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Guias e Dicas
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Desgaste de freio pesados, Manuais, Projetos, Pesquisas de Mecânica

Desgaste de freio pesada caminhão

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2024

Compartilhado em 12/07/2024

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wellington-oliveira-6x3 🇧🇷

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OS PERIGOS DO SUPERAQUECIMENTO DE FREIOS E PNEUS
Sua consequência na segurança e na vida útil dos pneus de caminhões e ônibus
1. INTRODUÇÃO
Frequentemente ocorrem acidentes, acompanhados ou não de estouros de pneus,
como resultado de um superaquecimento dos freios e consequentemente dos pneus.
Temperaturas muito elevadas das lonas de freio (acima de 250ºC) reduzem a eficiência
do sistema pela diminuição progressiva do atrito entre as lonas e os tambores. Além disto, o
calor propaga-se, danificando peças do sistema, principalmente os pneus, câmaras de ar,
protetores, guarnições das válvulas (pneus sem câmara) e os núcleos das válvulas.
Dependendo dos níveis de temperatura transmitidos às rodas e do tempo de
exposição, poderão ocorrer trincas na região dos talões, derretimento de câmara de ar,
quebras na borracha dos talões durante a desmontagem e até a explosão do pneu
(temperaturas acima de 140ºC).
A utilização de sistemas de monitoramento de pressão e temperatura dos pneus
é a melhor forma de evitar todos esses problemas, reduzindo os custos de operação e
minimizando as chances de acidentes. O investimento inicial na aquisição de tais
sistemas é rapidamente revertido em redução de custos.
2. OS TALÕES DOS PNEUS
Os talões são responsáveis pela fixação do pneu ao veículo através da roda, portanto,
fazem parte da região mais crítica do pneu, onde se concentram os esforços de aceleração e
frenagem transmitidos do veículo ao solo.
Um superaquecimento nesta região (temperatura acima de 80ºC) provoca danos
irreversíveis na borracha que sustenta a ancoragem dos cordonéis da carcaça ao aro do pneu.
A temperatura excessiva faz com que a borracha perca suas propriedades físicas,
permitindo que a pressão interna do pneu expanda a carcaça, através do desenrolamento
brusco ou contínuo dos cordonéis que envolvem o aro do pneu do aro.
COMO CONSEQUÊNCIAS:
Nos casos mais críticos, ruptura no talão conforme imagens abaixo;
Surgimento de trincas circunferenciais na altura dos talões;
Ebolização (mais comumente e erroneamente tratada por baquelização) que torna a
borracha dos talões quebradiça durante a montagem ou desmontagem do pneu;
Deteriorações das câmaras de ar e protetores que se grudam um ao outro, ou
dependendo do grau do aquecimento, o derretimento da câmara de ar, causando perda
rápida de pressão do pneu;
No caso dos pneus sem câmara, os danos nos talões provocam perda de pressão, pois
esta região é responsável pela vedação do conjunto roda-pneu.
Também nos pneus sem câmara, as guarnições de borracha das válvulas se
deterioram causando perda de pressão do ar.
3. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA VIDA ÚTIL DOS PNEUS
Para usufruir do potencial máximo da durabilidade de um pneu, é necessário que a
temperatura dos talões (medida na base dos mesmos) mantenha-se próxima de 80ºC.
Acima desta temperatura inicia-se um processo de degradação térmica dos talões
que reduz progressivamente a vida útil do pneu.
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OS PERIGOS DO SUPERAQUECIMENTO DE FREIOS E PNEUS

Sua consequência na segurança e na vida útil dos pneus de caminhões e ônibus

1. INTRODUÇÃO

Frequentemente ocorrem acidentes, acompanhados ou não de estouros de pneus, como resultado de um superaquecimento dos freios e consequentemente dos pneus.

Temperaturas muito elevadas das lonas de freio (acima de 250ºC) reduzem a eficiência do sistema pela diminuição progressiva do atrito entre as lonas e os tambores. Além disto, o calor propaga-se, danificando peças do sistema, principalmente os pneus, câmaras de ar, protetores, guarnições das válvulas (pneus sem câmara) e os núcleos das válvulas.

Dependendo dos níveis de temperatura transmitidos às rodas e do tempo de exposição, poderão ocorrer trincas na região dos talões, derretimento de câmara de ar, quebras na borracha dos talões durante a desmontagem e até a explosão do pneu (temperaturas acima de 140ºC).

A utilização de sistemas de monitoramento de pressão e temperatura dos pneus é a melhor forma de evitar todos esses problemas, reduzindo os custos de operação e minimizando as chances de acidentes. O investimento inicial na aquisição de tais sistemas é rapidamente revertido em redução de custos.

2. OS TALÕES DOS PNEUS

Os talões são responsáveis pela fixação do pneu ao veículo através da roda, portanto, fazem parte da região mais crítica do pneu, onde se concentram os esforços de aceleração e frenagem transmitidos do veículo ao solo.

Um superaquecimento nesta região (temperatura acima de 80ºC) provoca danos irreversíveis na borracha que sustenta a ancoragem dos cordonéis da carcaça ao aro do pneu.

A temperatura excessiva faz com que a borracha perca suas propriedades físicas, permitindo que a pressão interna do pneu expanda a carcaça, através do desenrolamento brusco ou contínuo dos cordonéis que envolvem o aro do pneu do aro.

COMO CONSEQUÊNCIAS:

  • Nos casos mais críticos, ruptura no talão conforme imagens abaixo;
  • Surgimento de trincas circunferenciais na altura dos talões;
  • Ebolização (mais comumente e erroneamente tratada por baquelização) que torna a borracha dos talões quebradiça durante a montagem ou desmontagem do pneu;
  • Deteriorações das câmaras de ar e protetores que se grudam um ao outro, ou dependendo do grau do aquecimento, o derretimento da câmara de ar, causando perda rápida de pressão do pneu;
  • No caso dos pneus sem câmara, os danos nos talões provocam perda de pressão, pois esta região é responsável pela vedação do conjunto roda-pneu.
  • Também nos pneus sem câmara, as guarnições de borracha das válvulas se deterioram causando perda de pressão do ar.

3. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA VIDA ÚTIL DOS PNEUS

Para usufruir do potencial máximo da durabilidade de um pneu, é necessário que a temperatura dos talões (medida na base dos mesmos) mantenha-se próxima de 80ºC.

Acima desta temperatura inicia-se um processo de degradação térmica dos talões que reduz progressivamente a vida útil do pneu.

No gráfico a seguir, o potencial de vida útil do pneu é função da temperatura máxima atingida nos talões, de forma contínua, excluídos quaisquer outros fatores.

4. PRINCIPAIS CAUSAS DO SUPERAQUECIMENTO DOS FREIOS

Diversos fatores contribuem, em conjunto ou isoladamente, no superaquecimento dos freios, podemos dividi-los em dois grupos: operacionais e manutenção.

4.1 Operacionais

  • O trânsito urbano nas grandes cidades exige o uso mais frequente dos freios, muitas vezes associados a uma forma de condução agressiva, provocadas pelo "stress";
  • As regiões montanhosas também exigem mais intensidade do uso dos freios quando não são respeitadas as regras de boa condução, tais como: empregar corretamente o freio motor, descer na marcha correta, etc.;
  • O transporte com excesso de carga aumenta consideravelmente a energia cinética do veículo, provocando forte dissipação de calor nos freios durante as frenagens;
  • Velocidades excessivas ou incompatíveis com as condições de tráfego ou das estradas também forçam o uso dos freios, gerando maior dissipação de calor. A energia cinética é proporcional ao quadrado da velocidade; Ec=1/2MV2. Por exemplo, se a velocidade aumenta duas vezes, a energia cinética aumenta 4 vezes;
  • No caso dos conjuntos atrelados cavalo mecânico + semirreboque e/ou "Julieta", o uso incorreto e abusivo do freio do implemento (através do "manete" ou "manequim") força o sistema de freios dos implementos, concentrando excesso de calor nos freios dos mesmos. Em alguns países europeus, este sistema já foi abolido e em outros sua atuação sofreu limitação na pressão de frenagem, justamente para evitar os riscos de seu uso indevido. Apenas para citar um exemplo, o risco de um conjunto destes entrar em "L" após a utilização excessiva dos freios do SR aumenta significativamente, uma vez que os freios do SR superaquecidos perdem boa parte da sua eficiência. Nestas condições um leve toque no pedal do freio que atua sobre o conjunto, acabará atuando apenas no CM, uma vez que os freios do SR estarão com pouca eficiência, possibilitando a entrada em “L”.
  • O desprezo ao freio motor nos declives ou paradas do veículo força o uso mais intenso do freio de serviço, gerando excesso de calor que poderia ser evitado.
  • O desrespeito à manutenção da distância mínima recomendada ao veículo da frente, variável em função da velocidade, induz a um uso frequente dos freios de serviço.

4.2 Manutenção

É importante salientar que todos os fatores citados no item anterior já são altamente prejudiciais, mesmo em veículos bem conservados; com peças defeituosas ou desreguladas, tanto na suspensão quanto nos freios, os riscos de acidente multiplicam-se.

serviços, trazendo grande redução nos custos de manutenção e aumento significativo da segurança.

Estes equipamentos, quando empregados corretamente, desaceleram o veículo atuando diretamente em sua árvore de transmissão, dispensando o uso do freio de serviço em boa parte do percurso, reduzindo significativamente a geração de calor nos tambores de freio. A utilização destes equipamentos resulta em:

  • vida muito mais longa para as lonas e tambores de freio;
  • vida mais longa para os pneus;
  • maior segurança no transporte;
  • menores custos de manutenção.

O custo do investimento inicial é em pouco tempo amortizado com a redução dos custos de manutenção.

CONSELHOS ÚTEIS

1. Jamais fique próximo de um pneu inflado que sofreu superaquecimento enquanto ele permanece quente, sobretudo quando houver odores de lona e/ou borracha queimada. 2. Evite paradas do veículo logo após decidas de serras ou montanhas, a fim de permitir a ventilação dos conjuntos que nesse momento encontram-se aquecidos. Ao parar e cessar a ventilação a temperatura dos pneus aumenta durante os primeiros minutos pela irradiação de calor dos tambores. É por esta razão que alguns pneus estouram com o veículo parado! 3. Não abusar do uso do freio do semirreboque, utilizar nas descidas a mesma marcha que seria utilizada nas subidas. Dê preferência ao freio motor em relação ao freio de serviço; se for inevitável, utilizar ambos. 4. Respeitar os limites de carga e velocidade estabelecidos nas vias de rodagem.

Exemplos mais graves de pneus deteriorados por superaquecimento nos freios: