



















































































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
O manejo nutricional em coelhos através de probióticos tem por objetivo melhorar sua produtividade ao alcançar o ganho de peso máximo e eficiência alimentar, enquanto também restringe a resistência antimicrobiana e garante o bem-estar do animal.27 de ago. de 2020
Tipologia: Trabalhos
Compartilhado em 17/03/2024
1 / 91
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
ABSTRACT LISTA DE ABREVIATURAS LISTA DE TABELAS
- 1 INTRODUÇÃO GERAL LISTA DE FIGURAS
o
Figura 1 - Vagina pronta para uso (A) e colheita do sêmen (B) 33
Figura 1 - Retículo utilizado para cálculo das proporções volumétricas dos componentes testiculares 74
Figura 2: - Medições realizadas para cálculo dos diâmetros tubulares e as
alturas do epitélio seminífero 74
Tabela 1 - Composição das fezes duras e cecotrofos (valores médios e
faixa de variação) 19
Tabela 2 - Limite de fibra sugerido para elaboração de dietas para coelhos 26
Tabela 1- Composição percentual das dietas experimentais 47
Tabela 2 – Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca
(CDMS) da proteína bruta (CDPB) e da energia bruta (CDEB) de dietas simplificada a base de feno de alfafa e do terço superior da rama da mandioca 48
Tabela 3 – Matéria seca ingerida (MSI) e matéria seca excretada (MSE)
de coelhos alimentados com de dietas simplificadas a base de feno alfafa e do terço superior da rama da mandioca 50
Tabela 4 - Peso vivo aos 35 dias (PV35) e aos 50 dias (PV50), ganho
médio de peso diário (GMPD), consumo médio de ração diário (CMRD) e conversão alimentar (CA) de coelhos de 35 a 50 dias de idade alimentados com dietas simplificadas a base de feno alfafa e do terço superior da rama da mandioca 50
Tabela 5 - Peso vivo aos 70 dias (PV70), ganho médio de peso diário
(GMPD), consumo médio de ração diário (CMRD), conversão alimentar (CA), peso de carcaça (PC) e rendimento decarcaça (RC) de coelhos de 35 a 70 dias de idade alimentados com dietas simplificadas a base de feno alfafa e do terço superior da rama da mandioca 51
Tabela 1 - Composição percentual das dietas experimentais 58
Tabela 2 - Parâmetros avaliados em relação ao sêmen dos coelhos do
experimento nas diferentes dietas 60
Tabela 3 - Morfologia dos espermatozóides dos coelhos nos diferentes
Tratamentos 63
número de animais que as realizaram 64
Tabela 1- Composição percentual das dietas experimentais 72
Tabela 2 - Resultados obtidos nos índices relacionados ao peso dos
animais, peso dos testículos, índices gonadossomáticos, proporções volumétricas de túbulos seminíferos e interstício e índice tubulossomático, nos diferentes tratamentos 77
Tabela 3 - Resultados obtidos nos índices relacionados aos diâmetros dos
túbulos seminíferos, altura do epitélio, comprimento dos túbulos seminíferos e reserva espermática, nos diferentes tratamentos 79
Tabela 4 - População de espermatogônias do tipo A, espermatócitos
primários em pré-leptóteno/leptóteno e em paquíteno, espermátdes arredondadas e células de Sertoli, no estádio 1 do ciclo do epitélio seminífero de testículos de coelhos nos diferentes tratamentos 81
Tabela 5 - Razões entre números corrigidos de células germinativas por
secção transversal de túbulo seminífero no estádio 1 do ciclo
do epitélio seminífero nos coelhos do experimento 83
Four experiments were carried out to evaluate the use of simplified diets the based on forages for rabbits. All experiments were distributed in a randomized design with three treatments (a reference diet and two simplified diets - one containing alfalfa hay and containing cassava upper third foliage hay). In digestibility assay, 45 New Zealand white rabbits 50 days old were distributed in a randomized design with three treatments and 15 replicates. The digestibility coefficients of the dry matter, crude protein and gross energy were 50.56%, 73.29%, and 50.59% for the diet containing alfalfa hay and 29.64%, 46.96%, and 24.52% for simplified diet containing cassava upper third foliage hay. In the performance experiment 90 New Zealand white rabbits from 35 to 70 days of age, were used in a randomized design with three treatments and 30 replicates. Considering the total experimental period (35 from 70 days) the results showed that simplified diets were inferior to the reference diet. Another assay was carried out to evaluate the use of simplified diets the based on forages for semen quality of rabbits. Thirty-three New Zealand rabbits with 7-8 months old were used and 11 replicates. The results for volume, vigor and concentration were, respectively, 0.56 mL, 3.14 and 194.82x10^6 spermatozoa/mL for the animals fed with alfalfa hay. The results for rabbits fed with diet with upper third part of foliage cassava hay were 0.34 mL, 2.27 and 142.94x10^6 spermatozoa/mL (volume, vigor and concentration, respectively). It didnt have statistical differences between the treatments for aspects related to the espermatozoa morphology. The animals that had consumed upper third part of foliage cassava hay diet had presented inferior quality of semen when compared with the animals of the diet reference and the diet with the alfalfa hay base. An experiment was carried to evaluate the use of simplified diets the based on forages on rabbits
testicular morphometry. Fifteen New Zealand rabbits` testicles with 8-9 months old were used and five replicates. The animals had been fed with its respective diets since 30 days old. The results for tubular diameter and height of seminiferous epithelium were 225.78 μm^2 e 80.81 μm, respectively, for the animals fed with alfalfa hay. The results for rabbits fed with diet with upper third part of foliage cassava hay were 208. μm^2 e 65.46 μm for tubular diameter and height of seminiferous epithelium, respectively. The animals that had consumed upper third part of foliage cassava hay diet had presented an inferior tubular development, when compared with the animals of the diet reference and the diet with the alfalfa hay base, in the parameters tubular diameter and height of seminiferous epithelium.
A alimentação dos animais criados de modo intensivo pode representar até 70% do custo de produção destes animais. Assim sendo, o estudo dos alimentos constituintes das dietas dos animais é um processo fundamental para que se tenham resultados desejados na produção animal. Definir o conteúdo de nutrientes efetivamente disponíveis na alimentação animal, bem como apontar alimentos alternativos que não compitam com alimentos utilizados na dieta humana têm sido o foco dos estudos e pesquisas na área da nutrição animal nos últimos anos. Pesquisas vêm sendo desenvolvidas para melhorar as avaliações químicas e os ensaios de laboratório dos princípios nutritivos dos alimentos objetivando a transformação de matérias primas em produtos que forneçam proteína de origem animal seguros ao uso humano e de qualidade superior (Herrera, 2003). O estudo da alimentação e nutrição de coelhos não é exceção a este panorama. Algumas preocupações têm definido as dietas atuais para coelhos. É o caso do bem estar dos animais, bem como sua saúde intestinal; o uso de produtos integrados ao modelo de sustentabilidade ambiental, além da simplificação dos sistemas de alimentação (De Blas et al ., 1998; Xiccato, 1999, Pascual et al ., 2000). Associado a estas preocupações, está o fato de que a redução no custo da alimentação dos animais tem grande importância na viabilização da cunicultura (Michelan, 2004).
Não obstante, a eficiência reprodutiva dos animais é outro fator de relevância na produção animal. Um maior número de animais nascidos por fêmea em um determinado espaço de tempo e um
maior número de fêmeas para cada macho reprodutor (seja monta natural, seja inseminação artificial), forma a base da dinâmica reprodutiva na criação intensiva de animais. Diante dos aspectos mencionados, o presente trabalho propôs um estudo sobre a utilização de dietas simplificadas à base de forragens para coelhos. No capitulo 1 fez-se uma revisão de literatura sobre o assunto. Foram abordados alguns tópicos relacionados a aspectos nutricionais da alimentação e nutrição de coelhos, composição, avaliação e aplicação das forragens utilizadas na elaboração das dietas componentes do trabalho, além dos aspectos reprodutivos de coelhos machos. No capítulo 2 avaliou-se a digestibilidade e o desempenho de coelhos submetidos aos tratamentos das dietas simplificadas. No capítulo 3 foram avaliados aspectos reprodutivos relacionados ao sêmen de coelhos submetidos às mesmas dietas simplificadas. No capítulo 4, abordou- se, em nível histológico, a formação e composição dos túbulos seminíferos dos testículos dos coelhos submetidos aos tratamentos dietéticos em questão.
Tabela 1 - Composição das fezes duras e cecotrofos (valores médios e faixa de variação)*
Componentes Fezes duras Cecotrofos
Matéria seca (g/kg) Proteína Bruta (g/kg - MS) Fibra Bruta (g/kg – MS) Cinzas (g/kg – MS) Na+^ (mmol/kg MS) K+^ (mmol/kg MS) PO2-^ (g/kg MS)
*Adaptado de Santomá et al. (1989)
Portanto, a cecotrofia consiste na “reingestão” do conteúdo cecal, contendo maiores níveis de proteína e água e menores níveis de fibra do que as fezes, diferindo na forma física e processo de formação. É uma estratégia advinda de necessidades elevadas a serem supridas apenas com alimentos fibrosos. É, naturalmente, limitada pela capacidade e velocidade de trânsito no TGI (trato gastrointestinal) (Cheeke, 1987).
As composições das fezes e cecotrofos são influenciadas pela dieta, pois o uso de alimentos fibrosos aumenta a participação da fibra em ambos, na mesma proporção, sendo que os cecotrofos contêm, em média, 60% do conteúdo de fibra das fezes (De Blas, 1984). A composição química dos cecotrofos apresenta alto nível de proteína, aminoácidos essenciais, ácidos graxos voláteis e vitaminas hidrossolúveis, mas menores níveis de fibra do que as fezes duras resultantes do processo fisiológico de seleção de
partículas no ceco – cólon (Lang, 1981; Proto, 1984). Os cecotrofos são tomados diretamente do ânus e deglutidos íntegros, sem ocorrência de mastigação. Estes não se misturam ao conteúdo estomacal e permanecem no estômago até que a camada de muco se desintegre. O pH interno do cecotrofo é mantido entre 6,0 e 6, devido a um sistema tampão, enquanto o pH do conteúdo estomacal gira em torno de 1,0 a 1,5. Durante este período as bactérias continuam fermentando os carboidratos. Após a desintegração da camada de muco seguem-se os processos de digestão normais. Não está bem definido como os coelhos distinguem as fezes duras dos cecotrofos, entretanto existem sugestões de relações com presenças de neuromotores anais e quantidade de ácidos graxos voláteis no material fecal mole, uma vez que estes possuem um odor característico que serviria de estímulo ao consumo (De Blas, 1984).
2.2 Importância da fibra na elaboração de dietas para coelhos
Algumas características ligadas ao processo fisiológico da digestão microbiana, associadas à anatomia cecal dos coelhos, permitem a utilização de quantidades significativas de alimentos volumosos nas dietas dos coelhos, participando em média, de 30% a 50% das dietas comumente elaboradas (Cheeke (1987); Fernandéz-Carmona et al., 1998). Estas quantidades de alimentos volumosos suprem as exigências nutricionais em fibra e regulam o trânsito da digesta pelo intestino dos coelhos, prevenindo diarréias (Laplace, 1978). Devido aos altos níveis de forragens (alimentos volumosos) e, conseqüentemente, à grande quantidade de fibra que constituem as dietas para coelhos, é de suma relevância a elaboração de métodos precisos e de aplicabilidade simples para avaliação de fibra nos alimentos, buscando resultados mais homogêneos entre os laboratórios de avaliação de alimentos (Carabaño et al ., 1997). As primeiras recomendações metodológicas para ensaios de digestibilidade aparente em coelhos, foram publicadas por Pérez et al. (1996), o que representou um grande passo para obtenção de métodos e técnicas padronizadas para avaliação nutritiva dos alimentos. Ferreira et al. (1995) reuniram dados brasileiros sobre procedimentos experimentais e predição do valor nutritivo dos alimentos. Verificaram que as informações sobre alimentos como feno de alfafa, farelo de trigo, farelo de soja e milho, comumente usados no Brasil e na Europa, apresentavam valores semelhantes nas tabelas européias.
2.2.1 Conceito de Fibra dietética
O conceito de fibra dietética tem sido periodicamente revisado e se estende aos estudos relacionados à nutrição humana e aos demais mamíferos (Hispley,1953; Burkitt et al. , 1972; Trowell, 1974; De Viries e Rader, 2005), se define como os componentes do alimento resistentes à degradação por enzimas dos mamíferos e a absorção no intestino, podendo ser fermentados de modo parcial ou total no trato intestinal.
2.2.2 Composição da Fibra
Os constituintes da parede celular das plantas formam o que se considera a fibra presente nestas plantas (alimentos). Os polissacarídeos que formam a estrutura da parede celular das plantas são polímeros de pentoses (arabinose e xilose) e hexoses (glicose, frutose e galactose). Estas unidades básicas combinadas dão origem a dois grupos principais, β-glicanos (celuose) e heteroglicanos (pectinas e hemiceluloses), são também chamados de polissacarídeos não amiláceos. Estes carboidratos, juntamente com as ligninas (polímeros aromáticos de ésteres fenólicos) formam as frações principais da fibra ; parte do alimento que não pode ser digerida pelas enzimas digestivas dos animais, mas são susceptíveis à degradação microbiana no intestino. Assim sendo, a fibra dietética (parede celular vegetal), é constituída, quimicamente, de polissacarídeos estruturais fibrosos como celulose e hemiceluloses (associados a substâncias pécticas), além de substâncias como ligninas, sílica, ácido fítico, cutina e taninos (Saliba et al ., 2000).