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Ouça o podcast com o tema Dependência Emocional. Comissão de Elaboração do Documento: Equipe de psicologia que atua na assistência estudantil da ...
Tipologia: Slides
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Cartilha com orientações sobre a dependência emocional. Material elaborado em parceria com o Projeto de Extensão “Psicologando”. Ouça o podcast com o tema Dependência Emocional. Comissão de Elaboração do Documento: Equipe de psicologia que atua na assistência estudantil da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
Aneska Oliveira (Psicóloga – Campus Paragominas) Cláudia Camilo (Psicóloga – Campus Parauapebas) Hadassa Almeida (Psicóloga – Campus Capitão Poço) Stephanie Corrêa (Psicóloga PROAES – Campus Belém) Suzane Lima (Psicóloga – Campus Tomé Açu) Thiago Costa (Psicólogo – Capanema) Belém – PA 2021
Você já ouviu falar em dependência emoci- onal? Ela é mais presente em nosso cotidiano do que imaginamos, muitas vezes vivemos relacionamentos de dependência e nem percebemos. A dependência emocional, como qualquer de- pendência, traz muitos prejuízos para o indiví- duo, por isso, precisa ser identificada em uma relação. Ela é caracterizada “pela necessidade de estar em um relacionamento a fim de se atingir estabilidade emocional”, (BUTION; WECHSLER, 2016, p. 89). É um padrão presente em indivíduos independentemente de gênero ou ori- entação sexual, pesquisas sobre essa questão não são conclusivas, mas apontam para uma tendência de maior frequência em mulheres , como lembram Buti- on e Wechsler (2016). A falta de mais estudos epidemiológicos dificulta essa mensuração. Questões culturais reforçam padrões de dependência e dificultam sua identificação. Em nossa cultura ocorre desde muito cedo a apresentação da jovem indefesa que precisa de um homem para protegê-la, através das histórias infantis, esse movimento vai sendo reforçado e desenvolvido através dos anos, por meio de filmes, novelas, livros, revistas, etc. Apresentando um papel submisso e por ve- zes como sendo a responsável pela harmonia familiar. Moral e Sirvent (2008) identificam a dependência emocional como “um padrão crônico de demandas afetivas insatisfeitas, que buscam ser atendidas através de relacionamentos interpessoais caracterizados por um apego patoló- gico”.
Principais Características
nem lhes proporcionaria a possibilidade de consertar acontecimentos passados e de vencer o que foi opressivo. É a química inconsciente de ganhar o amor perdi- do e retificar velhos erros que está por trás do se apaixonar para uma pessoa de- pendente afetiva. Muitas pessoas imaginam que um comportamento de dependência afetiva se dá a partir de um relacionamento particular, num dado momento da vida, porém o modo cognitivo comportamental de fun- cionamento de um indivíduo se forma ao longo de toda uma história de vida, onde há vários fatores influenciadores envolvidos e que faz o indivíduo agir de forma que muitas vezes acarrete prejuízos para si próprio.
Para controlar o comportamento, é necessário se autoconhecer. A consciên- cia dos comportamentos e suas relações ambientais com suas causas (descrição das variáveis controladoras) permite ao sujeito exercer o autocontrole e a possi- bilidade de modificar os seus próprios comportamentos. No caso de pessoas de- pendentes afetivas, verifica-se a carência desse autoconhecimento, o que implica em inalteração do comportamento dependente e falta de perspectiva para modi- ficar a situação.
Quando somos capazes de variar nossos comportamentos nos permitimos a solução de problemas em vários aspectos da vida, sendo que a baixa ou até mesmo a ausência dessa variabilidade de comportamento acaba sendo determi- nante para relacionamentos dependentes. As pessoas que não aprenderam a di- versificar os prazeres podem ter esse padrão de dependente mais presente (LI- MA apud MOTA, 2021). Falta de autoconhecimento Baixa variabilidade comportamental Baixa autoestima Negação Influência Cultural
Amar demais se distancia culturalmente dos demais vícios através do proces- so de aceitação da sociedade, embora também seja um vício, como as drogas e o álcool. Histórias de amor e sofrimento vêm sendo contadas há séculos, não são poucos os casos de sofrimentos e esforços sem medidas por amor, uma das obras mais conhecidas internacionalmente é a peça teatral “romeu e julieta” do escritor Willian Shakespeare que já sofreu inúmeras adaptações para livros, fil- mes, novelas, etc. Na literatura pode ser encontrada no romantismo, que em uma de suas gerações ficou marcada pelo excesso de sentimentalismo exacerba- do, ultrarromantismo, pessimismo e fuga da realidade (MARINHO, 2021). A sociedade absorveu esses conceitos ao longo do tempo e os encara de for- ma naturalizada (PALUDO apud MOTA, 2021), o que pode auxiliar na manuten- ção do padrão dependente afetivo, através do reforçamento social. Isto explica o porquê que, mesmo em meio a tantas mudanças sociais que aconteceram ao longo da história da humanidade e que proporcionaram no caso das mulheres, tantas conquistas, esse padrão da identidade feminina sofredora, a quem é es- sencial ter um parceiro para se dedicar e construir uma família, ainda tem tanta força e é alimentado pela sociedade. Sociedade esta, que inclusive atribui a esse padrão de identidade um julgamento maior de valor às mulheres que seguem esse comportamento, em detrimento das que não seguem, mesmo que estas se- jam felizes e bem-sucedidas em outras áreas da vida.
Para a autora do livro “Mulheres que Amam Demais”, Norwood (1998), quan- to mais dor vinda da infância existir, mais se haverá tendência a reestabelecer e tentar dominar essa dor na fase adulta. Por isso, nesse tipo de relacionamento, o sentimento de familiaridade funciona como uma química, que faz com que rela- cionamentos infelizes sejam experimentados novamente numa tentativa de tor- ná-los controláveis e dominá-los. A pessoa escolhida representa simbolicamente outras pessoas, na maioria dos casos, os pais (NORWOOD, 1998). Existem dois fatores operando nessa atração: 1 - a combinação fechadura-e-chave (configuração de relacionamento que reconhece como encaixável) dos padrões familiares dela com os dele; 2 - o impulso de recriar e superar padrões dolorosos do passado (NORWOOD, 1998). Sendo assim, enquanto a necessidade de reviver esse velho conflito existir, o de- pendente afetivo não conseguirá criar vínculos com parceiros saudáveis e amá- veis. Relação entre Dependência emocional e relacionamentos abusivos
nhar o papel de vítimas. As características encontradas nos dependentes afetivos foram: serem mais possessivos, terem mais medo de serem abandonados, serem impulsivos e ciumentos. As autoras argumentam que quando os homens perce- bem algum perigo, real ou imaginário, eles poderiam se tornar mais agressivos e abusar de suas parceiras. É importante pontuar que o inverso também pode ser real.
A quebra do ciclo de dor e sofrimento vi- venciado por pessoas viciadas em relacionamentos envolve, entre outros aspectos, o fortalecimento e o desenvolvimento de autonomia emocional que se caracteriza pela capacidade de lidar de forma mais assertiva com as emoções, exigindo racionali- zação frente a demandas que geralmente são tra- tadas de forma imediata e automática na tentativa de evitar ou interromper qualquer forma de contato com emoções que geram desconforto. (Sophia et al ,
Nesse sentido é necessário interromper distorções cognitivas que levam a respostas imediatas, sem racionalização em situações que envolvem emoções desconfortáveis. É importante entender que as emoções são transitórias e por mais desconfortantes que sejam não são um padrão fixo de sentir. Portanto, al- guns recursos e estratégias podem contribuir no processo de recuperação de uma pessoa que sofre por amar demais.
Além de facilitar o processo de acei- tação de sua condição de amar de modo patológico é através do autoconhecimento que serão alcançadas possibilidades de mu- danças e vivencias de relacionamentos sau- dáveis e gratificantes em oposição a todo sofrimento vivenciado ao longo da vida. Se autoconhecer possibilita a descoberta ou redescoberta de prazeres, desejos, projetos, gratificações e vivencias afetivas que visem seu bem-estar e autorrealização. Desenvolver o autoconhecimento contribui para a descoberta de novas formas de lidar com sentimentos e emoções que na maioria das vezes, ao longo da história de vida, estiveram relacionados com sen- sações desagradáveis.
Trabalhar a autoestima de pessoas que sempre tiveram a ideia de que amar significa so- frer, é importante, pois, a necessidade de se sen- tir amada e não ter isso correspondido pode gerar uma sensação persistente de insuficiência e frus- tração. Muitas vezes com o apoio psicoterápico ou através de outros recursos é possível elevar a autoestima, para que a pessoa se aceite, se ame, imponha seus limites e aprenda que amar não significa sofrer.
Hada - Homens que Amam Demais - https://homensqueamademais.wordpress.com/ CoDA - Codependentes Anônimos – https://codabrasil.org.br/
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