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Crônica A Crônica é um tipo de texto narrativo curto ..., Notas de aula de Cultura

Além de ser um texto curto, possui uma vida curta, ou seja, as crônicas tratam ... abordado, um fato curioso, uma situação engraçada ou absurda que dará o ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Maracana85
Maracana85 🇧🇷

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Crônica
A Crônica é um tipo de texto narrativo curto, geralmente produzido para meios de
comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.
Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de
acontecimentos corriqueiros do cotidiano.
Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso,
com o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, fica fora do contexto.
No Brasil, a crônica tornou-se um estilo textual bem difundido desde a publicação dos
"Folhetins" em meados do século XIX.
Principais Caraterísticas
Narrativa curta
Linguagem simples e coloquial
Poucos personagens, se houver
Espaço reduzido
Acontecimentos cotidianos
Tipos de Crônica
Embora seja um texto que faz parte do gênero narrativo, (com enredo, foco narrativo,
personagens, tempo e espaço) há diversos tipos de crônicas que exploram outros gêneros
textuais.
Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas, temos:
Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da atualidade são as crônicas chamadas
de “crônicas jornalísticas” produzidas para os meios de comunicação, onde utilizam
temas da atualidade para fazerem reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa.
Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com
personagens, tempo e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa.
Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela para o humor como forma de entreter o
público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial
para criticar alguns aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc.
Importante destacar que muitas crônicas podem ser formadas por dois ou mais tipos, por
exemplo: uma crônica jornalística e humorística.
O que é uma crônica jornalística?
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Crônica

A Crônica é um tipo de texto narrativo curto, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.

Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.

Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso, com o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, fica fora do contexto.

No Brasil, a crônica tornou-se um estilo textual bem difundido desde a publicação dos " Folhetins " em meados do século XIX.

Principais Caraterísticas

 Narrativa curta  Linguagem simples e coloquial  Poucos personagens, se houver  Espaço reduzido  Acontecimentos cotidianos

Tipos de Crônica

Embora seja um texto que faz parte do gênero narrativo, (com enredo, foco narrativo, personagens, tempo e espaço) há diversos tipos de crônicas que exploram outros gêneros textuais.

Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas, temos:

 Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da atualidade são as crônicas chamadas de “crônicas jornalísticas” produzidas para os meios de comunicação, onde utilizam temas da atualidade para fazerem reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa.  Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com personagens, tempo e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa.  Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela para o humor como forma de entreter o público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial para criticar alguns aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc. Importante destacar que muitas crônicas podem ser formadas por dois ou mais tipos, por exemplo: uma crônica jornalística e humorística.

O que é uma crônica jornalística?

O jornalismo e a crônica têm uma base em comum: a realidade, o cotidiano. No entanto, enquanto o jornalismo tem o dever de manter-se fiel à realidade, muitas vezes utilizando uma linguagem objetiva e transmitindo informações sem opinar sobre elas, a crônica permite uma liberdade muito maior ao autor, que tem "permissão" para fantasiar sobre acontecimentos e para manifestar suas opiniões e sentimentos acerca de algum tema.

Sendo assim, a crônica jornalística é um gênero híbrido que se caracteriza por relatar de maneira ordenada e detalhada certos fatos ou acontecimentos. Da mesma forma que um ensaio ou posts de um blog, a crônica é um texto de não-ficção bastante utilizado em jornais ou na internet. Por isso, as crônicas jornalísticas são escritas em um estilo adequado para captar um público amplo, que busca uma informação completa acerca de um fato narrado.

A crônica jornalística é um texto particularmente popular no Brasil. Grandes nomes da nossa literatura, como Clarice Lispector, Machado de Assis e Nelson Rodrigues, trabalharam diretamente com esse gênero.

Qual é a diferença entre uma crônica jornalística e a notícia?

A principal diferença entre a crônica jornalística e a notícia é que a última se limita em descrever certa informação. Já a crônica vai além, colocando ênfase na forma ou no estilo em que está relatada. Os cronistas procuram oferecer uma história completa sobre o fato ocorrido, levando em consideração a opinião e a visão do jornalista que a escreve.

Quais temas podem ser abordados em uma crônica jornalística?

A princípio, qualquer assunto pode ser tema de uma crônica jornalística, desde que tenha a ver com o cotidiano. Muitas vezes, um acontecimento banal serve de pontapé inicial para discussões mais profundas, ainda que sejam tratadas com leveza no texto.

Dentro do gênero crônica jornalística, três grandes temas se destacam: política, comportamento e esportes. Esses assuntos podem ser tratados com humor ou com seriedade. Muitas vezes, os autores recorrem também à fantasia e ao absurdo para manifestar sua indignação em relação a algo.

Quais são as características do texto?

A crônica jornalística tem algumas características próprias. São elas:

Público amplo

Assim como os jornais, as crônicas jornalísticas são destinadas a um grupo de leitores bastante heterogêneo, composto por pessoas de diversas regiões, níveis de educação e classes sociais. Por isso, o autor deve sempre tomar uma série de cuidados para garantir que o texto será compreendido por todos.

Narrativa

Crônicas jornalísticas são sempre construídas com base em acontecimentos. Por isso, são sempre narrativas, compostas por um relato que deve contar de forma detalhada, objetiva e sequencial algum fato, chamando a atenção dos leitores para o acontecimento.

Linguagem simples

quisesse entrar na política acabava senador só com o voto da zona norte; e é todo meu, batata, cem por cento, vai me dar pelo menos mil votos. Você veja, poxa, eu estou eleito sem contar mais nada, sem falar no pessoal do cais do porto, nem postalistas, nem professoras primárias, que só aí, só de professoras, vai ser um xuá, você sabe que minha mãe e minha tia são diretoras de grupo. Agora bote choferes, garçons, a turma do clube de xadrez e a colônia pernambucana como é que é!

“E o Centro Filatelista? Sabe quantos filatelistas tem só no Rio de Janeiro? Mais de quatro mil! E nesse setor não tem graça, o papai aqui está sozinho! É como diz o Gonçalves: sou o candidato do olho-de-boi!

“E fora disso, quanta coisa! Diretor de centro espírita, tenho dois. E o eleitorado independente? E não falei do meu bairro, poxa, não falei de Copacabana, você precisa ver como ela em casa, o telefone não pára de tocar, todo mundo pedindo cédula, cédula, até sujeitos que eu não vejo há mais de dez anos. E a turma da Equitativa? O Fernandão garante que só lá tenho pelo menos trezentos votos. E o Resseguro, e o reduto do Goulart em Maria da Graça, o pessoal do fórum… Olhe, meu filho, estou convencido de que fiz uma grande besteira: eu devia ter saído era para deputado!”

Passei uma semana sem ver meu amigo candidato; no dia 30 de setembro, três dias antes das eleições, esbarrei com ele na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, todo vibrante, cercado de amigos; deu-me um abraço formidável e me apresentou ao pessoal: “este aqui émeu, de cabresto!”

Atulhou-me de cédulas.

Meu caro candidato:

Você deve ter notado que na 122ª seção da quinta zona, onde votei, você não teve nenhum voto. Palavra de honra que eu ia votar em você; levei uma cédula no bolso. Mas você estava tão garantido que preferi ajudar outro amigo com meu votinho. Foi o diabo. Tenho a impressão de que os outros eleitores pensaram a mesma coisa, e nessa marcha da apuração, se você chegar a trezentos votos ainda pode se consolar, que muitos outros terão muito menos do que isso. Aliás, quem também estava lá e votou logo depois de mim foi o Gonçalves dos selos.

Sabe uma coisa? Acho que esse negócio de voto secreto no fundo é uma indecência, só serve para ensinar o eleitor a mentir: a eleição é uma grande farsa, pois se o cidadão não pode assumir a responsabilidade de seu próprio voto, de sua opinião pessoal, que porcaria de República é esta?

Vou lhe dizer uma coisa com toda franqueza: foi melhor assim. Melhor para você. Essa nossa Câmara Municipal não era mesmo lugar para um sujeito decente como você. É superdesmoralizada. Pense um pouco e me dará razão. Seu, de cabresto, o Rubem.

Proposta de Redação

Tema: Crônica – As diferentes visões do amor nos dias de hoje.

Os textos motivadores abaixo falam sobre a diversidade encontrada nas relações amorosas. Sendo um retrato da sociedade moderna e do cotidiano das pessoas, nada melhor do que uma crônica para ilustrar essas questões. Pensando nisso, construa uma pequena crônica abordando as diferentes visões do amor nos dias de hoje. Para tal, crie personagens e um enredo crítico sobre o tema.

TEXTO I

“Por mais que a gente se considere cabeça aberta, a nova série do GNT, Amores Livres, causa alguma perturbação, pois ela arromba (com delicadeza) o quartinho dos fundos onde armazenamos nossas convicções e nos apresenta um mundo com o qual a gente pouco convive: o da liberalidade absoluta. Os puritanos rangerão os dentes e apontarão o dedo, denunciando: é imoral! Não é. É amoral. Outra história.

O sujeito imoral está em desacordo com as regras de conduta. Age contra princípios éticos (caso do médico especialista em fertilização que foi condenado por estupro de pacientes, por exemplo). Já o amoral é destituído de senso moral. Não é contra nem a favor de nada. Cria as próprias regras sem querer provocar ninguém.

Amores Livres, no meu entender, é amoral – o que eleva a discussão, não fica na dicotomia entre certo e errado. No primeiro episódio, apresentou a relação amorosa de um homem e duas mulheres que formam um trio fiel entre si: eles estão fechados num arranjo particular. Não é fácil. São criticados pelos amigos. Desprezados pela família. Mas é assim que se sentem plenos, realizando seus desejos a três.

Se não é fácil para eles, que assim escolheram viver, para nós, adeptos das relações convencionais, é ainda mais embaraçoso. Nossas fantasias secretas estão ali, sendo experimentadas a céu aberto por pessoas que vivem no bairro vizinho, com quem cruzamos diariamente no supermercado. Não há como não se impressionar com o desprendimento deles ao abrirem sua experiência num programa de televisão – que, diga-se, não é trash. As entrevistas são conduzidas por João Jardim, cineasta sensível e mestre em documentários. Me senti grata por permitirem que eu espiasse pelo buraco da fechadura e conhecesse de perto a intimidade de desconhecidos e sua coragem em desafiar conceitos monogâmicos.

Tive uma amiga que viveu essa experiência. Ela já faleceu e nunca conversamos abertamente sobre esse assunto, o que hoje lamento. Ela sabia que a situação me desestabilizava. Eu ficava dividida entre o espanto e a admiração: o preconceito me atormentava de um lado, mas a autenticidade dela me comovia. Assistindo a Amores Livres, desejei muito que ela estivesse viva para assistir a esse programa que, de certa forma, ajudaria a fazê-la se sentir menos excluída e que me incentivaria a tocar no assunto a fim de entender sua escolha. Porque é para isso que servem esses projetos ousados: para conversarmos a respeito e ampliar as fronteiras da compreensão.

Hoje à noite irá ao ar o segundo episódio. Agarre-se nos braços da poltrona e mantenha as mãos controladas, sem apontar dedos. Disponha-se a aceitar que o que parece devasso pode ser apenas a manifestação de uma pureza extrema.”

é a marca. Esta liberdade, evidentemente, demanda responsabilidade: somos responsáveis uns pelos outros, e o limite da satisfação de nosso desejo é o consentimento do outro, o que se configura como regra inegociável.

Se você vive uma grande paixão, estilo “novela”, você pode e não precisa se sentir doente ou culpado(a). Se você tem uma amizade especial, na qual o que predomina é a admiração intelectual com uma pitada de sexo, ótimo! O fundamental é descobrir qual é o seu jeito de viver o amor, de verdade, sem ter que seguir modelos obrigatórios. Às vezes, descobrir isso é o trabalho de toda uma vida!”

Liberdade para viver o amor do seu jeito. DODSWORTH, Alexey. Disponível em: http://www.personare.com.br/liberdade-para-viver-o-amor-do-seu-jeito-m3584