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INTERCALADAS OU INTERFERENTES. A oração intercalada ou interferente constitui um tipo especial de oração justaposta e não pertence à sequência lógica do ...
Tipologia: Slides
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Não perca as partes importantes!
Fixar os conceitos de correlação, justaposição e apresentar a intercalação.
Ao fi nal desta aula, o aluno deverá: reconhecer as situações de correlação, justaposição e intercalação.
Língua Portuguesa II.
Na frase “Tal fora o pai, tal hoje é o filho.”, como podemos notar, a estrutura é correlativa comparativa. (Fontes: http://coracao-missionario.blogspot.com)
Língua Portuguesa III
Estamos no último encontro! Reservamos para esta décima aula o estudo de processos sintáticos evitados pela NGB, embora discutidos por quase todos os gramáticos, quer mais antigos, quer mais novos: correlação, justaposição, intercalação.. Não são novidades na língua portuguesa: apenas tratamos de trazê-los para nossas reflexões acadêmicas.
Na frase “Foi tal o barulho, que a criança acordou.”, como podemos notar, a estrutura é correlativa consecutiva. (Fontes: http://guiadobebe.uol.com.br)
Língua Portuguesa III
E ainda lista Rocha Lima (op. cit: 261) os termos característicos das comparativas: tal... qual, tanto ... tanto (quanto, como), tanto mais... tanto mais, tanto maior... tanto maior, quanto mais ... tanto mais, mais ... (do) que, menos ... (do que), e outros.
Azeredo (2000: 118) é categórico: A coordenação correlativa “Realiza-se por meio dos pares ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, não ... nem – que exprimem disjunção – não só ... mas também, não só ... senão também, não apenas ... mas ainda, tanto ... como – que exprimem união – senão ... ao menos, não ... mas, mas ... não
A oração justaposta é aquela que está ao lado da principal sem conec- tivo. A NGB não adotou essas orações! As orações justapostas podem ser INDEPENDENTES e estar CO- ORDENADAS entre si. É o caso das ASSINDÉTICAS que já estudamos na aula 2. A separação entre elas se dá por uma pausa, marcada na escrita por vírgula, ponto e vírgula ou dois-pontos. Exemplo: Vim, Vi, Venci. Cheguei, me dirigi ao jardim, ninguém me viu. Algumas são claramente adverbiais, como nos exemplos abaixo: Há muitos meses não vou à praia. Estivemos em Salvador faz dois anos. Neles as duas orações sublinhadas são adverbiais. Dentre as situações de justaposição com orações subordinadas, podemos encontrar as substantivas. São as introduzidas por pronome in- definido, pronome ou advérbio interrogativo ou exclamativo, no dizer de Kury (op. cit.). Quem espera alcança. Após um verbo declarativo, do tipo dizer, falar, interromper etc, seguido de dois-pontos, temos também justaposição. A oração é objetiva direta. O pai severo disse ao filho: - Eu te proíbo de ir àquela festa. As orações adjetivas em situação de justaposição são introduzidas por um pronome indefinido, sem antecedente e sempre regidas da preposição de. Exemplo: Não vemos os defeitos de quem amamos.
Da Correlação, da Justaposição, da Intercalação Aula
Comentemos um pouco as adverbiais justapostas. 10 As causais podem aparecer com a conjunção elíptica. Exemplo: Ninguém reparou em mim: todos andavam como pasmados. (HERCULANO, O monge de Cister) Também causal é a oração justaposta iniciada por uma palavra intensiva como TÃO, TAMANHO: Dei gritos terríveis, tão apavorado estava.
A oração intercalada ou interferente constitui um tipo especial de oração justaposta e não pertence à sequência lógica do período. A oração intercalada encaixa-se em um ponto determinado da frase com o objetivo de acrescentar algum elemento de valor semântico considerado importante pelo falante ou narrador. Bechara (2001: 118) indica oito tipos principais de “conteúdo de pensa- mento designado”: citação (no discurso direto; nela se indica quem falou): Dê-me água, me pediu o rapaz. advertência (“esclarece um ponto que o falante julga necessário”): Em 1945 – isso aconteceu no dia do meu aniversario – conheci um dos meus melhores amigos. opinião (o falante aproveita para inserir uma opinião): D. Benta (malvada é que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira. desejo ( o falante aproveita para exprimir um desejo bom ou mau): José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe. escusa (o falante pede desculpas pelo que faz ou diz): Todos – perdoe-me as exceções – são muito lerdos. exortação (o falante chama a atenção para algo): Os livros, pode-se bem dizer, são o elemento do espírito. permissão (o falante pede permissão para dizer algo): Meus pensamentos o permitam-me revelar aqui – dirigem-se para o passado heróico dessa família. ressalva (o falante faz um esclarecimento): Ele, que eu saiba, nunca veio aqui. Não é necessário insistir nessas nuanças de classificação, nem sempre exata. Observem o uso de vírgulas, travessão, parênteses e colchetes. A escolha está a critério de quem escreve o texto. Às vezes, um verdadeiro período aparece intercalado, com suas orações que tem classificação própria. Também as situações deste tipo não estão previstas na NGB. Kury (2000: 70) propõe considerá-las “como períodos à parte, intercalados ou justapostos, que se analisarão lado a lado com aquele em que se inserem.”
Da Correlação, da Justaposição, da Intercalação Aula
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Língua Portuguesa III
Língua Portuguesa III
Estudamos dois modos de as orações se ligarem uma à outra: a cor- relação e a justaposição; esta última tem um subtipo, a intercalação. A correlação consiste na vizinhança entre duas orações, com marcada interdependência; o elemento de correlação desmembrou-se ficando cada parte numa oração. A justaposição existe quando duas orações estão lado a lado sem conec- tivo entre elas. A justaposição acontece com coordenadas e subordinadas. A intercalação é um tipo especial de justaposição: uma oração ou um período se encaixa em outro sem que haja qualquer relação sintática entre seus elementos.
AZEREDO, José Carlos de. Iniciação à sintaxe do português. 8. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000. BECHARA, Evanildo. Lições de português pela análise sintática. 16 ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001. _______. Moderna gramática portuguesa. 37 ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004. HENRIQUES, Claudio Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. KURY, Adriano da Gama. Novas lições de análise sintática. 9. ed. São Paulo: Ática, 2000. LIMA, Carlos Henrique da Rocha. Gramática normativa da língua por- tuguesa. 11 ed. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1965. SAUTCHUK, Inez. Prática de morfossintaxe: como e porque aprender (morfo) sintaxe. Barueri – SP: Manoel, 2004.