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Saiba como utilizar o design thinking para desenvolver projetos sociais e comunitariais. Aprenda as etapas e ferramentas básicas deste processo criativo, que visa colocar a comunidade no centro do desenvolvimento. Compreender as necessidades, criar ideias e prototipar soluções em parceria com a comunidade.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Empatia e cocriação , duas palavras que andam lado a lado quando o assunto é um projeto Enactus. Segundo o dicionário, empatia é a capacidade de se colocar no lugar de um grupo e entender as necessidades e sentimentos do mesmo. Cocriação é algo criado em conjunto. Os projetos Enactus são construídos para a comunidade, ela é o público-alvo e deve ser protagonista dele. Uma abordagem utilizada para o desenvolvimento de projetos nesse aspecto é o Design Thinking, que busca a partir de um levantamento de necessidades, a criação de forma coletiva e colaborativa de um projeto, em uma perspectiva de empatia máxima com a comunidade, no qual ela é colocada como centro do desenvolvimento do mesmo. O Design Thinking propõe uma alteração de modelos mentais, em que a mudança implica menos em dar respostas e mais em saber fazer perguntas que permitam uma aproximação e um novo olhar para o problema que se quer abordar. Escutar a comunidade e entender como é a realidade dela faz com que a inovação desenvolvida seja eficiente e impacte realmente as pessoas. Em um TEDx, Ernesto Sirolli cita um caso alertando sobre a importância de ouvir comunidades antes de implementar alguma ideia. Confira no link: https://goo.gl/3sPV5a (História Real)
Dividiremos o Design Thinking em 4 etapas: imersão, reflexão, ideação e prototipação. Esta é uma abordagem simplificada em relação ao modelo padrão do Design Thinking, porém contém as principais etapas no processo de elaboração de um projeto. As etapas do Design Thinking podem ser divididas em fases de divergência e convergência. As fases de divergência são aquelas em que abrimos as opções que procuramos o máximo de ideias, propostas e informações. No design Thinking são as fases em que abrimos o leque, as fases em ímpares (imersão, ideação). Já as fases de convergência são quando conversamos com o que trouxemos das fases
● Incentive histórias - este é o momento para criar empatia com a pessoa entrevistada. ● Procure por inconsistências. Às vezes o que as pessoas dizem que fazem e o que elas realmente fazem trazem inconsistências que muitas vezes escondem insights interessantes ● Procure por sinais não verbais - perceba reações, emoções. Será útil na hora de analisar as respostas. ● Registre todas as informações - será importante para as próximas etapas. ● Saiba escutar. Fonte: Design Thinking aplicado em projetos Sociais. Fundação Telefônica Uma outra alternativa para obtenção de informações sobre a comunidade (espaço, pessoas, interações) é seguir o roteiro de observações:
A partir dos dados obtidos a partir da primeira etapa é necessário relacioná- los e fazer uma síntese de informações para análise da equipe. O objetivo desta fase é o entendimento do problema e do contexto, ampliando a perspectiva sobre ele. Neste momento todos os participantes se reúnem para compartilhar o que foi coletado, o que cada um sentiu e pensou nas dinâmicas iniciais. O trabalho que antes era o subjetivo e individual, passa a ser coletivo , onde há o trabalho em equipe para junção de informações. A equipe irá se reunir, compartilhar e relatar tudo que viram e ouviram nas visitas e as informações levantadas nas entrevistas. É interessante descrever a pessoa e a situação da mesma. ● O que chamou sua atenção? ● Quais são suas maiores dores e necessidades? ● O que foi interessante sobre o seu comportamento? ● O que foi surpreendente?
Outra ferramenta para o Time conseguir ter um panorama geral a respeito da comunidade é o MAPA DE EMPATIA , no qual são colocados dores, sentimentos, desejos e pensamentos, falas e ações. Além dessas ferramentas, temos também o DIAGRAMA DE AFINIDADES , uma técnica que visa, como as outras, tornar visíveis e disponíveis todas as informações e impressões coletadas na fase de exploração, estabelecer conexões entre elas e entender as necessidades das pessoas envolvidas no problema.
Atenção para esta etapa! Ao decorrer dela irão surgir pensamentos a respeito de soluções aos problemas encontrados, porém o Time corre o risco de não explorar as necessidades e oportunidades o suficiente e retirar conclusões precipitadas. Caso o Time ache necessário propor outro mapeamento de necessidades, é válido voltar para a fase anterior e obter mais informações para melhor análise da comunidade. Neste momento o Time deverá ter informações analisadas e compiladas, onde se destacam características básicas da comunidade, as necessidades que a mesma possui, prioridades, pontos fortes e fracos.
Feito o levantamento e síntese de informações, agora é a hora do Time gerar e selecionar ideias que possam trazer respostas e soluções para as necessidades da comunidade. Relacionar as experiências de fases anteriores com a percepção das necessidades ajuda a gerar ideias mais efetivas para a comunidade. Pensando na cocriação do projeto, no qual o Time e a comunidade devem estar alinhados, esta etapa deve ser feita junto à comunidade. É importante que os envolvidos se sintam parte do projeto visando tanto o engajamento das pessoas como a sustentabilidade do projeto. Um dos fins para projetos Enactus é o Time saindo do projeto futuramente e a comunidade dará a continuidade, portanto é fundamental que estejam satisfeitos e contemplados em relação às atividades desenvolvidas desde o início da Ideação (Existem diversos outros fins para um projeto Enactus, como por exemplo criação de negócios sociais, políticas públicas, disciplina da universidade, replicação, aumento de escala, entre outros que façam sentido). Uma técnica utilizada nesta etapa é o brainstorming , ou chuva de ideias, em português. O Time apresentará a situação-problema e os envolvidos levantarão propostas de projetos. É interessante coletar ideias de todas as partes interessadas : Comunidade, órgãos públicos, empresas envolvidas, membros do time, professor conselheiro, BAB. O objetivo desta atividade é a geração de ideias em quantidade.
Um arco sem flecha, é igual a uma ideia sem ação. Neste momento, acontecerá a concretização das ideias escolhidas. Essa é uma fase importante, pois o Time começa a convergir , novamente, as ideias e pensamentos para uma única proposta. Para ajudar na definição das ideias que serão implementadas é interessante elencar as potencialidades e limitantes de cada uma delas, assim com as potencialidades podemos ver os caminhos futuros que poderão ser trilhados dentro daquela opção, e também conseguimos ver os limitantes, aquilo que está fora do nosso alcance trabalhar ou resolver. Exemplo: Algumas políticas públicas e/ou limitações de atuação do grupo (Ex: Inviabilidade tecnológica). Seguem abaixo alguns exemplos de ferramentas que mostram-se muito úteis durante essa etapa.
A Matriz Básico que é uma ferramenta muito interessante para trabalhar a priorização , baseado em 6 critérios. Essa ferramenta consiste em uma planilha que dando notas de 1 a 5 conseguimos avaliar: benefícios, abrangência, satisfação interna, investimentos, clientes ou beneficiados, e operação. Ela deve ser feita para cada opção/ideia a ser avaliada, tendo ao final uma somatória que indica quais opções ideias tem prioridade para execução com base nesses critérios, de modo que o que tem a somatória maior da pontuação tem maior prioridade.
Fonte: Trainee 2013- Unilever
Além disso, o Time poderá fazer um estudo de viabilidade de cada ideia para que o Time consiga ver a aplicabilidade e viabilidade dela, pensando em desenvolver e esboçar modelos de negócio. Estes estudos analisam recursos financeiros, humanos, estruturais (validação com a comunidade. Uma das ferramentas utilizadas para visualização de forma rápida e objetiva do projeto é o Modelo Canvas , no qual serão levantados pontos estratégicos essenciais e o Time poderá desenvolver o projeto na teoria como um todo antes da aplicação. Pode-se utilizar outras técnicas para complementar essa fase de prototipação e validação, como Análise SWOT e uma Análise dos Riscos que o projeto pode enfrentar, ambas possibilitam que o Time pense em possíveis alternativas incrementar o escopo do projeto.
Depois da validação “teórica”, o projeto deverá sair do papel e ser colocado em prática , sendo constantemente validado (Visando sua melhoria contínua). O Time passa a executar as atividades e impactar pessoas. A partir disso, o Time deverá desenvolver indicadores para que consigam mensurar os resultados, metas e objetivos do projeto e receberá, também, um feedback constante da comunidade , possibilitando que o Time consiga fazer adaptações e aumentando seu impacto positivo.
O uso do Design Thinking nos projetos Enactus é fundamental, diminuindo o gap entre Time Enactus e comunidade. Percebe-se que ele traz em sua proposta a empatia, relevando a participação e importância da comunidade no processo de criação do projeto e seu devido escopo, visto que desde o começo são analisadas as reais dificuldades e necessidades, tornando os projetos mais eficientes, inovadores e impactantes.