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Curso Psicopatologia Fernanda Landeiro, Notas de aula de Psicopatologia

Este arquivo contém anotações completas e organizadas das aulas ao vivo do curso Psicopatologia ministrado pela professora Fernanda Landeiro. As anotações foram feitas em 2025 e abrangem os principais temas estudados, com resumos claros, esquemas e destaques para os pontos mais importantes.

Tipologia: Notas de aula

2025

À venda por 28/04/2025

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Psicopatologia
Confiabilidade do diagnóstico: todos os
profissionais que avaliarem um paciente x
devem chegar no mesmo diagnóstico.
Prognóstico: Como aquele quadro clínico
evolui ao longo do tempo. Os transtornos não
evoluem igualmente.
Normal x Patológico: Quando pensamos em
psicopatologia, podemos usar os 4 “ds” que
ajuda a entender a diferença entre o normal
e o patológico.
1º D: Aquilo que desvia da norma.
2ºD: Sofrimento.
3ºD: Disfunção/prejuízo clinicamente
significativo.
D: Perigo, algo que causa risco para si
mesmo ou para os outros.
Definição de transtorno mental DSM-5 TR:
Conjunto de sinais e sintomas caracterizado
por perturbação clinicamente significativa na
cognição, regulação emocional ou
comportamento de um indivíduo que se
reflete numa disfunção nos processos
psicológicos, biológicos ou de
desenvolvimento subjacentes ao
funcionamento mental.
Checklist para presença de transtorno
mental:
Frequência alta
Intensidade alta
Sofrimento clinicamente
significativo
Karl Jaspers: considerado o pai da
psicopatologia.
Georges Canguilhem: um comportamento
funcional e disfuncional vai depender do
contexto/tempo em que a pessoa está
inserida.
1952: a APA publica o DSM.
1977: Aaron Beck publica um artigo
mostrando que a TCC é tão eficaz ou mais
eficaz que a medicação psiquiátrica.
DSM 1: Tinha 132 páginas e 106 diagnósticos.
DSM 2: Publicado em 1968. Tinha 134 páginas
e 182 diagnósticos.
DSM 3: Publicado em 1980. 494 páginas. 265
diagnósticos.
DSM 3 R: 1987. 567 páginas e 292 diagnósticos.
DSM 4: 1994. 886 páginas. 297 diagnósticos.
DSM 4 TR: 2000. 943 páginas e 297
diagnósticos.
DSM 5: 2013. 947 páginas. 298 diagnósticos.
DSM 5 TR: 2022. 1142 páginas e 300
diagnósticos.
CID: Classificação Internacional de Doenças
proposta e publicada pela OMS.
DSM 1 e 2: Psicopatologia Psicodinâmica.
Psicopatologia baseada na psicanálise.
Gerava baixa confiabilidade.
DSM 3: Rompimento da psicopatologia
psicodinâmica. Surgimento da
psicopatologia descritiva. A terceira edição
do Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (DSM-III), publicado em
1980, surgiu como consequência do trabalho
de Rosenhan.
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Psicopatologia

Confiabilidade do diagnóstico: todos os profissionais que avaliarem um paciente x devem chegar no mesmo diagnóstico. Prognóstico: Como aquele quadro clínico evolui ao longo do tempo. Os transtornos não evoluem igualmente. Normal x Patológico: Quando pensamos em psicopatologia, podemos usar os 4 “ds” que ajuda a entender a diferença entre o normal e o patológico. 1º D: Aquilo que desvia da norma. 2ºD: Sofrimento. 3ºD: Disfunção/prejuízo clinicamente significativo. 4º D: Perigo, algo que causa risco para si mesmo ou para os outros. Definição de transtorno mental DSM-5 TR: Conjunto de sinais e sintomas caracterizado por perturbação clinicamente significativa na cognição, regulação emocional ou comportamento de um indivíduo que se reflete numa disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. Checklist para presença de transtorno mental: ● Frequência alta ● Intensidade alta ● Sofrimento clinicamente significativo Karl Jaspers: considerado o pai da psicopatologia. Georges Canguilhem: um comportamento funcional e disfuncional vai depender do contexto/tempo em que a pessoa está inserida. 1952: a APA publica o DSM. 1977: Aaron Beck publica um artigo mostrando que a TCC é tão eficaz ou mais eficaz que a medicação psiquiátrica. DSM 1: Tinha 132 páginas e 106 diagnósticos. DSM 2: Publicado em 1968. Tinha 134 páginas e 182 diagnósticos. DSM 3: Publicado em 1980. 494 páginas. 265 diagnósticos. DSM 3 R: 1987. 567 páginas e 292 diagnósticos. DSM 4: 1994. 886 páginas. 297 diagnósticos. DSM 4 TR: 2000. 943 páginas e 297 diagnósticos. DSM 5: 2013. 947 páginas. 298 diagnósticos. DSM 5 TR: 2022. 1142 páginas e 300 diagnósticos. CID: Classificação Internacional de Doenças proposta e publicada pela OMS. DSM 1 e 2: Psicopatologia Psicodinâmica. Psicopatologia baseada na psicanálise. Gerava baixa confiabilidade. DSM 3: Rompimento da psicopatologia psicodinâmica. Surgimento da psicopatologia descritiva. A terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-III), publicado em 1980, surgiu como consequência do trabalho de Rosenhan.

DSM 4: Mudança para uma abordagem politética. Não considerou-se mais necessário ter todos os sintomas para ter o diagnóstico. Adição de questões ligadas à cultura. Heterogeneidade dos diagnósticos: Ex. no transtorno de personalidade borderline, há 256 combinações possíveis. Isso significa que 256 pessoas com tpb que apresentam os transtorno de forma diferente. DSM 5: Os transtornos são divididos por similaridade e por fases da vida. O DSM começa pelos transtornos que começam mais cedo e termina com os transtornos que aparecem mais tarde no desenvolvimento da pessoa. Ex: começa em transtornos do neurodesenvolvimento e termina com neurodegenerativos que aparecem mais na velhice. Modelo dimensional: Visa trazer algo fluido/espectro dos transtornos. Vai na contramão do modelo categórico. Até o DSM 4 TR o paciente precisava ter amenorréia para ser diagnosticado com anorexia. Só passavam pacientes muito graves. Pacientes mais leves não foram diagnosticadas. A maioria dos pacientes não preenchiam critérios para serem diagnosticadas. Os DSM 5 tendem a trazer o modelo dimensional mas a maioria dos transtornos no DSM-5 seguem sendo categóricos. Rdoc: Modelo alternativo mas ainda não é usado para dar diagnósticos. RDoC é a sigla para Research Domain Criteria, que significa "Critérios de Pesquisa por Domínios" em português. É um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH). O RDoC visa compreender transtornos mentais a partir de uma abordagem neurobiológica e dimensional, em vez de baseada em sintomas. Para fechar o diagnóstico não precisa de testagem psicológica (teste psicológico).

  1. Indivíduo tem certeza subjetiva absoluta, não tem dúvida da veracidade do que ele fala.
  2. O delírio é irremovível, mesmo com provas.
  3. O delírio é quase sempre um delírio falso. As dimensões do delírio ● Grau de convicção ● Envolve várias áreas da vida do paciente ● Bizarrice e Implausibilidade ● Desorganização do delírio (pode ser observado em indivíduos com demência, por exemplo) ● Afeto negativo ● Comportamento em função do delírio (o quanto o paciente age em função do delírio) Delírio Delírio Primário (ideia delirante verdadeira): Quebra radical na biografia do sujeito. A pessoa se modifica. Ex: esquizofrenia. Delírio Secundário: (ideias deliroides): São relacionadas com os eventos que as causaram e por isso são explicáveis. Secundário a uma outra condição. Ex: evento traumático; depressão. Delírios Compartilhados ou Loucura a Dois: Um delírio primário mais um delírio secundário. São raros. Um sujeito que apresenta um delírio primário interage com outra pessoa e coloca tal ideia na cabeça dessa pessoa. O delírio acontece após um estado chamado pré-delirante ou humor delirante. O paciente experimenta um período de aflição, ansiedade intensa, perplexidade, sente que algo terrível vai acontecer. Também pode ser chamado de estado prodrômico. Então, vem o delírio e o paciente encontra a “resposta” para seu estado anterior. Alguns Tipos de Delírios Delírio de Perseguição: Delírio de Referência ou Autorreferência: Delírio de Influência ou Controle: Delírio de Grandeza: Delírio Religioso ou Místico: Delírio de Ciúmes: Delírio Erótico ou Erotomania: Como avaliar os tipos de delírio? Realizando a Entrevista Diagnóstica, sempre avaliando a justificativa do paciente para os delírios. Ex: (delírio de perseguição) ● Você tem algum motivo para desconfiar dessa pessoa? ● Tem alguém querendo te prejudicar? ● Quando começou essa perseguição? Por qual motivo? 3 Eixos da Psicopatologia Psicopatologia Psicodinâmica: Freud foi o criador. Divide os transtornos em Neurose, Psicose e Perversão. Psicopatologia Fenomenológica: Principal divulgador foi Karl Jaspers. Implicação fenomenológica para trabalhar com experiência e desenvolver um modo compreensivo em relação ao paciente.

Psicopatologia Descritiva ou Ateórica: Kraepelin foi seu principal divulgador. Começou a ser utilizada quando o DSM III -1980 rompeu com a psicodinâmica. Transtorno x Doença x Síndrome Transtorno: Conhecemos o curso e o prognóstico. Doença: Conhecemos o curso, o prognóstico e a etiologia (a causa). Síndrome: Não conhecemos nada. Psicopatologia Descritiva Interessa fundamentalmente a descrição das formas de alterações psíquicas, as estruturas dos sintomas, aquilo que caracteriza e descreve a vivência patológica como o sintoma mais ou menos típico. Se baseia em um método de classificação pautado na Nosologia, que entende que a causa dos transtornos mentais é multifatorial e possui influência genética, biológica, ambiental, familiar, de personalidade etc. Teoria da Tripla Vulnerabilidade A soma desses 3 tipos de vulnerabilidade contribuem para o aparecimento de um transtorno.

  1. Genética/biológica
  2. Vulnerabilidade psicológica - aspectos da personalidade (big five)
  3. Componente ambiental específico. Ex: estresse Existe cura para o Transtorno Mental? Cura não é o termo mais adequado, pois não podemos garantir que os sintomas desse transtorno não voltem. Existe a Remissão, que pode ser parcial (50%) ou total. Remissão: retorno à funcionalidade.

TRANSTORNOS TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO: Eles são um grupo de condições que se iniciam no período do desenvolvimento, na primeira infância, antes da criança ingressar na escola. São caracterizados por déficits no desenvolvimento ou diferenças nos processos cerebrais que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, acadêmico e na vida adulta, profissional. Os déficits variam de limitações muito específicas na aprendizagem ou no controle de funções executivas até mesmo prejuízos globais. Os mais prevalentes são: TDAH, TEA, Transtornos de Aprendizagem. ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS: São definidos por anormalidade em um ou mais dos 5 domínios (delírios, alucinações, pensamento e discurso desorganizado, comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal, incluindo catatonia e sintomas negativos). Os mais prevalentes são: Psicótico Breve e Esquizofrenia. TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS: Essa categoria está entre o capítulo sobre transtornos do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos e o capítulo sobre transtornos depressivos, como um reconhecimento de seu lugar como uma ponte entre as duas classes diagnósticas em termos de sintomatologia, história familiar e genética. Os mais prevalentes são: Transtorno Bipolar Tipo 1, Ciclotimia e Transtorno Bipolar Tipo 2. TRANSTORNOS DEPRESSIVOS: A característica comum desses transtornos é a presença de humor triste, sensação de vazio, humor irritável acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade e o funcionamento do indivíduo. Os mais prevalentes são: Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Disruptivo de Desregulação do Humor, Transtorno Disfórico Pré-Menstrual. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE: São persistentes e excessivos, associados a prejuízos sociais, ocupacionais e em outras áreas do funcionamento da vida do indivíduo. Os mais prevalentes são: Fobia Específica, Ansiedade Social. Curiosidade: Fobia Específica é um dos transtornos mais prevalentes. Apesar disso, é o transtorno para o qual menos se busca tratamento já que é mais fácil do indivíduo lidar com ele. Ex: Medo de avião. Só não viajar de avião. TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO E RELACIONADOS: Compartilham componentes de ansiedade como comportamentos repetitivos e compulsivos. E por isso foram agrupados. Os mais prevalentes são: Transtorno da Escoriação, Transtorno Dismórfico Corporal e TOC. 20% dos pacientes que submetem-se à cirurgia de rinoplastia têm transtorno dismórfico corporal. TRANSTORNOS RELACIONADOS A TRAUMAS E ESTRESSORES: Se desenvolvem após um evento da vida extremamente estressante ou traumático. Os mais prevalentes são: TEPT e Transtornos de Adaptação. TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS: São caracterizados por perturbação e/ou descontinuidade na integração normal da consciência, memória, identidade, emoção, percepção, representação corporal, controle motor e comportamento. Podem perturbar todas as áreas do funcionamento psicológico do indivíduo. Os mais prevalentes são: Amnésia Dissociativa, Transtorno

Dissociativo de Identidade e Transtorno de Despersonalização e Desrealização. TRANSTORNOS DE SINTOMAS SOMÁTICOS E RELACIONADOS: Caracterizado por sintomas somáticos perturbadores, sentimentos e comportamentos anormais em relação a resposta desses sintomas. Os mais prevalentes são: Transtornos de Sintomas Somáticos, Transtorno de Sintomas Neurológicos Funcionais, Transtorno de Ansiedade de Doença. TRANSTORNOS ALIMENTARES: Caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação e no comportamento alimentar, que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos que comprometem significativamente a saúde ou o funcionamento psicossocial deste indivíduo. Os mais prevalentes são: PICA, Transtorno de Ruminação, Compulsão Alimentar, Bulimia, Anorexia. TRANSTORNO DA ELIMINAÇÃO: Envolvem a eliminação inapropriada de urina e fezes. Inclui: Enurese e Encoprese. TRANSTORNOS DO SONO/VIGÍLIA: São divididos em duas categorias principais: Dissonias e Parassonias. As Dissonias envolvem dificuldades para dormir o suficiente e as parassonias são caracterizadas pelos acontecimentos comportamentais ou fisiológicos atípicos que ocorrem durante o sono, como pesadelos e sonambulismo. Os mais prevalentes são: Insônia, Hipersonolência, Apneia Obstrutiva do Sono. DISFUNÇÕES SEXUAIS: Caracterizada por indivíduos que têm dificuldade em alcançar um bom desempenho sexual. Os mais prevalentes são: Transtorno do Orgasmo Feminino, Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino, Ejaculação Retardada. DISFORIA DE GÊNERO: Caracterizada por um estado de angústia psicológica significativa causada pela questão da identidade de gênero, que não é um transtorno. Se aplica a crianças, adolescentes e adultos. Estado disfórico/de angústia causado pela identidade de gênero que não é em si um transtorno. A disforia começa na primeira infância e nunca começa na vida adulta. TRANSTORNOS DISRUPTIVOS, DO CONTROLE DOS IMPULSOS E DA CONDUTA: Caracterizados pela falha repetida em resistir a um impulso ou alguma necessidade de realizar um ato que seja recompensador apesar das consequências que geralmente são danosas. Os mais prevalentes são: Transtorno Explosivo Intermitente, Transtorno de Conduta, TOD. TRANSTORNOS RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS E TRANSTORNOS ADITIVOS: Estão associados ao abuso de drogas, medicações para alterar seu modo de pensar, sentir, se comportar. Além do transtorno relacionado a substâncias, também foi incluído o transtorno do jogo. São eles: álcool, cafeína, cannabis, alucinógenos, inalantes, opióides, estimulantes, tabaco. TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS: Abrangem um grupo de transtornos onde o déficit clínico primário está na função cognitiva e são transtornos adquiridos, não são transtornos do neurodesenvolvimento. São transtornos que a pessoa adquire. TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE: É um padrão persistente de emoções, cognições e comportamentos que é difuso e inflexível, resultando em sofrimento duradouro para a pessoa afetada e/ou para os outros. Pode

Especificadores No DSM é indicado pela palavra especificar se. Tem o objetivo de aumentar a especificidade do diagnóstico. Pode ter mais de 1 especificador, não são excludentes. Ex: No transtorno de ansiedade social: “especificar se somente desempenho.” Especificadores de Gravidade Orienta sobre a intensidade, frequência, duração e quantidade dos sintomas. Indica a gravidade que pode ser leve, moderada ou grave. Transtorno Especificado e Transtorno Não Especificado Apresentações diagnósticas que não se encaixam nas categorias de diagnósticos. Especificado: Desenvolvido para permitir que o clínico comunique o motivo específico pelo qual a apresentação daquele quadro clínico não satisfaz os critérios de nenhuma categoria diagnóstica dentro da classe de transtornos. Exemplo: Indivíduo que tem alucinações persistentes. Porém tais alucinações ocorrem na ausência de outros sintomas psicóticos. Isso não é suficiente para satisfazer critério de nenhum quadro de transtorno mental do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. Dessa forma, o profissional registra que o paciente tem Outro Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e ou Outro Transtorno Psicótico Especificado. Em seguida, deve especificar qual é essa característica; por exemplo: “com alucinações auditivas persistentes.” Não especificado: O transtorno não especificado é quando não temos como especificar qual critério o paciente não fecha. Quando não é possível detalhar melhor a especificação e descrever a apresentação clínica. O profissional também pode não especificar o motivo pelo qual os critérios não são satisfeitos dentro de uma categoria de transtorno específica. Seja porque o profissional não tem informações suficientes para isso ou outro motivo. Dessa forma, pode-se dizer que é um transtorno do espectro da esquizofrenia não especificado. Os termos Especificado e Não Especificado fornecem mais flexibilidade diagnóstica. Para que o profissional consiga um direcionamento para o tratamento do paciente mesmo que ele não preencha todos os critérios necessários para se enquadrar num determinado transtorno.

Traço de Personalidade Traços de personalidade são padrões persistentes de percepção, de relacionamento e de pensamento sobre o ambiente e si mesmo que são exibidos em uma ampla variedade de contextos sociais e pessoais. Os traços de personalidade constituem transtornos da personalidade somente quando são inflexíveis e mal-adaptativos, causando prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo significativos. São encontrados em vários graus entre as pessoas e descrevem a frequência de comportamento ao longo do tempo e da vida do indivíduo. Entrevista Diagnóstica na Prática Funções psíquicas que podem afetar o relato do paciente: O relato estará comprometido se o paciente apresentar alterações no juízo de realidade, no pensamento, consciência e linguagem, por exemplo. Para isso o profissional precisa avaliar: Eixo longitudinal: dados referentes à biografia do paciente. Eixo transversal: avaliação do estado mental, relacionado ao estado mental no momento do exame psíquico do paciente. Tempo: A cada sessão o paciente tem um tempo determinado para relatar o que está sendo solicitado. Isso faz com que ele faça recortes do seu relato que precisam ser organizados e agrupados pelo psicólogo depois. Tipos de Entrevista Aberta: Não tem perguntas pré-definidas. Esse tipo de entrevista não é tão usada em uma avaliação inicial. Estruturada: Apresenta uma sequência de perguntas elaboradas em uma ordem determinada que não deve ser modificada. Muita usada em pesquisa. A falta de flexibilidade pode prejudicar o vínculo e a colaboração com o seu paciente. É pouco usada. Semi-Estruturada: Existe o roteiro prévio, as perguntas, mas você é livre para adicionar ou remover perguntas. Regra de ouro: Entrevistados organizados mentalmente, fora de um estado psicótico, podem ser entrevistados de maneira mais aberta. Já pacientes desorganizados, que tem o nível intelectual baixo, ou em estado psicótico, devem ser entrevistados de forma mais estruturada, ou pelo menos semi-estruturada. 10 Passos de uma Entrevista Diagnóstica

  1. Coleta de dados (nome, endereço, telefone, contato para emergência).
  2. Queixa principal do paciente: Anotar com as palavras dele, mesmo que não faça sentido. Se o paciente estiver muito desorganizado, colher as informações junto ao acompanhante.
  3. História da doença atual: Investigar detalhes sobre os sintomas atuais, a natureza desses sintomas, duração, fatores que desencadeiam e que estão associados a esses sintomas.
  4. Histórico psiquiátrico do paciente e da família, histórico de doenças mentais e físicas. Perguntar também sobre o uso de álcool e substâncias psicoativas, se já fumou ou usou algum tipo de droga.
  5. História do desenvolvimento e questões atuais da vida do paciente (trabalho, lazer). Investigar marcos importantes do desenvolvimento infantil e motor. Que idade engatinhou, andou. Questões socioemocionais. Como era na escola. Eventos significativos durante a infância.
  6. Investigar o humor, o afeto. Explorar os estados de humor atuais do paciente. Avaliar esse afeto, a expressão emocional