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Responsável pelo POP e pela atualização: Membros permanentes do NEPEN e Diretoria de. Enfermagem. Objetivo: Realizar a técnica de curativo auxiliando o ...
Tipologia: Notas de aula
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Elaborado por: Djeimis Willian Kremer, Jaçany A. Borges Prudente, Roselene Marques e Milene R Flores Data da criação: 21/06/2014 e 04/08/ Revisado por: Membros permanentes do NEPEN Data da revisão: 07/08/ Data da 2° revisão: 13/11/ Aprovado por: Diretoria de Enfermagem Data da aprovação: 13/11/ Local de guarda do documento: Rede/obelix/POP e impresso Responsável pelo POP e pela atualização: Membros permanentes do NEPEN e Diretoria de Enfermagem Objetivo: Realizar a técnica de curativo auxiliando o organismo a promover a cicatrização, eliminando os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização da lesão, diminuindo infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos adequados. Setor: Setores Assistenciais Agente(s): Equipe de enfermagem.
1. CONCEITO É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação ou infecção. 2. FINALIDADES
A sistematização do tratamento de feridas ocorre por meio de ações simples que visam remover as barreiras que impedem a cicatrização. Essas barreiras são expressas na palavra TIME, onde cada letra significa uma barreira a ser removida da lesão. As letras da sigla TIME referem-se às palavras inglesas tissue (tecido não viável), infection (infecção/inflamação), moisture (manutenção do meio úmido) e edge (epitelização das bordas da lesão). São quatro componentes da cicatrização da ferida importantes na preparação do leito e na orientação das decisões terapêuticas dos profissionais. Para atingir um bom resultado em termos de cicatrização, é preciso observar esses quatro princípios, sendo necessário que cada um deles apresente um status adequado para que seja possível a progressão do processo cicatricial. T (Tecido inviável) - Para o preparo da ferida, é necessário avaliar as condições do tecido. Se ele estiver inviável, necrótico ou deficiente, é recomendável realizar o desbridamento, que pode ser instrumental, autolítico, enzimático, mecânico ou biológico. O desbridamento tem a finalidade de remover o tecido desvitalizado, restaurar a base da ferida e da matriz extracelular e obter tecido viável no leito da ferida. I (Infecção ou inflamação) - Trata-se aqui do tecido com alta contagem bacteriana ou inflamação prolongada, com número elevado de citocinas inflamatórias. Atividade das proteases e baixa atividade dos fatores de crescimento são prejudiciais para a cicatrização. Nessa situação é necessário realizar a limpeza da ferida e avaliar as condições tópicas sistêmicas e o uso de anti-inflamatórios e antimicrobianos. M (Manutenção da umidade) - Para que ocorra a cicatrização, é necessário o equilíbrio da umidade da ferida. Enquanto o leito da ferida ressecado ocasiona uma migração lenta das células epiteliais, o excesso de exsudato também é prejudicial, pois pode provocar maceração da margem e da pele perilesional. Nessas condições, é preciso estimular a migração das células epiteliais, para evitar ressecamento e maceração, e controlar o edema e o excesso de fluidos. E (Epitelização das bordas) – É a situação em que, no processo de cicatrização, há progressão da cobertura epitelial a partir das bordas. Quando não há migração de queratinócitos, as células da ferida não respondem; há matriz extracelular, mas a atividade das proteases é anormal. Nesse caso, deve-se avaliar todo o processo, observando as causas e optando por uma das terapias corretivas, que poderá ser desbridamento do tecido morto, enxerto de pele no local, uso de agentes biológicos e terapias adjuntas. Com o uso das terapias adequadas, ocorre a migração de queratinócitos e resposta das células, com restauração apropriada do perfil de proteases, cujo resultado é o avanço da margem da ferida. 4.3 Tratamento da ferida No tratamento das feridas, além dos fatores locais, existem fatores sistêmicos que podem afetar o processo de recuperação da pele e dos tecidos, como a idade, a imobilidade, o estado nutricional, as doenças associadas e o uso de medicamentos contínuos, principalmente drogas imunossupressoras. Entre os fatores locais que afetam o processo, destacam-se a localização anatômica da ferida e a presença de infecção e de tecido desvitalizado.
O tratamento da ferida envolve a avaliação das condições clínicas do paciente, o uso de analgésicos, o cuidado com o curativo e o desbridamento do tecido inviável. Também é necessária a avaliação diária da evolução da ferida no sentido de continuar ou modificar as condutas até então estabelecidas. 4.4 Tipos de curativos O Tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza, a localização e o tamanho da ferida. Em alguns casos é necessária uma compressão, em outros lavagem exaustiva com solução fisiológica e outros exigem imobilização com ataduras. Nos curativos em orifícios de drenagem de fístulas entéricas a proteção da pele sã em torno da lesão é o objetivo principal. Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável. Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir enfisema, e formação de crosta. Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e ajudar na aproximação das extremidades da lesão. Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc são exemplos deste tipo de curativo. Normalmente, os curativos são divididos em primários, quando usados em contato direto com o tecido lesado, e secundários, quando colocados sobre o curativo primário. Alguns curativos requerem a utilização de cobertura secundária para manter a umidade adequada. São vantagens do meio úmido:
Feridas infectadas; Feridas cavitárias; Feridas muito exsudativas. Frequência de troca: A cada 3 a 7 dias, conforme características da ferida. 4.6.5 Papaína Composição: Complexo de enzimas proteolíticas retiradas do látex do mamão papaia ( Carica papaia ). Ação: Provoca dissociação das moléculas de proteína, resultando em desbridamento químico; É bactericida e bacteriostático; Estimula a força tênsil das cicatrizes; Acelera o processo de cicatrização. Indicação: Tratamento de feridas abertas; Desbridamento de tecidos desvitalizados. Contraindicação Pele íntegra; Ferida operatória fechada; Na presença de tecido de granulação; Contato com metais, devido ao poder de oxidação. Frequência de troca: Uma vez ao dia; A cobertura secundária, conforme saturação. 4.6.6 Gaze não aderente e não impregnada Composição: Tecido de 100% viscose. Ação: Protege a ferida; Preserva o tecido de granulação; Evita aderência ao leito da ferida. Indicação: Necessidade de evitar a aderência do curativo ao leito da ferida, resultando numa troca sem dor e com proteção do tecido; Cobertura primária na ferida aberta. Contraindicação: Feridas com secreção purulenta e com muito exsudato; Feridas fechadas. Frequência de troca: A cada troca de curativo. 4.6.7 Apósito absorvente Composição: Compressa não aderente de acrílico e rayon de viscose altamente absorvente que tem em um de seus lados um filme muito fino de poliéster perfurado, que garante a absorção e impede a aderência à ferida. Ação: Tem baixa aderência e alta absorção; É confortável e minimiza a dor na hora da troca. Indicação: Feridas em que é preciso evitar a aderência do curativo, para ele poder ser mantido por 48 a 72 horas. Contraindicação: Feridas com secreção purulenta.
Frequência de troca: Sempre que necessário; A cobertura secundária, conforme saturação. 4.6.8 Curativo absorvente com prata Composição: Curativo estéril com alta capacidade de absorção, com espuma de poliuretano Sua formulação combina prata iônica e alginato de cálcio. Ação: Promove meio úmido ideal para processo de cicatrização; Não adere na ferida; É fácil de aplicar e retirar; Tem efetividade antimicrobiana por até 7 dias. Indicação: Feridas de espessura parcial a total, infectadas, não infectadas, úlceras venosas e áreas doadoras de enxerto. Contraindicação: Feridas pouco exsudativas. Frequência de troca: A cada 48 - 72 horas, conforme saturação; Aplicar com a matriz de prata (superfície escura) em contato com a ferida. 4.6.9 Ácidos Graxos essenciais Composição: Triglicerídeos de Ácidos Cáprico e Caprílico, Óleo de girassol clarificado, Lecitina, Palmitato de retinol, Acetato de Tocoferol e Alfa-Tocoferol. Ação: Protege, hidrata o leito da ferida, restaura a pele na formação de tecido de granulação. Indicação: Ferida em fase de granulação, sem infecção; Prevenção e tratamento das UP de graus I, II e III; Tratamento de feridas crônicas ou agudas na ausência de processos infecciosos. Contraindicação: Pacientes com conhecida sensibilidade a algum dos componentes do produto. Frequência de troca: A cada troca de curativo. 4.6.10 Carvão ativado Composição: carvão ativado com prata composto por um envoltório de não tecido e um tecido de carvão ativado impregnado com 25 μg/cm2 de prata. Ação: Tem ação de absorção bactericida e desodorizante. Indicação: Feridas exsudativas, limpas ou infectadas, crônicas ou agudas, superficiais ou profundas e com odor desagradável, como carcinomas fúngicos, feridas ulcerativas traumáticas e deiscências cirúrgicas. Contra-indicação: Pacientes com conhecida sensibilidade a algum dos componentes do produto. Frequência de troca: A cada 24-48h. 4.6.11 Pasta hidrocoloide Composição: hidrocoloides naturais (gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica). Ação: Interage com o exsudato da ferida formando um meio úmido que favorece o processo de cicatrização, propiciando o desbridamento autolítico; e permitindo a remoção não traumática do curativo, sem danificar os tecidos recém-formados. Indicação: Tratamento de úlceras de pele exsudativas, incluindo feridas profundas. Contra-indicação: Pacientes com conhecida sensibilidade a algum dos componentes do produto; Úlceras decorrentes de processos infecciosos como tuberculose, sífilis, infecção por fungos. Frequência de troca: A cada 48 horas;
evitando a troca constante de curativos (mais conveniente e econômico); Não necessita ser retirado antes das reaplicações.
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO 5.1 Normas gerais
1. Manual de curativos Santa casa de Misericódia de Goiânia. Disponível em: http://www.santacasago.org.br/rotinas/ccih_manual_de_curativos.pdf. acesso em 21/07/2014.