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Este documento detalha um método colorimétrico para a determinação de ferro em soro ou plasma, utilizado em laboratórios de hematologia. Aborda a introdução ao ferro no organismo, a anemia por perda de ferro, o procedimento passo a passo do método colorimétrico, a análise dos resultados e a interpretação dos dados. Inclui tabelas, figuras e exemplos práticos para auxiliar na compreensão do método.
Tipologia: Exercícios
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Disciplina de Hematologia - Sistemas Biomédicos Profa. Dra. Silvia Pierre Irazusta Eduardo Zambotti Marzocchi Laís Oliveira de Barros
Introdução O ferro encontra-se distribuído no organismo em diferentes formas, sendo ela na hemoglobina, ferro tissular e mioglobina. O transporte de ferro é realizado pela proteína transportadora apotransferrina e o complexo formado com o ferro é denominado transferrina. A ferritina, localizada em quase todas as células do corpo, constitui uma reserva de ferro disponível para a formação da hemoglobina e outras proteínas que contêm o grupo heme, tanto a transferrina como a ferritina encontram-se nas células da mucosa intestinal e ambas regulam a absorção de ferro (LABORLAB, 2014). A anemia por perda de ferro representa um dos transtornos orgânicos mais frequentes em crianças, mulheres jovens, grávidas e idosos. As técnicas fotométricas para a determinação de ferro em soro baseiam -se na formação de um complexo com um cromogênio. O ferro é liberado do complexo de transferrina em meio ácido e se reduz a Fe2+^ com ácido ascórbico, após isso reage com o reagente de cor dando origem a um complexo de cor azul que é medido a 600 nm, sendo que a absorbância obtida é diretamente proporcional à concentração de ferro (LABORLAB, 2014). Método Colorimétrico direto para a determinação de ferro em soro ou plasma Procedimento Em três tubos marcados B (Branco de Reagente), P (Padrão) e D (Desconhecido), colocar: Tabela 1 – procedimento B P D Água bidestilada 200 μL -------- -------- Padrão -------- 200 μL -------- Amostra -------- -------- 200 μL Reagente A 1 mL 1 mL 1mL
Figura 3 – amostra com reagente B Fonte: Próprio autor, 2022 Misturar imediatamente. Voltar a ler cada tubo em 5 minutos, levando o aparelho a zero com água. Estabilidade da mistura de reação final. Os tubos devem ser lidos entre 5 e 30 minutos após completados os passos do procedimento. Leitura dos tubos Padrão (P) Branco (B) Desconhecido (D) 0,221 0,577 0, Figura 8: resultado lido Figura 9: resultado lido Figura 10: resultado lido Fonte: Próprio autor, 2022. Cálculos dos resultados: Corrigir as leituras de P e D, subtraindo os Brancos correspondentes: P corrigido: P2 – B1 = 0,221 – 0 = 0, D corrigido: D2 – (B1+B2) = (0-(0+0,577)) = 0, Onde: f = 100 ug/dL (Padrão) / P corrigido F = 100 / P2 = 100/0,221 = 452, D corrigida x f : Dc x f = 0,577 x 452,48 = 261,08 ug/dL Valores de Referência:
Homens: 114,6 ug/dL Mulheres: 103,3 ug/dL Ao total 4 equipes realizaram os mesmos procedimentos, gerando os seguintes resultados: G1 G2 G3 G 0 50 100 150 200 250 300 350
Concentração de Fe Linear (Concentração de Fe) Media Conclusão Ao observar os valores do gráfico em comparação aos valores de referência de ferro para homens e mulheres, pode-se notar que todos os resultados encontrados estão discrepantes do que é considerado normal. Isso sugere que a dispersão dos valores pode estar relacionada a desvios na preparação das amostras, na coleta dos valores no equipamento ou no cálculo para a determinação da concentração de ferro. Para obter resultados confiáveis e precisos, é essencial garantir que os procedimentos de coleta de amostras, preparação e análise sejam realizados de forma adequada e seguindo as boas práticas laboratoriais. Qualquer desvio ou erro pode afetar significativamente os resultados obtidos, tornando-os inconfiáveis e inconclusivos.