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Desenvolvimento do Sistema Reprodutor: Diferençações Sexuais, Notas de estudo de Embriologia

Este texto descreve o desenvolvimento dos sistemas reprodutores masculino e feminino a partir da quinta semana de desenvolvimento fetal. Detalha as diferenças morfológicas e hormonais que levam à determinação do sexo e à formação dos órgãos reprodutores característicos de cada sexo.

O que você vai aprender

  • Quais sinais morfológicos indicam a determinação do sexo em desenvolvimento fetal?
  • Quais são as primeiras estruturas a se formar no desenvolvimento dos sistemas reprodutores?
  • Como os hormônios influenciam o desenvolvimento dos sistemas reprodutores masculino e feminino?
  • Como as células germinativas se estabelecem na região da crista urogenital?
  • Quais são as principais estruturas que se formam nos sistemas reprodutores masculino e feminino?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Amazonas
Amazonas 🇧🇷

4.4

(80)

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21/11/2014
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Desenvolvimento dos sistemas
reprodutores
Simone Marcuzzo
A estrutura morfolgica (histolgica) das
gnadas  reconhecvel a partir da stima
semana (sexo gonadal), e a partir da
diferenciao gonadal e de seus produtos
hormonais, ocorre a determinao sexual
secundria, que estabelece as caractersticas
picas dos dutos e glndulas anexas do
sistema genital e as caractersticas secundrias
ou fenopicas externas de cada sexo
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Desenvolvimento dos sistemas

reprodutores

Simone Marcuzzo

• A estrutura morfoló gica (histoló gica) das

gô nadas éreconhecí vel a partir da sé tima

semana (sexo gonadal), e a partir da

diferenciaçã o gonadal e de seus produtos

hormonais, ocorre a determinaçã o sexual

secundá ria, que estabelece as caracterí sticas

tí picas dos dutos e glâ ndulas anexas do

sistema genital e as caracterí sticas secundá rias

ou fenotí picas externas de cada sexo

  • O esboço de ovário sintetiza estró genos, que permitem

orientar o desenvolvimento do duto de Mü ller para o

sistema de dutos reprodutores femininos.

  • Do contrá rio, se o cromossomo Y estiver presente, tem

iní cio o desenvolvimento do testí culo, que segrega um

hormô nio inibidor do duto de Mü ller (HAM), que induz

a regressã o de tal duto, e o hormô nio testosterona,

que induz a diferenciaçã o do pê nis, dos dutos e

glâ ndulas do sistema reprodutor masculino e inibe o

desenvolvimento dos esboç os de glâ ndula mamá ria.

  • No princí pio da quarta semana do desenvolvimento humano, na parede do saco vitelino pró xima ao alantoide, diferenciam-se as cé lulas germinativas primitivas, a partir de cé lulas endodé rmicas.
  • Durante o dobramento embrioná rio, parte do saco vitelino fica incorporado dentro do embriã o, e as cé lulas germinativas migram ao longo do mesenté rio dorsal do intestino posterior até a regiã o da crista genital ou crista urogenital onde estabelecem o esboç o gonadal.
  • O primeiro indí cio de desenvolvimento gonadal é observado durante a quinta semana, quando aparece um espessamento do epité lio celô mico que reveste a crista urogenital (epité lio germinativo).
  • Este epité lio prolifera e penetra no mesê nquima subjacente para formar os cordõ es sexuais primá rios.
  • Por volta da sexta semana, as cé lulas germinativas primitivas chegam à crista urogenital, ficam incorporadas a estes cordõ es e se formam, assim, as gô nadas indiferentes, compostas por um có rtex (epité lio germinativo) e uma medula (mesê nquima)
  • As evidê ncias morfoló gicas da diferenciaçã o sexual nã o aparecem até a sé tima semana do desenvolvimento, momento no qual as gô nadas começ am a adquirir as caracterí sticas histoló gicas correspondentes ao sexo cromossô mico. Assim, estabelece-se o chamado sexo gonadal.
  • A atividade funcional ou expressã o gené tica do cromossomo Y produz a diferenciaçã o da gô nada indiferente, e os cordõ es sexuais primá rios se transformam em cordõ es seminí feros, que sã o só lidos até a puberdade, quando se forma a cavidade dos tú bulos seminí feros.
  • Por outro lado, a falta de cromossomos Y (em consequê ncia, a ausê ncia de HAM, induz a diferenciaçã o da gô nada indiferente em ová rio.
  • Isto é, a presenç a ou a ausê ncia do cromossomo Y determina o tipo de gô nada do embriã o em desenvolvimento.
  • Por sua vez, a ativaçã o hormonal das gô nadas determina o tipo de diferenciaçã o sexual dos dutos acessó rios e dos genitais externos, bem como dos caracteres sexuais secundá rios (distribuiçã o do pelo e do paní culo adiposo, timbre de voz, etc.).

Diferenciaçã o sexual dos dutos genitais e das

glâ ndulas anexas: Etapa indiferenciada

  • O embriã o possui dois pares de dutos genitais: o duto mesoné frico

de Wolff, vestí gio do aparelho excretor renal homô nimo, e o duto

paramesoné frico de Mü ller, que se produz por invaginaçã o do

epité lio celô mico, por fora do duto mesoné frico.

  • O duto paramesoné frico corre paralelo ao duto mesoné frico e sua

extremidade cefá lica se abre na cavidade peritoneal ou celô mica,

ao passo que suas extremidades caudais se fundem e dã o origem

ao duto ú tero-vaginal.

  • Este se apoia, sem que se abra, na face posterior do seio urogenital

e forma o tubé rculo de Mü ller, em cujos lados desembocam os

dutos mesoné fricos.

  • A diferenciaçã o sexual dos dutos e das glâ ndulas do sistema genital

depende dos hormô nios e de outros fatores reguladores da gô nada

fetal em desenvolvimento.

Diferenciaçã o masculina

  • É produzida pela açã o dos andró genos liberados pelas cé lulas de Leyding do testí culo fetal e se manifesta pelo desenvolvimento dos derivados do duto mesoné frico de Wolff e pela regressã o do duto paramesoné frico de Mü ller
  • Os tú bulos e os dutos mesoné fricos se transformam em duto deferente e epidí dimo, respectivamente.
  • Caudalmente, emitem dois divertí culos, as vesí culas seminais, e os últimos segmentos se transformam em dutos ejaculadores.
  • Estes desembocam ao ní vel do veru montanum de ambos os lados do utrí culo prostá tico, na face posterior do seio urogenital (futura uretra).
  • A pró stata, que está bem individualizada ao quarto mê s de desenvolvimento, origina-se de mú ltiplos brotos endodé rmicos a partir da porçã o do seio urogenital que formará a uretra prostá tica.
  • Estes esboç os glandulares se introduzem na mesoderme adjacente e envolvem os dutos ejaculadores e o utrí culo prostá tico

Desenvolvimento dos genitais

externos

Etapa indiferenciada

  • Os genitais externos també m passam por uma etapa

indiferente que vai até o final da nona semana, na

qual nã o épossí vel distingui-los macroscopicamente

como masculinos ou femininos.

  • Nesta etapa, os genitais externos sã o formados por

um tubé rculo genital, localizado ventralmente à

membrana urogenital. De ambos os lados desta,

desenvolvem-se as tumefaçõ es labioescrotais e as

pregas urogenitais.

Diferenciaçã o masculina

  • Pela açã o dos andró genos testiculares, ocorre o

alongamento do tubé rculo genital para formar o pê nis.

  • Este crescimento arrasta as pregas urogenitais que se

fundem entre si ao longo da superfí cie ventral do pê nis

e formam a uretra peniana.

  • O fechamento progressivo das pregas urogenitais faz

com que o orifí cio uretral externo se localize

finalmente na extremidade da glande.

  • Os corpos cavernosos e esponjosos se desenvolvem a

partir do mesê nquima do falo. As tumefaçõ es

labioescrotais crescem em direçã o à linha mé dia e, ao

se fundirem, formam o escroto

Diferenciaçã o feminina

  • A falta de andró genos provoca a feminizaç ã o dos genitais externos

indiferenciados.

  • O tubé rculo genital se desenvolve pouco e se transforma em

clitó ris.

  • As pregas urogenitais se fundem somente frente ao â nus e o

restante nã o fundido forma os pequenos lá bios.

  • As tumefaçõ es labioescrotais se fundem nas proximidades do â nus

para formar a comissura labial posterior e també m, pela frente do

clitó ris, para formar a elevaçã o chamada monte de Vê nus, ao passo

que a maior parte da regiã o externa, nã o fundida, origina os

grandes lá bios.

  • A porçã o distal do seio urogenital se transforma no vestí bulo da

vagina, onde desembocam a uretra, a vagina e as glâ ndulas vestibu-

lares

Testí culos

  • No perí odo que vai desde o terceiro mê s até o nascimento, os testí culos migram da regiã o lombar para o interior do escroto, deslocamento que é regulado pelos hormô nios androgê nicos e gonadotró ficos.
  • A cavidade peritoneal se estende para o interior do escroto como uma prolongaçã o, o canal peritoneovaginal.
  • Este canal dará origem ao envoltó rio seroso do testí culo chamado tú nica vaginal.
  • O canal peritoneovaginal está em estreita relaçã o com um ligamento de tecido conectivo que manté m o testí culo ancorado ao escroto, chamado gubernaculum.
  • O deslocamento do testí culo ocorre porque, à medida que a pé lvis e o tronco do feto se alongam, o gubernaculum nã o cresce na mesma medida e, portanto, produz uma traçã o do testí culo ao longo do duto inguinal.
  • Em seu deslocamento, os testí culos chegam ao orifí cio profundo do duto inguinal no sexto mê s, cruzam o duto durante o sé timo mê s e chegam, normalmente, à sua posiçã o escrotal definitiva no oitavo mê s. Este é o trajeto que també m segue uma alç a intestinal nas frequentes hé rnias inguino-escrotais, quando tal canal nã o foi adequada- mente fechado.

Ová rios

  • O deslocamento é similar ao do testí culo em sua fase

inicial e leva os ová rios desde a parede abdominal

dorsal até a pé lvis para localizarem-se por trá s das

tubas uterinas.

  • Ao chegar a esta posiçã o, o gubernaculum do ová rio se

fixa ao ú tero, pró ximo do local de entrada da tuba, e

sua porçã o cranial se transforma no ligamento

ovariano ou ú tero-ovariano.

  • A parte caudal do gubernaculum se transforma no

ligamento redondo do ú tero, que passa atravé s do

duto inguinal e termina nos grandes lá bios.

https://www.youtube.com/watch?v=BIdQjHHXF 4 I&list=PLA 281 BA 010 BBC 81 C 5 &index= 2

https://www.youtube.com/watch?v=Fc 8 U_CavdOk&list=PLA 281 BA 010 BBC 81 C 5