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Guias e Dicas
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Costura Industrial em Superfícies Têxteis: Diretrizes para o Designer de Moda, Slides de Design

Uma pesquisa sobre a costura industrial e suas aplicações na produção de superfícies têxteis de vestuário. A pesquisa explora as técnicas de costura industrial como recurso criativo, examinando suas interconexões com o design de superfícies e os aspectos técnicos da costura industrial. O documento inclui uma revisão bibliográfica e relata os resultados de experimentos, oferecendo diretrizes para auxiliar o designer de moda a desenvolver superfícies têxteis a partir da costura industrial.

O que você vai aprender

  • Quais são as principais ferramentas e materiais utilizados na costura industrial?
  • Quais são as principais técnicas de costura industrial e como elas podem ser usadas no Design de Superfícies?
  • Como as características do material têxtil influenciam a escolha de agulhas, linhas e pontos de costura?
  • Como as técnicas de costura industrial afetam as superfícies têxteis em termos de estrutura e aparência?

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Roseli
Roseli 🇧🇷

4.6

(91)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação
Programa de Pós-Graduação em Design
Ana Cláudia de Abreu
DESIGN DE SUPERFÍCIES: A COSTURA INDUSTRIAL COMO
RECURSO CRIATIVO EM PRODUTOS DO VESTUÁRIO
Bauru
2020
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Baixe Costura Industrial em Superfícies Têxteis: Diretrizes para o Designer de Moda e outras Slides em PDF para Design, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

Programa de Pós-Graduação em Design

Ana Cláudia de Abreu

DESIGN DE SUPERFÍCIES: A COSTURA INDUSTRIAL COMO

RECURSO CRIATIVO EM PRODUTOS DO VESTUÁRIO

Bauru 2020

Ana Cláudia de Abreu

DESIGN DE SUPERFÍCIES: A COSTURA INDUSTRIAL COMO

RECURSO CRIATIVO EM PRODUTOS DO VESTUÁRIO

Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Campus de Bauru, como requisito à obtenção do Título de Mestre em Design – Área de Concentração: Planejamento de Produto. Orientadora: Profª. Dra. Marizilda dos Santos Menezes Bauru 2020

BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Marizilda dos Santos Menezes Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP Orientadora Profa. Dra. Márcia Luiza França da Silva Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG Prof. Dr. José Carlos Plácido da Silva Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

AGRADECIMENTOS

A DEUS , pela minha vida e pelo dom da inteligência. Aos ilustres professores da banca, Dr. Plácido e Dra. Márcia , pela disponibilidade e contribuições que ajudaram enriquecer essa pesquisa. Aos demais Professores do Programa de Pós-Graduação em Design – Unesp (FAAC) , pelos conhecimentos compartilhados durante as disciplinas. À Família LeMode , pela amizade, troca de experiências e conhecimentos. Aos meus pais , que me acompanharam desde o início dessa jornada, apoiando-me em todas as situações e acreditando no meu potencial; sem eles, seguramente, não teria chegado até aqui. Às demais pessoas que fazem parte da minha vida, minha irmã Nathália, Tias, Vovó Jacira, primas e primo. Obrigada por terem vivenciado ao meu lado essa experiência. Ao Bruno , pessoa especial em minha vida, pelo amor e apoio incondicional. Aos meus amigos , Conrado, Luana, Marina, Tathia e Vanessa, companheiros de viagens, desafios e alegrias. Sou grata por ter convivido com vocês enquanto realizada esse trabalho. À Coordenação do curso de Design de Moda e Engenharia Têxtil da UTFPR-Apucarana , por terem disponibilizado os laboratórios para a realização dos experimentos desta pesquisa. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Brasil (CAPES) , por ter financiado esta pesquisa. Muito obrigada a todos!

RESUMO

Na produção de produtos de vestuário, a costura industrial é empregada nas superfícies têxteis como elemento de materialização, ou seja, a união de duas ou mais camadas de tecidos por meio de pontos de costura que resultam em um produto tridimensional. Neste âmbito, a pesquisa buscou explorar seu aspecto criativo em superfícies de vestuário, ancorados nos fundamentos e procedimentos do Design de Superfícies, para gerar superfícies inovadoras com aspectos representacionais, projetuais e relacionais. Para tanto, foram elaboradas etapas, as quais caracterizam como uma investigação exploratória, com aplicações de experimentos por meio de quatro técnicas de costura industrial em materiais têxteis. Como resultado, foram elencadas diretrizes que possam orientar o Designer de Moda a desenvolver superfícies de vestuários baseadas nos Fundamentos do Design de Superfícies, nos aspectos técnicos da costura industrial e nas características dos materiais têxteis. Palavras-chave: Design. Design de Superfícies. Costura Industrial. Materiais Têxteis.

ÍNDICE DE FIGURAS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CM Centímetros DS Design de Superfícies FDS Fundamentos do Design de Superfícies G Gramas M Massa Metros Quadrados MT Materiais Têxteis NBR Norma Brasileira Número Nm Números Métricos PC Processo Criativo PE Processo Executivo PM Produto Multifacetado SE Superfície Envoltória SO Superfície Objeto TP Tecido Plano

  • Figura 1: Estrutura da Pesquisa
  • Figura 2: Mural em gruta em Congul, Lérida, na Espanha..............................
  • Figura 3: Agulhas primitivas.............................................................................
  • Figura 4: Tesouras séc. II d.C e séc. XVIII
  • Figura 5: Evolução da máquina de costura (1750 a 1852)..............................
  • Figura 6: Evolução das máquinas de costura industrial
  • Figura 7: Relação da máquina de costura aos movimentos artísticos
  • Figura 8: Desenho técnico de camiseta
  • Figura 9: Superfície Revestimento/ Coleção Valentino, Resort
  • Figura 10: Superfície Objeto, roupa inteligente
  • Figura 11: Fundamentos do DS com módulo de costura
  • Figura 12: Aplicação de módulo de costura em saias
  • Figura 13: Processo Criativo
  • Figura 14: Processo Executivo
  • Figura 15: Processo Multifacetado
  • Figura 16: Vestido Zimmermann, Coleção resort
  • Figura 17: Processo híbrido e Fundamentos do DS
  • Figura 18: Processo Multifacetado e Processo Interdisciplinar
  • Figura 19 Competências do DS
  • Figura 20: Princípio da Tecelagem, entrelaçamento fios de urdume e trama
  • Figura 21: Técnica matelassê..........................................................................
  • Figura 22: Técnica nervura
  • Figura 23: Técnica franzido
  • Figura 24: Técnica franzido com linha elástica
  • Figura 25: Componentes da agulha
  • Figura 26: Tipos de pontas de agulhas
  • Figura 27: Características Ponto
  • fixo Figura 28: Partes do cabeçote da máquina industrial de costura reta de ponto
  • Figura 29: Bobina e Caixa de bobina
  • Figura 30: Cruzamento das variáveis para realização dos experimentos
  • Figura 31: Categoria no Protocolo: Informações sobre os tecidos
  • Figura 32: Categoria Preparo da amostra
  • Figura 33: Parâmetros Representacionais
  • Figura 34: Elementos da Linguagem Visual
  • Figura 35: Aspectos Representacionais no Protocolo
  • Figura 36: Parâmetros Projetuais
  • Figura 37: Aspectos Projetuais no Protocolo
  • Figura 38: Parâmetros Relacionais
  • Figura 39: Aspectos Relacionais no Protocolo
  • Figura 40: Cabeçalho do Protocolo
  • Figura 41: Distribuição dos corpos de prova a serem cortados
  • Figura 42: Cortador de amostras, béquer e balança analítica
  • Figura 43: Agulha e linhas
  • Figura 44: Reparação e execução das técnicas 1 e
  • Figura 45: Calcador de franzir usado na máquina industrial de costura reta
  • Figura 46: Amostras Técnica Matelassê..........................................................
  • Figura 47: Elementos da Linguagem Visual na técnica matelassê
  • Figura 48: Amostras técnica nervura
  • Figura 49: Elementos da Linguagem visual na técnica nervura
  • Figura 50: Amostras Técnica Franzido
  • Figura 51: Elementos da Linguagem visual na técnica franzido
  • Figura 52: Amostras Técnica Franzido com linha elástica
  • Figura 53: Elementos da Linguagem Visual técnica franzido com elástico
  • Figura 54: Organização gráfica das diretrizes
  • Tabela 1 - Numeração das agulhas no Sistema Singer ÍNDICE DE TABELAS
  • Tabela 2: Adequação entre agulha e linha
  • Tabela 3: Adequação entre gramatura de tecido, agulha e linha
  • Tabela 4: Classes e tipos de pontos de costura
  • Tabela 5: Cálculo da gramatura dos tecidos
  • Quadro 1: Máquinas de Costura doméstica (1930 a 1970)............................. ÍNDICE DE QUADROS
  • Quadro 2: Máquina industrial e doméstica de costura reta
  • Quadro 3: Abordagens Projetuais do DS, SCHWARTZ (2008)
  • Quadro 4: Classificação dos tecidos na tecelagem
  • Quadro 5: Tratamentos Estruturais do DS
  • Quadro 6: Aspectos Projetuais da técnica matelassê
  • Quadro 7: Aspectos projetuais da técnica nervura
  • Quadro 8: Aspectos Projetuais da técnica franzido
  • Quadro 9: Aspectos Projetuais técnica franzido com elástico
  • INTRODUÇÃO
  • 1 PROPOSIÇÃO
  • 1.1 Questão de pesquisa e hipótese
  • 1.2 Objetivos da pesquisa
  • 1.3 Estrutura gráfica da pesquisa
  • 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  • 2.1 História da costura e a sua relação com o design.....................................
  • Superfícies 2.2 Abordagens projetuais, fundamentos e competências do Design de
  • 2.3 Materiais Têxteis: tecido plano
  • 2.4 A costura industrial em superfícies do vestuário
  • 2.5 Aspectos técnicos da costura industrial
  • 2.5.1 Agulha
  • 2.5.2 Linhas e fios
  • 2.5.3 Classes e Pontos de costura
  • 2.5.4 Máquina Industrial de Costura Reta
  • 3 MATERIAL E MÉTODOS
  • 3.1 Protocolo com parâmetros para análise dos experimentos
  • 3.2 Seleção dos materiais para os experimentos............................................
  • 3.2.1 Seleção dos tecidos................................................................................
  • 3.2.2 Identificação das gramaturas dos tecidos
  • 3.2.3 Seleção dos recursos técnicos de costura
  • 3.2.4 Preparo dos tecidos para os experimentos
  • 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
  • costura industrial............................................................................................ 4.1 Diretrizes para desenvolver superfícies têxteis em vestuário a partir da
  • CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................
  • REFERÊNCIAS
  • APÊNDICE A

INTRODUÇÃO

Manipular superfícies têxteis para obter um produto de vestuário, trata-se de um processo fundamentado em técnicas de configuração que ao serem selecionadas pelos designers de moda, permitem a construção de formas, volumes e texturas. Deste modo, ao serem atreladas às propriedades dos têxteis podem ressaltar ou minimizar as características corpóreas. Neste âmbito, a costura refere-se a uma das técnicas dos produtos de vestuário que tem como objetivo unir todas as partes dos moldes têxteis bidimensionais e transformá-los em tridimensionais, por meio da repetição uniforme da passagem da agulha com linha na superfície de um material têxtil (MT), formando um laço, denominado ponto de costura. Embora a costura seja tratada como meio de materialização desde a pré-história, em meados do século XVIII, mais específico com o advento da Revolução Industrial, o processo foi mecanizado e com isso surgiram equipamentos voltados para ampliar suas formas de aplicação em MT. Porém, nas indústrias do vestuário a função da costura industrial no processo de produto permanece semelhante à definida na pré-história, já que as primeiras etapas do processo de vestuário consistem na construção de moldes com base em uma tabela de medidas; em seguida são cortados em MT para enfim serem costurados. Ao alterar a posição da costura industrial para identificar suas potencialidades e ser considerada um recurso condutor no projeto de design de vestuário, é necessário correlacioná-la aos fundamentos e procedimentos do Design. O Design de Superfícies (DS) é uma especialidade do Design e possui fortes conexões com o Design Têxtil – por ser a base para a configuração dos vestuários. A partir do momento em que as particularidades que envolvem o processo da costura industrial (agulhas, linhas, fios, classes, pontos de costura e maquinários) foram relacionadas aos fundamentos,

1 PROPOSIÇÃO

1.1 Questão de pesquisa e hipótese Diante da investigação proposta por este trabalho, a pesquisa tem como linha condutora a seguinte questão para ser respondida: Como a costura industrial pode se tornar um elemento criativo para desenvolver projetos de Design de Superfícies em produtos do vestuário? Para tanto, foi gerada a seguinte hipótese: É possível considerar a costura industrial como um recurso criativo para desenvolver projetos de superfícies em vestuário, ao relacionar seus aspectos técnicos com as áreas do Design de Moda, Têxtil e os Fundamentos do Design de Superfícies. 1.2 Objetivos da pesquisa Esta pesquisa tem como objetivo geral explorar as possibilidades da costura industrial em materiais têxteis, para traçar diretrizes de desenvolvimento de superfícies em produtos de vestuário, que relacionam as abordagens projetuais e as competências do Design de Superfícies com o processo técnico de execução da costura industrial. Os objetivos específicos são: ▪ Investigar os fundamentos, as abordagens projetuais e as competências do Design de Superfícies; ▪ Compreender as particularidades da Costura Industrial; ▪ Verificar as alternativas de aplicação da Costura Industrial como recurso criativo nas superfícies têxteis;

▪ Discutir os resultados dos experimentos correlacionando a Costura Industrial como recurso de projeto interdisciplinar no Design de Superfícies; ▪ Estabelecer Diretrizes fundamentadas nos Design, Design de Superfícies, Design de Moda e Design Têxtil para desenvolver projetos de superfícies por meio da Costura Industrial. 1.3 Estrutura gráfica da pesquisa A Figura 1, apresenta a estrutura gráfica da pesquisa, na qual é possível verificar as intersecções dos conhecimentos teóricos e a sequência metodológica adotada.