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Análise da Dinâmica de Movimentos no Chute: Precisão vs. Potência, Notas de estudo de Desvio

Um estudo sobre as diferenças de movimento no chute entre precisão e potência, analisando a pelve, quadril, joelho e tornozelo. Os gráficos mostram as médias e intervalos de confiança de movimentos de rotação, inclinação lateral, anteversão/retroversão e flexão/extensão em cada instante do ciclo de movimentos dos chutes de precisão e potência.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Botafogo
Botafogo 🇧🇷

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DESCRIÇÃO E COMPARAÇÃO DE DOIS TIPOS DE CHUTE NO FUTEBOL
FEMININO ATRAVÉS DE VARIÁVEIS ANGULARES.
TATIANE THOMAZ
Dissertação apresentada ao Instituto de
Biociências do Campus de Rio Claro,
Universidade Estadual Paulista, como
parte dos requisitos para obtenção do
título de Mestre em Ciências da
Motricidade (Área Biodinâmica da
Motricidade Humana).
RIO CLARO
Estado de São Paulo-Brasil
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Baixe Análise da Dinâmica de Movimentos no Chute: Precisão vs. Potência e outras Notas de estudo em PDF para Desvio, somente na Docsity!

DESCRIÇÃO E COMPARAÇÃO DE DOIS TIPOS DE CHUTE NO FUTEBOL

FEMININO ATRAVÉS DE VARIÁVEIS ANGULARES.

TATIANE THOMAZ

Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ciências da Motricidade (Área Biodinâmica da Motricidade Humana).

RIO CLARO

Estado de São Paulo-Brasil Dezembro/

ii

DESCRIÇÃO E COMPARAÇÃO DE DOIS TIPOS DE CHUTE NO FUTEBOL

FEMININO ATRAVÉS DE VARIÁVEIS ANGULARES.

TATIANE THOMAZ

Orientador: SERGIO AUGUSTO CUNHA

Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ciências da Motricidade (Área Biodinâmica da Motricidade Humana)

RIO CLARO

Estado de São Paulo-Brasil Dezembro/

iv

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Ricardo Leite de Barros e ao Prof. Dr. José Ângelo Barela, pela

disponibilidade em tirar minhas dúvidas e pelas sugestões dadas.

Ao Prof. Dr. Sergio Augusto Cunha, pela paciência, orientação, amizade,

não só durante este período do mestrado.

Ao Prof. Dr. Anízio pela disponibilidade, interesse e paciência durante os

encontros do grupo de estudo.

Aos professores e funcionários dessa instituição – Unesp – Rio Claro.

Aos meus companheiros de Laboratório: Paulo (Preto), Felipe, Renato,

Fábio, Martin, aos que por aqui passaram: Fabiano, Walter e Jedson. Aos que

estão ingressando: Ana Lorena e Stela. E ao amigo do laboratório vizinho Marcos

Menuchi (Marcolino).

Às minhas amigas Bel Parolim, Claudinha, Flávia, Victória, Marina, Fúlvia,

Renata, Monique, Tati Calve, Márcia Cozani, Débora, pelo amor, carinho, apoio.

Amo todas vocês. E também às novas amigas: Ana Paula, Renata e Claudia.

Aos meus familiares: Magda, Zé, Max Aniz, Solange, Ângela, Anvar, Yunes,

Daniela, Mari, Mariana e Sarah, Beatriz, Moises, Mabel, às crianças que me dão

alegrias extras, pelo amor e incentivo. Obrigada por tudo!

Aos meus pais Marco Antonio e Maisa que estão sempre junto a mim,

direcionando meu caminho, iluminando meus pensamentos e enchendo meu

coração de amor e carinho. Amo vocês!!!!

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Resumo:

Este estudo tem como objetivo definir as orientações dos segmentos

envolvidos na ação de chutar, comparar dois tipos de chute - potência e precisão –

através das variáveis angulares do segmento pelve e das articulações do quadril,

do joelho e do tornozelo. A orientação dos segmentos pelve, coxa, perna e pé foi

feita através da utilização da convenção dos ângulos de Euler (CHAO, 1980;

ZATSIORSKY, 1998), através de rotinas desenvolvidas no software Matlab ®. Para

obtenção das imagens foram utilizadas 4 câmeras digitais JVC GR-9800u, fixas

em tripés, o tratamento das imagens foi realizado no software Dvideow (BARROS

et al, 1999; Figueroa et al, 2003).

Nos resultados encontrados verificou-se que o segmento pelve apresenta

diferença entre os dois tipos de chute no movimento de rotação à direita /esquerda

e também no movimento de inclinação lateral direita/esquerda. Durante a

realização do chute de precisão a pelve apresenta-se em rotação para a direita de

maneira mais acentuada quando comparada ao chute de potência. Diferenças

também foram encontradas no movimento de inclinação lateral, a pelve apresenta-

se mais inclinada à direita na execução do chute de precisão em relação ao chute

de potência. A articulação do quadril apresenta diferenças no movimento de

abdução/adução, pois durante o chute de precisão foi verificado o movimento de

abdução mais acentuado, e no chute de potência o movimento identificado foi o de

adução. O joelho apresenta uma flexão mais acentuada no chute de potência. E a

articulação do tornozelo apresenta diferença nos movimentos de dorsiflexão/flexão

plantar, durante o chute de precisão o segmento pé está em dorsiflexão devido a

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO............................................................................................. Página
    1. OBJETIVOS.................................................................................................
  • 2.1 Objetivo Geral.............................................................................................
  • 2.3 Objetivos Específicos................................................................................
    1. JUSTIFICATIVA...........................................................................................
    1. REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................
  • 4.1 Formas de descrição do movimento esportivo.......................................
  • 4.2 Orientações de segmentos corporais e ângulos articulares.................
    1. MATERIAS E MÉTODOS...........................................................................
    • 5.1 Materiais................................................................................................
    • 5.2 Participantes......................................................................................... - 5.2.1 Preparação da Participante...................................................
  • 5.3 Protocolo de coleta................................................................................... - 5.3.1 Preparação do local de coleta.............................................. - 5.3.2 Descrição da Tarefa...............................................................
  • 5.4 Procedimentos para obtenção das variáveis cinemáticas................ - 5.4.1 Captura das imagens............................................................... - 5.4.2 Desentrelaçamento das imagens.......................................... - 5.4.3 Sincronização.......................................................................... - 5.4.4 Medição..................................................................................... - 5.4.5 Calibração................................................................................. - 5.4.6 Reconstrução Tridimensional.................................................
  • 5.5 Tratamentos dos dados............................................................................. - 5.5.1 Suavização.............................................................................. - 5.5.2 Acurácia do estudo..................................................................
  • de cada segmento................................................................................................ 5.5.3 Definição dos sistemas de coordenadas locais - Orientação - 5.5.3.1 Construção do Sistema Lpv...................................... - 5.5.3.2 Construção do Sistema Lcx...................................... - 5.5.3.3 Construção do Sistema Lpr....................................... - 5.5.3.4 Construção do Sistema Lpe......................................
    • 5.5.4 Ângulos de Rotação..........................................................................
    • 5.5.5 Velocidade da Bola...........................................................................
  • 5.6 Tratamento estatístico...............................................................................
    1. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................
    • 6.1 Velocidade da Bola para os chutes de precisão e potência.......
  • articulações do quadril, do joelho e do tornozelo............................................. 6.2 Comparação das variáveis angulares para o segmento pelve e para as
    1. CONCLUSÔES............................................................................................
    1. REFERÊNCIAS............................................................................................
  • ABSTRACT............................................................................................................
  • Apêndices..............................................................................................................
    • Apêndice 1..................................................................................................
    • Apêndice 2..................................................................................................

LISTA DE FIGURAS

Página Figura 1: Desenho esquemático do posicionamento das câmeras para coletas das imagens............................................................................................

Figura 2: Definição das fases do chute, A – início da fase de apoio, B – final da fase de apoio e início da fase de contato e C – final da fase de contato...

Figura 3: Sistema global de referências (G), imagem do calibrador vista da câmera 4................................................................................................................

Figura 4: Imagem da haste durante a coleta dados para posterior cálculo da acurácia.................................................................................................................

Figura 5: Sistema local de coordenadas Lpv, Pelve – vista anterior(desenho feito a mão) ..........................................................................................................

Figura 6: A – determinação dos vetores auxiliares, B - Sistema local de coordenadas Lcx (desenho feito a mão)............................................................

Figura 7: A – determinação dos vetores auxiliares, B - Sistema local de coordenadas Lpr(desenho feito a mão)..............................................................

Figura 8: A – determinação dos vetores auxiliares, B - Sistema local de coordenadas Lpe(desenho feito a mão).............................................................

Figura 9: fases do chute em que os valores médios são citados – A: início do ciclo (retida do pé de chute do solo), B: final do ciclo (contato do pé de chute com a bola)............................................................................................................

Figura 10: Boxplot da velocidade da bola para os chutes de precisão (1) e de potência (2), todas as tentativas válidas de todas as participantes..........................................................................................................

Figura 11: Gráfico da curva média (linha pontilhada preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas maiores) do movimento de rotação direita/esquerda da pelve durante todo o ciclo do chute de precisão.................................................................................................................

Figura 12: Gráfico da curva média (linha pontilhada preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas maiores) do movimento de rotação direita/esquerda da pelve durante todo o ciclo do chute de potência..............................................

Figura 20: Gráfico da curva média (linha contínua preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas maiores) do movimento de flexão/extensão do quadril, durante todo o ciclo do movimento do chute de precisão.................................................................................................................

Figura 21: Gráfico da curva média ± desvio padrão (linhas pontilhadas maiores) do movimento de flexão/extensão do quadril, durante todo o ciclo do movimento do chute de potência.................................................................................................................

Figura 22: Gráfico dos intervalos de confiança e das medianas entre os tipos de chute – precisão (linha contínua – G1) e potência (linha pontilhada – G2) movimento de flexão/extensão do quadril durante cada instante do ciclo dos movimentos dos chutes de precisão (G1) e de potência (G2). Linha contínua espessa representa a mediana de G1 e linhas contínuas finas seus respectivos intervalos de confiança; linha pontilhada menor representa a mediana de G2 e linhas pontilhadas maiores seus respectivos intervalos de confiança...............................................................................................................

Figura 23: Gráfico da curva média (linha contínua preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas) do movimento de abdução/adução do quadril durante todo o ciclo do movimento do chute de precisão.................................................................................................................

Figura 24: Gráfico da curva média (linha pontilhada preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas maiores) do movimento de abdução/adução do quadril durante todo o ciclo do movimento do chute de potência...............................

Figura 25: Gráfico dos intervalos de confiança e das medianas entre os tipos de chute – precisão (linha contínua – G1) e potência (linha pontilhada – G2) movimento de abdução/adução do quadril, durante cada instante do ciclo dos movimentos dos chutes de precisão (G1) e de potência (G2). Linha contínua espessa representa a mediana de G1 e linhas contínuas finas seus respectivos intervalos de confiança; linha pontilhada menor representa a mediana de G2 e linhas pontilhadas maiores seus respectivos intervalos de confiança...............................................................................................................

Figura 26: Gráfico da curva média (linha contínua preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas) do movimento de rotação interna/externa do quadril durante todo o ciclo do movimento do chute de precisão.................................................................................................................

Figura 27: Gráfico da curva média (linha pontilhada preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas maiores) do movimento de rotação interna/externa do quadril durante todo o ciclo do movimento do chute de potência................................................................................................................

Figura 28: Gráfico dos intervalos de confiança e das medianas entre os tipos de chute – precisão (linha contínua – G1) e potência (linha pontilhada – G2) movimento de rotação externa/interna do quadril durante cada instante do ciclo dos movimentos dos chutes de precisão (G1) e de potência (G2). Linha contínua espessa representa a mediana de G1 e linhas contínuas finas seus respectivos intervalos de confiança; linha pontilhada menor representa a mediana de G2 e linhas pontilhadas maiores seus respectivos intervalos de confiança...............................................................................................................

Figura 29: Gráfico da curva média (linha contínua preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas) do movimento de flexão/extensão do joelho durante todo o ciclo do movimento do chute de precisão................................................................................................................

Figura 30: Gráfico da curva média (linha pontilhada preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas maiores) do movimento de flexão/extensão do joelho durante o ciclo do movimento do chute de potência...............................................................................................................

Figura 31: Gráfico dos intervalos de confiança e das medianas entre os tipos de chute – precisão (linha contínua – G1) e potência (linha pontilhada – G2) movimento de flexão/extensão do joelho durante cada instante do ciclo dos movimentos dos chutes de precisão (G1) e de potência (G2). Linha contínua espessa representa a mediana de G1 e linhas contínuas finas seus respectivos intervalos de confiança; linha pontilhada menor representa a mediana de G2 e linhas pontilhadas maiores seus respectivos intervalos de confiança...............................................................................................................

Figura 32: Gráfico da curva média (linha contínua preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas) do movimento de dorsiflexão/flexão plantar do tornozelo durante o ciclo do movimento do chute de precisão..............................................................................................................

Figura 33: Gráfico da curva média (linha pontilhada preta) ± desvio padrão (linhas pontilhadas maiores) do movimento de dorsiflexão/flexão plantar do tornozelo durante o ciclo do movimento do chute de potência...............................................................................................................

Figura 34: Gráfico dos intervalos de confiança e das medianas entre os tipos de chute – precisão (linha contínua – G1) e potência (linha pontilhada – G2) movimento de dorsiflexão/flexão plantar do tornozelo durante cada instante do ciclo dos movimentos dos chutes de precisão (G1) e de potência (G2). Linha contínua espessa representa a mediana de G1 e linhas contínuas finas seus respectivos intervalos de confiança; linha pontilhada menor representa

1. Introdução

A busca pelo entendimento do movimento humano leva à procura de

ferramentas para alcançar este objetivo. Os movimentos realizados durante

tarefas da vida diária e as atividades físicas de lazer ou desportiva são de

interesse científico.

Deste modo, a biomecânica encontra-se como meio utilizado para o

entendimento do movimento humano. Esta auxilia a detectar qualidades ou erros

durante a realização de uma determinada técnica esportiva, direcionando o tipo de

intervenção que pode ser feita para melhora da mesma (HAY, 1981).

Muitos estudos em biomecânica procuram entender as diferentes formas do

chute no futebol (LEVANON & DAPENA, 1998; LEES & NOLAN, 1999; XIMENES,

2003; BARFIELD et al, 2002), uma vez que este fundamento é executado diversas

vezes e em diferentes situações durante uma partida. Entre as diferentes formas

de chutar o jogador realiza a mais apropriada de acordo com a natureza ou

intenção do chute (NUNOME et al. 2002).

Nos estudos de interesse para este trabalho o chute é investigado através

da cinemetria e são analisados segundo os parâmetros cinemáticos. Diferentes

são as formas que os atletas podem realizar um chute, e estas são caracterizadas

de acordo com a região do pé que toca a bola, como também de acordo com a

velocidade resultante da bola. Entre as diferentes formas de chutar as mais

estudadas e comparadas são os chutes classificados de precisão e de potência

(LEES & NOLAN, 1999; LEVANON & DAPENA, 1998; XIMENES, 2003).

As variáveis cinemáticas analisadas em alguns desses estudos são

velocidade dos segmentos corporais e da bola, quantificação dos ângulos

articulares (LEES & NOLAN, LEVANON & DAPENA, 1998), determinação de um

padrão cinemático dos dois tipos de chute e também a comparação desses

padrões entre esses dois tipos – precisão e potência (XIMENES, 2003; CUNHA et

al, 2001). Estas variáveis também são analisadas em estudos nos quais apenas

um dos dois tipos de chute é analisado. Nesses estudos, as comparações foram

feitas em relação a diferentes idades (TEIXEIRA, 2003), diferentes situações

físicas (descanso e exaustão) (MAGALHÃES Jr., 2003), e entre diferentes gêneros

(BROWDER et al., 1991).

Contudo nota-se ainda uma falta de trabalhos científicos que descrevam de

forma mais completa os movimentos realizados pelos segmentos corporais

envolvidos na ação de chutar. Também há falta de estudos que tenham como

Com a possibilidade de posicionar, descrever e orientar os segmentos

durante a ação de chutar, surgem perguntas acerca deste movimento, como: qual

a orientação dos segmentos corporais durante a realização de dois tipos de chute

(de precisão e de potência)? Há diferenças angulares entre os segmentos

corporais quando comparados estes dois tipos de chute? E quais são os

segmentos que apresentam estas diferenças?

2. Objetivos

2.1. Geral:

Descrever e comparar os movimentos dos segmentos corporais inferiores a

partir das variáveis angulares em dois tipos de chute no futebol feminino.

2.2. Específicos:

a) Descrever a posição e a orientação dos segmentos pelve, coxa,

perna e pé durante a ação de chutar, através da determinação de

sistemas de referências fixados em cada segmento.

b) Calcular os ângulos de Euler para as articulações do quadril,

joelho e tornozelo e para a pelve.

c) Comparar as variáveis angulares obtidas através dos ângulos de

Euler entre os dois tipos de chute – precisão e potência.

3. Justificativa

O técnico ou professor de futebol durante a preparação da sessão de

treinamento ou da aula deve ter o conhecimento detalhado da técnica de cada

fundamento a ser treinado e ensinado. Assim, o estudo mais aprofundado da

técnica do chute faz-se necessário para auxiliar estes profissionais, uma vez que

este fundamento é realizado em diferentes situações com diferentes intenções.

Segundo BARFIELD et al. (2002) o número de trabalhos em biomecânica

não tem sido equivalente ao número de mulheres praticantes de futebol. Este

estudo contribuirá para diminuir esta lacuna.

Este estudo contribuirá para que novos trabalhos sejam realizados

utilizando-se do protocolo experimental aqui apresentado. Como também

descreverá a ação de chutar de maneira detalhada, apresentando as diferenças

que podem ocorrer na execução dos dois tipos de chute, e em que instantes estas

estão presentes.

4. Revisão de Literatura

4.1. Formas de descrição do movimento esportivo: chute do futebol.

Na literatura científica em biomecânica pode-se encontrar estudos que

procuram detalhar a ação de chutar. Para estudar dois tipos de chute - precisão e

potência - XIMENES (2002) os dividiu em quatro fases classificadas como: (1)

corrida de aproximação, (2) fase de apoio, (3) contato com a bola e (4) finalização.

O autor considerou como chute de precisão aquele em que o participante tocava a

bola com a região medial do pé e o chute de potência foi considerado com o toque

da região do dorso do pé com a bola.

A comparação entre dois tipos de chute – potência e precisão – revelou que

quando a precisão é requerida, como por exemplo, para acertar um determinado

quadrante do gol, a velocidade resultante da bola sofre uma diminuição em cerca

de 6 m.s-1^ (LEES & NOLAN, 1998).

Estudos têm apontado diferenças entre esses dois tipos de chute. CUNHA

et al. (2001), através da projeção estereográfica, encontraram diferenças nos