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A análise dos custos de produção e a criação de controles financeiros para ajudar as sócias em o planejamento da organização. Além disso, é discutido o planejamento financeiro para o ano de 2007, com base em informações coletadas na empresa e no mercado. O documento também aborda a importância de estabelecer controles administrativos eficientes e a projeção de vendas.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Douglas Paveck Bomfim
Porto Alegre 2006
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração.
Orientadora: Professora Marisa Ignez dos Santos Rhoden
Porto Alegre
2006
A minha família e mulher por todo o seu apoio, carinho, compreensão e amor.
Agradeço a minha professora orientadora Marisa Ignez dos Santos Rhoden por toda atenção prestada.
Agradeço a todos os professores da Escola de Administração da UFRGS pelos ensinamentos.
Agradeço aos amigos e às proprietárias da Rouparia, Tânia e Naira, por permitirem a realização deste trabalho em sua empresa e pelas informações cedidas para tal.
Aos meus colegas de faculdade que mais do que simples companheiros de sala de aula, foram amigos para todas as horas.
Aos meus amigos pela compreensão, que na minha ausência durantes as provas, trabalhos e realização do presente trabalho sempre me apoiaram e incentivaram.
Especialmente agradeço ao meu Tio Patrício Virgilli Paveck, graças ao seu apoio estou realizando o meu sonho.
Atualmente no Brasil, o setor de confecção têxtil é um dos mais importantes setores da economia. Segundo a Abit, Associação Brasileira de Indústria Têxtil, o setor de confecção produziu cerca de 1.683,8 toneladas de produtos no ano de 1999. O Ministério do Planejamento informou (pesquisa realizada em 1996) que o setor possuía 18.036 empresas, com um preço médio, em dólar americano, de U$ 4,38 por peça de roupa e empregava 1.337 milhões de pessoas.
O setor de confecção é extremamente competitivo, pulverizado entre micros e pequenas empresas. Essas além de competirem entre si, sofrem com a presença cada vez maior de produtos importados.
Nesse cenário turbulento é extremamente necessário que os recursos financeiros sejam muito bem empregados, otimizando-se os recursos disponíveis. Com base nestas observações, pode-se afirmar que administração financeira, visando à rentabilidade e à liquidez, é fundamental na organização do negócio, através dos seus controles e dos seus indicadores.
Um planejamento financeiro bem desenvolvido pode proporcionar vantagem competitiva para a empresa. Através deste mecanismo determina-se o montante de recursos necessários para execução das atividades operacionais, e podem-se empregar da maneira mais adequada os recursos disponíveis, analisando as fontes de crédito mais vantajosas para a organização e tendo melhores condições de se saldar as obrigações da empresa em dia.
A conseqüência desse quadro foi a busca de novos mercados e novos clientes. Por contar com uma boa capacidade criativa e qualificada mão-de-obra, em pouco tempo conseguiu-se atingir tal objetivo. Foi nessa época que a empresa começou a especializar-se em artigos para recém nascidos.
Assim, após uma análise das contas, decidiram se fixar apenas na área de confecção para recém nascidos. Alguns dos motivos que as levaram a essa escolha foi a margem de lucro proveniente da venda deste produto, o grande número de pedidos, a larga experiência na produção desse tipo de artigo e a falta de sazonalidade da demanda.
Desse modo, o de 2005 foi utilizado pela microempresa para começar a virada de rumo na direção da especialização da produção em artigos para bebês. Nesse ano, elas conseguiram trabalhar quase que exclusivamente com essa linha de produto. A conseqüência dessa guinada foi um crescimento acentuado no lucro em relação aos anos anteriores.
Já o ano de 2006 marca a organização na medida em que é o primeiro ano em que elas estão trabalhando somente com a linha bebê. Para isso, a empresa produz vários itens destinados à estética e conforto dos bebês, como, por exemplo, toalhas, babadores, mosquiteiros e roupas em geral. Os produtos fabricados são de uma qualidade superior e se destinam ao mercado com maior poder aquisitivo, essa qualidade diferenciada se deve ao material utilizado e ao acabamento das peças.
O principal problema encontrado na empresa é a falta de um planejamento financeiro apropriado. Não existe uma programação de desembolsos e recebimentos, uma análise criteriosa dos custos envolvidos na operação da fábrica, um exame do ponto de equilíbrio do negócio, etc.
Para que se tenha uma idéia de onde se está e aonde se quer chegar é necessário contar com dados para a realização de análises comparativas e, desse modo, chegar-se a uma conclusão. Entretanto, na empresa não existe nenhum tipo de controle mais apurado para auxiliá-las na tomada de decisão. Os problemas são resolvidos na medida em que vão aparecendo. Tudo isso faz com que as sócias percam muito tempo com problemas operacionais da fábrica, quando na verdade deveriam estar desenvolvendo o seu diferencial: a capacidade criativa e a flexibilidade.
Além disso, a organização está enfrentando a sua primeira grande crise. Essa crise tem tornando a situação da empresa bem delicada em comparação o mesmo período dos anos anteriores. O número de pedidos caiu bastante em relação aos outros anos, em torno de 30% , principalmente a partir de maio.
Outros problemas enfrentados nesse ano foram a falta de capital de giro, a falta de tempo para organizar a empresa, a necessidade de novas fronteiras comerciais e o aumento das vendas. Algumas dessas dificuldades são inerentes a nova especialização, como por exemplo, a necessidade de se conseguir novos e competentes representantes comerciais. Outros advêm da falta de controles administrativos adequados e da queda do mercado como um todo.
Através da revisão bibliográfica buscam-se os fundamentos teóricos sobre os assuntos abordados neste projeto. Esse referencial teórico será utilizado como embasamento para a análise da situação econômico-financeira e para o planejamento geral das operações da empresa.
O planejamento financeiro é de extrema importância para as empresas nos dias de hoje, pois é através deste instrumento que se estabelecem os diferentes cenários para as organizações, possibilitando que o tomador de decisões posicione-se da melhor maneira possível, frente aos possíveis problemas e oportunidades.
A utilização do planejamento financeiro além de permitir que se mantenham informações extremamente importantes para a empresa, ao longo do tempo, pode ser utilizada como ferramenta de planejamento.
Relevante é, antes de se falar em planejamento financeiro, conceituar planejamento. Planejar é a capacidade de se preparar para eventos futuros, estimando possibilidades, recursos e tempo.
Planejamento, para Braga (1995), é conceituado através da definição antecipada dos objetivos e das ações preestabelecidas (O QUE se deseja alcançar); da forma pela quais as ações serão desenvolvidas (COMO será feito); dos meios físicos, tecnológicos, humanos e dos recursos financeiros necessários
(COM QUE e POR QUANTO será feito); dos prazos de execução e das épocas de conclusão de cada etapa do plano (QUANDO será feito) e dos responsáveis pela execução das etapas do plano (POR QUEM será feito).
Quando se analisa planejamento de uma forma mais específica pode-se explicar planejamento financeiro através do conceito de Brealy e Myers (1998):
“O planejamento financeiro é um processo de:
Para realizar um planejamento financeiro que realmente seja uma ferramenta valiosa para empresa, devem-se seguir alguns princípios, como por exemplo, o de ser exeqüível, ou seja, a meta proposta deve ser viável; atingível, além de estar de acordo com a realidade do mercado.
Deve-se buscar um planejamento financeiro objetivo e quantificável. As informações que serão a base de dados para todo o planejamento têm de ser reais, sem dados hipotéticos ou arbitrários, tratadas com ferramentas estatísticas. A quantificação permite que se vislumbre de maneira clara a situação financeira da empresa no mercado.
Outro fator importante é a flexibilidade. Quando se monta um plano é necessário trabalhar com margens de segurança. Essas margens são importantes na medida em que o mercado está cada vez volátil e globalizado.
Para finalizar, o planejamento financeiro deve possuir unidade, ou seja, cada parte da empresa realizará sua contribuição para o estabelecimento do plano e toda a empresa deve seguí-lo. Como o plano transpassa diversas áreas dentro da empresa, é importante que se mantenha único nas suas metas e objetivos onde cada área contribui.
custos indiretos de fabricação e das despesas operacionais. Com estas estimativas pode-se desenvolver a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) projetado e orçamento de caixa em períodos mensais ou trimestrais de recebimentos e pagamentos.
O fluxo de caixa utilizado como planejamento pela organização tem por objetivo primordial as projeções das entradas e das saídas financeiras para um determinado período de tempo. Através dele pode-se implantar um mecanismo, ao mesmo tempo, simples e seguro que demonstre a necessidade, ou sobra de caixa para períodos projetados.
O Fluxo de Caixa projetado constitui instrumento de fundamental importância para a boa administração das organizações. Através da sua adoção conseguimos uma ferramenta que possibilita uma boa gestão dos recursos financeiros, evitando situações de insolvência ou falta de liquidez. O que, sem dúvida, representam sérias ameaças à continuidade das organizações.
Utilizando-se do fluxo de caixa pode-se visualizar o grau de independência financeira da organização. Essa independência vai se traduzir no seu potencial para geração de disponibilidades no futuro e na capacidade para saldar seus compromissos.
Segundo Zdanowicz (2000), outros objetivos também podem ser alcançados ao se elaborar um fluxo de caixa na empresa. A seguir, arrolam-se os principais:
operacionais, assim como de dados relativos aos índices de atividades: prazos médios de rotação de estoques, de valores a receber e de valores a pagar;
O fluxo de caixa projetado pode ser expresso através dessa fórmula genérica:
Dessa forma, é utilizado para observar se o saldo inicial de caixa mais os ingressos do período, menos os desembolsos vão representar excedente ou escassez de recursos financeiros.
Caso haja previsão de escassez de recursos, o administrador terá tempo hábil para estudar a melhor forma de financiar o déficit, e em contrapartida, se houver excedente de caixa, qual a melhor maneira de investir.
O fluxo de caixa projetado é mecanismo ideal para ser utilizado em microempresas. Esse tipo de organização se caracteriza pela baixa complexibilidade de operações, pelo pequeno número de funcionários e por ser mais sensível a falta de recursos financeiros.