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Este documento trata-se de uma produção científica sobre o diabetes mellitus, de nível superior, com fontes confiáveis. Nele contém os tipos de diabetes, sintomas, tratamento, exames laboratoriais, fatores de risco, complicações, prevenção, papel do enfermeiro e programa hiperdia, atividade física e acompanhamento nutricional.
Tipologia: Resumos
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Caso 2 O caso 2, do paciente Mikael Jackson, de 13 anos, retrata um caso de Diabetes mellitus tipo 1. Inicialmente, durante três meses, foi percebido um quadro de poliuria, polidpisia e polifagia. Posteriormente, o emagrecimento acentuado e a letargia. Somado a isso, a taquicardia, tremor do corpo, tontura, vertigem, suor frio, palidez e a fratura do úmero, levaram Dona Maria, a mãe de Mikael, à UBS do território. O menino tinha uma alimentação diária rica em excesso de carboidratos, apesar de uma boa rotina de exercícios físicos. Ele treinava em média três vezes na semana, com a pratica de futebol e ainda brincava com as crianças. Após a realização de alguns parâmetros, foi solicitado pela médica alguns exames laboratoriais, que se mostraram alterados e bem distantes dos valores de referência, além da má alimentação e dos sintomas do paciente, levando ao diagnóstico de diabetes tipo 1. DIABETES MELLITUS A diabetes mellitus é uma doença causada pela produção insuficiente de insulina ou pela má absorção desse hormônio pelo organismo. A insulina, que é produzida pelo pâncreas, tem a função de regular os níveis de glicose no sangue, promovendo a quebra dessas moléculas para convertê-las em energia utilizada pelo corpo. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)³ Quando esse processo não ocorre, o excesso da glicose no sangue, que não entra para as células, acarreta diversos problemas de saúde a curto e longo prazo. Existem diferentes tipos de diabetes, sendo os principais e mais comuns:
- Diabetes tipo 1 É uma doença crônica, não transmissível e de origem hereditária, que concentra entre 5 e 10% do total de diabéticos no Brasil. Aparece geralmente
na infância ou na adolescência, embora adultos também possam apresentar a doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE)³ Nela, as células beta do pâncreas são atacadas pelo sistema imunológico do indivíduo e mais de 90% delas são destruídas permanentemente. Ainda não se sabe com exatidão a causa da diabetes tipo 1, mas algumas hipóteses são: fatores ambientais, como uma infecção viral e a predisposição genética. (MANUAL MSD, 2023)²
- Diabetes tipo 2 É quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida, desenvolvendo resistência a esse hormônio. Isso faz com que as taxas de açúcar no sangue subam cronicamente, visto que o pâncreas tenta compensar esse problema produzindo mais insulina, comprometendo o órgão com o tempo. (MANUAL MSD, 2023)² Esse tipo se concentra em cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil. As causas estão diretamente relacionadas com o sobrepeso, triglicerídeos elevados, hipertensão, hábitos alimentares inadequados e histórico familiar de diabetes (MINISTÉRIO DA SAÚDE)³ - Pré-diabetes Ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal, mas ainda não estão elevados suficientes para caracterizar uma diabetes tipo 1 ou 2. É um sinal de alerta para o corpo, que aparece principalmente em indivíduos obesos, hipertensos e com alterações lipídicas. Entretanto, apesar de ser uma fase que pode ser revertida, os pacientes diagnosticados com a pré-diabetes costumam ter seu quadro agravado (MINISTÉRIO DA SAÚDE)³ - Diabetes gestacional É uma situação temporária que aparece durante a gravidez, quando os níveis de glicose estão altos, mas não o suficiente para caracterizar uma diabetes tipo
de via oral, dependendo do caso; (MANUAL MSD, 2023)³
Para o diagnóstico da diabetes mellitus podem ser usados alguns exames, haja vista que regularmente há ausência de sintomas. São eles: glicemia de jejum, teste de tolerância oral à glicose (TOTG) e hemoglobina glicada (HbA1c) (DIRETRIZ DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2024).
- Glicemia de jejum Refere-se a níveis de glicose no sangue após um período de pelo menos 8 horas sem ingestão de alimentos ou bebidas calóricas. Se a glicemia estiver acima de 126 mg/dl ou mais, o diagnóstico de diabetes pode ser feito. Porém, se for necessário coletar uma amostra sem jejum, isso só poderá acontecer se o diagnóstico for superior a 200 mg/dl. (MANUAL MSD, 202 3 )² - Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) Esse exame é realizado em algumas situações, quando há suspeita de diabetes, mas a glicemia de jejum é inconclusiva. Ele acontece em algumas etapas, com a pessoa em jejum, quando é coletada uma amostra a fim de medir a glicemia. Logo depois, o indivíduo ingere cerca de 75 de glicose, para que novas amostras sejam coletadas periodicamente, geralmente ao longo de duas ou três horas, para confirmar se há ou não um aumento exacerbado da glicemia. (MANUAL MSD, 202 3 )² Os valores da glicemia de jejum devem estar acima de 126 mg/dl e após duas horas da ingestão oral de glicose, sendo maior ou igual a 200 mg/dl, para que o diabetes mellitus seja diagnosticado. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002)^4 - Hemoglobina glicada (HbA1c) É um exame de sangue utilizado para acompanhamento de pacientes diabéticos. Ele mede os níveis médios de glicose de cerca de 2 a 3 meses. Um indivíduo cujo nível de hemoglobina A1C é igual ou superior a 6,5% é considerado portador de diabetes mellitus. Valores situados entre 5,7% e 6,4% indicam um estado de pré-diabetes, o que representa um risco aumentado para o desenvolvimento futuro da doença. Abaixo de 5,7% pode ser considerado um valor normal. (MANUAL MSD, 202 3 )²
maiores responsáveis para que isso ocorra. Alguns fatores de risco são: hipertensão arterial; colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue; sobrepeso; pais, irmãos ou parentes em primeiro grau com diabete; doenças renais crônicas; histórico de doenças cardiovasculares; tabagismo; mulher que deu à luz criança com mais de 4kg; diabetes gestacional; síndrome de ovários policísticos; diagnóstico de distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar; apneia do sono e uso de medicamentos da classe dos glicocorticóides (MINISTÉRIO DA SAÚDE)³ COMPLICAÇÕES DA DIABETES
- Retinopatia diabética São lesões microvasculares da retina causados pela diabetes, podendo causar sangramentos. Existem dois tipos, o não proliferativo e o proliferativo. O não proliferativo é a fase inicial, onde os vasos sanguíneos incham e formam bolsa, que impedem a passagem de substâncias, podendo embaçar a visão. O proliferativo é quando ocorre a formação de novos vasos, que são frágeis, para compensar os que foram obstruídos. Isso pode causar hemorragia vítrea e causar cicatrizes que distorcem a retina, provocando seu deslocamento, e podendo levar até a cegueira. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)^8 - Nefropatia diabética O alto nível de açúcar no sangue faz com que os rins filtrem muito sangue, fazendo com que as moléculas de proteína presentes no sangue sejam eliminadas. A presença dessas pequenas moléculas de proteínas na urina é chamada de microalbuminúria. Quando o processo acelera, temos a macroalbuminúria, que leva a sobrecarga do rim, que perdem a capacidade de filtrar a urina, paralisando permanentemente. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)^8 - Neuropatia diabética É o dano aos nervos periféricos que carregam as informações que saem do cérebro e as que chegam até ele. Isso provoca diversos sintomas, como: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos; dores locais e desequilíbrio; enfraquecimento muscular; traumatismo dos pêlos; pressão baixa, dentre outros (MINISTÉRIO DA SAÚDE)^8
- Infarto do miocárdio Ocorre quando os grandes vasos sanguíneos são comprometidos, resultando em obstruções arteriais (arteriosclerose) que podem atingir órgãos vitais, como o coração e o cérebro. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)^8 - Pele mais sensível O excesso de glicose, que rouba a água do corpo, faz com que a pele fique seca e cheia de rachaduras, desenvolvendo feridas. Além disso, os micro vasos sanguíneos que nutrem a pele também são afetados e a cicatrização é lenta e demorada. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)^8 - Problemas emocionais A mudança dos hábitos de vida, além do impacto do diagnóstico, que pode causar medo, estresse e ansiedade, além do medo de complicações. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)^8 - Pé diabético Quando a diabete é mal controlada e a circulação sanguínea é insuficiente, áreas machucadas ou infeccionadas nos pés podem gerar feridas que demoram muito para cicatrizar e quando não são tratadas, levam a amputação do membro. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)^8
retinopatia não desenvolvam no paciente. A elaboração de planos terapêuticos singulares, que tem como objetivo ser individual para o diabético, com suas preferências e contexto econômico, social e psicológico, algo que o enfermeiro estará habilitado a fazer por já ter contato com a situação do paciente. Acompanhamento contínuo e humanizado, que reavalia as condições e sinais vitais, faz intervenções e presta suporte emocional, até pela escuta ativa. E o registro e documentação padronizada, que assegura a continuidade e integralidade do cuidado. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 20 0 2)^4 O programa HIPERDIA (Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos) tem como foco acompanhar duas doenças: a diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Ela acontece nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), pela iniciativa da Atenção Primária à saúde, e tem como objetivo a promoção, diagnóstico, tratamento, controle da doença e prevenção. (PREFEITURA DE VILA VELHA, 2025)^6 Ele auxilia os profissionais de saúde para que possam acompanhar de perto os casos do território e trabalhar reduzindo o desenvolvimento de doenças mais graves a partir dessas, facilitar medicamentos e o acesso a consultas, promover educação em saúde. Nesse sentido, entra não apenas o papel do enfermeiro, mas de diversos profissionais, como nutricionistas, psicólogos, nutrólogos, urologistas e fisioterapeutas. ATIVIDADE FÍSICA E ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a prática regular de exercícios físicos por diabéticos é essencial e tem a capacidade de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, auxilia na perda de peso e melhora o controle glicêmico. Para indivíduos iniciantes, recomenda-se a pratica de exercícios físicos de baixa a média intensidade. Atividades aeróbicas como corrida e natação, realizada por uns cinco vezes na semana contribuem para o controle de níveis glicêmico. Já as anaeróbicas, como a musculação, promovem aumento de massa, o que favorece que a glicose seja mais usada e que a sensibilidade da
insulina melhore. Entretanto, atividades de maior intensidade podem elevar a glicemia, sendo mais prudente evitar o exercício caso a glicemia esteja descontrolada, principalmente nas pessoas com diabetes tipo 1. O auxílio de um profissional pode ser de ajuda. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2025)^7 A atividade física e a alimentação também estão intimamente ligadas. Para que o resultado seja promissor, principalmente no caso de pessoas com diabetes tipo 2, é essencial que uma dieta balanceada integrada com os exercícios corretos seja feita. E no caso das pessoas com diabetes tipo 1, a ingestão de calorias que ele gasta deve ser compensada e isso deve ser orientado por profissionais para que não ocorra uma hipoglicemia. O papel do nutricionista e do nutrólogo é de suma importância para a qualidade de vida do diabético. Com essa instrução, ele consegue saber quais alimentos ingerir e quais evitar, a quantidade e o melhor horário para as refeições. Um plano individualizado e que leva em conta a rotina, a condição socioeconômica e o contexto familiar pode ser seguido e evitar complicações causadas pelo não controle da glicemia. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2025)^7 Figura 5. Hábitos saudáveis que podem evitar um caso de diabetes, como alimentação saudável, prática de exercício físico e controle das taxas de glicemia