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Comentário sobre o livro 'Deus, um Delírio' de Richard Dawkins, Notas de aula de Evolução

Um comentário sobre o livro 'deus, um delírio' de richard dawkins, onde o autor critica a ideia de deus e afirma que a ciência refuta a existência de um deus criador. O texto também discute a importância de dawkins e suas opiniões influentes sobre ciência, política e religião.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância de Dawkins na discussão sobre a existência ou não de Deus?
  • Quais são as ideias de Richard Dawkins sobre a existência de Deus?
  • Por que Dawkins afirma que a ciência refuta a existência de Deus?
  • Quais são algumas das opiniões de Dawkins sobre ciência, política e religião?
  • Como Dawkins é descrito pela mídia?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Sel_Brasileira
Sel_Brasileira 🇧🇷

4.7

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IGREJA BATISTA CIDADE UNIVERSITÁRIA
DEUS, UM DELÍRIO
Livro “Deus, um Delírio”
Autor: Richard Dawkins – 2006
1- Sobre o que é “Deus, um delírio”
Dando seqüência as duas últimas mensagens
que abordaram alguns livros seculares,
apontando para a Bíblia, este estudo tem por
objetivo comentar o livro “Deus, um delírio”,
cujo autor é Richard Dawkins. Lançado em
2006, é um livro de não-ficção, ou seja, um livro
que tem uma proposta de falar de ciência e de
provar cientificamente as idéias lançadas pelo
autor. É um Best-seller em vários países,
publicado em mais de 30 países e vendeu
mais de um milhão e meio de cópias só no seu
primeiro ano. É o número 2 na Amazon
mundial, número 1 na Amazon Reino Unido. O
livro traz algumas idéias como neo-ateísmo,
ceticismo, humanismo e fim da religião. É um
marco na vida de Richard Dawkins, no que se
refere a sua história de publicações. Ele começa
de fato uma campanha, uma cruzada mundial
contra a religião, e é o que ele prega neste
livro. O conceito de Deus trazido por Dawkins,
é de que Deus não passa de uma história da
carochinha, ou seja, são histórias criadas para
explicar tudo que conhecemos, mas irreais e
sem nenhuma lógica.
A idéia da existência de um Criador para ele
não passa de “uma falsa crendice mantida
diante de fortes evidências
contraditórias”. E o que ele vai argumentar no
livro, são estas fortes evidências
contraditórias. Ele convoca através do livro
PRELETOR: Welbe Bragança
TEXTO: 1Pe 3:15-16
DATA: 26/07/09
uma cruzada contra a religião e uma das frases
que evidencia isso, mostrando claramente seus
objetivos é esta: “Ateus do mundo uni-vos...
quanto mais gente sair do armário, mais fácil
será para os outros fazerem o mesmo. Pode ser
que haja uma massa crítica escondida para
iniciarmos uma reação em cadeia”. Este é seu
objetivo: Iniciar uma reação em cadeia. Esse
livro foi publicado em 2006, e ele está
atingindo muito dos seus objetivos traçados ali.
Outro propósito que ele também deixa claro,
por meio do livro, é: “Se esse livro funcionar do
modo como espero, os leitores religiosos que o
abrirem serão ateus quando o terminarem”
DD.pg.29.
Por que esse assunto é importante? Por que
gastaríamos o nosso tempo estudando a
respeito de um livro secular, apontando para a
Bíblia, quando poderíamos gastá-lo ouvindo da
Palavra de Deus?
Qual é a importância de priorizarmos este livro
se existem tantas publicações sobre ateísmo,
se existem tantos livros que defendem que
Deus não existe. Por que este, em especial?
A resposta para isto está baseada em três
pontos que iremos abordar ao longo desta
mensagem:
- Quem é Richard Dawkins, o autor.
-Como ele fala, neste livro: “Deus, um Delírio”.
-O quê ele fala, e quais são seus argumentos.
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IGREJA BATISTA CIDADE UNIVERSITÁRIA

DEUS, UM DELÍRIO

Livro “Deus, um Delírio”

Autor: Richard Dawkins – 2006

1- Sobre o que é “Deus, um delírio”

Dando seqüência as duas últimas mensagens que abordaram alguns livros seculares, apontando para a Bíblia, este estudo tem por objetivo comentar o livro “Deus, um delírio”, cujo autor é Richard Dawkins. Lançado em 2006, é um livro de não-ficção, ou seja, um livro que tem uma proposta de falar de ciência e de provar cientificamente as idéias lançadas pelo autor. É um Best-seller em vários países, publicado em mais de 30 países e já vendeu mais de um milhão e meio de cópias só no seu primeiro ano. É o número 2 na Amazon mundial, número 1 na Amazon Reino Unido. O livro traz algumas idéias como neo-ateísmo, ceticismo, humanismo e fim da religião. É um marco na vida de Richard Dawkins, no que se refere a sua história de publicações. Ele começa de fato uma campanha, uma cruzada mundial contra a religião, e é o que ele prega neste livro. O conceito de Deus trazido por Dawkins, é de que Deus não passa de uma história da carochinha, ou seja, são histórias criadas para explicar tudo que conhecemos, mas irreais e sem nenhuma lógica. A idéia da existência de um Criador para ele não passa de “uma falsa crendice mantida diante de fortes evidências contraditórias”. E o que ele vai argumentar no livro, são estas fortes evidências contraditórias. Ele convoca através do livro

PRELETOR: Welbe Bragança TEXTO: 1Pe 3:15- DATA: 26/07/

uma cruzada contra a religião e uma das frases que evidencia isso, mostrando claramente seus objetivos é esta: “Ateus do mundo uni-vos... quanto mais gente sair do armário, mais fácil será para os outros fazerem o mesmo. Pode ser que haja uma massa crítica escondida para iniciarmos uma reação em cadeia”. Este é seu objetivo: Iniciar uma reação em cadeia. Esse livro foi publicado em 2006, e ele já está atingindo muito dos seus objetivos traçados ali. Outro propósito que ele também deixa claro, por meio do livro, é: “Se esse livro funcionar do modo como espero, os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o terminarem” DD.pg.29. Por que esse assunto é importante? Por que gastaríamos o nosso tempo estudando a respeito de um livro secular, apontando para a Bíblia, quando poderíamos gastá-lo ouvindo da Palavra de Deus? Qual é a importância de priorizarmos este livro se existem tantas publicações sobre ateísmo, se existem tantos livros que defendem que Deus não existe. Por que este, em especial? A resposta para isto está baseada em três pontos que iremos abordar ao longo desta mensagem:

  • Quem é Richard Dawkins, o autor. -Como ele fala, neste livro: “Deus, um Delírio”. -O quê ele fala, e quais são seus argumentos.

2 – Quem é Richard Dawkins e qual a sua

importância?

Dawkins é um biólogo evolucionista, ateu, professor em Oxford, pesquisador de Oxford e um popular divulgador de ciência. E como comentarista de ciência, política e religião, ele é conhecido como um dos intelectuais mais respeitados no mundo. O que pode ser falado a respeito dele, após a publicação desse livro? Que ele tem feito o mundo mudar a forma como se discute sobre esse assunto: a existência ou não de Deus. Além disso, através de diversos fatos científicos, Dawkins prova que Deus não existe. Assim, estarei abordando dois pontos importantes sobre o que se tem falado dele: fatos e provas. Dawkins foi aclamado em 2005 como um dos três maiores intelectuais do mundo. E pela agressividade com que ele defende suas idéias, recebeu o apelido de “Rottweiler de Darwin”, porque ele usa o darwinismo como, segundo ele, prova contrária a existência de Deus. Agora, eu queria colocar algumas expressões encontradas na mídia para descrever Dawkins, só nos últimos vinte e seis dias:

  • O maior pensador da nossa geração.
  • Polêmico e desafiador.
  • De capacidade intelectual muito acima da média.
  • Ícone do ateísmo contemporâneo.
  • Desde Nietzsche, não se atacava Deus com tanta veemência.
  • A última palavra da ciência em oposição ao obscurantismo criacionista.
  • Um dos intelectuais mais influentes do mundo em sua cruzada contra a religião. Na primeira semana de julho deste ano, ele esteve aqui no Brasil participando de dois eventos: um, encerrando um evento mundial de literatura em Parati, a FLIP, e outro, sendo homenageado num congresso mundial de comportamento animal. E o que a imprensa falou a respeito dele, e de sua passagem pelo Brasil, foi um momento histórico.

Essas expressões de louvor e reverência a Dawkins vêm de fontes conhecidas, como CNN, New York Times, TIME, National Geografic, Discovery Channel, Sociedade de Comportamento Animal, Rede Globo, Folha de SP, O Globo, FLIP, Super Interessante, Época, etc.. Dawkins é encontrado em literaturas de expressão. Quando eu fiz esta pesquisa, apenas digitando o nome dele no Google, encontrei 5.810. links. Não sei hoje, quantos encontraria. Na mesma hora, digitei ”gripe suína” e achei menos do que isto. Como gripe A H1N encontrei 6 milhões. É bem sugestiva esta comparação, não é? Nós estamos diante de uma pessoa de imensa influência no mundo. No livro de 1Pe 3:15-16, que é o texto que vou usar como base, fala o seguinte: “Antes, santifiquem a Cristo, como Senhor, em seus corações, estando sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.” O que nós estamos vivendo no mundo hoje - e voltarei a falar sobre este texto depois – é o questionamento da razão da nossa fé. Quando ouvimos um depoimento vindo de uma pessoa como Dawkins, o que ele fala é lei, perante as pessoas. O meio acadêmico acata tudo o que ele fala, mas o mundo também acata, assim como a mídia e a política. Ao que ele fala se dá crédito, simplesmente por se tratar de uma das pessoas mais inteligentes do mundo, como é considerado. E a Bíblia fala que diante de um questionamento da razão da nossa fé, nós temos que estar preparado para responder. Então, Richard Dawkins pode não ser muito importante para mim ou para você. Mas o fato é que ele já influenciou e vai influenciar ainda mais o mundo onde nós, nossos filhos, amigos,

O detalhe, e em especial em relação a estes três, é que são teólogos de séculos atrás que não necessariamente, representam o pensamento teológico moderno. E ele critica sobretudo os antigos, mas em especial Tertuliano. A expressão de crítica que ele usa em boa parte de seu livro é “Capelão do Diabo”, para criticar Tertuliano. Ele critica inclusive, uma frase que Tertuliano não mencionou. Ao ser questionado sobre isso, depois da publicação do livro, sobre qual a fonte consultada, disse que foi um site não oficial da Internet. Não é um site proveniente de uma universidade ou de algo que possa ser levado a sério, que seja consistente. Indagado a respeito, ele responde simplesmente: “se não foi Tertuliano, tudo bem.” Como é possível alguém que se propõe a falar sobre ciência, ou a falar com rigor científico, que não tem a preocupação de checar a fonte? Isto já é motivo suficiente para pensarmos um pouquinho a respeito. A marca do seu discurso tem sido: A- Agressividade B- Ridicularização C- Autoridade... “O porta voz da ciência moderna ao mundo”. A partir de seu nome, da importância que ele tem, sobretudo o prestígio que goza, ele chama a atenção do mundo e fala: “ presta atenção em mim!. O que eu falo é ciência. Quem pensa como eu é sério, é cientista, e quem não pensa assim, não merece crédito.” Ele está se colocando como porta voz da ciência moderna ao mundo e, alguém, inadvertidamente, considerando o nome de quem fala, considerando quem ele é, se não parar para pensar no que está por trás de algumas coisas ali, pode cair numa armadilha. 2Co. 11.13, fala : “Pois tais homens são falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo.” Estamos acostumados com este tipo de coisas em nosso meio. Estamos acostumados a ligar a TV e ver alguém falando muitos enganos em nome de Cristo. Do mesmo jeito que falsos

apóstolos se levantam em nosso meio e chamam para si uma autoridade que não têm, falando em nome de Cristo. Mas no fundo, olhamos e vemos que ele está querendo fama, dinheiro e está enganando a população. Dawkins está fazendo isto do outro lado. Pela ciência, ele está chamando para si uma autoridade que ele não tem.

4 – O que ele fala em “Deus, um delírio”

Agora, o que fala Dawkins? Quais são seus argumentos? Um dos homens mais inteligentes do mundo, um dos intelectuais mais reconhecidos do mundo, fala com deboche e crítica para a imensa maioria da população. Ele não está falando focado para cientistas. Ele está falando para a população em geral, com a finalidade de ganhar adeptos, para conseguir convencer o máximo de pessoas possível a conseguir seu objetivo. Com deboche, criticando, ele fala: “Você é inteligente? Então você pensa como eu. Se você acredita nessas histórias, você não é sério. Seria a mesma coisa que você acreditar em papai Noel, fadinha de jardim, e coisas do tipo.“ Agora, o que Dawkins fala? É lógico que não dá para expor todos os seus argumentos, mas, existem três, que ele mesmo aponta como principais, e ele resume isso no final dos capítulos do livro. Então, o primeiro ponto, onde irei gastar mais tempo nele, que Dawkins usa como principal argumento é:

1- A ciência refutou Deus

Dawkins afirma que a ciência jogou Deus para as periferias culturais, ou seja, se você é inteligente, então você não acredita em Deus. Crença em Deus é para ser abraçada por fanáticos e religiosos. Aqueles que saem de casa num domingo à noite para ir à igreja, ouvir sobre a Bíblia são fanáticos, dentro do conceito dele. E segundo ele, não chegariam a jogar um avião contra um prédio, mas, se ao passar em um beco escuro o encontrasse e não houvesse

nenhuma testemunha, em nome da fé, dariam um fim nele. Ele afirma dentro desse tópico, que o conhecimento científico leva naturalmente ao ateísmo e que, quanto maior o nível intelectual, maior o conhecimento, maior a inteligência de uma pessoa, menor a possibilidade dela crer em Deus. Assim, se você se acha inteligente, você não acredita. Ele também afirma que é quase consenso na ciência - e essa palavra quase é dele mesmo –a inexistência de Deus. Para comprovar isso, ele gosta de citar alguns nomes. E ele cita grandes nomes, da ciência moderna e do passado, reconhecidos mundialmente como Francis Crick, que desvendou a estrutura do DNA, Daniel Dennett, filósofo famoso. Alguns ateus radicais e filósofos antigos também são citados por ele: Jeremy Bentham, para quem gosta de Lost (série de TV). Ele gosta de chamar Jeremy Bentham, de seu aliado. Mas, ele também mostra muitas pesquisas. E pesquisa é o que não falta a esse respeito. Ele mostra que poderia citar milhares de cientistas no mundo que pensam como ele, que Deus não existe. Portanto, diante de tantos nomes como os que citei, diante de milhares de pessoas que também não crêem em Deus, a ciência refutou Deus. E se alguém pensa diferente disso, não considere. É esta a ideia que ele passa. O problema dessa afirmação em especial, é o seguinte: do mesmo jeito que Dawkins pode citar uma lista de grandes nomes, ou citar as pesquisas, nós, ou a religião, por outro lado, podemos citar também grandes nomes reconhecidos da ciência. Eu vou citar alguns que falam o oposto do que ele defende. E, eu elegi alguns, em especial, Bruce Alberts, o autor do livro “The cell”. É difícil um biólogo no mundo que não tenha usado esse livro. É um dos livros mais usados no mundo da biologia celular e molecular. Alberts, mais do que um autor muito conhecido, é o presidente da Academia Nacional de Ciência nos Estados Unidos. Em

função de toda essa repercussão causada pelo livro de Dawkins, ele publicou uma nota oficial da Academia Nacional de Ciências, como presidente, como representante oficial de uma comissão de cientista, dizendo: “A existência ou a inexistência de Deus é uma questão sobre a qual a ciência é neutra”. Porque ele chegou a essa conclusão e, a Academia publicou isso, estarei abordando mais adiante. Agora, mais importante até do que Alberts, é Stephen Jay Gould. Jay Gould também foi um popular divulgador de ciência e, Dawkins só tem a posição e o reconhecimento que tem, porque Gould morreu em 2002. Stephen Gould era ateu e pertencia a mesma linha de Dawkins. Era ateu da mesma forma que Dawkins e igualmente evolucionista, porém, ele sempre deixou claro durante sua vida através de livros, artigos e, em especial, no livro “Pilares do Tempo”, que não via nenhuma incompatibilidade entre aceitar tudo o que vem da ciência, inclusive no seu caso, a evolução, e a crença em Deus. Ele não cria em Deus, por opção, mas não via nada de suicídio intelectual nisso. Stephen Gould é reconhecido como um dos intelectuais mais influentes do século XX. É autoridade em evolução no mundo, reconhecido pela mídia no século XX. Professor de evolução em Havard, paleontólogo, ele escreveu o seguinte: “Ou metade dos meus colegas é absolutamente estúpida, ou então a ciência darwinista é totalmente compatível com as crenças religiosas convencionais”. Crenças religiosas convencionais que ele menciona, é “um Deus pessoal que você pode orar e falar com Ele”. Além dele, existe Alister McGrath, autor do livro “O Delírio de Dawkins”, e este eu escolhi citar, porque ele é religioso. Eu citei dois ateus que falam o oposto de Dawkins, porém, este é religioso, ativo em sua igreja. Vários vídeos de palestras dele podem ser encontrados na Internet, bem como livros com alguns artigos ou posições teológicas. Ele é religioso, também evolucionista como Dawkins, mas crê em Deus e defende isto neste livro “O Delírio de

Alguém do meio acadêmico não sabe do que eu estou falando? Uma das principais engrenagens que movem as pesquisas no mundo é isso: vaidade e orgulho. É destacado quem publica mais, quem tem mais aluno, quem tem mais homenagens, quem tem mais placas, quem colocou seu nome num prédio, quem conseguiu cada vez mais. É vaidade, vaidade, vaidade. É um competindo com o outro. Então, esta questão, mais do que rigor científico, esse debate está muito longe de ser um debate de ciência. Trata-se de quem é mais inteligente. Quem tem um argumento melhor para poder convencer ao máximo, é quem ganha a briga. Mas, Dawkins está vestindo isto de conclusão. 1 Co 3.18-19 “ Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. 19 Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.” Salmo 53.1 : “Diz o insensato em seu coração: “Não há Deus..” Loucura, insensatez, opção errada. Dawkins está fazendo a opção dele. Um dos homens tido como um dos mais inteligentes do mundo, está fazendo as opções dele e levando milhares a acreditar, porque ele disse. Mas é loucura!É isto o que a Bíblia está falando. É escolha. Então, sobre este ponto: a ciência refutou Deus? Não! O conhecimento científico não leva naturalmente ao ateísmo. Muito pelo contrário, como veremos no próximo tópico. Dawkins não tem autorização e nem autoridade para poder falar em nome de todos os cientistas, embora ele seja um grande cientista. Ele tem um livro, e eu aprendi a gostar do Dawkins através deste livro, que se chama “O Gênio Egoísta”. Ele escreve muito bem. Lançou uma teoria fantástica para genética. Mas, ele não tem autoridade para falar em nome de toda a ciência, para fazer uma afirmação destas. Mas ele está chamando para si esta autoridade.

Portanto, a ciência não refutou Deus. É um pressuposto errado. É uma afirmação errada que ele chama de conclusão, mas não é.

2- A ciência prova que quase com certeza Deus não existe

O segundo ponto na sua argumentação, e que ele considera de maior importância, não é o mais extenso, mas é o mais importante, são seus argumentos científicos a respeito da não existência de Deus. Ele fala que a ciência prova que quase com certeza, Deus não existe. E o uso da expressão quase ele justifica dizendo que por ser um cientista, ele não pode falar que é com certeza. Mas ele fala que a ciência prova com quase certeza que Deus não existe. E para falar isso, ele discorre em um capítulo, onde ele chama ali seu argumento central: “A extrema improbabilidade da existência de Deus”. E melhor do que eu interpretar isso e explicar tudo, o capítulo é enorme, mas ele na última página deste capítulo faz um resumo onde diz: “Você não quer ler as 500 páginas do meu livro? Não leia. Leia pelo menos estes dois capítulos.”O que eu acabei de falar “a ciência refutou Deus” e o que irei abordar. “Você não quer ler isto tudo? Leia pelo menos este resumo, porque aqui eu tenho tudo o que eu preciso” é o suficiente para poder dar o empurrãozinho que falta na imensa maioria da população. Só falta este incentivo para virar ateu e comprar com ele esta briga. Então eu queria ler este pedacinho onde ele resume as suas idéias muito bem:

  • “Um dos grandes desafios para o intelecto humano é explicar a aparência complexa de design no universo”... Aqui, ele já começa a entrar em contradição com as suas afirmações do capítulo anterior.
  • “A tentação natural é atribuir a aparência de design a um design verdadeiro. A tentação é falsa, porque a hipótese de que haja um projetista suscita imediatamente o

problema maior sobre quem projetou o projetista?”. A grande pergunta de um dos homens mais inteligentes do mundo, no seu livro, é: “Quem criou o Criador?” “Com a evolução darwiniana, podemos dizer com segurança que a ilusão do design não passa disso – uma ilusão.

  • Porém não temos ainda algo equivalente para a física, mas o princípio antrópico nos dá o direito de postular uma dose de sorte bem maior do que nossa intuição se sente confortável.” E ele conclui:
  • “Se o argumento deste capítulo for aceito, Deus, quase com certeza, não existe. Essa é a principal conclusão do meu livro”. O que Dawkins está falando é o seguinte: você olha para o mundo, você olha para a vida, para o cérebro humano e você tem a impressão de que existe um Criador. Se você pesquisar muito, você vai encontrar o tempo todo evidências de que existe um criador. Só que estas evidências são falsas. A conclusão natural seria você dizer que então, existe um criador. Mas ele fala que isso é falso porque, se você falar que existe um criador, você gera uma pergunta: Quem criou o Criador? Essa é a grande questão. Eu vou responder isto mais adiante. Agora, sobre a improbabilidade, ele ainda fala o seguinte: “Na física, nós não temos algo como a evolução, para poder falar como a vida surgiu sem precisar de Deus. Na física não encontramos isso. Então, eu não posso perder a esperança de que um dia vai ter uma resposta. Mas, desde já, eu não tenho que acreditar num Criador. E então, essa história do princípio antrópico que ele descreve muito neste capítulo, é o seguinte: estamos nós aqui, seres altamente improváveis, vivendo num planeta altamente improvável, num sistema solar altamente improvável, num universo infinitamente improvável, mas por menor que sejam as chances disso tudo ter acontecido... aconteceu. E se aconteceu eu não preciso de Deus para explicar, foi sorte. Sorte – esta é a

palavra que ele usa. Esses são os grandes argumentos, segundo ele próprio, para o livro que está mudando a maneira como o mundo discute esta questão... E está. Salmo 14.1: “ Diz o tolo em seu coração: “Deus não existe”. Corromperam-se e cometeram atos detestáveis; não há ninguém que faça o bem.” Salmo 10.4:” O perverso em sua soberba não investiga; que não há Deus, são todos as suas cogitações.” A Bíblia está falando que um tolo como Dawkins, tira suas próprias conclusões, e tenta convencer o mundo, e todo mundo acredita, mesmo que ele esteja falando sem investigar. Um tolo diz e muitos perversos, soberbos, orgulhosos, vaidosos, simplesmente não investigam. E por que não investigam? Porque ele é inteligente, temos que pensar como ele. Então, levantam a bandeira e vão em defesa da causa. Vão fazer doações para a sua fundação, vão espalhar cartazes, vão influenciar as escolas, cursinhos. Há pouco tempo, alguém conversando comigo disse que estava meio em crise pela maneira como estavam colocando estas questões no cursinho. Pedi para que ela relaxasse e lesse um pouco, concluindo que existe muita coisa por trás disso. Não é porque se fala com autoridade, que se pode considerar como verdade. Agora, para responder a esses argumentos dele, tem duas respostas principais que eu queria colocar: Quem criou o Criador? O Presidente da Academia Nacional de Ciências, Bruce Alberts, disse que a ciência é neutra no que diz respeito a existe ou não Deus, baseado na seguinte conclusão: se Deus existe, e se Ele é tão poderoso ao ponto de criar o universo, tão complexo, com leis tão complexas, para criar algo tão difícil de ser explicado pelo cérebro humano, Ele está muito acima disso. Tão acima disso, que Ele está fora do sistema. Deus não está no universo. Ele não está sujeito às leis do universo. E dessa maneira, a Academia Nacional de Ciências, por meio de Alberts disse o seguinte: A ciência não

como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” Continuando ainda, no versículo 16: “Contudo, façam isso com mansidão e respeito.” Deus espera que nós estejamos preparados para responder a qualquer questionamento. De fato, Ele espera isto de nós. Ele quer que nós estudemos, que pensemos. Amar a Deus, é com a mente, com o coração e com a mente também. Agora, o grande problema: uma capa da revista VEJA mostra Darwin em uma guerra de 150 anos – por que tanta raiva? Por que tanta ira? Por que tanta agressividade contra nós, cristãos? E agora, em especial, eu gostaria de falar a nós, evangélicos cristãos. Faz sentido haver agressividade contra radicais que jogam, como Dawkins vive citando, aviões em prédios, contra os terroristas, mas, contra nós, cristão- judeus perseguidos?! Não faz sentido. Mas, faz sim. Nós estamos em guerra há décadas. E a forma como nós estamos guerreando tem sido exatamente da mesma maneira como Dawkins está fazendo agora. Eu me apaixonei pelo assunto criação e evolução com 11 anos de idade. Comecei a ler e li muito, muita literatura sobre isso. Li tudo que a JUERP tinha publicado quando eu tinha doze anos, li o que estava na biblioteca do meu pai. Fui procurando mais livros e fui lendo. Concluí que existem tantas coisas absurdas que nós mesmos escrevemos e publicamos, e demos entrevista, e fazemos programa de televisão. Colocamos palavras na boca de cientistas que não disseram. Distorcemos o que eles falaram, publicamos livros, atacando, por exemplo, uma teoria da evolução que nem sequer existe. Não quero apontar especificamente qual, mas criticamos uma teoria da evolução que não existe. Por exemplo, criticamos o “Lamarckismo” que veio antes de Darwin como se fosse o Darwinismo.

Deixando claro que o autor do livro que queria criticar nem mesmo leu o que Darwin escreveu. Colocamos palavras distorcidas na boca deles, mudamos o que eles falaram. Nós estamos atacando com agressividade, menosprezo, ridicularização, há décadas. O nosso discurso foi terrível e pesado, nas décadas de 60, 70 e 80 e nós melhoramos o nosso discurso na década de 90, quando chegou o design inteligente. Então, dá para entende. Até eu já fiquei muito revoltado lendo alguns livros. Como é que pode se falar isso? Não é isso. Como se pode criticar isso, se isso nem existe?! Nós não tratamos isso com o devido respeito, ao ponto de ir pesquisar as fontes. Nós usamos como base um livro escrito por outro, que usou uma fonte escrita por outro, e não conferimos. Achamos que entendemos, e criticamos e publicamos. Dá para entender o motivo de tanta raiva contra nós. E que o que o texto de Pedro está dizendo é que, nós temos que estar preparados para responder a razão da nossa fé, mas com mansidão e respeito. Ridicularizar não é o caminho. Eu falei algumas coisas aqui, que antes de concluir, eu queria fazer uma propaganda. Eu falei algumas coisas que talvez tenha lançado dúvidas em alguém por causa de evolução. Mas, a IBCU estará disponibilizando um curso que se chama “Questões de Gênesis”, em alguns meses. E neste curso nós iremos tratar sobre correntes teológicas diferentes e de interpretação das escrituras a respeito de criação e evolução. Na própria IBCU, analisando algumas pessoas, eu consegui identificar sete correntes diferentes. Algumas delas aceitam a evolução como uma ferramenta que Deus usou para criar, sem deixar de interpretar as escrituras de uma maneira literal. Nós vamos estudar um pouco disso, não defendendo uma corrente ou outra, mas o que eu queria deixar claro é o seguinte: essa evolução, crer ou não crer, essas questões são importantes para quem tem de ser. Isto é secundário. Eu não tenho que criar uma barreira entre os que crêem. Eu não tenho que levantar uma muralha

em volta de mim e me preparar para a guerra, impedindo que aqueles que estão buscando a verdade a enxerguem do lado de cá, porque eu estou atacando com coisas que não são fundamentais. Um perdido precisa de Cristo. Um perdido não precisa ter uma posição formada a respeito do Armagedom, da evolução, ou da criação, de quanto tempo duraram os seis dias da criação. Isso é secundário. Isso vem depois. Um perdido precisa de Cristo. E se ele está sendo abordado por nós, com a finalidade de ser convencido pela minha teologia sem apresentar o fundamental, eu estou levantando uma barreira. E isso não é aconselhável. Não é isto que Deus está esperando. Não é isto que é o fundamental.

7 - Conclusão – Como responderemos a isso?

Para concluir, quando eu fui incumbido de falar sobre este livro, eu fiquei com medo. A minha primeira reação foi essa. Porque eu ia discutir com Dawkins e eu sou fã dele, para outras coisas que ele escreve. Mas, na verdade, quando você lê o livro dele, é isso que você encontra. Quando você vai vendo os comentários de outros cientistas que foram lendo, os comentários a respeito dele, o que se tem em mente sempre quando se lê o livro dele, é decepção. É um livro emocional e não técnico. Não é ciência, é sobre ciência, com a opinião do autor, vestida de conclusão. Não tem a prerrogativa de falar por todos, embora fale. Não é embasado em comprovações sérias. Os textos usados só servem de pretexto para impressionar. O que ele diz é verdade só porque foi dito por ele? Não. Mas, ele está mudando a maneira como o mundo discute esta questão. Ele está mudando a maneira como as escolas estão abordando esta questão. A forma de abordagem está mudando por causa dele.

Dawkins tem capacidade e autoridade para falar em nome de todas as áreas da ciência? Não. Mas ele está chamando para si esta autoridade. E vindo de quem vem, todo este louvor, esta reverência, este respeito que nós vimos, tem o apoio da mídia. Sua formação e conhecimento lhe dão o direito de colocar pontos finais em discussões de décadas de todas as áreas da ciência? Não. Mas ele está mudando o mundo. Ele está conseguindo milhares de adeptos para poder influenciar a política, para poder influenciar as universidades, para poder influenciar as escolas. A ciência refutou Deus? Não. Mas o mundo está acreditando nele. Como que nós vamos responder a isso? O que Deus espera de nós? Deus espera que estejamos preparados para responder a qualquer questionamento sobre a razão da nossa fé, com mansidão e com respeito.