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Neste experimento, os teores de Na e K foram determinados em amostras de bebidas pela análise fotométrica, com o auxílio de gráficos foi possível a determinação da concentração dos elementos em cada amostra analisada. A determinação desses elementos químicos é relevante e, em alguns países, a sua declaração no rótulo de alimentos é obrigatória, devido à influência que ambos exercem sobre o controle da pressão arterial.
Tipologia: Notas de estudo
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Trabalho realizado para ser avaliado na ETEC Trajano Camargo no componente Curricular AQI – Análise de Química Instrumental
Professor: Edivaldo Química 3º Ciclo Alunos: Gabriel Gomes Venture 17 Rafael da Silva Antunes 27 Wesley Vieira Gomes 30
Neste experimento, os teores de Na +^ e K+^ foram determinados em amostras de bebidas pela análise fotométrica, com o auxílio de gráficos foi possível a determinação da concentração dos elementos em cada amostra analisada. A determinação desses elementos químicos é relevante e, em alguns países, a sua declaração no rótulo de alimentos é obrigatória, devido à influência que ambos exercem sobre o controle da pressão arterial.
Estimar, a partir da análise fotométrica, a concentração de Na +^ e K+^ em amostras de bebidas.
A fotometria de chama é a mais simples das técnicas analíticas baseadas em espectroscopia atômica. Nesse caso, a amostra contendo cátions metálicos é inserida em uma chama e analisada pela quantidade de radiação emitida pelas espécies atômicas ou iônicas excitadas. Os elementos, ao receberem energia de uma chama, geram espécies excitadas que, ao retornarem para o estado fundamental, liberam parte da energia recebida na forma de radiação, em comprimentos de onda característicos para cada elemento químico. Apesar da simplicidade da técnica, diversos conceitos importantes estão envolvidos no desenvolvimento de experimentos usando a fotometria de chama, desde os princípios de espectroscopia até a estatística no tratamento de dados, passando por preparo de amostra e eliminação de interferências.
A espectroscopia atômica, devido à sua grande relevância para o avanço das ciências naturais, há vários textos relacionados com o tema, destacando-se os de Jarrell, que apresenta um histórico da análise por emissão atômica entre 1660-1950, o livro de Lajunen sobre análise espectroquímica por emissão e
absorção atômicas e o artigo de Filgueiras sobre as relações da espectroscopia e a química, entre inúmeros outros. Os parágrafos abaixo são uns resumos do que citam estes autores. Tais textos destacaram a teoria corpuscular da luz de Isaac Newton (1666), que foi o primeiro a observar a decomposição da luz branca ao incidir em um prisma, resultando no aparecimento de diferentes cores, o que o levou a supor que a luz seria composta de partículas minúsculas, que se deslocariam em altas velocidades. Já Christian Huygens, físico holandês, apresentou em 1678 a teoria ondulatória da luz que, atualmente, é mais aceita. A construção das grades de difração, iniciada em 1786, pelo astrônomo americano David Rittenhouse possibilitou avanços tecnológicos que permitiram a construção de um espectroscópio por Joseph Fraunhofer, entre 1814 e 1824. O espectroscópio é um instrumento ótico que possibilita a separação de radiações com distintos comprimentos de onda. Um dos desenvolvimentos interessantes ao longo do século XIX é a observação de linhas escuras no espectro contínuo da luz solar. Essas linhas escuras, foram observadas por William Hyde Wollaston em 1802, porém só posteriormente foram explicadas como causadas por processos de auto-absorção gerados por nuvem de átomos frios, presentes na periferia solar. Ressalta-se que o termo frio aqui utilizado se justifica comparativamente às temperaturas observadas no núcleo do sol. Em 1859, Bunsen desenvolveu um queimador no qual se observava a intensidade de emissão dos elementos de forma mais evidente. Kirchhoff
para o desenvolvimento das técnicas baseadas na espectroscopia atômica em química analítica, durante o século XX. Os desenvolvimentos feitos a partir dessas observações levaram a erros e acertos, podendo ser usados para demonstrar que o desenvolvimento científico se dá por etapas, que nem sempre as conclusões são verdades absolutas e que as teorias científicas são revistas e freqüentemente aprimoradas.
A fotometria de emissão em chama baseia-se na introdução de uma amostra em solução em uma chama na forma de um aerossol. A chama excita os átomos induzindo as amostras a emitir radiação eletromagnética na região UV-VIS; a intensidade da luz emitida é proporcional à concentração desta espécie química de interesse, ou seja: I=kC
Os processos mostrados diagramaticamente a seguir ocorrem durante o processo de medida da intensidade de um determinado analito:
A chama exerce um papel muito importante na fotometria de emissão atômica, pois ela é responsável por dessolvatar, vaporizar, atomizar e excitar eletronicamente o átomo em análise. É uma fonte de excitação mais fraca do que o plasma e, normalmente poucas raias de cada elemento são excitadas. O parâmetro mais importante de uma chama é a temperatura. Ela exerce um papel fundamental na relação entre o número de espécies excitadas e não excitadas. Por exemplo, um aumento de 10K (2500K para 2510K) na temperatura de emissão relacionada à linha de ressonância do sódio produz um aumento de 4% no número de átomos de sódio excitados, e conseqüentemente um aumento no sinal. Este efeito da temperatura sobre o sinal analítico pode ser observado a partir da equação de Boltzmann:
Onde:
em cada nível;
enquanto a chama acetileno/ar proporciona a temperatura para a excitação da maioria dos metais. Existe um fator que contribui para o ruído e, quando em excesso, reduz os limites de detecção e a precisão das análises. É a radiação emitida pela própria chama na região UV-VIS, denominada radiação de fundo. Esse fenômeno é conhecido como auto-emissão.
Além do problema da auto-emissão, existem alguns tipos de interferências que podem prejudicar a medida do sinal de emissão do analito, sendo classificadas em:
Interferências espectrais: Relacionam-se com outros tipos de radiações que ocorrem na faixa de comprimentos de onda isolada para o analito. Durante o processo podem ocorrer interferências espectrais como: Sobreposições de raias ou bandas e/ou radiação contínua, espalhamento da luz, auto-absorção do analito e emissão de radiação de fundo;
Interferências químicas: São as interações entre o analito e outras espécies presentes na matriz que afetam o sinal analítico. Normalmente ocorrem através da formação de um composto termicamente estável (refratário) envolvendo o analito;
Interferências físicas: Essas interferências podem ocorrer através de:
Na análise quantitativa por emissão atômica, os métodos utilizados são os seguintes:
Método por curva analítica: Consiste em representar graficamente o modelo de calibração através de uma curva de calibração. A curva analítica deve passar o mais próximo possível dos pontos obtidos experimentalmente, e o método utilizado para se obter a melhor aproximação é o método dos mínimos quadrados.
Método do padrão interno: Consiste em adicionar às amostras, às soluções-padrão e ao branco, uma quantidade conhecida de uma espécie de referência chamada de padrão interno. Para se construir a curva analítica, é lançada nas ordenadas a razão entre o sinal do analito e o sinal do padrão, e nas abscissas, as concentrações das soluções-padrão do analito.
Método por adições de padrão (MAP): É um método utilizado para se corrigir o efeito de matriz. Pode-se recorrer ao MAP quando o efeito de matriz não é desprezível e não é possível utilizar o método das matrizes casadas.
Para este experimento utilizamos os seguintes materiais: 1 balão volumétrico de 1000 mL (vidrolabor), 10 balões volumétricos de 100mL (pyrex), 6 balões volumétricos de 50mL (pyrex), pipetas volumétricas de 1 a 10mL (pyrex) , 1 béquer de 100mL (nalgon), 1 béquer de 250mL (nalgon), pipeta de pasteur, e aparelho fotômetro com filtro de sódio e potássio com cubetas (DIGIMED). E os seguintes reagentes: Solução Padrão contendo 1000 ppm de Na +^ e
1000 ppm de K +, vinho seco, coca-cola, fanta laranja, soda limonada, gatorade de
limão e suco de laranja.
Primeiramente preparamos a solução padrão pesando 4,4763 g de brometo de sódio e 1,9103 g de cloreto de potássio, e dissolvemos em 1 balão volumétrico de 1 L, onde a solução passou a conter 1000 ppm de Na+^ e 1000 ppm de K +.
Após preparo da solução padrão, transferimos a mesma para balões volumétricos de 100 mL em quantidades de 1,2,3,4,5,6,7,8,9 e 10 mL e identificamos. Logo após, coletamos e transferimos para 6 balões volumétricos de 50 mL, 10 mL de vinho, coca-cola, fanta laranja, soda limonada, gatorade de limão e suco de laranja e acertamos o menisco com água destilada. Depois do preparo das soluções realizamos o experimento no aparelho fotométrico. Colocamos o controle abre/fecha na posição fecha. Pressionamos a chave força, a lâmpada acendeu e o compressor foi ligado. Giramos
completamente no sentido horário o ajuste de gás cuidadosamente. Giramos o ajuste de gás 4 voltas no sentido anti-horário e abrimos o mesmo na fonte. Colocamos o controle abre/fecha do gás na posição abre e apertamos a chave de ignição. Posicionamos o seletor de filtro para de sódio. Inserimos o tubo de aspiração numa cubeta contendo água destilada e esperamos 15 minutos para a estabilização da temperatura. Ajustamos o controle ajuste zero, de modo a ler zero no medidor quando se aspira água destilada. Aspiramos uma solução padrão de concentração superior às concentrações que esperamos obter das amostras. Ajustamos o controle de sensibilidade grossa e fina para ficar no centro da escala. Cuidadosamente ajustamos o controle de ajuste de gás até se obter o valor mais alto possível da escala. Reverificamos os ajustes de zero e sensibilidade até que ambos estivessem corretos. Aspiramos à solução mais concentrada da bateria de sódio e acertamos em 100 da escala do aparelho. Aspiramos às outras soluções da bateria, inclusive a soluções amostra. Traçamos a curva de intensidade versos concentração, determinamos graficamente a concentração de sódio nas amostras analisadas. Repetimos os procedimentos anteriores para a análise de potássio, traçamos a curva de intensidade versos concentração e determinamos graficamente a concentração de potássio nas amostras analisada conforme mostra os gráficos e tabelas abaixo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 1. Preparo das soluções padrões para balão volumétrico de 100 ml e emissões do aparelho fotométrico.
Padrões e amostra
Conc. Na+ (mg/L)
Emissões Na+ (emissões)
Conc. K+ (mg/ L)
Emissões K+ (emissões)
Branco 0 nosso 0 nosso 1 10 13 11 10 21 33 2 20 22 18 20 41 40 3 30 30 26 30 61 59 4 40 37 35 40 80 74 5 50 45 42 50 97 95 6 60 55 49 60 114 117 7 70 59 56 70 128 130 8 80 64 62 80 144 142 9 90 71 67 90 159 157 10 100 76 73 100 176 172 Vinho 13 (diluído) Estourou Coca-cola 59 45 Gatorade 46(diluído) 166 Fanta (laranja) 51 65(diluído) Soda limonada 49 58
Suco 36 Estourou
(mL)
Coca-cola Sódio 49mg (140 ppm)
350 0,075mg/mL (75ppm ) Potássio 0,023mg/mL (22,6ppm ) Fanta Sódio 31mg (88,6 ppm)
350 0,063 mg/mL (63ppm ) Potássio - 0,032mg/mL (32ppm no diluído) (91 ppm no conc.) Gatorade Sódio 90mg (450 ppm)
200 0,058mg/mL (58ppm no diluído) (290ppm no conc.) Potássio 24mg (120 ppm)
0,096 mg/mL (96ppm ) Sprit Sódio 35mg (100 ppm)
350 0,06 mg/mL (60ppm ) Potássio - 0,029mg/mL (29ppm) Suco de laranja
Sódio 0 200 0,041 mg/mL (41ppm ) Potássio 110mg (550 ppm)
Concentração alta
Vinho Sódio - 200 0,011mg/mL (11ppm no diluído) (55 ppm no conc. ) Potássio - -
OBS: diluição 1:
Cálculo para concentração das amostras analisadas:
C1 x V1 = C2 x V
Concentração em ppm da amostra = X = Concentração encontrada no gráfico Volume utilizado da amostra Volume do balão utilizado
CONCLUSÃO
Através do método fotométrico e da curva analítica de concentração, foram obtidos os valores das concentrações de sódio e potássio nas amostras. As medidas feitas para as amostras apresentaram um erro grande em relação ao descrito nas embalagens devido a variação de fabricação. Para a amostra de coca-cola encontramos 75 ppm de sódio e 22,6 ppm de potássio. Na Fanta foi encontrado 63 ppm de sódio e 32 ppm de potássio, Gatorade 58 ppm sódio e 96 ppm de potássio, Sprit 60 ppm de sódio e 29 ppm de potássio, Suco de Laranja 41 ppm de sódio, Vinho 55 ppm de sódio. A fotometria de emissão em chama se mostra uma técnica bastante útil para a determinação de sódio e potássio. Tomando-se os devidos cuidados podem-se obter resultados bastante satisfatórios com a implantação dos métodos de adição de padrão e da curva analítica. .
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS