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DESAFIOS HIPERTENSAO ARTERIAL SISTEMICA E DIABETES MELLITUS II ASSOCIADOS NA PESSOA IDOSA, Teses (TCC) de Saúde do Idoso

PESQUISA DE CAMPO QUALITATIVA, REALIZADA NA CIDADE DE PETRÓPOLIS-RJ, NO ANO DE 2017. COM ENTREVISTA COM PACIENTE DE UMA UNIDADE DE SAÚDE/ENSINO (SAUDE PRIMARIA); NOTA 10 NA BANCA DE TCC. EDITADO SEM INFOS PESSOAIS/FACULDADE.

Tipologia: Teses (TCC)

2017

À venda por 15/12/2022

Enf.Ana2828
Enf.Ana2828 🇧🇷

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O DESAFIO DO CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES
MELLITUS NO TRATAMENTO DE PESSOAS IDOSAS
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O DESAFIO DO CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES

MELLITUS NO TRATAMENTO DE PESSOAS IDOSAS

RESUMO

Com os avanços tecnológicos, a expectatia de vida com qualidade tem aumentado expressivamente entre os brasileiros. Com o envelhecimento surge a mudança do perfil epidemiológico, tendo aumento das doenças crõnicas. Objetvou-se neste estudo investigar como as pessoas idosas lidam com o tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica e do Diabetes Mellitus. A pesquisa foi realizada em um segmento ambulatorial de uma cidade serrana do estado do Rio de Janeiro. Pesquisa de carater qualitativo, utilizando entrevista baseada na caderneta de saúde do idoso. Dos resultados encotramos: baixa escolaridade e idade versificada; déficit na experiência e diagnóstico das comoridades; atividades complementares ao tratamento medicamentoso; autocuidado no controlemedicamentoso; importância do núcleo familiar; (des)contentamento e (in)satisfação com o tratamento; pariticipação da equipe de saúde; (des)interesse acerca de grupos educativos. Conclusão: desafio no tratamento do idoso para duas morbidades associadas que exigem acompanhamento de saúde, uso de medicação, monitoramento e mudança de hábitos de vida, necessidade de adequação do serviço de saúde para melhor atender esta clientela. Descritores: Hipertensão, Diabetes, Idosos, Autocuidado.

8 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Características dos participantes do estudo....................................... 21

9 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AVC – Acidente Vascular Cerebral DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCV – Doenças Cardiovasculares DM I – Diabetes Mellitus tipo I DM II – Diabetes Mellitus tipo II HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica IAM - Infarto Agudo do Miocárdio ICC – Insuficiência Cardíaca Congênita OMS – Organização Mundial da Saúde PA – Pressão Arterial

1. INTRODUÇÃO

A população brasileira está envelhecendo conforme os anos vão se passando e com isto apresentando-se as doenças crônicas e degenerativas não transmissíveis, prevalentemente mais comuns na terceira idade, como a Hipertensão e o Diabetes, em especial na região Sudeste, que apresenta 23,3% das pessoas portadoras dentre seus moradores em geral. (BRASIL, 2006) A incidência dessas doenças implica em tratamentos que requerem consumo de fármacos regularmente, mudanças de hábitos de vida e de comportamentos em geral, o que gera muitos casos de não adesão correta ao tratamento, principalmente quando apresentam-se de forma conjunta em um mesmo indivíduo. Estes fatores alteram a qualidade de vida fazendo com que o controle dos sintomas seja insatisfatório e a redução da capacidade funcional esteja cada vez mais presente. (BRASIL, 2006). Neste estudo, abordamos as pessoas idosas, que requerem maior atenção comparado com a pessoa adulta ou jovem, pois de modo geral as enfermidades em pessoas idosas são crônicas, múltiplas e degenerativas, que na maioria das vezes persistem até a finitude, exigindo um acompanhamento multiprofissional a fim de reestabelecer o máximo possível de saúde e bemestar a esse paciente durante seu tratamento (BRASIL, 2006). Atualmente, a Hipertensão e o Diabetes destacam-se entre as doenças crônicas não transmissíveis pela alta taxa de morbimortalidade nos idosos de nosso país, tendo como principal fator a não adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico. A não adesão ao tratamento de forma geral torna esse índice preocupante perante aos órgãos públicos de saúde, fazendo-se necessária a investigação do motivo pelo qual esses númerosaumentam conforme o país vai envelhecendo demograficamente, visando uma implementação de forma mais efetiva e cooperativa do tratamento de hipertensão e do diabetes em pessoas idosas (CINTRA, 2011). Com a sociedade cada vez mais sedentária devidoa facilidades encontradas,consumo de produtos industrializados, e como já dito anteriormente, o

envelhecimento demográfico, os riscos dessas patologias estão mais presentes do que nunca na realidade do cidadão idoso brasileiro. Outros fatores como a hereditariedade, o gênero, a etnia, nível de escolaridade, apoio social e familiar, etilismo, tabagismo e uso de anticoncepcionais orais também devem ser pesquisados e avaliados para o controle e/ou prevenção destas patologias e suas complicações. (SCHMIDT, M. I. et al. 2011) Essas patologias ocasionam muitos riscos à saúde de uma pessoa, principalmente se esta for idosa. O diabetes que tem como principais complicações as lesões em longo prazo em diversos órgãos e sistemas do organismo, principalmente coração, olhos, rins e sistema nervoso, o que pode gerar prejuízos irreversíveis na capacidade motora, psicológica e social de um indivíduo portador desta patologia. Já a hipertensão pode evoluir para complicações no sistema cardiovascular, renal e vascular, ocasionadas pela não adesão ao tratamento ou pelo tratamento feito de forma erronea pelo paciente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2011). No Brasil, o Diabetes Mellitus e a Hipertensão Arterial sistêmica são responsáveis pela maioria das causas de mortalidade e de hospitalizações no Sistema Único de Saúde. (BRASIL, 2013). A justificativa para a realização deste estudo foi a alta incidência de idosos portadores de hipertensão e/ou diabetes que se encontram em estado não controlado de uma, ou de ambas as patologias, por falta de tratamento ou por um tratamento realizado de forma errônea, causando malefícios, muitas das vezes fatais nestas pessoas (BRASIL, 2009). Este estudo terá como relevância a adequação dos serviços primários de saúde a fim da prevenção de hospitalizações devido a complicações do não tratamento, ou tratamento errôneo dessas patologias em questão. A motivação para a realização deste trabalho surgiu ao me deparar com a fragilidade da pessoa idosa, ainda mais aquelas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, em especial o Diabetes Melittus e a Hipertensão Arterial, que, em muito casos não recebem a atenção necessária para o tratamento de forma plena, dificuldades no acesso e continuidade do cuidado nos serviços de saúde,

2. REVISÃO DE LITERATURA

De acordo com a Revisão de Literatura as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) quando acometidas em pessoas idosas, se transparece de forma que a pessoa, por muitas das vezes desconhece ou rejeita sua situação de saúde, por diversos motivos. Legislações vigentes no Brasil acerca do atendimento e promoção à saúde da pessoa idosa: Em relação a lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso, é dever da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com prioridade, a realização e efetivação do direito á vida, á saúde, á alimentação, á educação, ao lazer, ao trabalho, á cidadania, á liberdade, á dignidade, ao respeito e á convivência familiar e comunitária. (BRASIL,

A Organização Mundial de Saúde (OMS), no final da década de 90, buscando incluir a idéia de que outros fatores na vida da pessoa idosa afetam diretamente a saúde começou a utilizar o termo “envelhecimento ativo”, que pode ser compreendido como o processo de busca de oportunidades de melhorias na saúde, participação e segurança, com o objetivo principal de melhorar a qualidade de vida à medida que o envelhecimento ocorre. Com tais medidas e precauções o alcance de um envelhecimento genuíno também se dará por um ganho substancial de qualidade de vida e saúde. (BRASIL, 2012) Doenças Crônicas Não Transmissíveis: As principais DCNT atualmente registradas no Brasil são as Doenças Cardiovasculares (DCV) como a doença coronariana isquêmica, infarto agudo do miocárdio (IAM), Acidente vascular cerebral (AVC), doenças hipertensivas e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Logo após, em segundo lugar temos o Câncer como DCNT mais prevalente na população brasileira, seguido das doenças respiratórias crônicas. Em quarto lugar encontra-se a patologia Diabetes Mellitus (DM), que vem crescendo seu índice a cada semestre, principalmente a DM tipo II devido a fatores de risco que estão cada vez mais presentes na vida dos cidadões,

principalmente os idosos. Por último temos as doenças mentais, também relacionadas com o envelhecimento, como as demências relacionadas à idade, fatores genéticos, pré-disposição, etc. (GOULART, 2011) Enfrentamento da pessoa idosa portadora de HAS e DM: De acordo com o Ministério da Saúde, é dado o diagnóstico de HAS quando a média artmética da PA é maior ou igual a 140/90mmHg, verificada em pelo menos três dias de diferença, com o mínimo de intervalo de 7 dias entre as medidas. (BRASIL, 2013) A Diabetes Mellitus é subdivida em tipo I, tipo II e gestacional. O diagnóstico baseia-se nos sinais e sintomas prevalentes da patologia como poliúria, polidispsia e polifagia, e principalmente na detecção da hiperglicemia. Existem 4 tipos de exames que podem ser utilizados no diagnóstico do DM: glicemia casual, glicemia em jejum, teste de tolerância á glicose com sobrecarga de 75g em duas horas (TTG) e, em alguns casos, hemoglobina glicada (HbA1c). (BRASIL, 2013) Quando uma pessoa se torna portadora de Diabetes e Hipertensão, esta se torna dependente de um tratamento contínuo, ao longo da sua vida, e nem sempre é tão fácil assim, pois interfere em diversos aspectos da vida, dos quais, nem sempre o paciente tem sabedoria e conhecimento, por isso, é de extrema importância o apoio social, da família e/ou amigos e dos serviços de saúde para o controle e tratamento. (TOSCANO, 2004) A Hipertensão e o Diabetes causam podem causar invalidez parcial ou total de alguma função do paciente, agravando o seu estado de saúde, principalmente o aspécto emocional, que a todo momento se traduz em dúvidas, desânimos e medos perante a resolutividade terapêutica aplicada à cada pessoa. Afetando não somente a pessoa, mas todas as pessoas próximas a ela, como familiares e amigos. Gerando ainda, maiores custos com internações e reabilitação, o que chama a atenção para, uma vez as patologias instaladas, a importânciado acompanhamento e tratamento corretos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2011) As complicações possíveis sobre a Hipertensão e Diabetes são mais complexas quando o portador é uma pessoa idosa, mais sucetível a um sistema

parâmetros (elevação das taxas acima da normalidade) ou algia, no caso da hipertensão arterial, o que já se comprovou ser altamente perigoso e até mesmo nocivo à saúde, perdendo totalmente a eficácia do medicamento, que funciona diariamente, e não em dias isolados (CINTA, 2010). Atuação da equipe de saúde perante o diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus na pessoa idosa: Em uma consulta de Enfermagem torna-se essencial uma boa comunicação, com palavras que o usuário entenda, principalmente o usuário idoso, pois este, como dito anteriormente, torna-se mais vulnerável fisicamente e psicossocialmente. O enfermeiro responsável pela consulta de Enfermagem deve abordar as patologias existentes de forma sucinta, calma e respeitosa acima de tudo, pois qualquer atitude ou palavra mal colocada pode pôr todo o tratamento em risco e até mesmo o não comparecimento mais deste usuário nas consultas de Enfermagem, que são fundamentais para o acompanhamento do tratamento e controle destes agravos (FELIPE, 2011). A descoberta precoce das patologias está diretamente ligada a um melhor tratamento, antes que complicações apareceram, visto que, algumas são irreversíveis. Por isso, faz-se essencial uma consulta ampliada, com ênfase em sinais e sintomas, com exames objetivos (medida de glicemia capilar e aferição da pressão arterial) principalmente nos grupos de risco, incluindo os idosos, obesos, pessoas com histórico familiar, sedentários, dentre outros. (TOSCANO, 2004) Estratégias para o cuidado da pessoa idosa portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus: A estratégia de cuidado de pessoas com DCNT se dá em subdivisões de determinantes. Os determinantes distais se dá na avaliação do seu nível socieconômico, sua cultura, o ambiente que o paciente e sua família estão inseridos, desenvolvimento do país de origem e onde habita atualmente, como a riqueza desse país é dividida entre seus habitantes etc. Já os determinantes proximais são relacionados à individualidade de cada ser, no caso, os pacientes portadores de DCNT, que inclui sua condição de saúde (idade, sexo, herança genética), suas relações com a família e comunidade, sua confiança, seu autocuidado, estilo de vida, vícios e costumes. (BRASIL, 2014)

Para o cuidado com pacientes idosos, é necessário, antes de tudo, ter uma boa comunicação, à fim de estabelecer vínculos com ele, dando suporte nas dúvidas e amparo a qualquer momento de medo ou desânimo perante ao tratamento. A pessoa idosa, geralmente, é uma pessoa que necessita de atenção, pois está passando pelo processo de esvaziamento do ninho familiar, quando seus filhossaem de casa para ter suas vidas independentes. Também existe o fator de vivenciar as perdas familiares, quando seus familiares e parentes falecem. O aparecimento das DCNT se torna algo visto como antecipamento do fim de sua vida, o que torna o idoso, ás vezes, uma pessoa depressiva, sem vontade de continuar seu tratamento. (SCHMIDT, 2011) Importância do apoio do núcleo familiar e comunidade: O apoio e incentivo do núcleo familiar para o idoso é de extrema importância para o êxito do tratamento, fazendo com que o idoso se sinta acolhido e amado, e motivado para a continuação e cumprimento do planoterapêutico, que deve ser compartilhado. Muitas famílias não apoiam o idoso por não terem conhecimento acerca das patologias em questão, o que torna mais difícil a adesão ao tratamento, além da sensação que pode ser desperta no idoso de estar incomodando ou sendo um fardo para seus entes queridos. (VIEIRA, 1996)

Antes da entrevista foi oferecido aos participantes da pesquisa o termo de consentimento livre e esclarecido conforme recomendado pela Resolução 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), a qual trata de pesquisas com seres humanos. Foi garantido o anonimato dos participantes e sigilo quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa, tendo a liberdade de se recusar a participar, seja em qual for o momento da pesquisa. Após 5 anos, todos os arquivos da pesquisa, serão descartados (conforme preconiza a Resolução 466/12). Os dados obtidos na pesquisa através da entrevista foram transcritos, analisados e discutido à luz da literatura atual. Foi utilizada a análise temática de conteúdo, a partir dos critérios definidos por Laurence Bardin (2004). As etapas da técnica de análise de conteúdo: (i) pré-análise - fase de organização, na qual foi utilizada a leitura flutuante, hipóteses, objetivos e elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação. (ii) exploração do material - fase que os dados foram codificados a partir das unidades de registro. (iii) Tratamento dos resultados e interpretação na qual foi feita a categorização, que consiste na classificação dos elementos secundários e suas semelhanças por diferenciação (CAREGNATTO, 2006). Os resultados serão descritos a seguir, iniciando por características do perfil dos participantes e, após, através da apresentação das categorias que emergiram nas respostas dos participantes.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quadro 1. Características dos participantes do estudo. Petrópolis, março de 2017. Sexo Feminino 11 Masculino 01 Escolaridade Ensino Fundamental Incompleto 04 Ensino Fundamental Completo 08 Idade 60-65 06 65-70 03 70-75 02 75-80 01 As características da população do estudo demonstram a predominância das mulheres, baixa escolaridade e faixa etária diversificada. Estas características, apesar da pequena amostra, são comuns na população idosa brasileira. Abaixo serão apresentados os resultados do estudo conforme a organização das categorias que emergiram no estudo a partir das respostas dos participantes idosos. Categoria 1 – Experiências com o diagnóstico e orientações conforme a percepção da pessoa idosa Esse tópico abordou principalmente quais as orientações que os pacientes receberam após o diagnóstico de HAS e DM, visando identificar o grau de compreensão individual de cada um e como isso afeta direta ou indiretamente em seu tratamento. Alguns participantes relataram ter recebido orientação de

acordo com métodos que comprovadamente diminuem e/ou controlem a HAS no paciente, tendo entre eles processos adequados para manutenção do peso corporal, prática de exercícios regulares, redução da ingestão de sódio. Essas indicações se tornam importantes pela evidência de eficácia na atuação da patologia HAS, possuem baixo custo para o paciente e ajudam na prevenção de outros agravos, facilitando o tratamento e aumentando a qualidade de vida. (BRASIL, 2013) A boa comunicação é uma das chaves para o sucesso terapêutico da HAS e DM, ainda mais no paciente idoso, este que se vê frente a uma nova rotina após o diagnóstico, tendo que mudar muitos hábitos, e muitas vezes sem ao menos entender o motivo daquilo, e o que acarretará caso não o faça. Na sua grande maioria, os pacientes entrevistados não souberam explicar com certeza quais orientações receberam nas consultas após o diagnóstico. A maioria sabia quais atitudes tomar, começar o tratamento farmacêutico e mudar seus hábitos de vida, mas poucos souberam a motivação destes. Boa parte dos pacientes mostrou ter conhecimento sobre agravos consequentes do não controle de ambas as patologias. Cabe à equipe de saúde atuante propor meios mais integrativos de entendimento para cada caso individualmente, respeitando o limite e o nível de percepção de cada ser como único. Se adequar a realidade do paciente durante a consulta, utilizando linguagem de fácil compreensão, se torna essencial, para que o entendimento seja pleno e não haja dúvidas, receios ou complicações posteriores. Categoria 2- Atividades complementares ao tratamento medicamentoso Nesta etapa serão destacadas as atividades não farmacêuticas realizadas pelos pacientes entrevistados, como atividades físicas e dietas recomendadas, para o pleno controle de suas patologias e/ou diminuição de probabilidade de agravos pelo não controle. “Mais ou menos, por que eu não ando sozinha, preciso de ajuda. Eu faço, eu evito açúcar, evito gordura, sal. Como arroz integral, leite desnatado, essas coisas.” (08) “Lá na minha casa é comilança toda hora e aí me complica, não sou de ferro. Vê, vê, vê e não poder comer, aí a gente acaba cedendo um pouquinho. Não vai comer para

morrer, mas acaba comendo algo que está proibido na sua dieta. Eu acho isso meio ruim, mas é difícil. Mas vou acabar afastando todo mundo. Eu criei eles assim e agora vou me retirar e eu sozinha não consigo. Se eles fizessem assim “vamos comer fora”, eu ia comer menos, apanhar menos. Mas em casa, não tem jeito. O marido ajuda muito, mas a filharada... Acho que esquece que não posso. Não é de maldade, é que elas gostam, a vida delas é assim, minha casa é maior, aí vai todo mundo. Se pudessem colaborar eu acharia melhor.” (09) “Nada correto, nada tão correto. Agora que passei por esse problemão todo que agora eu estou vindo na nutricionista. Aí é que eu estou me ajudando, mas agora já estou no final. Atividade física fiz pouca, fiz hidro, fui na fisioterapia bastante tempo. Fazia um bom tempo, mas depois cansava, achava que não estava dando resultados e aí parava. Ai quando me sentia mal, ia no médico, ele falava e eu ia de novo. Eu nunca fiz nada certo, então pago o preço.” (09) “Atividade física quase nada, dieta eu como de tudo. A comida normal do dia-a-dia. Mesmo com diabetes e tomo medicamento. Ah, eu não uso açúcar. Só quando eu vou em uma casa e não tem adoçante, aí eu não faço desfeita não. Eu tomo um golinho.” (010) De acordo com UNASUS, a atividade física relacionada à alimentação saudável têm como principal efeito a perda de gordura corporal, desta forma, aumentando a qualidade de vida da pessoa idosa, que exista a associação de suas patologias com hábitos incorretos. (UNASUS, 2014) A OMS preconiza como estratégia global a alimentação e atividades físicas nos indivíduos durante toda a vida, principalmente para evitar ou controlar patologias associadas ao sedentarismo, excesso de peso e hábitos não saudáveis. (OMS,

Por se tratar de pacientes idosos, a necessidade da prática de atividades físicas se torna uma problemática no tratamento, pois muitos idosos têm limitações físicas devido à patologias associadas, degeneração óssea pela idade ou outros fatores que dificultam sua atividade. Há uma carência na cidade de Petrópolis-RJ. de lugares específicos para atividades voltadas para idosos, e quando há, se torna