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desenho tecnico
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Curso Técnico de Mecatrônica
Volume 3
Desenho Técnico
SENAI- SP, 1999
Trabalho elaborado pela Escola SENAI Roberto Simonsen- Centro Nacional de Tecnologia em Mecânica, do Departamento Regional de São Paulo.
Coordenação Geral Dionisio Pretel
Coordenação Paulo Roberto Martins Laur Scalzaretto
Organização Adriano Ruiz Secco Sílvio Audi
Editoração Adriano Ruiz Secco Écio Gomes Lemos da Silva Silvio Audi
Adaptado de TC 2000 - Profissionalizante - Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico Iniciação ao Desenho (Desenho I) - SENAI-SP Desenho com Instrumentos (Desenho II) - SENAI-SP
Escola SENAI Roberto Simonsen Centro Nacional de Tecnologia em Mecânica Rua Monsenhor Andrade, 298 – Brás CEP 03008-000- São Paulo, SP Tel. 011 229-5099 Fax 011.229-5099 r 229 E-mail rsimonsen@senai101.com.br Home page: http:www.senai101.com.br
Antes de representar objetos, modelos, peças, etc. deve-se estu- dar o seu tamanho real. Tamanho real é a grandeza que as coi- sas têm na realidade.
Existem coisas que podem ser representadas no papel em tama- nho real.
Mas, existem objetos, peças, animais, etc. que não podem ser representados em seu tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são tão pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível anali- sar seus detalhes.
Para resolver tais problemas, é necessário reduzir ou ampliar as representações destes objetos.
Manter, reduzir ou ampliar o tamanho da representação de algu- ma coisa é possível através da representação em escala. Escala é o assunto que você vai estudar nesta aula.
A escala é uma forma de representação que mantém as propor- ções das medidas lineares do objeto representado.
Então, podemos dizer que as figuras B e C estão representadas em escala em relação a figura A.
Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação.
A seguir você vai aprender a interpretar cada uma destas esca- las, representadas em desenhos técnicos. Mas, antes saiba qual a importância da escala no desenho técnico rigoroso.
O desenho técnico que serve de base para a execução da peça é, em geral, um desenho técnico rigoroso. Este desenho, tam- bém chamado de desenho técnico definitivo, é feito com instru- mentos: compasso, régua, esquadro, ou até por computador.
Mas, antes do desenho técnico rigoroso é feito um esboço cota- do, quase sempre à mão livre. O esboço cotado serve de base para o desenho rigoroso. Ele contém todas as cotas da peça bem definidas e legíveis, mantendo a forma da peça e as proporções aproximadas das medidas. Veja, a seguir, o esboço de uma bu- cha.
No esboço cotado, as medidas do objeto não são reproduzidas com exatidão.
No desenho técnico rigoroso, ao contrário, existe a preocupação com o tamanho exato da representação. O desenho técnico rigo- roso deve ser feito em escala e esta escala deve vir indicada no desenho.
Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça. Veja um desenho técnico em es- cala natural.
Você observou que no desenho aparece um elemento novo? É a indicação da escala em que o desenho foi feito.
A indicação da escala do desenho é feita pela abreviatura da pa- lavra escala: ESC , seguida de dois numerais separados por dois pontos. O numeral à esquerda dos dois pontos representa as medidas do desenho técnico. O numeral à direita dos dois pontos representa as medidas reais da peça.
Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o tamanho do desenho técnico é igual ao ta- manho real da peça.
A relação entre o tamanho do desenho e o tamanho do objeto é de 1:1 (lê-se um por um). A escala natural é sempre indicada deste modo: ESC 1:1.
Meça, com uma régua milimetrada, as dimensões do desenho técnico abaixo. Ele representa o modelo de plástico n o^ 31.
a) Quantas vezes as medidas deste desenho são menores que as medidas correspondentes da peça real?
Veja bem! O desenho acima está representado em escala de re- dução porque o numeral que representa o tamanho do desenho é 1 e o numeral que representa o tamanho da peça é maior que 1. Neste exemplo, a escala usada é de 1:2 (um por dois). Logo, as medidas lineares deste desenho técnico são duas vezes menores que as medidas correspondentes da peça real. Se você medir as dimensões lineares do desenho verá que elas correspondem à metade da cota.
Escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o tamanho real da peça. Veja o desenho téc- nico de uma agulha de injeção em escala de ampliação.
As dimensões deste desenho são duas vezes maiores que as dimensões correspondentes da agulha de injeção real. Este de- senho foi feito na escala 2:1(lê-se: dois por um).
A indicação da escala é feita no desenho técnico como nos casos anteriores: a palavra escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados por dois pontos. Só que, neste caso, o numeral da esquerda, que representa as medidas do desenho técnico, é maior que 1. O numeral da direita é sempre 1 e repre- senta as medidas reais da peça.
Examine o próximo desenho técnico, também representado em escala e depois complete as questões.
a) Na indicação da escala o numeral 5 refere-se às ....................... do desenho, enquanto o numeral 1 refere-se às medidas reais da ...................... representada.
b) As medidas do desenho técnico são ....................... vezes maiores que as medidas reais da peça.
Veja, a seguir, as palavras que completam corretamente os es- paços em branco: medidas, peça, cinco.
Observe os dois desenhos a seguir. O desenho da esquerda está representado em escala natural (1 : 1) e o desenho da direita, em escala de redução (1 : 2). As cotas que indicam a medida do ân- gulo (90º) aparecem nos dois desenhos.
Além das cotas que indicam a medida do ângulo permanecerem as mesmas, neste caso, a abertura do ângulo também não muda. Variam apenas os tamanhos lineares dos lados do ângulo, que não influem no valor da sua medida em graus.
As duas peças são semelhantes, porém as medidas lineares da peça da direita são duas vezes menores que as medidas da peça da esquerda porque o desenho está representado em escala de redução.
Observe o modelo representado, meça suas dimensões e depois complete as questões nos espaços em branco, escolhendo a al- ternativa correta.
a) Este desenho está representado em escala ................. ................... (natural, de ampliação, de redução). b) As dimensões deste desenho são .................. (duas, cinco) vezes ......... (maior, menor) que as dimensões reais da peça. c) A medida real do comprimento da peça é .......... (20, 40); logo, a medida do comprimento da peça no desenho é ............ (20, 40) d) A abertura do ângulo da peça, no desenho, é ...................... (maior que, igual a, menor que) a abertura real do ângulo. e) O comprimento do lado do ângulo, no desenho é ................... ............. (o mesmo, maior que, menor que) o comprimento real do lado do ângulo na peça.
Agora, vamos às respostas.
a) Este desenho está representado em escala de ampliação (2 : 1). b) As dimensões deste desenho são duas vezes maiores que as dimensões reais da peça. c) A medida real do comprimento da peça é 20 mm, logo a me- dida do comprimento da peça no desenho é 40 mm. d) A abertura do ângulo da peça, no desenho, é igual à abertura real do ângulo (120º). e) O comprimento do lado do ângulo, no desenho, é maior que o comprimento real do lado do ângulo, na peça. Se você respondeu acertadamente a todos os itens, parabéns! Você já pode passar para os exercícios de fixação desta aula para treinar um pouco mais a leitura e a interpretação de dese- nhos cotados em diversas escalas. Se você errou algum item é melhor reler a instrução e voltar a analisar os exemplos com muita atenção.
Exercícios
1. Complete as frases nas linhas indicadas, escrevendo a alter- nativa correta. a) Em escala natural o tamanho do desenho técnico é .................... tamanho real da peça. - maior que o;
4. Meça as dimensões do desenho técnico abaixo e indique, na linha junto do desenho técnico, a escala em que ele está re- presentado. 5. Assinale com um^ X a alternativa correta: o tamanho do dese- nho técnico em escala de ampliação é sempre: a) ( ) igual ao tamanho real da peça; b) ( ) menor que o tamanho real da peça; c) ( ) maior que o tamanho real da peça. 6. Faça um círculo em volta do numeral que representa as me- didas da peça: ESC 10: 7. Meça as dimensões do desenho técnico abaixo e indique a escala em que ele está representado.
8. Observe o desenho técnico abaixo e escreva C ao lado das afirmações corretas e E, ao lado das erradas.
a) ( ) Este desenho técnico está representado em escala natural. b) ( ) As medidas lineares do desenho são duas vezes meno- res que as medidas da peça representada. c) ( ) A abertura do ângulo está ampliada em relação ao ta- manho real do ângulo. d) ( ) As medidas básicas desta peça são 13 mm, 8 mm e 9 mm.
9. Complete as lacunas com os valores correspondentes:
Dimensão do desenho Escala Dimensão da peça 1 : 1 42 18 1 : 2 5 : 1 6 16 2 : 1 10 100 12 60
É muito difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas porque todo processo de fabricação está sujeito a impre- cisões. Sempre acontecem variações ou desvios das cotas indi- cadas no desenho. Entretanto, é necessário que peças seme- lhantes, tomadas ao acaso, sejam intercambiáveis, isto é, pos- sam ser substituídas entre si, sem que haja necessidade de repa- ros e ajustes. A prática tem demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade. Esses desvios aceitáveis nas medidas das peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional, que é o assunto que você vai aprender nesta aula.
As tolerâncias vêm indicadas, nos desenhos técnicos, por valores e símbolos apropriados. Por isso, você deve identificar essa sim- bologia e também ser capaz de interpretar os gráficos e as tabe- las correspondentes.
As peças, em geral, não funcionam isoladamente. Elas trabalham associadas a outras peças, formando conjuntos mecânicos que desempenham funções determinadas. Veja um exemplo.
Num conjunto, as peças se ajustam, isto é, se encaixam umas nas outras de diferentes maneiras e você também vai aprender a
reconhecer os tipos de ajustes possíveis entre peças de conjun- tos mecânicos.
No Brasil, o sistema de tolerâncias recomendado pela ABNT se- gue as normas internacionais ISO (International Organization For Standardization ). A observância dessas normas, tanto no plane- jamento do projeto como na execução da peça, é essencial para aumentar a produtividade da indústria nacional e para tornar o produto brasileiro competitivo em comparação com seus simila- res estrangeiros.
As cotas indicadas no desenho técnico são chamadas de dimen- sões nominais. É impossível executar as peças com os valores exatos dessas dimensões porque vários fatores interferem no processo de produção, tais como imperfeições dos instrumentos de medição e das máquinas, deformações do material e falhas do operador. Então, procura-se determinar desvios, dentro dos quais a peça possa funcionar corretamente. Esses desvios são chamados de afastamentos.
Os afastamentos são desvios aceitáveis das dimensões nomi- nais, para mais ou menos, que permitem a execução da peça sem prejuízo para seu funcionamento e intercambiabilidade. Eles podem ser indicados no desenho técnico como mostra a ilustra- ção a seguir:
Neste exemplo, a dimensão nominal do diâmetro do pino é 20mm. Os afastamentos são: + 0,28mm (vinte e oito centésimos de milí- metro) e + 0,18mm (dezoito centésimos de milímetro). O sinal + (mais) indica que os afastamentos são positivos, isto é, que as vari- ações da dimensão nominal são para valores maiores.