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RESUMO DE DERMATOFITOSE EM EQUINOS: CONHEÇA MAIS SOBRE O ASSINTO
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Introdução As dermatofitoses, também conhecidas como tricofitoses ou “tinhas”, são as micoses cutâneas mais encontradas nos animais domésticos e humanos, podendo ou não causar prejuízos econômicos. São causadas por um grupo de fungos filamentosos, que, em geral, não invadem o tecido subcutâneo, ficando suas infecções restritas aos extratos queratinizados da pele e anexos, permanecendo na superfície da pele. Na espécie equina, a pele corresponde de 20 a 25% do peso corporal do animal, e apresenta as funções de proteção contra agentes físicos, químicos e microbiológicos, manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico, bem como do armazenamento de lipídeos, água, carboidratos proteínas e vitaminas. Também funciona como órgão sensitivo, e atua na regulação da temperatura. Sendo assim, uma patologia que afeta a pele do equino, é um problema que afeta o animal como um todo. Caracteriza-se pelo crescimento do fungo sobre os pelos ou no interior deles, podendo aparecer nos folículos pilosos e nas porções córneas (cascos). As lesões são distribuídas comumente em área de cabeça, pescoço, palheta e lateral do tórax do cavalo. Elas são caracterizadas por lesões circulares sem pelo e ao redor de sua margem possui pelos grosseiros, tem quantidade variável de descamação da pele, além de apresentarem área mais avermelhada no centro da lesão. O prurido (coceira) geralmente é mínimo ou ausente. É comum haver também áreas sem pelo, com poucas lesões, principalmente em garupa, pescoço e cabeça (Figura 2). Entretanto os sinais podem ser muito variáveis dependendo do grau de infecção e inflamação. Etiologia Os agentes causadores das dermitofitoses podem ser classificados em três gêneros: Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton. E esses ainda possuem cerca de 40 espécies. Os animais assumem importância zoonótica, pois atuam como reservatórios destes agentes que são considerados zoofílicos, ou seja, que infectam preferencialmente animais, mas podem acabar infectando o homem.
Os fungos Trichophyton equinum var. equinume, Trichophyton equinum var. autotrophicum, têm como hospedeiro natural os equinos. Embora esta espécie de dermatófito seja a principal causa da dermatofitose equina, outras também podem estar envolvidas, assim como Microsporum equinum, Microsporum canis, Microsporum gypseum, Trichophyton mentagrophytes e Trichophyton verrucosum. Patogenia da doença Quando os esporos fúngicos entram em contato com a pelagem, pode ou não ocorrer infecção. Os esporos podem ser mecanicamente removidos, podem ser incapazes de competir com a flora normal da pele ou permanecem na pelagem em estado dormente até que haja condições ideais para infecção. Os fungos atacam principalmente os tecidos queratinizados, em particular o estrato córneo e os pelos, levando à autólise (morte) das estruturas fibrosas, à fragmentação dos pelos e à alopecia. A exsudação oriunda das camadas epiteliais invadidas, os restos epiteliais e as hifas produzem as crostas secas características da doença. As lesões progridem quando há condições ambientais favoráveis ao crescimento micelial, como atmosfera quente e úmida e pH da pele ligeiramente alcalino. Tais fungos são aeróbios estritos e morrem sob as crostas no centro da maioria das lesões, ficando ativa apenas a periferia. Este tipo de crescimento determina a progressão centrífuga e a forma de anel característica das lesões. Os dermtófitos invadem a queratina da epiderme e a pelagem com o auxílio de enzimas alergênicas para o hospedeiro. A dermatofitose é considerada uma dermatite de contato biológico. É comum a invasão bacteriana secundária dos folículos pilosos. Os animais que se recuperam de uma infecção tornam-se resistentes a reinfecções, embora possa haver uma dermatite micótica no local da reinfecção. A imunidade é específica para as espécies de fungos correlatas e dura até dois anos em equinos.
que um médico veterinário observe as lesões e recolha amostras da pele para um exame de cultura fúngica e bacteriológica. A principal característica é que as feridas sejam múltiplas, variando de tamanho. É raro que ocupe o corpo todo, e mais raro ainda ser uma única lesão. A coceira é rara ou não está presente. Transmissão da doença A transmissão ocorre rapidamente pelo contato direto com animais infectados ou por equipamentos (fômites) contaminados, dentro eles a rasqueadeiras, escovas, selas, mantas e cabeçadas, e até mesmo cercas e camas em baias. A instalação da infecção dependerá de fatores relacionados diretamente ao animal, como idade, imunidade, prevalência e virulência do fungo, enfermidades concomitantes e estados nutricional e hormonal. Geralmente, os animais jovens são mais susceptíveis, e a doença costuma ser mais prevalente nos meses de outono e inverno, onde se encontra um ambiente úmido e quente na maioria dos estados nacionais. Tratamento É possível fazer um tratamento tópico de banhos com xampus e/ou soluções à base de sulfeto de selênio a 1% e tiabendazol, peróxido de benzoíla. Que se apresentam bem eficientes. Em casos mais graves, é necessário o uso de antibióticos sistêmicos associados aos banhos. Pode-se ainda aplicar iodopovidine degermante (PVPI) ou tintura de iodo 2% sobre as lesões, após os banhos e secar a pele antes do animal retornar ao ambiente. O animal poderá ser afastado de suas atividades normais dependendo do caso, para que o tratamento seja maximizado. O uso de unguentos nas “feridas” ajuda a pele não se ressecar. Prevenção Um ponto importante na prevenção é fornecer uma dieta correta aos animais, balanceada para cada categoria animal. A suplementação com Vitaminas A, D e E, principalmente para animais confinados e na época da seca, pode ser considerada uma medida auxiliar importante. Forragens que são
submetidas a condição de colheita, secagem e armazenamento apresentam menores teores de vitaminas A, D e E e a época da seca coincide com período de menor luminosidade, o que compromete a qualidade das pastagens quanto aos teores destas vitaminas. A permanência do animal ao sol após atividades que provoquem sudorese ou após banhos, diminuem bem a incidência das doenças dermatológicas nos animais Também é importante cuidar de todos os objetos utilizados no cavalo, e manter materiais individuais para cada animal, em caso da necessidade de uso coletivo, fazer a desinfecção antes do uso, com álcool, amônia quaternária ou álcool iodado. Esse material deve ser devidamente lavado e desinfetado, para que não seja fonte de contaminação. As selas, mantas, cabeçadas, devem ser deixadas ao sol forte por no mínimo meia hora, antes de serem guardadas. Como medidas de controle é recomendada o isolamento dos animais doentes ou suspeitos e desinfecção de materiais e instalações usadas para os animais acometidos. A desinfecção de baias e estábulos pode ser feita com soda cáustica a 5% e “caiação” com hidróxido de cálcio. Também deve-se evitar grandes aglomerações de animais com suspeita de doenças dermatológicas, bem como evitar a permanência em zonas geográficas propícias ao agente. Pelo fato desta doença ser uma zoonose, ou seja, transmissível ao homem também, deve-se ainda tomar todo o cuidado com as pessoas que estão submetidas ao contato com os cavalos contaminados. As dermatofitoses são relativamente de fácil resolução, mas, assim como com qualquer outra doença, aos primeiros sinais deve-se contatar um médico veterinário, e nunca tratar o animal por conta própria ou indicação de outro profissional que não seja o profissional da área. Procurar artigos/relatos de casos do tema proposto.