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Guias e Dicas
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Diabetes - Enfermagem, Notas de aula de Enfermagem

Características Definição Diabetes tipo 1 e 2 Sinais e sintomas Hipoglicemia Hiperglicemia Tratamento

Tipologia: Notas de aula

2022

À venda por 13/08/2023

mariana-martins-961
mariana-martins-961 🇧🇷

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Porque existe a diabetes gestacional? → durante a gestação, a placenta produz hormônios
que inibem a produção de insulina
Diabetes Mellitus (DM)
• Conceito – SBD - Diabetes Mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico
caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de
insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos.
• A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a glicemia elevada é o terceiro fator,
em importância, da causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial
aumentada e uso de tabaco.
• Muitos governos, sistemas de saúde pública e profissionais de saúde ainda não se
conscientizam da atual relevância dessa doença e suas complicações.
Epidemiologia
Em 2017 - Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation, IDF)
estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (424,9 milhões de
pessoas) vivia com diabetes
Se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para
ser superior a 628,6 milhões em 2045. Diretrizes SBD 2019-2020
Mas porque a incidência de DM está aumentando? → Em decorrência da organização,
estilo de vida, aumento da idade
Além disso:
Falta conscientização de governos, sistemas de saúde pública e profissionais de saúde
sobre essa doença e suas complicações;
Baixo desempenho dos sistemas de saúde nos três níveis de prevenção;
Pouca conscientização sobre diabetes entre a população geral e os profissionais de saúde;
Início insidioso dos sintomas ou progressão do diabetes tipo 2;
Acredita-se que 50% dos diabéticos desconhecem que têm a doença.
Classificação:
Tipo 1→ deficiência de insulina por destruição autoimune das células B comprovada por
exames laboratoriais ou deficiência de insulina de natureza idiopática (cerca de 5%)
Tipo 2 → perda progressiva de secreção insulina combinada com resistência à insulina
Gestacional → hiperglicemia de graus variados durante a gestação, na ausência de critérios
de DM prévio
Diabetes Mellitus tipo 2
Resistência à insulina e insuficiência relativa na produção de insulina (insuficiente para
compensar a resistência à insulina);
Idade de apresentação é variável (geralmente se manifesta por volta dos 40 anos);
Glicemia pós prandial é a primeira a se alterar;
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Porque existe a diabetes gestacional? → durante a gestação, a placenta produz hormônios que inibem a produção de insulina

Diabetes Mellitus (DM)

  • Conceito – SBD - Diabetes Mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente , decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos.
  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a glicemia elevada é o terceiro fato r, em importância, da causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial aumentada e uso de tabaco.
  • Muitos governos, sistemas de saúde pública e profissionais de saúde ainda não se conscientizam da atual relevância dessa doença e suas complicações.

Epidemiologia

Em 2017 - Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation, IDF) estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (424,9 milhões de pessoas) vivia com diabetes Se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para ser superior a 628,6 milhões em 2045. Diretrizes SBD 2019- Mas porque a incidência de DM está aumentando? → Em decorrência da organização, estilo de vida, aumento da idade Além disso: Falta conscientização de governos, sistemas de saúde pública e profissionais de saúde sobre essa doença e suas complicações; Baixo desempenho dos sistemas de saúde nos três níveis de prevenção; Pouca conscientização sobre diabetes entre a população geral e os profissionais de saúde; Início insidioso dos sintomas ou progressão do diabetes tipo 2; Acredita-se que 50% dos diabéticos desconhecem que têm a doença.

Classificação:

Tipo 1→ deficiência de insulina por destruição autoimune das células B comprovada por exames laboratoriais ou deficiência de insulina de natureza idiopática (cerca de 5%) Tipo 2 → perda progressiva de secreção insulina combinada com resistência à insulina Gestacional → hiperglicemia de graus variados durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio

Diabetes Mellitus tipo 2

✓Resistência à insulina e insuficiência relativa na produção de insulina (insuficiente para compensar a resistência à insulina); ✓Idade de apresentação é variável (geralmente se manifesta por volta dos 40 anos); ✓Glicemia pós prandial é a primeira a se alterar;

✓Cetoacidose é muito rara (geralmente acompanhada de infecções); ✓Obesidade Visceral e outros fatores de risco cardiovasculares; dá para saber de acordo com a circunferência abdominal (HAS, HDL baixo e triglicérides elevadas).

Hemoglobina glicada

  • Permite o controle da doença nos últimos 30-90 dias (média ponderada dos níveis glicêmicos);
  • A hemoglobina (hemácia ou glóbulo vermelho) incorpora a glicose em função da concentração que existe no sangue;
  • Se as taxas de glicose estiverem altas ou baixas durante este período, haverá um aumento ou diminuição da hemoglobina glicada.

Fatores de risco para DM Tipo 2

  • Genéticos – história familiar (receptores insulínicos)
  • Etnia (afro-americanos, americanos, hispânicos, irlandês)
  • Dislipidemia
  • Envelhecimento
  • Síndrome do ovário policístico - maior resistência insulínica
  • Obesidade
  • Sedentarismo Obesidade → Hipoinsulinemia e Hiperglicemia Gordura Visceral → Excesso → Citoquinas inflamatórias → Aumentam a Resistência Periférica à Insulina → Aumenta Glicemia

Manifestações clinicas de hiperglicemia:

•4 Ps – sintomas clássicos: Poliúria → muito xixi Polifagia → muita fome Polidipsia → muita sede Perda de peso

  • Fraqueza
  • Fadiga
  • Alterações visuais súbitas
  • Formigamento – parestesia mãos e pés
  • Pele seca
  • Lesões cutâneas de cicatrização lenta
  • Infecções recorrentes ( ITU, candidíase)
  • Glicosúria

Hiperglicemia Hospitalar

  • Glicemia > ou igual a 140 mg/dL;
  • Acontece em 38% dos pacientes hospitalizados. Destes, 26% tinham diagnóstico prévio de diabetes e 12% foram casos novos de hiperglicemia;
  • Causas: - stress cirúrgico, - infecção, - medicações;
  • O tratamento recomendado: insulina.
  • A hiperglicemia: ↑Mortalidade, ↑ Infecção, ↑ Permanência hospitalar
  • Fatores de risco: corticóide, infecção, drogas vasoativas, Nutrição Parenteral;
  • Atenção à prescrição médica: reconciliação medicamentosa, ajuste de doses de insulinas, monitoramento pelo farmacêutico. OBS: É importante a verificação da glicemia capilar de 4 a 6 horas para pacientes com dieta enteral ou parenteral.

Padrão Ouro Hiperglicemia Hospitalar- Insulina NPH: lenta Regular: rápida Insulina Início de ação Pico de ação Duração do efeito terapêutico NPH 2 - 4h 4 - 10h 10 - 18h Regular 0,5 - 1h 2 - 3h 5 - 8h

Complicações da Hiperglicemia CAD e SHH

  • A Cetoacidose Diabética (CAD) afeta principalmente os diabéticos insulinodependentes ou portadores de doenças do pâncreas – é causada por falta absoluta de insulina – Caracterizada por hiperglicemia superior a 250 mg/dl com corpos cetônicos positivos;
  • A Síndrome Hiperglicemida Hiperosmolar (SHH) ou Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH) se caracteriza por níveis de glicemia superiores a 600 mg/dl sem cetoacidose;
  • Ambas causam intensa desidratação, desequilíbrio eletrolítico e podem levar complicações fatais Hipoglicemia Hospitalar
  • Valores menores que 70 mg/dl;
  • Fatores preditivos:

A capacidade da seringa deve ser compatível com a quantidade de insulina prescrita

OBS: Devido ao espaço morto, seu uso está contra indicado para a aplicação de insulina

Atenção

Agulha 13X0,45mm

  • Agulhas com 4 ou 5 mm de comprimento, recomenda-se ângulo de 90°;
  • Agulhas com 6 ou 8 mm de comprimento, o ângulo pode variar entre 45° e 90° para adultos, de acordo com a quantidade de tecido subcutâneo no local da injeção;
  • Agulhas com mais de 8 mm de comprimento, por fim, o ângulo indicado é de 45°, independentemente da quantidade de tecido subcutâneo em adultos;
  • No caso da seringa, recomenda-se manter o êmbolo pressionado e a agulha no tecido subcutâneo por, no mínimo, 5 segundos. Seringas com agulha fixa não têm espaço residual. É possível, ainda, associar dois tipos de insulina na mesma seringa, algo comum na prática clínica Importância do rodízio das aplicações para prevenir lipodistrofias e descontrole glicêmico Prevenção de Lipodistrofias
  • Examinar os locais de injeção a cada consulta;
  • Orientar o paciente/familiares/cuidador sobre o planejamento de rodízio, conscientizando-os da importância de realizá-lo, sobre a inspeção dos locais de injeção e sobre os riscos do reuso de agulhas
  • Dividir cada local de aplicação recomendado em pequenos quadrantes: as aplicações, nesses quadrantes, devem ser espaçadas em pelo menos 1 cm entre eles e seguir em sentido horário;
  • Para múltiplas aplicações, aconselha-se fixar um local para cada horário e alternar os pequenos quadrantes do mesmo local.

Caso: Senhor João, 68 anos, brasileiro, viúvo há dois anos, pai de Soraia (40 anos) e José ( anos), ambos filhos são casados. Aposentado, ensino fundamental incompleto, trabalhou cerca de 30 anos como motorista de ônibus, na cidade de São Paulo. Apresenta Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus tipo 2, sem antecedentes cirúrgicos e alérgicos. Sempre foi muito ativo, adorava jogar futebol com seus amigos de bairro, sempre finalizava com um churrasquinho e uma cervejinha nos finais de semana. Mas, desde a morte de sua esposa não participou mais com a mesma frequência. Agora reside sozinho em sua casa no Jardim Angela/SP e fica a maior parte do tempo assistindo TV. Nunca cozinhou e optou por consumir quentinhas diariamente: almoço e jantar. Adora comer doces, bem como manter a dieta hipoglicêmica para ele é um “sacrifício”. Também não gosta de beber água, às vezes até esquece de tomar água durante o dia. Faz uso de hipoglicemiante oral e insulina NPH 15 unidades pela manhã antes do café e 10 unidades antes do jantar. Mas o faz de maneira irregular, pois refere dificuldade para enxergar os valores na seringa porque é portador de importante presbiopia e perdeu seus óculos recentemente. Peso corporal 120 Kg, IMC 34 Kg/m2. Cena I Hoje, seu filho José foi visitá-lo e o domicílio estava fechado, ele chamou várias vezes e Sr. João não atendeu. Lembrou que tinha uma cópia da chave dos fundos da casa e entrou. Encontrou seu pai caído no chão do banheiro, com um ferimento corto contuso na região frontal. Ao chamá-lo, ele atendeu de forma confusa e com fala arrastada. Imediatamente José chamou o serviço de atendimento pré-hospitalar e o conduziram para o hospital de referência, onde deu entrada no pronto-socorro com a seguinte descrição do exame físico: Glasgow 14, sem déficit motor, sonolento, fala arrastada, respondendo coerentemente às questões, queixava-se de muito sono; referia fraqueza, cansaço e indisposição para executar suas atividades de vida diária, referiu que teve uma forte tontura e perdeu o equilíbrio algum tempo depois de se auto aplicar a insulina NPH, vindo ao chão. Apresentava RH+ normoativos; diurese espontânea presente, pele seca, fria e com turgor diminuído. Sinais vitais: PA 80x50 mmHg, FC= 98 bpm, FR= 18irpm, Tax. 36,5 oC, Sat. O 98%. Nanda será a enfermeira de referência para realizar esse atendimento. Pergunta-se:

  1. Com relação às informações apresentadas na cena I, assinale a melhor resposta sobre a atitude que a enfermeira tomaria durante o atendimento: a) Nanda interpretou como provável quadro de hipoglicemia e pensou: “um teste de hemoglobina glicada seria excelente para essa situação, pois pode haver erro tanto na administração da dose de insulina como atraso na ingestão oral desse paciente”. b) Nanda interpretou que muito provavelmente o Sr. João é obeso e estaria na vigência de um quadro de hiperglicemia, o que justificaria a queda no banheiro e ferimento corto contuso na testa. Nanda pensou: “uma glicemia sérica é urgente, assim como a avaliação da hemoglobina glicada.

c) Nanda interpretou como provável hipoglicemia. Seu julgamento baseou-se no histórico comportamental do Sr. João e no exame físico e mental. Nanda pensou: o paciente é obeso e provavelmente está fazendo uso irregular de insulina e medicações hipoglicemiantes, “uma glicemia capilar é urgente, assim como a avaliação da hemoglobina glicada. d) Nanda ficou muito preocupada com a condição clínica que Sr. João chegou, então decidiu focar sua avaliação no nível de consciência, pois já que ele é diabético e hipertenso pode estar desenvolvendo um AVEI (Acidente Vascular Encefálico Isquêmico), complicação microvascular aguda do diabetes. Nesse caso intensificou a avaliação do nível de consciência a cada 1 hora.

  1. Com relação ao caso de Sr. João e seu contexto de saúde atual, Nanda elegeu três Diagnósticos de Enfermagem para esse momento da internação, assinale a melhor escolha: a) Risco de sobrepeso, Risco de Glicemia instável e Risco de quedas. b) Integridade da pele prejudicada, Risco de glicemia instável e Risco de queda c) Risco de glicemia instável, Volume de líquidos deficiente e Déficit de Autocuidado para vestir-se d) Confusão aguda, Risco de infecção e Controle ineficaz da saúde Cena II Passados cinco dias na unidade de internação clínica, o tratamento do Sr. João incluía doses de insulina NPH (neutral protamine Hagedor) 2x ao dia e insulina Regular, ambas por via subcutânea. A insulina Regular seria aplicada conforme resultados da glicemia capilar, realizados sempre antes das principais refeições: café, almoço e jantar. Nique, a enfermeira da Clínica Médica ficou preocupada porque o Sr. João já usava insulina, mas durante a entrevista para atualização do Histórico de Enfermagem ele contou que sentia muito medo de tomar injeções e não se lembrava de onde deveria aplicar as doses ou que cuidado deveria tomar devido a sua dificuldade visual. Ele fez algumas perguntas:
  • Posso fazer uma agitação vigorosa dos frascos para misturar melhor?
  • Já que tomo dois tipos de insulina posso comer normalmente?
  • Essa doença tem cura?
  • Onde posso armazenar a insulina?
  • Por que devo mudar o local de aplicação?” Pergunta-se:
  1. Com relação às informações apresentadas na cena II, assinale qual seria a melhor resposta com relação às orientações de Nique: a) “Já que tomo dois tipos de insulina posso comer normalmente?” Nique orientou: sim pode comer normalmente, de tudo, pois irá tomar as doses de insulina NPH diariamente pela manhã e a noite, e se tiver hiperglicemia tomará a insulina Regular. A insulina R deve ser