente, correlacionando a sua fisiologia anormal com as manifesta- ções clínicas.
ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PORTO At,EORE
Assim, de um lado temos as provas que indagam a função do parênquima: os testes de floculação, a prova do ácido hipúrico, a esterificação do colesterol, a serinemia e o complexo protrombínico. De outro lado, aquelas que provam a per- meabilidade canalicular - urobilinogê- nio fecal, a fosfatasemia alcalina, a coles-
nemia e a urobilinuria seriam índices de
tômica. A verificacão sistemática da bilirru- binemia em tÓ.rlo ictérico se impõe. E' a glicemia do diabético, no dizer de Eppin- ger. Não vamos entrar aqui em considera- cães a respe:ito do metabolismo da bilir- Í·ubina, nem na complexa discussão dos conceitos unicistas ou dualista da mesma, senão, apreciar tão somente o seu valor no diagnóstico diferencial das icterícias. Se é alta a bilirrubinemia total, man- tendo-se normal a fração que reage di- reta e imedialamente - bilirrubina que reage ao têrmo de 1 minuto (Malloy-E-
rícia pré-hepática. O aumento isolado da fração direta imediata, mantendo-se normal a bilirru- binemia total é uma das manifestações mais precoces da hepatite a vírus, mes- mo em rclacão aos testes de floculação. E mais, situação similar no declínio da icterícia a vints expressa a persistência da atividade do processo. No entanto, o fracionamento das bi- Jirrubinas não teria valor algum uma vez constituída a icterícia, no diagnóstico di- ferencial das formas hepáticas e pos-he- páticas. E' essa a nossa experiência em singular acôrdo aliás com os que de mais perto se têm dedicado ao problema. O valor da bilirrubinuria é bastante limitado. Na prática, a sua importância. fica reduzida às seguintes situações:
a --- nas formas pré-hepáticas, onde ela c;;tá au~;entc;
b - nas hepatites a vírus, onde ela surge no período pré-ictérico, servindo, pois, ao diagnóstico precoce;
c - nas hepatites a vírus na fase de declínio, onde ela desaparece antes mes- mo que os níveis bilirrubinêmicos atin- jam a normalidade.
ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PORTO ALEGRE
A apreciação da urobilinuria é um dos processos mais valiosos no reconhe- cimento de uma doença hepática. O seu valor diagnóstico mais do que qualquer outro teste repousa num exato conheci- mento de sua fisiologia. Formada no in- testino à custa da reducão bactérica da bilirrubina, parte é excrétado com as fe- zes e parte é reabsorvido, chegando ao fígado, onde novamente é excretado. Pe- quena porção escapa ao fígado normal e é eliminada pela urina em quantidades não maiores que 3 mg. em 24 horas. ~sse esquema nos permite compren- der a influência preponderante de 2 fa- tôres:
a - permeabilidade das vias biliares, facultando a chegada de bilirrubina no intestino e consequentc formação de uro- bilinogênio;
b- integridade do parênquima que permite a apreensão da maior parte do urobilinogênio que lhe chega do intes- tino.
Nas formas pré-hepáticas há maior quantidade de urobilinogênio fecal. A u- robilinuria estará normal ou pouco au- mentada, dada a integridade funcional do parênquima. Nas formas pós-hepáticas o cromo- gênio está normal ou ausente, conforme a obstrução seja incompleta ou completa. Nas icterícias hepatocelulares há au- mento de urobilinuria, dada a incapaci- dade da célula nobre manusear o urobili- nogênio que lhe chega. No entanto, dado que a suspensão do fluxo biliar é comum nas icterícias hepá- ticas, há necessidade de pesquisa reitera- da da urobilinuria, diária ou em dias al- ternados, durante 8 a 15 dias. Na correta interpretação dos acha- dos, é claro que devem ser levados em con- sideração os fatôres capazes de alterá- los, tais como a insuficiência renal, a for- mação extra-intestinal de urobilinogênio, etc.
As provas de floculação e turvação não são, na realidade, provas de função hepática. Expressam tão somente, per- turbações no metabolismo das proteínas sem interrogar as causas. Dada a fre- quência com que as proteínas se alte-
133
ram nas afecções hepáticas, valem êsses testes na exploração funcional do órgão. De um modo geral, podemos afirmar que os testes de floculação e turvação medem realmente é a estabilidade das proteínas do soro. A floculação, a precipitação ou a turvação se desenvolvem se houver:
a - diminuição ou alteração quali- tativa de albumina e ou alfa-globulina ambas de origem hepatocítica;
b - aumento nos lipídios do soro;
c - aumento da gama-globulina, de formação retículo-endotelial.
Ao cont:rário, a inibição dêsses fenô- menos se processará em consequência da presença de certos fatôres no sangue, tal- vez lecitina.
O conhecimento dêsses fatos permite estabelecer que:
a - a reação de cefalina-colesterol depende bàsicamente da alteração quali- tativa ou quantitativa da albumina ou da alfa-globulina e, secundàriamente, do au- mento da gama-globulina. O fator de re- gurgitação tem pequena influência na po- sitividade da reação. Porisso, essa últi- ma se verifica nas icterícias hepatocelu- lares e nas formas obstrutivas, seguindo- se à infecção biliar.
b - a turvação do timol dependeria dos mesmos fatôres, aos quais se acres- centaria a influência dos lipideos do soro e das lipoproteínas. A positividade dessa reação seria encontrada nas mesmas si- tuações que a reação de cefalina-coleste- rol.
c - a turvação do sulfato de zinco (reação de Kunkel) depende bàsicamente
tavelmente influenciada pelo fator de re- gurgitação biliar. Daí a sua normalidade ou mesmo apresentar valores notàvel- mente abaixo do normal em casos de ic- terícia obstrutiva, mesmo quando exis- tem lesões parenquimatosas.
d - a prova da gama-globulina (PGG) depende fundamentalmente da elevação da gama-globulina.
ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PORTO ALEGRE
quima. Se, ao contrário, as reações de ~anger e Mac Lagan fôrem positivas, a Icterícia é considerada médica, com ex- ceção da forma obstrutiva infectada.
B -- Tubagem duodenal
Quando corretamente feita e devida- mente interpretada é a tubagem duode- nal recurso valioso no diagnóstico dife- rencial das icterícias. Assim, nas formas pré-hepáticas, do tipo hemolítico, há uma exagerada con- c~ntração do pigmento biliar na bile he- patica que toma, então, uma cor amare- lo-avermelhada. A microscopia revela a- qui um precipitado anormalmente gran- de de bilirrubinatos. Nas icterícias hepáticas, do tipo he- patocelular, no acme de sua evolução ob- tém-se à sondagem liquido duodenal a- marelo, apesar da acolia. Quando isso não se observa espontâneamente, basta que se instilem 20 cm3. de novocaína a 1% Para que, de imediato, se obtenha líqui- do amarelo. Na experiência de Varela Fu- entes apenas em 137r, dos portadores dês- se tipo de icterícia obtém-se somente lí- quido duodenal incolor, apesar da insti- lação de novocaína. No entanto, a repe- tição da sondagem, 2 a 3 vezes numa se- mana, determinará o aparecimento do lí- quido de cor amarela. Outro dado fre-
Cia de bile B, em cuja interpretação não há muito acôrdo entre os autores. No en- tanto, um elemento importante na sua diferenciação diagnóstica é o fato de que
colecinético a pós a administração de no- vocaína a 1 r;,,. Realmente o grande mérito da tuba- gem duodenal no diagnóstico diferencial das icterícias está na positivação da na- tureza obstrutiva de uma icterícia, bem como na sua diferenciação nas formas obstrutivas completa e incompleta. · A ausência de escorrimento biliar observado em sondagens repetidas é um sinal quase de certeza de obstrução neo- plásica das vias biliares extra-hepáticas. A ietcrícia é intensa e progressiva porque é total a obstrução, não involuindo o pro- cesso ncoplásico. Apenas fazem exceção ~s neoplasias da papila, onde a icterícia e, em regra, intermitente, pois que dada
135
a natureza do processo tumoral elas têm grande tendência a esfacelarem-se, a se ulcerarem. São tumores que sangram com imensa facilidade, donde um valioso sinal que nos fornece a tubagem duode- nal - a aparição constante de sangue na sondagem de um caso de icterícia intermitente deveria sempre fazer pensar em neoplasia da papila. Nas obstruções incompletas, ao con- trário, a resposta do sistema biliar ao es- ·
importa aqui é que se obtém bile A e C, podendo não encontrar-se bile B. As va- riantes serão determinadas pelo estado órgano-funcional do sistema biliar extra- hepático. De passagem, lembremos a chamada resposta paradoxal frequente- mente verificada nas obstruções baixas do colédoco. Aqui, a bile reprezada pela obstáculo é concentrada progessivamente pela maior reabsorção de água, asseme-
se assim uma concentração apreciável da bile que se obtém em jejum antes do es- tímulo. Logo após êsse, flue a bile clara, tipo duodenal. O paradoxo está em que a bile mais escura é obtida antes da exci- tação, fluindo depois a bile clara. Nas formas obstrutivas incompletas, a exceção é a resposta negativa à sonda- gem duodenal. Entretanto, quando isso acontece a regra é o seu desaparecimen- to dentro de 3 a 4 dias. E' excepcional a obstrução completa, irredutível na de- pendência de um cálculo, p.ex. No entan- to, isso pode desenvolver-se no encrava- mento do cálculo na papila, ou então no desenvolvimentos de lesões inflamatórias no desfiladeiro colédoco-duodenal que, diminuindo mais a luz, terminam por fa- zê-la desaparecer. A microscopia biliar teria enorme importância. Os trabalhos de Lahey, Wil- kinson, Bockus e, entre nós, Gallizzi, de-
achado de cristais de colesterol e bilirru- binato de cálcio como índices de litíase biliar e consequente sugestão diagnóstica. No mesmo sentido valem os diferentes elementos que expressam a inflamação nos diversos segmentos da árvore biliar extra-hepática.
o elemento de maior valor no diagnósti- co diferencial das icterícias. As chamadas
136
C - Etapa radiológica
ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PóRTO ALEGRE
Ve•icula Dllatada Não v!suallzada Não vlsual!zada
Contraste no colon Dlagn. presuntivo ausente tumor de cabeça <:!o pâncrc:>s ausente tumor do colédoco presente tumor vesicular
cias. o confronto dos resultados da co-
138
ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PORTO ALEGRE
AliAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PORTO ALEGRE
139
ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PORTO ALEGRE
27 - Fahrlander, H., Hesse, W. - L'ic- têre dans les pancréatites - Re- vue International d'Hépatologie, 2, 273, 1955.
28 - Fraga Filho, C. - Conduta di~g nóstica e terapêutica nas icterícias
29 - Fraga Filho, C. :-. Etíopato~e~ia
. e Clínica das ictencms - MediCma Cirurgia e Farmácia, 145, 212, 1948.
30 - Fraga Filho, C.. - Hepati~e por vírus - Tese, R10, 1952 -Ora- fica Barthel Ltda.
31 - Gall, E.A., Braunstein, H. - He- patitis with manifestations simu- lating bile duct obstr~c.tion - A- merican Journal of Cllmcal Patho- logy, 10, 1113, 1955.
32 - Galizzi, J. - Diagnóstico da lití~ se biliar -Tese -Imprensa Ofi- cial, Minas Gerais, 1950.
33 - Glrardi, P. - A Entubação duAod~ nal no diagnóstico e na terapeuti- ca - Trad. portuguêsa - Cia. E- ditora Nacional (sem data).
34 - Gutman, A.B., Ranger, F. - Dif- ferencial diagnosis of jaundice by combined serum phosphatase de- termination and cephalin flocula- ' tion test - Medicai Clinics of North America, 28, 837, 1941.
141
38- Hoffman, F. - Cholangiolitic he- patitis. Case report and review - Gastroenterology, 2, 247, 1955.
39 - Hegstrom, G.J., Zoeckler, S.J., Keil P.G. - Peritoneoscopy- Gastro- enterology, 25, 243, 1943.
40 - Hult, H. - Cholémie simple fami- liale and posthepatitic stats wi- thout fibrosis of the liver - Su- plemento 244 da Acta Medica Scan- dinavica.
41 - Izarn, P., Mathieu, M. - L'hypo- prothrombinémie des hépatiques
42 - Jiminez Diaz, C. - Lecciones de Patologia Médica- Tomo VI, Edi- torial Científico Médica, Madrid, Barcelona, 1948.
43 - King, W.E.- Differencial diagno- sis of jaundice, the use of liver bio- psy and liver function tests - in Avery J ones - Modern trends in Gastro-Enterology- Butterworths Co. Londres, 1952.
44 - Lichtmann, S.S. - Diseases of the liver, gallbladder and bile ducts- 3.a edição- Lea and Febiger, Phi- ladelphia, 1953.
45 - López Garcia, A. - El síndrome coledociano - Libreria Hachette S.A. - Buenos Aires, 1942.
in jaundice- Archives of Internai fatal epidemic hepatitis. American Medicine, 86, 169, 1950. Journal of Pathology, 20, 471, 1944.
36- Hanger, F., Gutman, A.B. - Pos- tarsphenamine jaundice apparen-
sis of jaundice - Northwêst Me- dicai, 48, 757, 1949.
47 - Mallory, T.- The pathology of e- pidemic hepatitis. JAMA, 134, 655,
48 - Leevy C.M., Dvorschak, C.K. Guas- si, A.M. - The liver in extra-hepa- tic biliary obstruction. American Journal of Medical Science, 227, 272, 1954.
142
49 - Meyer, K. A., Popper, H., Steig- mann, F. - Biliary hepatitis - Quarterly Bulletin, Northwestern University Medicai School, 23, 321,
50 - Movitt, E.R. - Differenciai diagno- sis of regurgitation jaundice; the role of needle liver - Annais of Internai Medicine, 5, 932, 1954.
51 ,.--- Movitt, E.R., Davis, A.E. - Extra- .. hepatic biliary obstruction: expe- rience with needie biopsy of the li- ver - Annals of Internai Medicine, 5, 952, 1954.
52 - Neefe, J.R. - Viral hepatitis - American Journal of Medicine, 16, 710, 1954.
53 - Neefe, J.R., Gambescia, J.M. - Diagnosis of liver disease - Me- dicai Clinics of North America, No- vembro de 1951.
54 - Nezeiof, C. - Les renseignements fournis par I'examen histologique des ponctions-biopsie du foie - em Albot, G., Poilleux, F. - Le foie et la Veine Porte - Masson et Cie., Paris, 1955.
55 - Orioff. T.L. - Intravenous chole- dochoiaminography - The Ame- rican Journal of Roentgenology, 72, 801, 1955.
56 - Pavei, I. - Les Icteres - 3. 3 edi- ção - Masson et Cie., 1949.
57 -Pereira Lima, J. - Bilirrubina, natureza química, origem, modali- dades reacionais, significação clíni- ca - Revista de Medicina do Rio Grande do Sul, 8, 203, 1952. ·
58 - Poppel, M.H. - Roentgen mani- festation of pancreatic disease - Charles Thomas, Springfield, Illi- nois.
59 - Poppel, M. H., Jacobson, H. E., Smith, R.W. - The roentgen as- pects of the papilla and empulla of Vater - Charles C. Thomaz,
ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PORTO ALEGRE
60 - Popper, H. - Differencial diagno- sis of jaundice by laboratory tests
61 - Popper, H.- Factors affecting the results of flocculation tests - in Liver Disease, Ciba Foundation Symposium - Blakiston Compa- ny, Philadelphia, 1951.
62 - Popper, H.- Liver Disease- Mqr- phologic considerations - Ameri- can Journal of Medicine, 16, 98,
63 - Popper, H., Bean, W.B., Huerga, J., Franklin, M., Tsumagari, Y., Routh J.I., Steigmann, F.- Eletrophore- tic serum protein fractions in he- patobiliary diseases - Gastroente- roiogy, 17, 138, 1951.
64 - Popper, H., Franklin, M. - Diffe- rential diagnosis of hepatitis bY histologic and functionai laborato- ry methods - JAMA, 137, 230,
65 - Popper, H., Schaffner, F.- Hepa- tic tests - Advances in Internai Medicine, Volume IV, Year Boolt Publishers, 1950.
66 - Popper, H., Schaffner, F.- Labo- ratory diagnosis of líver disease - JAMA, 150, 1367, 1952.
67 - Popper, H., Steigmann, F. - Dif- ferential diagnosis between medi- cal and surgical jaundice by Iabo- ratory tests - Annals of Interna! :M.edicine, 29, 305, 1948.
68 - Popper, H., Steigmann, F., Tsuma- ri, Y., De la Huerga, J. - The no- culation tests in the differential diagnosis of jaundice - The Ame- rican Journal of Digestive Disea- ses, 18, 192, 1951.
69 - Portis, S. - Diseases of the Diges' tive System- Lea Febiger, Philll' ·
144
91 - Tumen, H.J. - Differential diag- nosis of jaundice - em Postgra- duate Gastroenterology, edited by Bockus, H. L. - W. B. Saunders, Philadelphia, 1950.
92 - Twiss, J.R., Oppenheim, E. - Li- ver, pancreas and biliary tract - Lea and Febiger, Philadelphia,
93 - Tyor, M.P., Cayer, D. - The dif- ferential diagnosis of jaundice: the relative value of the clinicai im- pression, laboratory, tests and as- piration liver biopsy - Gastroen- terology, 24, 63, 1953. 94 - Varela Fuentes, B. - Las icterí- cias de origen intra-hepático - A- nales de la Clínica Medica "A", Faculdade de Medicina de Monte- vidéu- Tomo IV- 1941-1944.
95 - Watson, C. J. - Regurgitation jaundice: clinicai differentiation of the common forms particular reference to the degree of biliary obstruction - JAMA, 114, 2427,
96 - Watson, C.J. -Some biochemical studies of hepatitis with special re- ference to the problem of differen- tiating medicai and surgical jaun- dice - Canadian Medicai Associa- tion Journal, 61, 483, 1949.
ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DE PORTO ALEGRE
97 - Varela Fuentes, B., Varela López, J. - Le drainage duodénale dans les ictêres hepatocytique - Archi- ves des Maladies de l'Appareil Di- gestif, 40, 979, 1951.
98 - Watson, C.J., Hoffbauer, F.W. - The problem of prolonged hepati- tis with particular reference to the cholangiolitic type and to the de- velopment of cholangiolitic cirrho- sis of the liver - Annals of Inter- nai Medicine, 25, 195, 1946.
99 - Wellin, G.- Needle biopsy and li- ver function tests in acute hepati- tis and cirrhosis of the liver - Suplemento 268 da Acta Medica Scandinávica, 1952. ·
100- With, T.K. - Bile pigment meta- bolism - em Liver Disease - Ci- ba Foundation Symposium- Bla- kiston Company, Philadelphia,
101 - With, T.K. - The biological sig- nificance of the direct diazo reac- tion - em Liver Diseases - Ciba Foundation Sympsium - Blakis- ton Company, Philadelphia, 1951.