
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este texto apresenta uma análise detalhada dos princípios e direitos legais violados no processo judicial que sofre josef k., personagem principal de 'o processo' de franz kafka. O documento aborda violações do princípio do devido processo legal, princípio do contraditório e ampla defesa, princípio da publicidade processual e da motivação de decisões judiciais, e a presunção da inocência. A análise é baseada na leitura da obra e é apresentada por uma estudante, isadora madureiro martins, durante um curso de direito na faculdade ari de sá.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 1
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Eu, como defensora de Josef K., personagem principal da obra de Franz Kafka e do filme "O Processo", exponho ao decorrer do presente texto, os princípios e regras gerais do processo violados quanto aos direitos do protagonista. Primeiramente, assim que é acordado, Josef K. é abordado por dois guardas dentro de seu quarto, sendo acusado de cometer um crime que não lhe é informado. Nesse contexto, foi desrespeitado o Princípio do Devido Processo Legal no que diz respeito a prisão do acusado, haja vista estar violando seus direitos fundamentais de privacidade e seu direito de inviolabilidade de domicílio. De acordo com o artigo 5º, inciso XI da Constituição Federal, é “ o asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial ”. No entanto, nenhuma das condições se aplica ao processo de Josef K., sendo ilegal sua prisão pelos policias dentro de seu quarto. Ademais, tal violação é mencionada no artigo 5º, inciso LIV, o qual afirma que " ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal ". Diante disso, a condenação de um réu só pode se efetivar depois de corrido o devido processo legal, com todas as fases legítimas, pautadas em princípios próprios da ordem legal vigente, e dirigido por um juiz competente. Ademais, visualizamos outras violações de princípios como o o Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa , previsto no inciso LV do artigo 5º da Carta Magna, o qual estabelece que toda parte tem direito de ter conhecimento sobre as alegações contra ela, apresentar argumentos e se defender. O contraditório se refere à garantia clara de dar ao acusado a oportunidade de tomar conhecimento prévio sobre as alegações da parte contrária para assim influenciar no livre convencimento do juiz. Já a ampla defesa dá ao processado o direito de defender seus interesses com argumentos a seu favor e assim demonstrá-los, respeitando os limites legais. No entanto, não foi dada a oportunidade a Josef K. de conhecer o teor da sua acusação ou quem lhe acusou, impossibilitando-o formular quaisquer argumentos para se defender ao longo do processo. Outrossim, é importante destacar que o Princípio da Publicidade Processual e da Motivação das Decisões Judiciais , o qual diz que todos os atos processuais são públicos e disponíveis para o acesso de qualquer uma das partes, como por quem quer que esteja interessado. Tal princípio é demonstrado no artigo 5º, inciso LX, " a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem ". Todavia, foi usurpado todo o direito de Josef K. a esse princípio, uma vez que ele é processado sem que o motivo seja revelado em um tribunal secreto, com autos processuais inacessíveis tanto ao acusado quanto à própria defesa. Por fim, é válido ressaltar que a Constituição Federal Brasileira coloca a presunção da inocência como direito fundamental, presente no inciso LVII do artigo 5°, o qual diz que “ ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória ", sendo o oposto da realidade, tendo em vista o tratamento dos policiais com Josef, sendo tratado como culpado e de forma parcial pelos policiais. Diante de todo exposto, evidencia-se que vários princípios e direitos foram violados e que Josef K. é considerado inocente tendo em vista todos os fatos mencionados.