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DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA e DRE, Notas de estudo de Contabilidade

Contabilidade

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 06/08/2010

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ary-villar-filho-12 🇧🇷

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DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA – DFC
Precedentes
Não basta apresentar lucro. O lucro é conseqüência de receitas e despesas que são contabilizadas
seguindo princípios estabelecidos de realização e competência do exercício. Além disso, tecnicidades,
como a exigência do registro de uma receita de vendas, mesmo que a prazo, deixa a pendência do
recebimento efetivo do cliente. Nesse ínterim, a própria receita contabilizada é fato gerador para a
cobrança de tributos (PIS, COFINS, ICMS, IPI etc.) e seu efetivo pagamento, além de, não raras as
vezes, o pagamento do custo integral, antes do recebimento da receita.
Percebe-se, então, que a existência do lucro não constata de início a sua efetividade. É necessário que
se receba o produto desse lucro para se ter a exata noção do ganho efetivo que se obteve.
Da mesma forma, quando se tem um empréstimo em aberto para pagamento em anos futuros, deve-se
registrar a despesa com os juros antes mesmo da sua efetiva quitação. O que falar, então? da
depreciação. Essa conta estranha, de cunho em prudência, que registra estatisticamente uma perda que
não é efetiva, apenas estimada, em que nada se paga por ela, mas que ajuda a reduzir o imposto de
renda devido de algumas empresas.
Como medir esse lucro se, por exemplo, o cliente não vier a pagar pela duplicata emitida na venda?
Ou se a depreciação não se configurar em gasto, quer de manutenção, quer de reposição?
Por outro lado, imagine uma operação em que a empresa recebe antecipadamente pela entrega futura
de um determinado produto que ainda vai ser fabricado. Contabilmente, esse recebimento não pode ser
registrado como receita até que o bem seja entregue.
Então, o lucro é uma forma contábil de se perceber as receitas e despesas. Efetivas, como de fato são,
aos olhos da ciência contábil. Porém, seu impacto financeiro pode ter ocorrido ou ainda ser
constatado em conta corrente bancária. Assim, uma outra forma de se analisar economicamente uma
empresa é entender como ela vem gerindo seu caixa. É o caixa que dá os primeiros sinais do sucesso
ou fracasso de um negócio.
O Objetivo do DFC
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of. Roberto Gil Uchoa
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DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA – DFC

Precedentes

Não basta apresentar lucro. O lucro é conseqüência de receitas e despesas que são contabilizadas seguindo princípios estabelecidos de realização e competência do exercício. Além disso, tecnicidades, como a exigência do registro de uma receita de vendas, mesmo que a prazo, deixa a pendência do recebimento efetivo do cliente. Nesse ínterim, a própria receita contabilizada é fato gerador para a cobrança de tributos (PIS, COFINS, ICMS, IPI etc.) e seu efetivo pagamento, além de, não raras as vezes, o pagamento do custo integral, antes do recebimento da receita.

Percebe-se, então, que a existência do lucro não constata de início a sua efetividade. É necessário que se receba o produto desse lucro para se ter a exata noção do ganho efetivo que se obteve.

Da mesma forma, quando se tem um empréstimo em aberto para pagamento em anos futuros, deve-se registrar a despesa com os juros antes mesmo da sua efetiva quitação. O que falar, então? da depreciação. Essa conta estranha, de cunho em prudência, que registra estatisticamente uma perda que não é efetiva, apenas estimada, em que nada se paga por ela, mas que ajuda a reduzir o imposto de renda devido de algumas empresas.

Como medir esse lucro se, por exemplo, o cliente não vier a pagar pela duplicata emitida na venda? Ou se a depreciação não se configurar em gasto, quer de manutenção, quer de reposição?

Por outro lado, imagine uma operação em que a empresa recebe antecipadamente pela entrega futura de um determinado produto que ainda vai ser fabricado. Contabilmente, esse recebimento não pode ser registrado como receita até que o bem seja entregue.

Então, o lucro é uma forma contábil de se perceber as receitas e despesas. Efetivas, como de fato são, aos olhos da ciência contábil. Porém, seu impacto financeiro pode já ter ocorrido ou ainda ser constatado em conta corrente bancária. Assim, uma outra forma de se analisar economicamente uma empresa é entender como ela vem gerindo seu caixa. É o caixa que dá os primeiros sinais do sucesso ou fracasso de um negócio.

O Objetivo do DFC

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

O Demonstrativo do Fluxo de Caixa tem por objetivo analisar a variação do saldo da conta de Caixa e Bancos durante um certo período, buscando listar as origens (entradas de dinheiro) e aplicações (saídas de dinheiro) da empresa. Logo, temos:

F 0 4 4C&B =F 0 5 3O –F 0 5 3A

onde: F 0 4 4C&B é a variação entre os saldos inicial e final de Caixa e Bancos;

O representa as origens de dinheiro (entradas);

A são todas as aplicações de dinheiro (saídas).

Origens de recursos são todas as operações de entrada de caixa, tais como, recebimento pelas vendas, aumento de capital social em espécie, recebimento pela venda de imobilizado, captação de empréstimos e resgate de aplicações financeiras. Por seu turno, as aplicações são qualquer tipo de pagamento: pelas compras de estoque junto a fornecedores, pela compra de um imobilizado, de gastos operacionais, pela amortização de empréstimos ou por quitação de dividendos propostos.

Como levantar o DFC

Normalmente, somos tomados como observadores externos à organização, portanto, com sérias limitações aos dados financeiros dessa empresa. Quando muito, dispomos apenas dos demonstrativos financeiros elementares – Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado.

Se para a análise econômica de um negócio devemos avaliar seu fluxo de caixa, então devemos tentar levantar seu Demonstrativo do Fluxo de Caixa com base tão-somente nesses elementos.

Todas as contas patrimoniais são movimentadas por um princípio básico: seu saldo ao final de um período (SF) é igual ao seu saldo no início do período (SI), mais todos os fatos que fazem seu saldo aumentar (E+^ ) e menos aqueles eventos que fazem seu saldo diminuir (D - ). Nesse sentido, podemos postular a seguinte fórmula:

SF = SI + E+^ – D -

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

Divid a Pgf = Divid a Pgi + Divid Prop – Pgtº

Importante

É importante saber que, didaticamente, para fins de exercícios de DFC em classe não serão dados exercícios que envolvam a baixa de imobilizado para venda, nem de redução de capital social (saída de um sócio ou ressarcimento de capital). Além disso:

a) Não se paga depreciação. A despesa de depreciação deve ser igual à variação da conta de depreciação acumulada, uma vez que não vamos ter exercícios de baixa de imobilizado.

b) No DFC, não existem valores negativos. O único valor que pode aparecer com seu valor negativo no DFC é a variação do saldo de Caixa e Bancos.

c) Ao concluir as movimentações de todas as contas, deve-se checar se a variação de caixa e bancos é igual ao total das origens menos o total das aplicações:

F 0 4 4C&B =F 0 5 3O –F 0 5 3A

Por fim, fica aqui uma dica. À medida que se for analisando a movimentação da conta, é importante fazer um “tique” ao lado do nome ou do saldo da conta. Esse procedimento simples preserva o analista de dois erros muito comuns: esquecer-se de pegar uma das contas do BP ou da DRe ou de pegar uma conta mais de uma vez.

Exercício básico

Com base nos demonstrativos financeiros da empresa Flajahera S/A, publicados abaixo, levante o DFC para X2 :

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Exercícios Intermediário

Com base nos demonstrativos financeiros da empresa Bottavaifalir S/A, publicados abaixo, levante o DFC para X2 :

Evidencie os cálculos:

Dados complementares:

  • A cotação das ações da empresa fechou os anos de X1 e X2 em $ 0,95 e $ 0,96, respectivamente;
  • O mercado da empresa teve um aumento de 8% em X2 ;
  • As vendas da empresa cresceram 12% em X.

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

que levou a empresa, então, a pedir aumento de capital? Se positivo, qual o provável destino desses recursos? Esse aporte de capital representa um risco maior ou menor para o acionista? Por quê?

  1. Analisando os investimentos de capital (aplicações no ativo fixo). Quanto a sociedade investiu em ativo permanente? Em quê e por que ela fez esse investimento? Isso é um bom ou mau sinal para a empresa? Por quê? De onde vieram os recursos para fazer esses investimentos?
  2. Analisando a capacidade do negócio de gerar caixa. Qual o saldo do EBITDA (ou, em português, LAJIRD ou LAJIRDA) em X2 e, quando possível, em X1? Quando essa análise for possível, houve aumento ou redução do EBITDA, em quanto e diga se isso foi bom ou ruim para a sociedade? O que significa esse dado quantitativo do EBITDA?
  3. Analisando o fluxo de caixa operacional. Conceitualmente, ao deduzirmos do EBITDA o valor da despesa de imposto de renda, obteremos o chamado fluxo de caixa operacional (FCO). O que este dado pode significar para a empresa? É possível “cruzar” esse valor de FCO de X com o DFC do mesmo ano? Se sim, como? Se não, por quê?
  4. Analisando o capital de giro da sociedade. Qual o capital de giro líquido da empresa? O que ele pode significar? O que é solvência?
  5. Analisando a política de financiamentos. Qual o total do passivo de financiamento (PFi) em X1 e X2? Qual foi a representatividade percentual desses recursos em relação ao total do passivo exigível e do total do passivo? O que esse percentual significa? Qual o custo financeiro médio do passivo financeiro (Despesa Financeira / PFi) para os dois exercícios sociais? Esse custo aumentou ou diminuiu? Até que ponto esse custo pode ser bom ou ruim para a sociedade? Por quê? A empresa preferiu captar novos empréstimos? Caso positivo, é possível identificar se essa captação foi de curto ou longo prazo e qual o destino desses recursos? Como podemos verificar se essa captação é boa ou ruim para a empresa? Caso o total dos pagamentos (P) tenha sido maior que o total das captações de novos empréstimos (N), é possível identificar o porquê a empresa adotou essa prática?
  6. Analisando a política de dividendos e retenção de lucros. A sociedade pagou dividendos? De quanto? Qual a relação percentual dos dividendos em relação ao lucro líquido e ao fluxo de caixa operacional? Houve transferências para reservas? De quanto foi (em valores e em percentual do lucro líquido e do FCO)? Houve transferências para lucros acumulados? De quanto foi (em valores e em percentual do lucro líquido e do FCO)? Com base nesses dados levantados, é possível traçar quais as políticas de dividendos e de retenção de lucros praticadas pela empresa?

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

  1. Analisando os valores contábil e de mercado da empresa. Pressupõe-se que os três exemplos anteriores são sociedades anônimas abertas, portanto, com ações negociadas em bolsa, e que o valor nominal de cada ação (Capital Social / número de ações) seja sempre igual a $ 1,00. Qual o valor patrimonial de cada ação (VPA = PL / número de ações) e o valor de mercado de cada ação (VMA = cotação da ação na Bovespa em 31 de dezembro de cada ano)? Qual a variação percentual desses dois valores (VPA e VMA) entre X1 e X2? O VMA é maior, igual ou menor que o VPA? Em quanto (em valores e em percentual, tendo como base o VPA)? O que significam esses dados?
  2. Avaliando o market share. Qual o crescimento do mercado e do faturamento (receita de vendas) da empresa? Teria a empresa aumentado ou reduzido seu market share (participação relativa no mercado)? Como podemos analisar esses dados?

Exercícios de Demonstrativo do Fluxo de Caixa:

Com base nos demonstrativos financeiros da C. C. Fedpaka S/A abaixo, levante o DFC para os exercícios sociais de X2 e X3 :

D F C X3 X2 Fórmulas 1.F 0 4 4de Caixa e Bancos: CARf = CARi + RV – Recbtº Saldo final Saldo inicial Ef = Ei + Compras – CMV F 0 4 4de Caixa e Bancos

2. Origens de Recursos: CAPf = CAPi + DO – Pgtº Recebimento de clientes Aumento de capital IR a Pgf = IR a Pgi + DIR – Pgtº Captação de empréstimos Total das Origens EMPf = EMPi + DFª + ( N – P ) 3. Aplicações de Recursos: Pgtº das compras Compra de AP = Imob f – Imob i Pgtº de empréstimos Pgtº de gastos operacionais DD = DAf – DAi Pgtº de imposto de renda Pgtº de dividendos LAf = LAi + LLex –F 0 4 4Res – DP

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

Seus demonstrativos financeiros referentes aos exercícios sociais dos dois últimos anos, X1 e X2 , que estão assim apresentados:

Ki-Gottozo S/A (em $ milhões): Quadro 1 – Demonstrativos financeiros da Ki-Gottozo S/A.

Fonte – Fornecido pelo cliente.

O mercado de mólulas frescas no município do Rio de Janeiro é dominado por quatro grandes empresas – a Ki-Gottozo , a Ehbão , a Wau e a Belly-free – que, juntas, participam de 80% do mercado e o restante é pulverizado por dez outras pequenas empresas locais. As mólulas não encontram produtos substitutos, exceto quando algum consumidor tenta usar os estikettes , cuja funcionalidade e segmentação são diferentes.

O preço médio das mólulas atualmente é de $ 10, sofrendo pouca variação nos últimos anos, em face da estabilidade inflacionária e da moeda norte-americana. Seu consumo durante o ano sofre poucas flutuações, não apresentando tendências sazonais. Assim, os dados mercadológicos levantados pelo Instituto Tofuw Maddo , notória entidade de pesquisas de marketing, para os dois últimos são:

Quadro 2 – Mercado de mólulas na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte – Instituto Tofuw Maddo (janeiro de X3)

Sua empresa de consultoria foi contratada para fazer uma análise econômico-financeira e análise do fluxo de caixa de cada uma das três maiores concorrentes, visando identificar:

  • Tendências históricas de investimentos, financiamentos e gestão do capital de giro;
  • Análise da situação de solvência (liquidez x endividamento);
  • Avaliação da eficácia organizacional (lucratividade x outros indicadores de eficiência);
  • Sugestões para a Ki-Gottozo melhorar sua posição relativa no mercado e sua situação econômico-financeira.

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

Para tanto, você dispõe dos demonstrativos financeiros elementares das três maiores concorrentes, que lhes são entregues em conjunto com a cotação da empresa em bolsa de valores e o número total de funcionários (fábrica, vendas e administração), conforme a seguir:

Ehbão S/A (em $ milhões) Quadro 3 – Demonstrativos Financeiros da Ehgão S/A. Fonte – Gazzeta do Commércio, dia 2/fev/X3.

Wau S/A (em $ milhões) Quadro 4 – Demonstrativos Financeiros da Waw S/A. Fonte – Gazzeta do Commércio, dia 13/fev/X3.

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

Regras: f.1. As consultorias serão formadas por trios de 3 (três) alunos sempre, desde que nenhum dos seus componentes tenham participados juntos de qualquer trabalho já pedido no curso.

f.2. O trabalho será apresentado somente em folha de papel branco “A4”, com numeração das páginas no canto superior direito (exceção da capa), na seqüência e conteúdo informado no enunciado deste trabalho.

f.3. O trabalho deverá ser entregue na primeira hora da aula anterior ao da prova bimestral ( P2 ), não sendo admitidos atrasos ou entrega de trabalhos que não cumpram as exigências de formatação expostas no enunciado ou nestas regras.

f.4. Não pode apresentar o trabalho com capas de qualquer espécie (dura, mole, plástica, sacos, furados, etc.) que não a de uma simples folha de papel branca, formato “A4”, com o conteúdo descrito no enunciado do trabalho. A única exceção é a capa que poderá ser outra cor que não a branca.

f.5. O trabalho valerá de –1 ( menos um) a até 2 (dois) ponto extra na prova bimestral ( P2 ), respeitados os seguintes critérios: a. Grupos de consultoria que não entregarem o trabalho até a primeira hora do dia marcado para entrega: – 1 ( menos um). b. Desrespeito à formatação da capa ou das folhas do trabalho, bem como entrega incompleta do trabalho, não listando o parecer de consultoria ou o conteúdo de uma das páginas solicitadas: de – 0,5 ( menos meio) a 0 (zero) ponto. c. Apresentação e conteúdo da capa, respeito ao conteúdo formal de cada página, atendimento às exigências de formação e revisão ortográfica: de 0 (zero) a 0,5 (meio) ponto. d. Conteúdo do parecer de consultoria – critérios como conteúdo inédito, não abordado por outros grupos, visão holística da empresa com o mercado e a inclusão de indicadores inéditos, pesquisados ou adaptados pela Consultoria, contarão como nota diferenciada: 0 (zero) a 0,5 (meio) ponto. e. Todos os grupos concorrem nos critérios listados de “a” a “d” a – 1 (menos um) a 1 (um) ponto extra na prova bimestral ( P2 ). Porém, somente dois grupos poderão ser selecionados para ganhar até mais 1 (um) ponto extra. Assim:

  • Até um grupo de Consultoria ganhará 2 (dois) pontos extras;
  • Um ou, talvez, até dois grupos de Consultoria poderá ganhar até 1,5 (um e meio) ponto extra;
  • Até 4 (quatro) grupos poderão ser indicados para ganhar 1 (um) ponto extra;
  • Todos concorrem à faixa de –1 (menos um) à 0,5 (meio) ponto extra.

f.6. Todos os grupos concorrem entre si, sendo recomendado não haver troca de informações ou facilidade de acesso ao trabalho de outros grupos de Consultoria. Afinal, o mercado de consultoria é bastante acirrado e ganha a consultoria que mostrar conteúdo diferenciado ao cliente final.

f.7. O professor se reserva o direito de dar nota diferenciada para cada componente da Consultoria ou exigir que ela mesma o faça.

Lembre-se: este é um trabalho formal de consultoria. Logo, profissionalismo, seriedade e respeito pelo cliente e demais concorrentes são qualidades essenciais exigidas do seu trabalho pelo avaliado.

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

Análise de Fluxo de Caixa dos Ativos - FCA

1. Introdução

A partir da igualdade do Balanço, pode-se abstrair uma análise muito importante para se entender como se dá a gestão financeira da empresa: o fluxo de caixa dos ativos. Através dessa análise, pode-se identificar quais as fontes de recursos que a empresa utilizou num determinado período e para onde foram direcionados esses fluxos.

Embora a análise do fluxo de caixa dos ativos (FCA) não seja o próprio Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC), como veremos neste capítulo, essas análises guardam relação em sua formatação e conteúdo. Afinal, quando aplicadas a uma mesma empresa, tanto o DFC quanto o FCA, por se basearem nos mesmos demonstrativos financeiros, vão apresentar a dinâmica dos fluxos financeiros no período.

Para tanto, tomemos por base os quadros 1 e 2, a dos demonstrativos financeiros a seguir da empresa Caixiano S/A para os exercícios findos em 31 de dezembro de X1 e X2 e a das notas explicativas, respectivamente:

CAIXIANO S/A – Demonstrações Financeiros de X2 e X1 (em $ milhões) Balanço Patrimonial de 31 de dezembro de Demonstração do ATIVO X2 X1 PASSIVO X2 X1 Resultado de X Caixa e Bancos 190 160 Fornecedores 150 120 Rec. Vendas 1. Aplicações Financ. 100 60 Contas a Pagar 45 30 C M V (900) Contas a Receber 120 100 IR a Pagar 40 50 Lucro Bruto 700 Estoques 90 80 Empréstimos 195 180 Desp. Operac. (560) Circulante 500 400 Circulante 430 380 EBITDA 140 Aplicações Financ. 12 10 Empréstimos 260 220 Desp. Financª ( 50) Valores a Receber 138 90 Contas a Pagar 30 20 Rec. Financª 20 Realizável a L/P 150 100 Exigível a L/P 290 240 Desp. Deprecº ( 10) Imobilizado Bruto 640 580 Capital Social 355 300 L A I R 100 Deprecº Acumulª ( 90) ( 80) Lucro Acumulado 125 80 Desp. de IR ( 40) Permanente 550 500 Patrimº Líquido 480 380 Lucro Líquido 60 Divid Proposto ( 15) A T I V O 1.200 1.000 P A S S I V O 1.200 1.000 Lucro Retido 45 Quadro 1 – Demonstrações financeiras da Caixiano S/A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras da CAIXIANO S/A:

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Novas aplicações financeiras (NA) 82 Total das Aplicações de Recursos 1. Quadro 3 – Demonstrativo do Fluxo de Caixa de X2 da Caixiano S/A.

Como se pode observar, o DFC deve preencher o requisito básico do método das partidas dobradas estabelecido pela contabilidade, em que:

F 0 4 4C&B =F 0 5 3Origens – F 0 5 3Aplicações

Por este demonstrativo, já se pode verificar quais foram as fontes dos recursos e os usos que a gestão da empresa deu a esses valores. Com efeito, a maior fonte de recursos da empresa foi da venda de seus produtos, mormente destinados à atividade operacional: compra de produtos junto a fornecedores, pagamento de gastos operacionais e imposto de renda.

O fluxo financeiro líquido de empréstimos (captação menos quitação) foi de $ 5 milhões, enquanto o de aplicações financeiras (novas aplicações menos resgates) foi de $ 32 milhões.

Mas, existira uma outra forma de abordar o fluxo de caixa, visando demonstrar a dinâmica financeira envolvida?

Sim. Trata-se da análise do fluxo de caixa dos ativos, que veremos a seguir. Por esta abordagem, podemos analisar como pode ser decomposto o fluxo de caixa da empresa, fazendo conexões e relações que permitam visualizar a dinâmica que este fluxo impõe.

  1. A Análise do Fluxo de Caixa dos Ativos (FCA)

A análise do fluxo de caixa dos ativos pressupõe duas abordagens diferentes, que, para fins de entendimento da operação da empresa, podem ser posteriormente igualados: uma que se baseia no fluxo de resultados e outra que utiliza o fluxo do balanço.

Assim, tomemos os demonstrativos financeiros elementares, isto é, a demonstração do resultado do exercício – no quadro 4, que fornece os elementos de formação do lucro – e o balanço patrimonial – no quadro 5, que estrutura a situação patrimonial da empresa em uma certa data.

Demonstração do Resultado

do Exercício

Gerencial Pr of. Roberto Gil Uchoa

Parcela do resultado da atividade econômica da empresa menos o imposto de renda

Resultados financeiros líquidos e despesa de depreciação

Quadro 4 – DRE.

Uma forma de se analisar a DRE, conforme demonstrado no quadro 4, é separar o resultado obtido pela atividade econômica da empresa líquido de imposto de renda (EBITDA menos a despesa de imposto de renda) dos demais resultados: os resultado financeiro líquido (despesas financeiras menos as receitas financeiras) e as despesas de depreciação e amortização.

Analogamente, como apresentado no quadro 5, podemos fazer a separação dos grupos contábeis do balanço patrimonial:

Balanço Patrimonial

Quadro 5 – BP

Contudo, podemos fazer outras divisões das contas que compõe o balanço, da mesma forma como fizemos com o resultado do exercício.

O ativo líquido (AL) é dado pela soma algébrica do ativo circulante (AC) e o ativo realizável a longo prazo (ARLP). Por seu turno, o passivo exigível (PE) é a soma dos passivos circulante (PC) e exigível a longo prazo (PELP). Contudo, esses dois grandes grupos têm em sua composição contas funcionais

  • aquelas derivadas da atividade normal dos negócio, tais como, caixa e bancos, estoques e fornecedores – e contas de financiamento – ou seja, contas que geram rendimentos ou pagamento de juros. Dessa forma, o ativo líquido por ser dado por:

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Passivo Circulante (PC)

Ativo Circulante (AC)

Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP)

Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP)

Patrimônio Líquido (PL)

Ativo Permanente

  1. A partir do Fluxo de Resultados:

Por esta abordagem, o fluxo de caixa dos ativos (FCA) é redução a partir do fluxo de caixa operacional (FCO) dos gastos de capital (GC) e do fluxo de caixa do capital de giro de curto prazo (CGCP):

FCA = FCO – GC – F 0 4 4CGCP

O fluxo de caixa operacional é dado pelo lucro antes dos juros, imposto de renda e da depreciação (EBITDA) menos a despesa de imposto de renda (DIR):

FCO = EBITDA – DIR

Uma confusão muito comum é pensar que o fluxo de caixa operacional seria o lucro líquido do período ajustado pela despesa de depreciação. No entanto, o fluxo de caixa operacional não pode incluir os resultados financeiros líquidos (despesas menos receitas financeiras), nem os resultados não operacionais.

Os gastos de capital (GC) indica o acréscimo líquido de investimentos direcionados para o ativo permanente, sendo dado pela variação do ativo permanente (F 0 4 4AP) no período mais a despesa de depreciação – uma vez que a depreciação reduz o saldo do ativo permanente, via depreciação acumulada:

GC =F 0 4 4AP + DD

Logo, retomando os dados da Caixiano S/A (vide quadro 1), temos:

FCO = EBITDA – DIR

Então: FCO = 140 – 40

FCO = 100

GC =F 0 4 4AP + DD

Onde: F 0 4 4AP = APfinal – APinicial

F 0 4 4AP = 550 – 500

F 0 4 4AP = 50

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Então: GC = 50 + 10 GC = 60

F 0 4 4CGCP =F 0 4 4ACFu –F 0 4 4PCFu

Onde: F 0 4 4ACFu = ACFu final – ACFu inicial

F 0 4 4ACFu = ( 190 + 120 + 90 ) – ( 160 + 100 + 80 )

F 0 4 4ACFu = 60

E onde: F 0 4 4PCFu = PCFu final – PCFu inicial

F 0 4 4PCFu = ( 150 + 25 + 60 ) – ( 120 + 30 + 50 )

F 0 4 4PCFu = 35

Ficando: CGCP = 60 – 35 CGCP = 25

Por fim: FCA = FCO – CG –F 0 4 4CGCP

Ficando: FCA = 100 – 60 – 25 FCA = 15

A leitura que se pode fazer a partir desses dados é que a atividade econômica da empresa gerou $ 100 milhões (FCO) no ano de X2, sendo direcionados para inversões de capital, ou seja, investimentos em ativo permanente ($ 60 milhões) e melhora qualitativa do capital de giro funcional da empresa ($ 25 milhões).

Se fizermos uma analogia com alguns indicadores financeiros, a decisão estratégica da empresa por melhorar seu capital de giro resultou na melhora dos indicadores de liquidez entre os dois exercícios sociais. Vejamos:

Indicadores Fórmula X2 X Liquidez corrente AC / PC 1,62 1, Liquidez ácida (AC – E) / PC 0,95 0, Quadro 6 – Evolução dos indicadores de liquidez entre X1 e X.

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