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Guias e Dicas
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Desenvolvimento infantil, Notas de estudo de Desenvolvimento Infantil

Explica sobre o desenvolvimento infantil

Tipologia: Notas de estudo

2025

Compartilhado em 11/06/2025

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sandra-fagundes-5 🇧🇷

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Conteudista:Prof.ª M.ª Daniela Pogogelski
Revisão Textual: Esp. Danilo Coutinho de Almeida Cavalcante
Objetivo da Unidade:
Apoiar o(a) aluno(a) a conhecer e a desenvolver pensamento crítico-reflexivo
sobre a infância, as perspectivas e os desafios históricos e contemporâneos, bem
como a relação disso com os sujeitos-alvos de intervenção da Terapia
Ocupacional.
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Perspectivas Sobre a Infância – Por Onde
Caminha o Olhar do Terapeuta Ocupacional?
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Conteudista: Revisão Textual: Objetivo da Unidade: Apoiar o(a) aluno(a) a conhecer e a desenvolver pensamento crítico-re sobre a infância, as perspectivas e os desa como a relação disso com os sujeitos-alvos de intervenção da Terapia Ocupacional. Prof.ª M.ª Daniela Pogogelski Esp. Danilo Coutinho de Almeida Cavalcantefios históricos e contemporâneos, bemflexivo

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Perspectivas Sobre a Infância – Por Onde Caminha o Olhar do Terapeuta Ocupacional?

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Trocando Ideias... Iniciar e guiar a construção do conhecimento dos futuros terapeutas ocupacionais sobre o desenvolvimento infantil é, para mim, um privilégio e uma enorme responsabilidade. Sabendo o quanto alguns dilemas e questionamentos sobre as di serão realidade nas práticas futuras, escolhi iniciar esta disciplinaficuldades que se tornam barreiras para o desenvolvimento infantil

abordando a construção sócio-histórica da infância, correndo o risco de “desromantizar” a percepção da criança típica e atípica e desmisti Essa trajetória é importante, pois diversas “dores” que atravessarão o cotidiano de trabalho dos(as) futuros(as) terapeutas ocupacionais, poderão ser mais bem compreendidas a partir dessa re histórica. Assim, espero que as estratégias de cuidado ofertadas porficar a forma como a conhecemos e acreditamos atualmente.flexão sócio-

vocês possam ser elaboradas na integralidade das dimensões que apoiam a vida e a funcionalidade, sem correr o risco de serem

permeiam foram historicamente construídos. Sim! E construídos socialmente! Mas por que é importante trazer isso à luz? Exatamente para destacar a importância da neutralidade moral, das re quando esses sentimentos nos tomarem durante a atuação na infância. Para nos lembrar do lugar social, da construção de pertencimento, da inclusão e do direito ao acesso à educação, àflexões e das críticas

saúde, ao afeto cuidado e à cidadania. Assim garantimos tudo que podemos ofertar enquanto membros da mesma sociedade e proporcionamos as melhores oportunidades de apoio ao desenvolvimento que as crianças são dignas de acessar, por direitos igualmente historicamente construídos. A partir do conhecimento histórico e social, podemos evitar que nossas práticas sejam permeadas de moralismos e julgamentos

enraizados apenas no que conhecemos dos tempos atuais. Reflita

Antes de iniciar esta Unidade, tome alguns minutos para re que você pensa sobre o desenvolvimento infantil? Anote tudo no seu caderno; retomaremos este ponto mais à frente! fletir: o

A Construção Sociológica da Infância Os estudos de J.P. Ariès (1973) nomeiam o “sentimento de infância” como um construto social e que ocorre na modernidade. Apesar do estranhamento que esse termo possa nos causar, é necessário ampliar os horizontes do quanto ele nos importa e compreender a complexidade social que o embasa. sociologia da infância ao publicar a obra: Esse autor estudou especialmente a infância na França, e foi pioneiro no campo da A História Social da Criança e da Família. A ideia central de Ariès (1973) rondou a construção sócio-histórica do sentimento de infância. Para tal, reconstruiu historicamente o papel das crianças nas comunidades estudadas e nos contou, por meio de seus estudos, como as crianças eram tratadas. domésticas ou rurais, como também assistiam ou interagiam em práticas sexuais com a mesma naturalidade dos adultos. É importante lembrar que Portugal, o país que nos colonizou, sofreu forte in adotados permeavam a sociedade portuguesa da época com a mesma naturalidade. As crianças eram vistas como miniadultos. Participavam de tarefas de trabalhofluência da cultura francesa, e que os modos de vida lá colonização e carregam a marca de violências, abusos, negligência, exploração e moralismo. De um lado, as crianças portuguesas que viajavam em embarcações para o “Novo Mundo” precisavam sobreviver aos riscos de adoecimento, fome, saques, exploração física e sexual inerentes à viagem. Vítimas de maus tratos, muitas sucumbiam e morriam. De outro lado, as que aqui viviam com as comunidades indígenas foram evangelizadas com o propósito de serem “salvas” de sua cultura pagã e de seus hábitos “primitivos” por meio da educação cristã, que tornaria as “crianças da terra” adultos dóceis e alinhados com os preceitos da coroa (MELO, 2020).^ Os primeiros dados sobre a história da infância no Brasil se relacionam ao período da

foi desestimulada pela sociedade médica da época, e a construção da mãe que amamenta, cria e educa o pelos representantes do poder. Nascia aqui a construção social do instinto materno e o sonho de ser mãe e “do lar” (DEL PRIORE, 2010). Agregou-se a ideia da família nuclear, centrada na conhecemos hoje. A valorização da “sagrada família católica” foi destacada para construir as famílias nucleares que se con batismo, a criança era livrada do pecado original que a gerou, e na primeira comunhão, alinhava os seus ideais de vida e moral com os da Igreja e do Estado. O termo filho, e que o ama acima de tudo passou a ser estimuladafiguram até os dias atuais. A partir do figura de mãe, pai e filhos como “esperança” permeava as infâncias da época, havia falta de saneamento básico e poucas condições de saúde. Os hábitos culturais de cuidados das crianças eram ainda pautados em tradições culturais que mais ofereciam riscos de contaminações do que as protegiam, e as vivências das pestes assolavam e dizimavam a população infantil (DEL PRIORE, 2010). As diferentes classes sociais de famílias de elite tinham uma agenda de atividades cotidianas mais próxima da realidade atual. Essas crianças tinham acesso a práticas educativas em torno de atividades acadêmicas e artísticas, e aproximavam-se dafiniam as infâncias. As crianças que nasciam nas figura de “reizinhos dos lares”. Já os acompanhavam os pais nas tarefas de trabalho. Alguns senhores de terras contratavam “escolas de ofícios” que serviam para a produção de mão de obra especí animais, cozinheiros, sapateiros, entre muitos outros (DEL PRIORE, 2010). Ainda no século XIX, tem início a importação de artigos de luxo, como as roupas infantis adornadas, que começam a aparecer nas vitrines de lojas dedicadas à burguesia e demonstram o início dos artigos de luxo dedicados para crianças. Os mascates, comerciantes viajantes da época, começam a levar para o interior essa noçãofica e necessária, tais como costureiras, cabeleireiros, ferreiros, criadores de filhos de escravos ou agricultores, “tão logo se colocassem de pé” de moda. Lojas de brinquedos importados começam a se instalar e substituem os brinquedos “naturais” ou feitos com materiais do cotidiano. Dessa forma a moda da criança loura

foi inserida na nossa sociedade, desvalorizando as características físicas e culturais da população brasileira e disseminando a ideia de que a “beleza estrangeira” prevalecia. No decorrer das décadas do último século, as práticas que existiam nas áreas rurais tomaram as áreas urbanas no período da industrialização. As fábricas têxteis eram permeadas de trabalhadores imigrantes, que viviam análogos a escravos, e a infância das crianças pobres passou a ser roubada pelo capitalismo; seja nascendo e crescendo junto às suas mães que trabalhavam nas fábricas ou roças, ou pertencendo ao lar para cuidar dos irmãos menores e dos afazeres domésticos, de tarefas das ruas e dos comércios existentes. A infância foi um período desvalorizado até recentemente. Nos anos 80 as crianças pobres ainda eram empregadas como mão de obra, seja nos lares, nas fábricas ou nos comércios. a infância passou a ser considerada como categoria social, com maior destaque a partir da década de 1990, tendo sido invisível no discurso social até antes disso. A partir da promulgação da Constituição Federal, em 1988, declara-se o acesso Sarmento e Gouvea (2008) complementam que apenas no último quarto do século XX universal à saúde, promulgado em 13 de julho de 1990. Durante a Assembleia Geral da ONU, em novembro de 1989, foi criada a Convenção Sobre os Direitos da Criança, que foi rati Brasil em 24 de setembro de 1990. Foi assegurado à criança o direito à proteção, à alimentação, ao cuidado, de acesso à saúde, à educação, e a tudo mais que pudesse garantir a dignidade humana e que não influenciasse negativamente o seu desenvolvimento. incluindo as crianças. O Estatuto da Criança e do Adolescente foificada no itens de consumo em larga escala, como brinquedos e roupas. Além disso, o acesso à educação abaixo do período de escolarização foi consolidado para responder à necessidade crescente de cuidados de bebês e crianças pequenas em virtude da entrada cada vez maior da mulher no mercado de trabalho.^ A infância começou a ser vislumbrada como um grupo social para o qual se produzia

As crianças, desde muito cedo, agem no mundo, recon vivem e estabelecem relações por intermédio de seus modos especí se relacionar. Para compreender como demonstram suas múltiplas expressões de pertencimento social, é preciso viabilizar a participação social dos bebês. Para conquistar visibilidade e se tornar cada vez mais potente, é preciso acolher e signi as ações realizadas pelos bebês nos ambientes que convivem: escola e domicílio. Ambientes estes que precisam também considerar o bebê como sujeito social, com direito à participação ativa em sua própria educação (VARGAS; BARBOSA, 2016).figuram os espaços em queficos de ser, estar eficar

O bebê está a construir seu mundo, um mundo que já estava aí, mas que ele o encontra e o recria a cada instante mediante uma enorme tarefa de aprendizado, que é também uma operação criadora (LIMA, 2012).

  • TEBET, 2019, p. 23
  • VARGAS; BARBOSA, 2016, p. 1

um bebê com seu corpo, com o espaço, com o tempo, com as pessoas com as quais convivem e com a sociedade de modo geral.”

“ são vistos como seres incompletos e dependentes, que nada ou pouco sabem. Por serem considerados frágeis e indefesos considera-se que precisam ser socializados e aculturados pelos adultos, aqueles que já sabem e conhecem tudo. Esta visão de uma socialização exclusivamente vertical é a base de todo o projeto escolar.Os bebês, em seu estatuto social de recém-chegados ao mundo, ainda”

Segundo Pelizon (2014), desde recém-nascida, a criança é um aprendiz voraz, com cem bilhões de neurônios que estão prontos para se conectar por meio de sinapses. Aos quatro anos, o cérebro poderá atingir a metade de seu potencial de quando adulto. Para favorecer o desenvolvimento, é importante que os cuidadores ofereçam à criança ambientes adequados, com estímulos globais, relacionais e afetivos, além de oportunidades para que ela se desenvolva com autonomia. Maranhão (2010) alerta que é preciso ressigni construídas ao longo do tempo por intermédio dos meios de comunicação e influências culturais. Devemos ainda nos conscientizar de que as escolhas individuaisficar as concepções de saúde que foram e coletivas ao planejar, organizar e operar a rotina cotidiana relativa às atitudes e aos procedimentos dos cuidados, às brincadeiras e às atividades, podem in práticas culturais de cuidado infantil, da saúde individual e coletiva das crianças e da comunidade em que estão inseridas. Compreendendo a saúde e a doença como um processo dinâmico e determinado pelos modos de vida socialmente construídos, e em parte por nossa responsabilidade como pro partir do favorecimento de práticas de apoio ao desenvolvimento infantil.fissionais e cidadãos (MARANHÃO, 2010), deseja-se construir a ideia de saúde afluenciar as A saúde é produzida socialmente e determinada por fatores biológicos, sociais, ambientais, econômicos e culturais. É tida como componente central do desenvolvimento humano. São inúmeras as discussões sobre como construir, manter ou alcançar o que se de relacionados a ela são evidenciados no curso de seu desenvolvimento e acabam por impactar e construir o que se nomeia como qualidade de vida. O desenvolvimento do bebê é compreendido como um dos indicadores de saúde. Portanto, conhecê-lo de forma mais detalhada e apoiá-lo con promoção da saúde (FIGUEIRAfine por saúde. Especi et al. , 2005).figura-se, dessa forma, como uma estratégia deficamente em relação à criança, os fatores Com relação aos consagrados marcos do desenvolvimento, determinantes cronológicos do alcance de habilidades psicomotoras e relacionais, podemos considerar a forma com que eles são apresentados no Manual de Vigilância do Desenvolvimento da Organização Pan-americana de Saúde (FIGUEIRA et al. , 2005).

Segundo a Classi é um termo abrangente que envolve os seguintes componentes: participação, atividades, funções do corpo, estruturas do corpo, condições de saúde, fatores ambientais e pessoais. Agora é importante reficação Internacional de Funcionalidade (CIF, 2019), a funcionalidade Como os bebês ou as crianças participam do ambiente no qual vivem? Eles são sujeitos ativosfletirmos:

no próprio processo de desenvolvimento, descoberta das habilidades e aprendizagens nos diversos ambientes em que estão inseridos? Quais são as atividades que lhes são possíveis? São brincadeiras descobertas a partir do corpo? Dos objetos? De brinquedos prontos? De interações? As funções e estruturas corporais existem em sua plenitude? Há alguma diferença decorrente de diversidades genéticas? Há

diferenças na forma com que se desenvolvem? Há alguma função ou estrutura corporal que se desenvolve de forma diferente da maioria das crianças ou bebês? A partir de qual perspectiva do desenvolvimento tomaremos o típico e o atípico? Quais são os fatores ambientais que podem ser facilitadores ou di apoiá-los? Podemos modi desenvolvimento infantil? Por onde começar?ficultadores do desenvolvimento? O que podemos fazer paraficá-los para favorecer o Quais são os fatores pessoais? De quais atividades a criança gosta? Quais poderiam apoiar o desenvolvimento infantil? E, a partir das atividades em que se engaja, as quais apoiariam a sua participação e a sua visibilidade como sujeito social pertencente a um grupo (família, turma da escola ou berçário, por exemplo)? Quais são

Os (As) terapeutas ocupacionais se debruçam constantemente sobre esses questionamentos, e, claro, se especializam em áreas com as quais se identi sem nunca perder de vista as respostas aos questionamentos acima. Equilibrar-se entre o Esperado e o Inesperado O desenvolvimento infantil passou a ser amplamente estudado para além dos aspectos biológicos (funcionamento celular) e de crescimento físico a partir da década de 1980. Essa mudança ganhou ainda mais intensidade nos anos 90, quando as instituiçõesficam, mas

escolares se ampliaram para idades cada vez mais precoces e os pro educação se especializaram nas singularidades da criança em diferentes idades. Alguns estudiosos organizaram os estudos sobre o desenvolvimento infantil a partir de divisões dos anos da infância. A “primeiríssima infância” foi atribuída aos primeiros mil dias de vida, para destacar as singularidades do bebê, tanto para a oferta de estímulos, afeto, inserção na cultura e cuidados básicos, como higiene e alimentação. fissionais da As pesquisas ao longo das últimas décadas se aprofundaram nos domínios do desenvolvimento. Teóricos de diversos campos da saúde e da educação criaram teorias sobre o desenvolvimento infantil que guiaram práticas educativas e terapêuticas, pautadas, a princípio, no modelo biomédico e divididas em áreas, re cartesianismo do século XX. Dentre esses teóricos se destacam: Gesell e Ames (1947) e a Teoria da Maturação: para esses autores, a maturação do sistema nervoso era o preditor do desenvolvimento infantil. Eles consideravam a prontidão inata de toda criança para se desenvolver, que, espontaneamente e de forma gradual numa sequência hierárquica prevista, construiria a complexidade das açõesfletindo o motoras e cognitivas que possibilitariam a interação com o ambiente. As diferentes

importantes para sua cultura? Quais papéis desempenha e quais pode vir a desempenhar (filho, irmão, brincante ou aluno)?

As di consegue passar por todas as fases, vivenciando as experiências relacionadas e fi Erikson (1972) e a Teoria do Desenvolvimento Psicossocial: esse autor foi discípulo de Freud e defendeu a importância da interação social como aspecto principal para a passagem de etapas ao longo do desenvolvimento. Assim como na teoria de Freud, a fi descritas por Erikson são:xando-se em uma dessas passagens.xação em uma das oito fases acarretaria dificuldades do desenvolvimento nessa perspectiva ocorrem quando a criança nãoficuldades ao longo da vida. As fases

independência para resolver ações simples, como a vontade de ir ao banheiro ou de saciar a fome e a sede; Fase fálica: interesse pelas diferenças corporais é o centro dessa fase; Fase da latência: guia o desenvolvimento da psique, conhecida também como libido, desloca-se para as entre 4 e 6 anos, a zona erógena é o órgão genital. O entre 6 e 11 anos. A energia que

atividades de interação e de aprendizado escolar; Fase genital: impulsos sexuais e a construção da identidade. a partir de 11 anos. O interesse recai sobre os

Con O desenvolvimento é nutrido pela interação com os cuidadores; Autonomia & vergonha e dúvida: fase na qual se constroem a linguagem e o senso de autonomia. As repreensões nesta idade geram tristezas, ansiedade e re fiança e desconfiança: ocorre entre 2 e 3 anos, sendo a dá-se entre 0 e 2 anos.flexões;

Os demais períodos do desenvolvimento correspondem a fases da idade adulta e contemplam: intimidade e isolamento (entre 20 e 40 anos); generatividade & estagnação (entre 40 e 60); integridade & desespero (dos 60 anos até o Apesar dos nomes atribuídos às fases causarem estranhamento, no período em que a teoria foi elaborada, elas re Winnicot (1982), um pediatra e psicanalista, desenvolveu a Teoria das Relações Objetais e Desenvolvimento Infantil. Elaborou o conceito de holding, no qual a relação do cuidador principal (geralmente considerado a mãe) com o bebê é imersa em sensibilidade para detectar e atender às necessidadesfletiam conceitos morais da época. fisiológicas e emocionais da fim da vida).

Iniciativa & culpa: prática as aprendizagens anteriores e testa o resultado da iniciativa no ambiente. A partir dessas ações, ocorre a expansão da criatividade e da interação social; Diligência & inferioridade: Nesse período a criança adquire maior controle da criatividade para se ajustar às normas de educação e interação. Esse período também é entre os 4 e os 5 anos. A criança coloca em entre 6 e 11 anos.

marcado pelo aumento do senso de autocobrança, o que pode construir uma importante perspectiva de inferioridade quando o indivíduo percebe suas ações como falhas na interação social e com o ambiente; Identidade & confusão da identidade: os anos da adolescência. Nesse período o adolescente precisa equilibrar os desafios entre se compreender como diferente e entre 12 e 18 anos. Abarca

tentar se ajustar a um grupo, às mudanças biológicas, hormonais e de construção da identidade com a cobrança e expectativa dos papéis sociais da idade adulta.

Bowlby (1989) considerou o desenvolvimento infantil a partir da Teoria do Apego, cuja perspectiva social foca especialmente na vinculação entre o bebê e os cuidadores como o motor propulsor do desenvolvimento. Nessa perspectiva, os primeiros relacionamentos com os cuidados se dão para garantir a sobrevivência e o atendimento de necessidades básicas de cuidado e proteção; esses relacionamentos re Bandura (1986) construiu a teoria do aprendizado social, acreditando que a aprendizagem humana se dá por meio da observação do ambiente, seguimento de dicas verbais e da modelagem de comportamentos, que, por sua vez, geram novosfletem a forma como o sujeito construirá suas relações na vida adulta. conhecimentos. Vygotsky (1996) elaborou a Teoria Sociocultural, que considerava as experiências práticas da criança imersa numa cultura e numa rede de relações como as responsáveis pelo desenvolvimento de habilidades cognitivas e interacionais cada vez mais complexas. O desenvolvimento infantil passaria pela zona de desenvolvimento proximal, que representava a transição da extrema dependência de um lidador para a realização independente, e esse processo progressivo ampliaria as demais habilidades, assim como a compreensão do ambiente e de como agir sobre ele. As diversas teorias investigam faces distintas do desenvolvimento infantil, com profundidade num domínio sem excluir os demais. Dessa forma, encontramos dados que se complementam ou se atualizam, sem ignorar que a genética, a maturação do sistema nervoso central, a vinculação com os cuidadores, a interação social e a exposição a estímulos e oportunidades para interagir apoiam e in desenvolvimento. Muitas das teorias citadas, como a sociocultural, por exemplo, não só estabeleceram uma forma para compreender o desenvolvimento infantil, como também criaram instrumentos para avaliar as habilidades desenvolvidas associadas às idades defluenciam o surgimento dessas habilidades, ferramentas que são amplamente utilizadas pelos terapeutas ocupacionais.

Na contramão do desenvolvimento das teorias sobre o desenvolvimento infantil, o desenvolvimento atípico de pessoas que hoje seriam consideradas sindrômicas, com de perceptíveis do desenvolvimento chamava a atenção de alguns grupos populacionais desde os tempos da Idade Média. Os relatos de morte intencional ou abandono de bebês que nasciam com más- formações são encontrados em muitas culturas quando investigamos a construção sócio-histórica das deficiências motoras, sensoriais ou intelectuais, ou com transtornos graves eficiências.

O cristianismo trouxe a noção de que as crianças que nasciam com de também “ morte não poderiam, a partir da in pecado capital. Ao mesmo tempo, ter uma pessoa com de considerado uma penitência para os pecados dos quais deveriam se culpar e envergonhar publicamente. Dessa forma, os destinos possíveis para a criança que nascia com defilhas de Deus”, portanto as práticas antigas de abandono à própria sorte ouficiência eram: O con e a punição por ter nascido imperfeito, comfinamento domiciliar, a rejeição defluência da Igreja, ser aplicadas sem conficiência na família eraficiências eram filiação,figurar um

escravização e maus-tratos; A doação dos “corpos e sujeitos” para estudo da medicina, que via nos corpos desviantes do padrão uma oportunidade para estudar a anatomia, a neuroanatomia e as reações a experiências de extremo risco à vida, tal qual faziam com animais e pessoas acometidas por doenças diversas; “Adoção” da Igreja para “cuidar” das pessoas com de desde crianças em abrigos e aproveitá-las em tarefas braçaisficiência

quando adultas. Tal responsabilização justi dízimos altíssimos, bem como a apropriação da herança dessas crianças como uma contrapartida por cuidá-las e por livrar a família da exposição de sua culpa e penitência por ter uma criança com deficiência; ficava a cobrança de