Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE SUPERVISAO E CONTROLE DE NIVEL E TEMPERATURA DE LIQUIDOS, Teses (TCC) de Sistemas de Controle Avançados

Neste trabalho, propoe-se o desenvolvimento de um kit did ˜ atico de supervis ´ ao e controle de ˜ n´ıvel e temperatura de um l´ıquido.

Tipologia: Teses (TCC)

2023

Compartilhado em 02/04/2023

joao-rocha-eo4
joao-rocha-eo4 🇧🇷

4 documentos

1 / 50

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
UNIVERSIDADE TECNOL ´
OGICA FEDERAL DO PARAN ´
A
Cˆ
AMPUS CORN ´
ELIO PROC ´
OPIO
DIRETORIA DE GRADUAC¸ ˜
AO
CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA EL ´
ETRICA
GRADUAC¸ ˜
AO EM ENGENHARIA EL ´
ETRICA
PEDRO ANDRADE DE ROSSI
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE SUPERVIS ˜
AO E
CONTROLE DE N´
IVEL E TEMPERATURA DE L´
IQUIDOS PARA
FINS DID ´
ATICOS
TRABALHO DE CONCLUS ˜
AO DE CURSO
CORN ´
ELIO PROC ´
OPIO
2017
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32

Pré-visualização parcial do texto

Baixe DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE SUPERVISAO E CONTROLE DE NIVEL E TEMPERATURA DE LIQUIDOS e outras Teses (TCC) em PDF para Sistemas de Controle Avançados, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE TECNOL ´OGICA FEDERAL DO PARAN ´A

C ˆAMPUS CORN ´ELIO PROC ´OPIO

DIRETORIA DE GRADUAC¸ ˜AO

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA EL ´ETRICA

GRADUAC¸ ˜AO EM ENGENHARIA EL ´ETRICA

PEDRO ANDRADE DE ROSSI

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE SUPERVIS ˜AO E

CONTROLE DE N´IVEL E TEMPERATURA DE L´IQUIDOS PARA

FINS DID ´ATICOS

TRABALHO DE CONCLUS ˜AO DE CURSO

CORN ´ELIO PROC ´OPIO

PEDRO ANDRADE DE ROSSI

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE SUPERVIS ˜AO E

CONTROLE DE N´IVEL E TEMPERATURA DE L´IQUIDOS PARA

FINS DID ´ATICOS

Trabalho de Conclus˜ao de Curso apresentado ao Curso Superior de Engenharia El´etrica da Universi- dade Tecnol´ogica Federal do Paran´a como requisito parcial para obtenc¸ ˜ao do t´ıtulo de ”Engenheiro Ele- tricista em Engenharia El´etrica”.

Orientador: Prof. Dr. Kleber Romero Felizardo

CORN ´ELIO PROC ´OPIO

AGRADECIMENTOS

Agradec¸o, primeiramente, `a minha m˜ae que me forneceu todo o suporte necess´ario

para realizar minha vida acadˆemica, tamb´em me apoiou em momentos dif´ıceis e soube me

aconselhar da melhor forma poss´ıvel.

A minha namorada Let´ıcia, que foi paciente com meus estudos e sempre esteve co-

migo, passando por alegrias e dificuldades.

Aos meu amigos de faculdade, que estiveram o tempo todo ao meu lado. Sem eles

minha caminhada seria muito mais dificultosa.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Kleber Romero Felizardo, com o vasto conhecimento,

contribuic¸ ˜ao e compreens˜ao no desenvolvimento do trabalho.

E tamb´em a Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a, campus Corn´elio Proc´opio

  • PR, representada pelo seu corpo docente por ter sido respons´avel direta na minha formac¸ ˜ao

acadˆemica.

”Determinac¸ ˜ao, coragem e auto-confianc¸a s˜ao fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possu´ıdos por uma inabal´avel determinac¸ ˜ao, conseguiremos super´a-los. Independentemente das circunstˆancias, de- vemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.” (Dalai Lama)

ABSTRACT

DE ROSSI, Pedro Andrade. Develop a supervision and control system of level and tempera- ture of fluids for didatic purposes. 49 f. Trabalho de Conclus˜ao de Curso – Graduac¸ ˜ao em Engenharia El´etrica, Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Corn´elio Proc´opio, 2017.

In this paper, it is proposed the development of a didatic kit of supervision and control of level and temperature of a liquid. The kit consist of an Arduino Uno microcontroller module, temperature sensors and level, control modules (H L298N and Dimmer), a heater, a water pump and the liquid reservatories. Supervision and control of the system are performed from a user interface that will be developed using LabVIEW software. It is expected that the development of this kit will help teachers in the laboratory classes of the control disciplines, making the connection between theory and practice closer.

Keywords: Control, Supervision, Kit, Arduino Uno, Level, Temperature.

LISTA DE FIGURAS

SUM ´ARIO

  • FIGURA 1 – Sistema de controle simplificado.
  • FIGURA 2 – Sistema de controle de malha aberta.
  • FIGURA 3 – Sistema de controle de malha fechada.
  • FIGURA 4 – Sistema t´ıpico de aquecimento.
  • FIGURA 5 – Sistema de n´ıvel.
  • FIGURA 6 – Resposta ao degrau unit´ario.
  • FIGURA 7 – Caracter´ısticas da curva ”S”.
  • FIGURA 8 – Arduino Uno.
  • FIGURA 9 – Sensor ultrassˆonico HC-SR04.
  • FIGURA 10 – Diagrama de temporizac¸ ˜ao do sensor ultrassˆonico HC-SR04.
  • FIGURA 11 – Distˆancia percorrida pelo sinal.
  • FIGURA 12 – Sensor de temperatura DS18B20.
  • FIGURA 13 – M´odulo ponte H L298N.
  • FIGURA 14 – Ponte H.
  • FIGURA 15 – M´odulo dimmer para Arduino.
  • FIGURA 16 – Passagem da rede el´etrica pelo zero.
  • FIGURA 17 – Formas de onda de tens˜ao no pino DIM e na carga.
  • FIGURA 18 – Resistˆencia de aquecimento.
  • FIGURA 19 – Bomba d’´agua universal.
  • FIGURA 20 – Diagrama do sistema de supervis˜ao e controle de n´ıvel e temperatura.
  • FIGURA 21 – Conex˜ao do sensor ultrassˆonico HC-SR04.
  • FIGURA 22 – Conex˜ao do m´odulo ponte H L298N.
  • FIGURA 23 – Conex˜ao do sensor DS18B20.
  • FIGURA 24 – Conex˜ao do m´odulo dimmer MC-8A.
  • FIGURA 25 – Interface LabVIEW.
  • FIGURA 26 – Prot´otipo dos subsistemas n´ıvel/temperatura.
  • FIGURA 27 – Ligac¸ ˜oes do prot´otipo com microcontrolador.
  • FIGURA 28 – Sintonia do controlador PI para o subsistema de n´ıvel.
  • FIGURA 29 – Sintonia do controlador PI para o subsistema de temperatura.
  • FIGURA 30 – Primeiro experimento do subsistema de n´ıvel.
  • FIGURA 31 – Gr´aficos do primeiro experimento subsistema de n´ıvel.
  • FIGURA 32 – Segundo experimento do subsistema de n´ıvel.
  • FIGURA 33 – Gr´aficos do segundo experimento subsistema de n´ıvel.
  • 1 INTRODUC¸ ˜AO
  • 1.1 DELIMITAC¸ ˜AO DO TEMA
  • 1.2 OBJETIVOS
  • 1.2.1 Objetivo Geral
  • 1.2.2 Objetivos Espec´ıficos
  • 2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA
  • 2.1 DEFINIC¸ ˜AO DE SISTEMAS DE CONTROLE
  • 2.2 CONFIGURAC¸ ˜AO DE SISTEMAS DE CONTROLE
  • 2.3 MODELAGEM MATEM ´ATICA DO SISTEMA
  • 2.4 PRIMEIRO M ´ETODO DE ZIEGLER-NICHOLS
  • 2.5 CONTROLADOR PI
  • 2.5.1 Controlador PI discreto
  • 2.6 ARDUINO UNO
  • 2.7 SENSOR ULTRASS ˆONICO HC-SR04
  • 2.8 SENSOR DE TEMPERATURA DS18B20
  • 2.9 M ´ODULO PONTE H L298N
  • 2.10 M ´ODULO DIMMER MC-8A PARA ARDUINO
  • 2.11 RESIST ˆENCIA DE AQUECIMENTO
  • 2.12 BOMBA D’ ´AGUA
  • 2.13 SOFTWARE LABVIEW
  • 3 METODOLOGIA
  • 3.1 DIAGRAMA DO SISTEMA
  • 3.2 CONEX ˜OES COM O ARDUINO UNO
  • 3.2.1 Conex˜ao do Sensor Ultrassˆonico HC-SR04
  • 3.2.2 Conex˜ao do M´odulo Ponte H L298N
  • 3.2.3 Conex˜ao do Sensor DS18B20
  • 3.2.4 Conex˜ao M´odulo Dimmer MC-8A
  • 3.3 INTERFACE LABVIEW
  • 4 RESULTADOS
  • 4.1 PROT ´OTIPO
  • 4.2 SINTONIA DO CONTROLADOR PI PARA OS SUBSISTEMAS
  • 4.2.1 Sintonia do controlador PI para o Subsistema de N´ıvel
  • 4.2.2 Sintonia do controlador PI para o Subsistema de Temperatura
  • 4.3 PRIMEIRO EXPERIMENTO PARA SUBSISTEMA DE N´IVEL
  • 4.4 SEGUNDO EXPERIMENTO PARA SUBSISTEMA DE N´IVEL
  • 5 CONSIDERAC¸ ˜OES FINAIS
  • 5.1 TRABALHOS FUTUROS
  • REFER ˆENCIAS
  • 6 AP ˆENDICE A - C ´ODIGO PARA SUBSISTEMA DE N´IVEL
  • 7 AP ˆENDICE B - C ´ODIGO PARA SUBSISTEMA DE TEMPERATURA

10

1 INTRODUC¸ ˜AO

A automac¸ ˜ao industrial se faz necess´aria a partir do momento em que as empresas

buscam uma maior competitividade no mercado. Para alcanc¸ar este objetivo ´e fundamental

que as companhias busquem melhorias em seus processos industriais, que sejam mais r´apidos,

eficientes e a um prec¸o acess´ıvel ao consumidor (JUGEND, 2006).

A utilizac¸ ˜ao de sistemas autom´aticos est´a em ascens˜ao devido `as mais variadas tec-

nologias dispon´ıveis no mercado. S˜ao utilizadas t´ecnicas, equipamentos, softwares para que

processos industriais possam ser cada vez mais seguros, gastem menos recursos e tenham a

menor interferˆencia humana poss´ıvel (NAKAGAWA, 2009).

Com as novas tecnologias empregadas e a evoluc¸ ˜ao dos setores da automac¸ ˜ao (residen-

cial, industrial, comercial, no campo, entre outras), os microcontroladores est˜ao cada vez mais

presentes nestas ´areas com a finalidade de facilitar e gerar conforto na vida de seus usu´arios

(CORTELETTI, 2006).

Os microcontroladores s˜ao dispositivos single-chip fabricados com objetivo de embutir

aplicac¸ ˜oes de controle computacional. Estes dispositivos s˜ao de baixo custo e podem ser facil-

mente empregados em processos de controle digital. Devido ao fato de serem program´aveis e

possu´ırem tamanho reduzido, os microcontroladores se tornam uma excelente alternativa para

os processos como o de controle de n´ıvel e temperatura de l´ıquidos (IBRAHIM, 2006).

Sendo assim, o controle de n´ıvel de l´ıquidos em reservat´orios se torna fundamental em

ind´ustrias, clubes, laborat´orios e at´e mesmo em residˆencias. Se o controle de n´ıvel for efetuado

de maneira simples e eficaz, s´o tende a trazer vantagens, principalmente em ambientes indus-

triais que visam o sucesso da produc¸ ˜ao juntamente com a diminuic¸ ˜ao de gastos (SCHMIDT,

2008).

O mesmo se aplica para o controle de temperatura de l´ıquidos, que no setor industrial ´e

de suma importˆancia para garantir tanto a qualidade dos produtos quanto a seguranc¸a de pessoas

e equipamentos envolvidos (ARA ´UJO et al., 2004).

12

2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA

2.1 DEFINIC¸ ˜AO DE SISTEMAS DE CONTROLE

Segundo Nise (2012), um sistema de controle pode ser representado por uma ordem de

processos e subsistemas com o objetivo de que uma entrada especificada possa gerar uma sa´ıda

desejada com o desempenho esperado. A Figura 1 representa um sistema de controle simples,

constitu´ıdo de uma entrada e uma sa´ıda.

Figura 1: Sistema de controle simplificado.

Fonte: Adaptado de Nise (2012)

2.2 CONFIGURAC¸ ˜AO DE SISTEMAS DE CONTROLE

Em um sistema de malha aberta basicamente um sinal de sa´ıda n˜ao exerce nenhuma

ac¸ ˜ao de controle no mesmo, ou seja, n˜ao havendo o controle da sa´ıda e tamb´em n˜ao havendo

comparac¸ ˜ao com o sinal de entrada. Logo, na presenc¸a de um dist´urbio o sistema de malha

aberta n˜ao conseguir´a regular a vari´avel de sa´ıda (OGATA, 2010). Na Figura 2, ´e mostrado um

sistema de controle de malha aberta onde n˜ao h´a realimentac¸ ˜ao do sinal de sa´ıda.

No sistema de controle de malha fechada a diferenc¸a entre o sinal de realimentac¸ ˜ao

(que pode ser o sinal de sa´ıda ou func¸ ˜oes recorrentes do mesmo) e o sinal de entrada ´e deno-

minado sinal de erro atuante. Esse sinal de erro realimenta o controlador de forma `a acertar a

sa´ıda do sistema, minimizando o seu erro (OGATA, 2010). Um exemplo de sistema de controle

de malha fechada pode ser observado na Figura 3, no qual o sinal de sa´ıda passa por um sensor

para que possa ser definido o erro e comparado com a entrada.

13

Figura 2: Sistema de controle de malha aberta.

Fonte: Adaptado de Nise (2012)

Figura 3: Sistema de controle de malha fechada.

Fonte: Adaptado de Nise (2012)

2.3 MODELAGEM MATEM ´ATICA DO SISTEMA

A modelagem matem´atica de sistemas de controle normalmente ´e feita por meio de leis

f´ısicas utilizadas na engenharia e na ciˆencia, que representam as plantas ou processos da forma

mais realista poss´ıvel, e/ou por meio de medidas experimentais das vari´aveis de interesse, tanto

as de sa´ıda como as de entrada. Em geral, os modelos matem´aticos s˜ao apresentados atrav´es

de func¸ ˜oes de transferˆencia, equac¸ ˜oes diferenciais ou vari´aveis de estado (NISE, 2012). As

modelagens apresentadas no trabalho s˜ao v´alidas para apenas um ponto de equil´ıbrio, j´a para

altas taxas de variac¸ ˜ao s˜ao exigidos modelos mais complexos.

A Figura 4, representa um t´ıpico sistema t´ermico onde a resistˆencia de aquecimento,

ao receber um sinal de tens˜ao Vp, libera um fluxo de calor qi respons´avel pelo aquecimento do

sistema. Normalmente s˜ao utilizados elementos de chaveamento D para variar sua potˆencia, a

partir de um sinal de entrada Vu. Nesse sistema a temperatura T e a vari´´ avel `a ser controlada e

depende da temperatura ambiente Ta, do fluxo de energia que ´e dissipado para o meio externo q 0 ,

da resistˆencia t´ermica R e da capacidade t´ermica C do sistema (DATAPOOL ELETR ˆONICA,

15

Aplicando a transformada de Laplace na Equac¸ ˜ao 7, tem-se:

RCsT (s) + T (s) = Rqi(t) + Ta(s) (8)

T (s) =

R

RCs + 1

qi(s) +

Ta(s) RCs + 1

Para o sistema de controle de n´ıvel, as grandezas f´ısicas ou as vari´aveis mais utilizadas

para descrever os sistemas s˜ao normalmente fluxo, press˜ao e o pr´oprio n´ıvel. Para a modelagem

matem´atica desse sistema de n´ıvel (Figura 5) s˜ao levados em conta dois parˆametros b´asicos, a

capacitˆancia e a resistˆencia hidr´aulica (DATAPOOL ELETR ˆONICA, 2006).

Figura 5: Sistema de n´ıvel.

Fonte: Adaptado de Datapool Eletrˆonica (2006)

A capacitˆancia hidr´aulica (Ch) ´e a relac¸ ˜ao entre a variac¸ ˜ao da vaz˜ao de um flu´ıdo,

Equac¸ ˜ao 10, e a taxa de variac¸ ˜ao do seu n´ıvel n no tempo (t), Equac¸ ˜ao 11.

∆qh(t) = qhi(t) − qh 0 (t) (10)

Ch =

∆qh(t) dn(t) dt

A resistˆencia hidr´aulica (Rh) ´e dada pela taxa de variac¸ ˜ao da altura do n´ıvel do reser-

vat´orio n em relac¸ ˜ao a variac¸ ˜ao da vaz˜ao de um flu´ıdo qh, Equac¸ ˜ao 12. Por´em se o escoamento

for laminar (em casos de flu´ıdos de alta viscosidade) a relac¸ ˜ao ´e dada pela Equac¸ ˜ao 13, j´a

para flu´ıdos com escoamento turbulento ´e poss´ıvel utilizar a aproximac¸ ˜ao da Equac¸ ˜ao 14 para

pequenas variac¸ ˜oes de qh e n.

Rh =

dn dqh

qh =

nt Rh

16

qh =

2 nt Rh

Substituindo as Equac¸ ˜oes 11 e 13 na Equac¸ ˜ao 10, tem-se:

Ch

dn(t) dt

= qhi(t) −

nt Rh

Aplicando Laplace na Equac¸ ˜ao 14, obtem-se:

n(s)sRhCh(s) + n(s) = Rhqhi(s) (16)

Isolando a relac¸ ˜ao de n(s)/qhi(s), ´e estabelecida a func¸ ˜ao transferˆencia:

n(s) qhi(s)

Rh RhChs + 1

2.4 PRIMEIRO M ´ETODO DE ZIEGLER-NICHOLS

O primeiro m´etodo de Ziegler-Nichols consiste em realizar uma sintonia dos contro-

ladores PID experimentalmente atrav´es de uma entrada degrau unit´ario como pode ser visto na

Figura 6. Para que a curva de resposta do degrau unit´ario tenha um formato de ”S”, o sistema

ou planta n˜ao pode conter polos complexos conjugados dominantes e/ou integradores (OGATA,

2010).

Figura 6: Resposta ao degrau unit´ario.

Fonte: Ogata (2010)

A curva gerada atrav´es de uma entrada degrau apresenta alguns fatores: a constante de

tempo (T) e o atraso (L). Desenhando uma tangente no ponto de inflex˜ao da curva S, pode-se

determinar T e L como mostrado na Figura 7. Com o levantamento dessas vari´aveis e utilizando

as f´ormulas da Tabela 1 ´e poss´ıvel mensurar os parˆametros do controlador PID (OGATA, 2010).

18

Para que seja poss´ıvel implementar um controlador PI ´e necess´ario encontrar os valo-

res dos parˆametros (KP) e (KI ). Uma vez obtidos esses parˆametros ´e poss´ıvel associar a func¸ ˜ao

transferˆencia do controlador com a func¸ ˜ao transferˆencia da planta, obtendo-se uma nova res-

posta (DORF; BISHOP, 2001). Por se tratar de um trabalho com fins did´aticos, ser´a poss´ıvel

que o aluno mude o PI do kit para perceber a alterac¸ ˜ao que os parˆametros do controlador causa

na resposta.

2.5.1 CONTROLADOR PI DISCRETO

O controlador PI discreto ´e baseado nas seguintes equac¸ ˜oes:

u(k) = p(k) + i(k) (20)

p(k) = kP ∗ e(k) (21)

i(k) = KI ∗ T ∗ e(k) + i(k − 1 ) (22)

Sendo T o per´ıodo total de amostragem, u(k) ´e a ac¸ ˜ao de controle no instante atual kT,

e(k) o erro atuante no sistema e i(k-1) ´e o valor do tempo anterior, ou seja, (k-1)T.

2.6 ARDUINO UNO

A placa Arduino Uno ´e baseada no microcontrolador ATmega328P, que possui uma

mem´oria de programa do tipo flash de 32 KB, uma mem´oria de dados do tipo SRAM de 2KB,

uma mem´oria EEPROM de 1KB e um clock interno de 16 MHz (ARDUINO, 2016a).

Dos quatorze pinos dispon´ıveis no Arduino Uno, dois pinos s˜ao utilizados para comunicac¸ ˜ao

serial, seis pinos s˜ao sa´ıdas PWM e dois pinos s˜ao utilizados para interrupc¸ ˜ao externa. Os

quatorze pinos podem ser configurados tanto como sa´ıda quanto entrada, pelos comandos pin-

Mode(), digitalWrite() e digitalRead(). A placa Arduino Uno (Figura 8) necessita de um ambi-

ente de desenvolvimento integrado ou integrated development environment (IDE) pr´opria para

programac¸ ˜ao (ARDUINO, 2016a).

Para a alimentac¸ ˜ao correta da placa ´e recomendado uma fonte externa de tens˜ao que

trabalhe entre 7 V a 12 V, devido ao fato de que a placa opera com uma tens˜ao de apenas 5 V.

Uma tens˜ao de alimentac¸ ˜ao maior que 12 V pode gerar um sobreaquecimento no regulador de

tens˜ao, podendo danificar o equipamento. A alimentac¸ ˜ao do microcontrolador pode tamb´em

ser via cabo USB (ARDUINO, 2016a).

19

Figura 8: Arduino Uno.

Fonte: Arduino (2016b)

A placa Arduino Uno ser´a utilizada no kit com a finalidade de realizar a leitura dos

sensores e tamb´em respons´avel pela resposta enviada para os atuadores dos subsistemas.

2.7 SENSOR ULTRASS ˆONICO HC-SR

O sensor HC-SR04 trabalha com sinais ultrassˆonicos de 40 kHz, que s˜ao impercept´ıveis

a audic` ¸ ˜ao humana, com uma velocidade de aproximadamente 34000 cm/s para determinar a

distˆancia que h´a entre o sensor e o objeto/obst´aculo desejado. A faixa de medida est´a entre 2

cm a 400 cm com uma exatid˜ao de 0,3 cm (CYTRON TECHNOLOGIES, 2013).

O sensor ultrassˆonico (Figura 9) possui um pino de alimentac¸ ˜ao de 5 V, um pino para

o gatilho, um pino de eco e um pino para o terra, sendo eles: VCC, TRIG, ECHO e GND

respectivamente (CYTRON TECHNOLOGIES, 2013).