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Tresceira semana do desenvolvimento humano
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Principais Parasitoses causadas por Helmintos – Schistosomíase
Arcenio Mário dos Santos
Quelimane, Outubro de 2023
Principais Parasitoses causadas por Helmintos – Schistosomíase
Quelimane, Outubro de 2023
Trabalho de carácter avaliativo, a ser submetido na plataforma da UNISCED, na Faculdade de Saúde, no curso de Licenciatura em Nutrição, na Cadeira de Parasitologia.
Tutora: dra. Idalécia Cossa Moiane
1. Introdução
O presente trabalho surge, surge no âmbito do Módulo de Parasitologia, ministrada pela UnISCED em Quelimane, no curso de Nutrição no 1º ano e tem como área temática: Principais Parasitoses causadas por Helmintos – Schistosomíase.
No tema em alusão pretende-se de antemão, identificar e característica os parasitoses causados por helmintos, os parasitas que provocam as helmintíases que frequentemente, afectam os intestinos e causam alguns dos mesmos sintomas de outros parasitas intestinais. O tratamento, como qualquer infecção parasitária, baseia-se no uso de medicamentos específicos para eliminar o agente infeccioso em questão (antiparasitários). Os sintomas mais comuns causados pelas helmintíases incluem dor abdominal, diarreia, anemia ferropriva e coceira anal.
A bilharziose, e uma das infecções parasitárias mais comuns no homem e afecta populações em vastas áreas das regiões tropicais e subtropicais (Augusto et al., 1992).
Entre as doenças parasitarias humanas, a bilharziose, também conhecida por esquistossose (schistosomiasis em inglês) e desde a antiguidade a segunda doença parasitaria mais disseminada do ser humano depois da malária, dai a sua importância na saúde publica e o seu impacto socioeconómico (Vaz, 1993).
No mundo são conhecidas cinco especies do genero do Schistosoma de interesse medico a saber : Schistosoma haematobium, Schistosoma mansoni, Schistosoma japonicum, Schistosoma intercalatum e Schistoso mamekongi (OMS, 1994).
O trabalho em curso tem como objectivo geral descrever a ocorrência da Schistosomíase no mundo e em África. Para a sua concretização foi antes realizada revisão da bibliografia em manuais, artigos que tratam do tem em questão.
Assim, o seu desenvolvimento obedecerá a seguinte estrutura: Introdução; Desenvolvimento teórico e Conclusão.
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Descrever a ocorrência da Schistosomíase no mundo e em África.
1.1.2. Objectivos específicos
Identificar as principais parasitoses causadas por helmintos;
Apresentar geográficamente os casos da Schistosomíase no mundo e em África; e
Descrição detalhadamente os procedimentos de tratamento da Schistosomíase em vigor em Moçambique.
1.2.Procedimentos metodológicos
Para o trabalho em alusão, será aplicada o método de pesquisa bibliográfico que nas palavras de Gil (2002, p44.) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Esse método é praticamente usado em quase todos trabalhos, isso pela facto dos trabalhos científicos necessitaram de um embasamento teórico que certa forma servem para fundamentar os argumentos a serem apresentados.
É portanto frisar que a metodologia se interessa pela validade do caminho escolhido para se chegar ao fim proposto pela pesquisa. Dessa forma, a metodologia vai além da descrição dos procedimentos, indicando a escolha teórica realizada pelo pesquisador para abordar o objecto de estudo.
Tabela 1. Distribuição geográfica do parasita e hospedeiro intermediário Parasita (Especie) Hospedeiro intermediário Distribuição geográfica S. haematobium Bulinus spp África, Médio Oriente, Córsega (França) S. mansoni Biomphalaria spp África, Médio Oriente, Caraíbas, Brasil, Venezuela e Suriname S. japonicum Oncomelania spp^ China, Indonésia e Filipinas S. mekongi Neotricula aperta Camboja e República Democrática Popular do Laos S. guineensis e S. intercalatum Bulinus spp^ África Central
2.2.Prevalência da Schistosomíase província da Zambézia
Em Moçambique, a esquistossomose é comum em todo o país, com níveis variados de prevalência entre regiões. Segundo um relatório do Departamento de Saúde de Moçambique, os primeiros casos de infecção datam de 1904, embora se acredite que a doença tenha ocorrido antes disso sem aviso prévio. Num trabalho extensivo realizado em 1992 no País, em indivíduos dos três aos 34 anos, a taxa de prevalência de infecção por Schistosoma haematobium encontrada foi de 61,5% (Azevedo et al., 1954). Em 1995, numa aldeia comunal no distrito de Mocuba, a prevalência observada em adultos e crianças foi de 19,4% (Rey, 1987). Num estudo efetuado em 1998, em prisioneiros de três cadeias e de uma prisão da Zambezia, foi reportada uma prevalência da esquistossomose urinária de 17,4% (Vaz, 1993).
Estudos mais recentes, efetuados na província da Zambezia no distrito de Quelimane, Nicoadala, Morrumbale, Mocuba, Milange, Molocue, Ile e Gile, observaram uma prevalência geral de 42,4% (Soriano, 2022) e 8,6% (Rosa & Paiva,
2.3.Agentes causadores da Schistosomíase
A classificação sistemática dos parasitas do género Schistosoma que causam a schistosomose humana, de acordo com Webster et al.( 2006), é a seguinte:
Reino Animal Filo Platyhelminthes Classe Trematoda Subclasse Digenea, Ordem Strigeiformes
Família Schistosomatidae Sub Família Schistosomatinae Género Schistosoma.
Espécies
Schistosoma haematobium, Bilharz (1851) Schistosoma mansoni, Sambon (1907) Schistosoma japonicum, Katsurada (1904) Schistosoma intercalatum, Fisher (1934) Schistosoma mekongi, Voge, Bruckner e Bruce (1978). Schistosoma malayensis, Greer, Ow-Yang e Yong (1988)
Os parasitas do género Schistosoma são, na sua forma adulta, visíveis macroscopicamente. São dióicos (isto é, com sexos separados), de cor branca ou acinzentada, e possuem duas ventosas, uma oral e outra ventral, um tegumento complexo, um aparelho digestivo cego e órgãos reprodutivos (Gryseels. 2012). Apresentam corpo cilíndrico (fêmeas) ou achatado e dobrado longitudinalmente sobre si mesmo (machos) e medem entre 1 cm e 1,6 cm de comprimento. Vivem na corrente sanguínea do hospedeiro humano, preferentemente no plexo vesical da bexiga no caso de S. haematobium e veias mesentéricas (outras espécies de Schistosoma), onde podem sobreviver, em média, 3 a 5 anos, embora haja casos registados com mais de 30 anos (Gryseels et al., 2006). Alimentam-se de sangue e globulinas através da glicólise anaeróbia, que digerem num trato intestinal cego, sendo os detritos regurgitados para a corrente sanguínea humana.
As fêmeas de Schistosoma spp são mais longas e delgadas que os machos (1, cm de comprimento). Apresentam o tegumento liso e apresentam uma cor mais escura e acinzentada devido à presença de um pigmento derivado da digestão do sangue (hemozoína) (Reys. 2010).
2.4.Ciclo de vida da Schistosomíase
Os ovos da esquistossomose são eliminados nas fezes ou na urina de mamíferos infectados. Na água, os ovos eclodem e liberam miracídios que nadam até entrarem em um hospedeiro intermediário, um caramujo aquático ou anfíbio, específico da espécie
3. Conclusão
Neste trabalho, foram discutidos as principais doenças causadas por helmintos que afectam a saúde da população, abordando as formas de disseminação no ambiente.
Na natureza, a distribuição de espécies de Schistosoma e dos seus hospedeiros intermediários aliada à especificidade do hospedeiro definitivo deverão restringir a ocorrência de eventos híbridos.
O controlo da schistosomíase tem-se focado quase exclusivamente no tratamento do ser humano com administração em massa (MDA) de praziquantel. No entanto, negligenciar o papel dos reservatórios animais na transmissão pode contribuir para a falha dos programas de controlo e eliminação da doença. Não basta eliminar a infecção na população humana, é necessário também prevenir ou eliminar a transmissão a partir dos reservatórios animais. O tratamento da schistosomíase animal será vantajoso para a saúde e economia das comunidades afectadas, mas também para o bem-estar animal.
Referencias bibliográficas
Almeida, L. M; & Katz, N. F. (2003). Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. 2ª ed. São Paulo: Atheneu.
Augusto, G.T.G; Azambuja, R. &¨Thompson (1992). Esquistosomiase Urinaria na Cidade da Zambezia. Relatorio não publicado. Maputo.
Azevedo, J.F; Calaco, A. &Faro, M. (1954). As Bilharzioses humanas no sul do Save. Anais do Instituto de Medicina Tropical Lisboa.
Gil, A.C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo. Atlas.
Gryseels, B. (2012 ) .Schistosomiasis’. Infect Dis Clin North Am., 26:383–397.
Gryseels, B., Polman, K., Clerinx, J. e Kestens, L. (2006) ‘Human schistosomiasis’. Lancet. 368(9541):1106-18.
Katz, N.; & Almeida, K. (2003). Esquistossomose, xistosa, barriga d’agua. Cienc. Cult.vol. 55no. 1São Paulo.
Palmeira, D. C. C. (2010). Prevalência da infecção pelo Schistosoma mansoni em dois municípios do Estado de Alagoas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Rey, L. (1987) Estratégias e métodos de controle da esquistossomose’ , 3: 38-55.
Rey, L. (2010) Bases da Parasitologia Médica’. 3a ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. 427 pp.
Rosa, A. J. M. e Paiva, S. R. (2009) „ Marcadores Moleculares e suas Aplicações em Estudos Populacionais de Espécies de Interesse Zootécnico’. Embrapa Cerrados, Planaltina, Brasil. 35 pp.
Souza, F. P. C.; Vitorino, R. R.; & Costa A. P. (2011). Esquistossomose mansônica: aspectos gerais, imunologia, patogênese e história natural. Rev.Bras. Clin. Med, v. 9, n. 4.