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Um estudo clínico e instrumental sobre o desempenho da língua e da musculatura suprahioidea em indivíduos com deformidades dentofaciais classe ii e iii, comparativamente a sujeitos controlos, durante a máxima contração isométrica e na função de deglutição. O estudo utilizou 56 participantes, com idades entre 18 e 44 anos, sendo metade deles com deformidade dentofacial classe ii e a outra metade com classe iii. Os participantes foram submetidos a avaliação miofuncional orofacial, avaliação específica da língua, análise da pressão de língua, análise eletromiográfica da musculatura suprahioidea durante a deglutição espontânea e forçada de 10ml de água. Os resultados mostraram que os indivíduos com deformidades dentofaciais apresentaram alterações miofuncionais orofaciais e pior desempenho da língua na fase oral da deglutição, evidenciadas a partir da avaliação clínica e instrumentais.
Tipologia: Provas
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Ribeirão Preto 2015
Dissertação apresentada ao Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, para obtenção do titulo de Mestre em Ciências Médicas.
Área de concentração: Morfofisiologia de estruturas faciais
Orientadora: Profa. Dra. Luciana Vitaliano Voi Trawitzki
Ribeirão Preto 2015
Kizzy Silva Germano do Nascimento
Desempenho funcional da língua na deformidade dentofacial.
Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Ciências Médicas. Área de Concentração: Morfofisiologia de estruturas faciais
Aprovada em:
Banca examinadora
Prof. Dr.____________________________________________________________
Instituição:_________________________Assinatura:________________________
Prof. Dr.____________________________________________________________
Instituição:_________________________Assinatura:________________________
Prof. Dr.____________________________________________________________
Instituição:_________________________Assinatura:________________________
Nascimento, K.S.G Desempenho funcional da língua na deformidade dentofacial.
Introdução: Estudos mostram que, indivíduos com deformidades dentofaciais apresentam várias alterações miofuncionais orofaciais, entretanto a condição muscular da língua isoladamente e na função de deglutição ainda não foi explorada nesses indivíduos. Objetivo: Analisar o desempenho da língua e da musculatura suprahioidea nas deformidades dentofaciais classe II e classe III, comparativamente a sujeitos controles, na máxima contração isométrica e durante a função de deglutição, por meio de exames clínicos e instrumentais. Materiais e métodos: Participaram do estudo 56 indivíduos, entre 18 e 44 anos, de ambos os gêneros, sendo 26 (média de idade de 28 anos) com deformidade dentofacial classe II (GII) e 29 (média de idade de 26 anos) com deformidade dentofacial classe III (GIII). Foram selecionados ainda 23 sujeitos controles (GC), com média de idade de 24 anos, sendo 18 mulheres e 5 homens. Os participantes foram submetidos à avaliação miofuncional orofacial com escores (AMIOFE), avaliação especifica de língua com critérios do AMIOFE, análise da pressão de língua, por meio do Iowa Oral Performance Instrument (IOPI) em provas de elevação, protrusão e deglutição, e eletromiografia da musculatura suprahioidea, durante a deglutição espontânea de saliva e a deglutição de 10ml de água. Foi utilizada ANOVA Fatorial para análise do efeito do gênero nos grupos e análise inter-grupos. Para análise dos resultados do AMIOFE e dos valores referentes à língua, foi aplicado o teste de Kruskal-Wallis e o pós teste de Dunn. Quanto à avaliação eletromiográfica dos músculos suprahioideos, foi aplicado ANOVA one-way , exceto para análise quanto ao número de picos (teste de Kruskal-Wallis) e aplicado teste Anova Fatorial para verificar influência do gênero na amostra. Resultados: Em relação aos parâmetros clínicos, tanto do AMIOFE global, quanto aos escores específicos de língua, os grupos GII e GIII apresentaram menores escores comparados ao GC (p<0,00), sem diferença entre as deformidades (p>0,05). Foi encontrada diferença estatisticamente significante quanto à pressão de língua na prova de deglutição, onde os grupos GII e GIII apresentaram valores menores que os valores do GC (p=0,02), sem diferença para as demais
Nascimento, KSG Functional performance of the tongue in dentofacial deformity. 2015. 82f. Thesis (MS) - Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, São Paulo,
Introduction: Studies show that individuals with dentofacial deformities present several orofacial myofunctional alterations, though the muscular condition of the tongue alone and swallowing function has not been explored in these individuals. Aim: To analyze the tongue performance and suprahyoid muscles in dentofacial deformities class II and class III, compared with control subjects, in maximal isometric contraction and during swallowing function, through clinical and instrumental exams. Methods: The study included 56 subjects, between 18 and 44 years, of both genders, 26 (mean age 28 years) with dentofacial deformity class II (GII) and 29 (mean age 26 years) with dentofacial deformity class III (GIII). They were also selected 23 control subjects (CG), with a mean age of 24 years, 18 women and 5 men. Participants were submitted to orofacial myofunctional evaluation with scores (AMIOFE), evaluation specifies tongue with AMIOFE criteria, tongue pressure analysis, through the Iowa Oral Performance Instrument (IOPI) in elevation, protrusion and swallowing, and electromyography of suprahyoid muscles during spontaneous swallowing of saliva and swallowing 10ml of water. Factorial ANOVA was used to analyze the effect of gender in inter-group and group analysis. To analyze the results of AMIOFE and in the values of tongue, we applied the Kruskal-Wallis test and post test Dunn. As for the electromyographic evaluation of suprahyoid muscles was applied one-way ANOVA, except for analysis on the number of peaks (Kruskal-Wallis test) and applied Anova Factorial test to check influence of gender in the sample. Results: Regarding the clinical parameters of both the global AMIOFE, as the tongue specific scores, the GII and GIII groups had lower scores compared to the control group (p <0.00), with no difference between the deformities (p> 0.05 ). It found significant difference in the tongue of pressure in swallowing test, where the GII and GIII groups had lower values than the values of the GC group (p = 0.02), with no difference for other tests (p> 0.05 ). Electromyographic evaluation of suprahioideos muscles, evidence of spontaneous swallowing and swallowing 10ml, the GII and GIII groups had a longer swallowing compared to the CG (p <0.00), with no differences
between the deformities. In evidence of spontaneous swallowing the integral variable, the GIII group showed higher values compared to the CG group (p = 0.01), with no difference between the deformities (p> 0.05). In proof swallowing 10ml of water in the initial variable were observed smaller amplitudes for GIII compared to the CG (p = 0.03), with no difference between the deformities (p> 0.05). Conclusion: Subjects with dentofacial deformity, compared to subjects without dentofacial deformities present orofacial myofunctional and poor performance changes of tongue, oral swallowing, apparent from the clinical and instrumental evaluations, tongue pressure during swallowing with IOPI and initial amplitude the electromyographic signal, swallowing time and integral of electromyographic signal.
Key Words: Tongue; Maxillofacial abnormalities, electromyography.
Página Tabela 1. Comparação dos escores totais da avaliação miofuncional orofacial com escores (AMIOFE) .................................................................................................................................. Tabela 2. Comparação dos escores referentes à língua, da avaliação miofuncional orofacial com escores (AMIOFE) ............................................................................................................. Tabela 3. Comparação dos valores (média e desvio padrão) da pressão de língua (em kPa) .... Tabela 4. Teste e reteste para provas realizadas com o IOPI (em kPa) ...................................... Tabela 5. Comparação da atividade eletromiografia de suprahioideos (média e desvio padrão), em diferentes parâmetros ............................................................................................................. Tabela 6. Comparação da atividade eletromiografia de suprahioideos (média e desvio padrão) referentes ao número de picos .....................................................................................................
Agradeço primeiramente à Deus, por ter me dado toda a força necessária para eu cumprir minha jornada até aqui, por acalmar meu coração nos momentos de dificuldades e desespero, por guiar minhas mãos, mente e coração para que eu pudesse concluir mais uma etapa da minha vida.
Aos meus pais Wilson e Julia, por terem depositado em mim toda a confiança e apoio necessário. Por terem me dado apoio nos momentos em que pensei em desistir. Amo muito vocês!
Ao meu noivo Carlos, por ter tido paciência comigo em meus momentos de desespero, pelas palavras de apoio, carinho e amor durante essa jornada. Te amo!
À Profa. Luciana, que me guiou desde o terceiro ano da graduação com seu exemplo de ética, bondade, dedicação, e amor à profissão. Muito obrigada por tudo! Muito obrigada por ter sido minha luz!
À Profa. Claudia Maria de Felício, pelo exemplo de amor à motricidade orofacial, amor à fonoaudiologia, e dedicação a pesquisa. Muito obrigada!
À Dra. Esther Mandelbaum Gonçalves Bianchini e à Dra. Lilian Neto Aguiar Ricz pelas correções e contribuições ao trabalho.
Ao grupo de pesquisa do LISE, pela amizade, apoio emocional e profissional.
À toda a equipe do CIEDEF pelo trabalho e dedicação aos pacientes.
Aos pacientes por terem aceitado participar da pesquisa, pela paciência e colaboração.
À CAPES pelo apoio financeiro recebido.
À PRÓ-Reitoria de Pesquisa da USP e NAP-Craniofacial pelo financiamento dos
equipamentos, viabilizando o estudo.
A FAPESP (processo nº 2011/09793-8) pelo financiamento do IOPI.
As deformidades dentofaciais são caracterizadas por más oclusões acentuadas tanto esqueletais quanto dentoalveolares (TUCKER, 2000), acompanhadas de alterações nas funções orofaciais, verificadas principalmente na mastigação (BERRETIN-FELIX; JORGE; GENARO, 2010; MARCHESAN; BIANCHINI, 1999; PEREIRA; BIANCHINI, 2011; TRAWITZKI, 2004; TRAWITZKI, 2009), na força de mordida (SILVA, 2014; THROCKMORTON, 2006; TRAWITZKI et al, 2011; ZARRINKELK et al, 1996), na eficiência mastigatória (PICINATO- PIROLA, 2010; PICINATO-PIROLA et al, 2012; THROCKMORTON, 2006), assim como na atividade eletromiográfica (GADOTTI; BERZIN; BIASOTTO-GONZALEZ, 2005; MORENO et al, 2008; FARIAS et al, 2013; TRAWITZKI et al, 2006; TRAWITZKI et al, 2010; ZARRINKELK et al, 1996) e na morfologia dos músculos mastigatórios (KATSUMATA et al, 2004; UEKI et al, 2009; TRAWITZKI et al, 2006a). Indivíduos com deformidades dentofaciais também apresentam alterações na função de deglutição (BERRETIN-FELIX; JORGE; GENARO, 2010; FUJIKI et al, 2013; MARCHESAN; BIANCHINI, 1999; MEZZOMO et al, 2011; PEREIRA et al, 2005; TRAWITZKI, 2009), porém, mais evidencias científicas, com avaliações objetivas e instrumentais são necessárias para comprovar tais alterações. A língua tem função primordial no funcionamento do sistema estomatognático e participa ativamente na deglutição, realizando a propulsão do bolo para a orofaringe. Suas características estruturais lhe permitem exercer movimentos para selar o conteúdo do bolo, anteriormente e lateralmente, e gerar pressão para a propulsão posterior do bolo (HAYASHI et al, 2013; KIESER, 2014; TANIGUSHI et al, 2008). Na mastigação, a língua realiza a manipulação e transporte do alimento para as faces oclusais (FELÍCIO, 2004) e na fala, tem ação na articulação dos fonemas (MU; SANDERS, 2010; SANDERS et al, 2013). O aspecto, a postura e a precisão dos movimentos da língua, assim como o seu funcionamento durante a deglutição, podem ser analisados por meio de protocolos específicos de avaliação miofuncional orofacial com escores (AMIOFE), validados para crianças (FELÍCIO e FERREIRA, 2008), adultos (FELÍCIO; MEDEIROS; MELCHIOR, 2012), idosos (LIMA, 2012) e pacientes com apneia obstrutiva do sono (FOLHA; VALERA; FELÍCIO, 2015), ou que tenha uma escala mais detalhada em sua avaliação, como o protocolo com
controversos, uma vez que não foram encontradas diferenças significativas no padrão do sinal eletromiográfico durante a deglutição entre a deformidade dentofacial classe III e sujeitos controle (FARIAS et al, 2013), mas em sujeitos classe III de Angle foram observadas maiores amplitudes da musculatura suprahioidea durante a deglutição, assim como maior duração do sinal eletromiográfico (NAGAE; ALVES, 2009).