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Desigualdade - Redação, Exercícios de Sociologia

Desigualdade: Um debate que merece atenção - Redação Pronta

Tipologia: Exercícios

2022

À venda por 15/12/2022

camila-cunha-56
camila-cunha-56 🇧🇷

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Desigualdade: um debate que merece atenção
A desigualdade social no Brasil é um impasse secular e mal resolvido. Tantas
foram as tentativas de governos populistas para sanar tal problema, que
fracassaram porque eram apenas para tentar "tapar o sol com a peneira" e criar
uma falsa ilusão de que ela está sendo reduzida, quando o que ocorreu é
exatamente o contrário: ela aumentou muito desde 2002. A crise de 2015 deu
uma leve diminuída neste mal, mas por que todos ficaram mais pobres, com
menos recursos.
As políticas de igualdade e qualidade de vida estão fortemente atreladas à
educação, que no Brasil segue um sistema pífio e fracassado: pobres pagam
para ricos estudarem nas melhores universidades públicas. Esse sistema
recebeu várias críticas, inclusive de Barbara Bruns, diretora do banco mundial.
A privatização de universidades públicas e a criação de um sistema de bolsas
para alunos com menos recursos (tal como o ProUni) seria um meio para se
alcançar a diminuição da desigualdade e colaboraria com o crescimento das
instituições, uma vez que a iniciativa privada é mais eficiente que o serviço
público ao gerir. A cobrança de mensalidade de alunos ricos também poderia
ajudar a não resolver parte do problema, mas também diminuir o
sucateamento dos referidos centros de ensino.
Outra política feita de forma estúpida são as cotas. De fato, negros tiveram
menos acesso à educação que brancos, mas não foram todos, contudo pobres
sempre têm menos acesso à educação que ricos. Por este motivo, as cotas, no
geral, deveriam ser de 60% das vagas, sendo a maior parte delas destinadas a
alunos carentes e outra parte considerável destinada aos negros, que seria
injustiça excluí-los de tal sistema que tem, de certa forma, beneficiado uma parte
deles (e que pode ser melhorado muito!). Algumas universidades, como a USP,
por exemplo, passaram a adotar um sistema semelhante no SISU: a maior parte
das vagas é para quem estudou em escola pública em determinados cursos,
como o de Direito.
Por outro lado, não adianta criar normas bem-feitas se não houver
fiscalização. O hábito corruptivo está enraizado no sangue do brasileiro, e como
diz Friedric Bastiat em "A Lei": “o homem tende a fazer o que é mais fácil: se
roubar/falsificar for mais fácil que trabalhar, é isso que ele fará”. Essa frase reflete
o que muitos alunos com boas condições financeiras costumam fazer: falsificar
documentos para burlar o sistema do ProUni. A conduta, chamada de falsidade
ideológica, além de lesar o sistema educacional e os vestibulandos, é
caracterizada como crime contra a fé pública, já que fere também a dignidade do
Estado.
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Desigualdade: um debate que merece atenção

A desigualdade social no Brasil é um impasse secular e mal resolvido. Tantas foram as tentativas de governos populistas para sanar tal problema, que fracassaram porque eram apenas para tentar "tapar o sol com a peneira" e criar uma falsa ilusão de que ela está sendo reduzida, quando o que ocorreu é exatamente o contrário: ela aumentou muito desde 2002. A crise de 2015 deu uma leve diminuída neste mal, mas por que todos ficaram mais pobres, com menos recursos. As políticas de igualdade e qualidade de vida estão fortemente atreladas à educação, que no Brasil segue um sistema pífio e fracassado: pobres pagam para ricos estudarem nas melhores universidades públicas. Esse sistema já recebeu várias críticas, inclusive de Barbara Bruns, diretora do banco mundial. A privatização de universidades públicas e a criação de um sistema de bolsas para alunos com menos recursos (tal como o ProUni) seria um meio para se alcançar a diminuição da desigualdade e colaboraria com o crescimento das instituições, uma vez que a iniciativa privada é mais eficiente que o serviço público ao gerir. A cobrança de mensalidade de alunos ricos também poderia ajudar a não só resolver parte do problema, mas também diminuir o sucateamento dos referidos centros de ensino. Outra política feita de forma estúpida são as cotas. De fato, negros tiveram menos acesso à educação que brancos, mas não foram todos, contudo pobres sempre têm menos acesso à educação que ricos. Por este motivo, as cotas, no geral, deveriam ser de 60% das vagas, sendo a maior parte delas destinadas a alunos carentes e outra parte considerável destinada aos negros, já que seria injustiça excluí-los de tal sistema que tem, de certa forma, beneficiado uma parte deles (e que pode ser melhorado muito!). Algumas universidades, como a USP, por exemplo, passaram a adotar um sistema semelhante no SISU: a maior parte das vagas é para quem estudou em escola pública em determinados cursos, como o de Direito. Por outro lado, não adianta só criar normas bem-feitas se não houver fiscalização. O hábito corruptivo está enraizado no sangue do brasileiro, e como diz Friedric Bastiat em "A Lei": “o homem tende a fazer o que é mais fácil: se roubar/falsificar for mais fácil que trabalhar, é isso que ele fará”. Essa frase reflete o que muitos alunos com boas condições financeiras costumam fazer: falsificar documentos para burlar o sistema do ProUni. A conduta, chamada de falsidade ideológica, além de lesar o sistema educacional e os vestibulandos, é caracterizada como crime contra a fé pública, já que fere também a dignidade do Estado.

Dentre todos os meios usados para combater o problema da desigualdade, um merece atenção: educação. Ela é fundamental, e quando se investe nela, há uma transformação generalizada nas pessoas, além de fazer os indivíduos desenvolverem uma abordagem em relação ao mundo de uma forma muito mais completa e inteligente, fazendo, assim, com que todas as mentes busquem qualidade de vida e desenvolvimento social, o que aumenta o crescimento do país e reduz seus problemas.