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CURSO PREPARATÓRIO PARA QUALIFICAÇÃO FBTS
Tipologia: Notas de estudo
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Fundação Este texto complementarBrasileira de Tecnologiaé parte integrante da Soldagem do material | ‐ FBTS on line disponibilizado para o Curso de Inspetor
estabelecido um arco elétrico entre um eletrodo consumível nu alimentado continuamente (arame-eletrodo) e o metal de base, sob a proteção constante de uma atmosfera gasosa (gás de proteção). A atmosfera gasosa pode ser de gás inerte, ativo ou uma mistura dos dois. A representação do processo MIG/MAG é apresentada esquematicamente na figura 1.
Figura 1: Representação esquemática do Processo MIG/MAG.
O metal de adição (arame - eletrodo nu), ao se fundir, é transferido à poça na forma de gotas. As características da transferência quanto à
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forma, quantidade e dimensões das gotas, permitem classificá-las em três tipos: transferência por spray, globular ou curto-circuito.
O gás empregado é injetado durante toda a soldagem, numa vazão pré- regulada, através do bocal da pistola ou tocha de solda. O gás empregado desempenha o papel principal de proteger o metal líquido da poça de fusão e as gotas fundidas do metal de adição contra a contaminação pelo ar atmosférico.
O processo de soldagem MIG/MAG, pode ser semiautomático ou automático. No processo semiautomático o arame-eletrodo é alimentado automaticamente através de uma pistola. O soldador controla a inclinação da pistola conforme os ângulos de trabalho e de deslocamento, o comprimento do arco, a velocidade de deslocamento e a técnica de deposição. No processo automático toda a operação é controlada através de comandos ajustados pelo operador de soldagem.
O processo de soldagem MIG/MAG pode ser empregado tanto para uniões quanto para aplicação de revestimento superficial.
Os fatores que influenciam na transferência do metal depositado para a poça de fusão são:
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Estes gases são apenas alguns exemplos de misturas mais usuais. É importante notar que as mesmas são ricas em Argônio, daí ser possível à obtenção do spray.
Exemplos de gases ou misturas utilizados para obtenção da transferência por curto-circuito e globular são apresentados a seguir:
As principais vantagens da soldagem pelo processo MIG/ MAG são:
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O equipamento para soldagem com o processo MIG/MAG consiste de:
A pistola contém um tubo de contato para transmitir a corrente de soldagem para o eletrodo e um bocal de gás para direcionar o gás de proteção às redondezas do arco e da poça de fusão. O alimentador de
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Figura 3: Equipamento para soldagem pelo processo MIG/MAG.
O escoamento do gás de proteção é regulado pelo fluxímetro e pelo regulador-redutor de pressão. Estes possibilitam fornecimento constante de gás para o bico da pistola a uma vazão pré-ajustada.
A operação de soldagem se inicia quando a ponta do arame mantém contato com a peça e é acionado o gatilho de ignição da pistola. Nesse instante, três eventos ocorrem: (a) o arame é energizado; (b) o arame avança; (c) o gás flui, devido à abertura da válvula solenoide do equipamento. Pode-se, então, iniciar o deslocamento da pistola para a soldagem.
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A maioria das aplicações da soldagem MIG/MAG requer energia com corrente contínua e polaridade inversa. Nesta situação tem-se um arco mais estável, transferência estável, salpico baixo, e cordão de solda de boas características. Corrente contínua de polaridade direta não é usada frequentemente e corrente alternada nunca é utilizada para este processo.
Observação:
Alguns autores utilizam como critério para classificação do processo MIG/MAG, a obtenção ou não da transferência em spray a qual, como vimos anteriormente, está associada diretamente ao gás empregado. Assim, é denominado Processo MIG aquele no qual pode-se realizar a soldagem com os três tipos de transferências: spray, globular e curto- circuito. Enquanto que o processo é denominado MAG nos casos em que soldamos apenas com as transferências dos tipos globular e curto circuito. A AWS, no entanto, engloba os processos MIG/MAG, sem fazer
Os três tipos básicos de transferência de metal de adição (spray, globular e curto-circuito) são de fundamental importância para
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Como ocorre uma violenta separação da gota de metal no momento da sua transferência, isso acaba provocando um nível excessivo de respingos de solda. No caso de transferência por curto-circuito, a taxa de deposição é a menor entre os três tipos de transferência.
O gás de proteção influencia nas características operacionais do arco e na penetração da solda. O gás CO 2 geralmente produz muitos respingos se comparado a um gás inerte (por exemplo o Argônio), mas o CO (^2) promove grande penetração. Para obter um equilíbrio adequado entre incidência de respingos e penetração, misturas de Argônio e CO 2 são frequentemente usadas na soldagem de aços carbono e aços de baixa liga.
A transferência do tipo globular acontece quando se utiliza corrente do tipo (CC+) com valor relativamente baixo. Esse tipo de transferência é caracterizada pela formação de gotas com diâmetro superior ao do eletrodo, que facilmente se desprendem pela ação da gravidade, o que limita essa transferência somente para aplicação na posição plana. Nesse caso, o arco de soldagem deve ser suficientemente longo para permitir o desprendimento das gotas antes que estas encostem na poça de fusão. No entanto, soldas feitas usando alta voltagem e elevado
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comprimento de arco, são frequentemente inaceitáveis por resultar em penetração insuficiente, falta de fusão e reforço excessivo. Essas ocorrências limitam o uso da transferência globular em soldagens de produção.
A figura 5 apresenta a representação esquemática da transferência globular. Nela, pode-se observar a formação da gota (A) e o seu desprendimento para a formação da poça de fusão (B).
Figura 5: Representação esquemática da transferência globular.
A transferência tipo Spray é produzida com gás de proteção rico em Argônio e é possível produzir um spray axial muito estável e sem respingos conforme ilustrado na Figura 6. Isso requer o uso de (CC+)
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Pelo fato do spray ocorrer na condição de elevada intensidade de corrente, a força do arco resultante poderá cortar peças de espessuras muito finas, ao invés de soldá-las. Por isso, o uso do spray somente se aplica acima de determinada espessura.
Por outro lado, a alta taxa de deposição característica do spray, produz um volume de poça de fusão acima do que pode ser suportado para soldagem nas posições verticais e sobre-cabeça, o que na prática restringe o uso do spray somente para a posição de soldagem plana.
As limitações do spray quanto à espessura mínima e posição de soldagem têm sido superadas com emprego de fontes de energia especiais, denominadas fontes a arco pulsado (figura 7).
Figura 7: Característica da corrente de soldagem do arco spray pulsado.
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As fontes de arco pulsado produzem dois níveis de corrente: uma constante (corrente de fundo), que sustenta o arco sem prover energia suficiente para formar gota na ponta do arame; e outra corrente, correspondente a um pico de corrente com amplitude maior que a corrente de transição necessária para a transferência em spray.
A maior parte da soldagem MIG/MAG por spray é feita na posição plana. As soldagens MIG/MAG por arco pulsante e por transferência por curto circuito são adequadas para soldagem em todas as posições. Quando a soldagem é feita na posição sobre-cabeça, são usados eletrodos de diâmetros pequenos com o método de transferência por curto circuito. A transferência por spray pode ser usada com corrente contínua pulsada.
A finalidade principal do gás de proteção na soldagem MIG/MAG é a de excluir a atmosfera do contato com o metal de solda fundido. Isso é necessário porque a maioria dos metais, quando aquecidos aos seus pontos de fusão e em contato com o ar, apresentam fortes tendências de formar óxidos e, numa menor extensão, nitretos. Essas reações são
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Por outro lado, argônio puro não é recomendável para soldagem de metais ferrosos (aços carbono, aços baixa liga, etc.) porque o arco elétrico é errático e existem tendências à formação de mordeduras e ângulo excessivo de reforço do cordão de solda.
São ainda utilizadas misturas com 1 a 5 % de oxigênio e 3 a 25 % de CO 2. Misturas tríplices com 2% de oxigênio e 8 a 10 % de CO (^2) apresentam em geral ótimos resultados.
Nota
Os principais efeitos da adição do oxigênio ao argônio são: aumento da fluidez da poça de fusão, penetração, estabilidade do arco e redução da corrente de transição. Além disso, diminui a tendência a mordeduras.
Adições de CO 2 ao argônio melhora a estabilidade do arco, reduz drasticamente a formação de mordeduras, melhora o formato do cordão e o perfil de penetração, eliminando o formato indesejável do tipo taça que é característico do uso do argônio puro.
O gás CO 2 é um gás reativo muito utilizado na sua forma pura como gás de proteção na soldagem dos aços carbono e baixa liga. Elevadas velocidades de soldagem, grande penetração da junta e baixo custo são características que encorajam extensivamente o uso deste gás. Com o
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CO 2 as transferências metálicas são dos tipos globular e curto-circuito. Devido à natureza oxidante do arco produzido com o CO 2 as propriedades mecânicas da solda poderão ser afetadas, o que é contornado com o emprego de arame-eletrodo com formulação específica, contendo elementos químicos desoxidantes.
A figura 8 apresenta um exemplo do efeito de diferentes gases de proteção no formato do cordão de solda e na penetração.
Figura 8: Efeito do gás de proteção no formato do cordão de solda e na penetração.
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raciocínio sobre os fenômenos envolvidos, tomemos como exemplo, a injeção do dióxido de carbono (CO 2 ) mostrada na figura 9.
Figura 9: Injeção de gás ativo, dióxido de carbono (CO 2 ).
O dióxido de carbono no gás de proteção se dissocia em monóxido de carbono e oxigênio (CO 2 Æ CO + 1/2 O 2 ), propiciando a formação do monóxido de ferro (FeO): Fe + 1/2 O 2 Æ FeO. O monóxido de ferro (FeO), por sua vez, difunde-se e dissolve-se na poça de fusão mediante a seguinte reação:
FeO + C Æ Fe + CO ↑
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Com o resfriamento do cordão de solda, pode não haver tempo suficiente para o desprendimento, a partir da poça de fusão, do monóxido de carbono (CO). Nessa situação, haverá a formação de poro e / ou porosidade no metal de solda.
O problema é resolvido mediante a adição de elementos desoxidantes tal como, o manganês. O manganês reage com o óxido de ferro, dando origem ao óxido de manganês (MnO) o qual, não sendo gás, vai para a escória (FeO + Mn Æ MnO). O manganês, porém, deve ser adicionado somente em quantidade compatível com o FeO formado. Manganês em excesso fará com que parte dele se incorpore à solda, implicando em maior dureza do metal de solda e, portanto, em maior probabilidade de ocorrência de trincas. Em síntese ocorrem as seguintes reações:
Na atmosfera ativa:
CO 2 Æ CO + 1/2 O (^2) Fe + 1/2 O 2 Æ FeO
Quando da transformação líquido/sólido:
FeO + C Æ Fe + CO ↑