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Guias e Dicas
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Bacterioscopia vaginal para diagnóstico de vulvovaginites em mulheres do PSF em Campo Gran, Notas de estudo de Diagnóstico

Esta monografia avalia a eficácia da bacterioscopia de secreção vaginal no diagnóstico de vulvovaginites em mulheres assistidas pelo psf, equipe azul da unidade mista de saúde silvia regina em campo grande/ms. A pesquisa é baseada em análises laboratoriais de secreção vaginal e observações de enfermeiras durante a coleta de amostras de mulheres sintomáticas e assintomáticas.

O que você vai aprender

  • Qual é a prevalência de diferentes agentes etiológicos de vulvovaginites em Campo Grande/MS?
  • Como a bacterioscopia de secreção vaginal pode ser integrada à rotina do exame ginecológico?
  • Como as observações de enfermeiras durante a coleta de amostras podem contribuir para o diagnóstico de vulvovaginites?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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CRISTINA BARBOSA DOS SANTOS DE FREITAS
A BACTERIOSCOPIA NA ROTINA DO EXAME GINECOLÓGICO DAS
MULHERES ASSISTIDAS PELO PSF SILVIA REGINA, CAMPO GRANDE/MS.
CAMPO GRANDE
2003
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Baixe Bacterioscopia vaginal para diagnóstico de vulvovaginites em mulheres do PSF em Campo Gran e outras Notas de estudo em PDF para Diagnóstico, somente na Docsity!

CRISTINA BARBOSA DOS SANTOS DE FREITAS

A BACTERIOSCOPIA NA ROTINA DO EXAME GINECOLÓGICO DAS

MULHERES ASSISTIDAS PELO PSF SILVIA REGINA, CAMPO GRANDE/MS.

CAMPO GRANDE

CRISTINA BARBOSA DOS SANTOS DE FREITAS

A BACTERIOSCOPIA NA ROTINA DO EXAME GINECOLÓGICO DAS

MULHERES ASSISTIDAS PELO PSF SILVIA REGINA, CAMPO GRANDE/MS.

Monografia apresentada à Escola de Saúde Pública “Drº Jorge David Nasser” da CoordenadoriaRecursos Humanos em Saúde Coletiva da de Desenvolvimento de Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, como requisito para obtenção do título de Especialista em Saúde da Família.. Orientadora: Profª Drª Sandra Lúcia Arantes.

CAMPO GRANDE

AGRADECIMENTOS

  • Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na pessoa do senhor Magnífico Reitor Profº Manoel Catarino Paes Peró e do Pró-Reitor de Pesquisa e Pós Graduação Profº Amaury da Silva.
  • À senhora Secretaria Municipal de Saúde Drª Beatriz Figueiredo Dobashi pela oportunidade de realizar esta Especialização;
  • À Profª Drª Sandra Lúcia Arantes, orientadora desta monografia;
  • À Diretora, Bioquímicos e toda a equipe do Laboratório Central Municipal de Campo Grande pelas análises dos exames de bacterioscopia;
  • À Coordenadoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos em Saúde Coletiva da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul.
  • A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desta pesquisa, principalmente as mulheres.
  • Aos meus pais, marido e amigos, pelo incentivo constante na concretização desta vitória profissional.

RESUMO

Sabendo que, no município de Campo Grande/MS, na rotina do atendimento ginecológico, dispõem-se de apenas do exame de colpocitologia oncológica para o diagnóstico das vulvovaginites (DST), esta monografia teve como objetivo avaliar a eficácia da bacterioscopia de secreção vaginal no diagnóstico de vulvovaginites em mulheres assistidas pelo PSF, equipe Azul da Unidade Mista de Saúde Silvia Regina. Realizou-se a coleta de amostra de secreçãovaginal de 100 mulheres (47 assintomáticas e 53 sintomáticas) no mês de agosto/2003. Todas as mulheres foram submetidas a anamnese, exame físico geral e exame ginecológico. A idade das mulheres variou dos 15 aos 77 anos. A amostra se caracterizou por mulheres que possuem um relacionamento estável (82% com parceiro fixo) e com o primeiro grau incompleto (50%). Comfreqüentemente relatados pelas mulheres sintomáticas foram: corrimento vaginal, 44 (83%); relação às queixas e sintomas anotados pela pesquisadora, os sintomas mais dor em baixo ventre, 25 (47%); prurido vulvo-vaginal, 19 (36%); dispareunia, 12 (23%) e, menos freqüentes disúria, 07 (13%) e mau cheiro vaginal, 05 (9,5%). O aspecto mais observado foi a de coloração esbranquiçada, homogênea, sem odor fédido e colo uterino sem alterações. Microorganismo patogênico identificado com maior freqüência foi a vaginalis , em 65% dos casos. Destes, 13 casos (100%) diagnosticados pela bacterioscopia Gardnerella (GRAM) entre as quais, 07 estão no grupo das mulheres assintomáticas. O método de Papanicolaou detectou 03 casos e, somente, 02 no grupo das assintomáticas. Um caso de tricomoníase foi detectado no grupo das sintomáticas pelo método de Papanicolaou. Acandidíase foi detectada apenas no grupo das sintomáticas (06 casos, sendo que, 02 casos não coincidiram nos dois exames: 01 foi diagnosticado pelo “preventivo” e outro somente pela bacterioscopia). Os resultados destacam a utilização de outros métodos diagnósticos para as vulvovaginites, haja vista a efetividade às ações do Programa de Saúde da Família (PSF), é muito importante que os agentes etiológicos sejam adequadamente identificados para que sepossa interromper a cadeia de transmissão.

Palavras chave: saúde da família, bacterioscopia e preventivo.

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Relação dos sinais observados pela enfermeira durante a coleta de secreção vaginal das mulheres sintomáticas, em relação ao diagnóstico laboratorial de Trichomonas vaginalis , em Campo Grande/MS, 2003 ................................................................................. 27 Quadro 02 – Relação dos sinais observados pela enfermeira durante a coleta de secreção vaginal das mulheres sintomáticas, em relação ao diagnóstico laboratorial de Gardnerella vaginalis , em Campo Grande/MS, 2003 ................................................................................. 28 Quadro 03 – Relação dos sinais observados pela enfermeira durante a coleta de secreção vaginal das mulheres sintomáticas, em relação ao diagnóstico laboratorial de Candida albicans /leveduras, em Campo Grande/MS, 2003 .................................................................. 30 Quadro 04 – Relação dos sinais observados pela enfermeira durante a coleta de secreção vaginal das mulheres assintomáticas, em relação ao diagnóstico laboratorial de Gardnerella vaginalis , em Campo Grande/MS, 2003 ................................................................................. 31 Quadro 05 – Resultado do exame de secreção vaginal pelo método de Papanicolaou, das mulheres assintomáticas participantes da pesquisa, em Campo Grande/MS, 2003 ................ 35 Quadro 06 – Resultado do exame de secreção vaginal pelo método de Papanicolaou, das mulheres sintomáticas participantes da pesquisa, em Campo Grande/MS, 2003 ................... 36 Quadro 07 – Mulheres assintomáticas, segundo a ocorrência simultânea de germes aeróbios, no resultado de bacterioscopia de secreção vaginal, das mulheres assistidas pelo PSF equipe Azul, em Campo Grande/MS .................................................................................................. 37 Quadro 08 – Mulheres sintomáticas, segundo a ocorrência simultânea de germes aeróbios, no resultado de bacterioscopia de secreção vaginal, das mulheres assistidas pelo PSF equipe Azul, em Campo Grande/MS .................................................................................................. 38

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Mulheres sintomáticas e assintomáticas segundo, a situação marital, das pacientes participantes da pesquisa, em Campo Grande/MS, 2003 ....................................................... 24 Tabela 02 – Grau de escolaridade das mulheres sintomáticas e assintomáticas segundo o estado civil, das pacientes participantes da pesquisa, em Campo Grande/MS, 2003 ............. 24 Tabela 03 – Cor da secreção vaginal observada pela enfermeira durante o exame ginecológico do grupo estudado, em Campo Grande/MS, 2003......................................................................................................................................... 24 Tabela 04 – Aspecto da secreção vaginal observada pela enfermeira durante o exame ginecológico do grupo estudado, em Campo Grande/MS, 2003 ........................................... 25 Tabela 05 – Odor fédido da secreção vaginal observada pela enfermeira durante o exame ginecológico do grupo estudado, em Campo Grande/MS, 2003 ........................................... 25 Tabela 06 – Aspecto do colo uterino observado pela enfermeira durante o exame ginecológico do grupo estudado, em Campo Grande/MS, 2003......................................................................................................................................... 25 Tabela 07 – Tabela comparativa dos resultados laboratoriais em relação às vulvovaginites do grupo estudado, em Campo Grande/MS, 2003 ...................................................................... 31

1 INTRODUÇÃO

Os corrimentos vaginais são, comumente, as principais queixas das mulheres atendidas em unidades de saúde onde é realizada a coleta de material para o exame ginecológico. Estes sinais e sintomas, também conhecidos como síndromes, geralmente responsáveis pelas vulvovaginites por interferirem no relacionamento entre os parceiros e pertencerem ao grupo das doenças sexualmente transmissíveis (DST), são considerados um grande problema de saúde pública. Diante destas considerações, podemos apontar como uma das prioridades do enfermeiro na atenção à saúde da mulher a prevenção e a identificação precoce das vulvovaginites, de modo a oferecer tratamento adequado a cada especificidade de acometimento. Para isto, a equipe de Saúde da Família, deve ter à disposição materiais suficientes e adequados para identificar estas síndromes e assim, interromper a cadeia de transmissão. Contudo, observa-se que, para o diagnóstico dessas doenças, nas unidades básicas de saúde e unidades de Saúde da Família da Secretaria Municipal de Campo Grande (SESAU), é realizado apenas a coleta de material de secreção vaginal para o exame de citologia oncológica, não sendo padronizado nenhum outro método diagnóstico para as vulvovaginites. Conseqüentemente, o exame de citologia oncológica é usado indiscriminadamente e, em alguns casos, os agentes etiológicos não são adequadamente identificados. Brasil (1999), relata que muitas técnicas laboratoriais existentes para detectar as DST não apresentam a sensibilidade e especificidade satisfatória. Poucas unidades são capazes de oferecer resultados de testes conclusivos no momento da consulta. Além disso, o sistema público de saúde do Brasil, apresenta reduzidas condições para a realização dos exames e freqüentemente os técnicos responsáveis estão desmotivados e/ou despreparados.

Conseqüentemente, além da busca de atendimentos em locais inadequados, algumas das síndromes, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até o óbito. Mediante esta situação, nos propomos a realizar, além do exame preventivo, a coleta de amostra de secreção vaginal para o exame de bacterioscopia (coloração de GRAM) de todas as mulheres que compuseram a amostra do estudo, assistidas pelo PSF Equipe Azul da Unidade Mista de Saúde Silvia Regina, para melhorar o diagnóstico das vulvovaginites nesta população, demonstrar a eficácia da bacterioscopia e da assistência de enfermagem a essa população.

(RAMIM, MARBERRY e COX, 1996). Portanto, é de suma importância que os diagnósticos sejam bem estabelecidos. A candidíase vaginal é uma infecção causada por um fungo comensal habitante da mucosa vaginal e digestiva que cresce quando o meio torna-se favorável ao seu desenvolvimento. Cerca de 80 a 90% são devidos à Cândida albicans. Por fazerem parte em até 50% da flora endógena das mulheres assintomáticas, a relação sexual não é considerada o principal meio de transmissão. (BRASIL, 1999). Cerca de 75% das mulheres tem um episódio de candidíase na vida e, aproximadamente, 40 a 50% vivenciam um novo surto e 5% sofrem episódios recorrentes. (HURLEY e DE LOUVOIS apud LINHARES, MIRANDA e HALBE, 2000, p. 1062). A candidíase possui como fatores predisponentes: gravidez, diabetes melitus, obesidade, uso de contraceptivos orais, uso de imunossupressores, hábitos de higiene e vestuários inadequados, contato com substâncias alérgicas e/ou irritantes e alterações na resposta imunológica. (BRASIL, 1999). O quadro clínico usual é o prurido vulvar. O corrimento vaginal, quando presente, é em discreta quantidade. Freqüentemente, pode ser descrito como branco, de aspecto semelhante a leite talhado, de espesso a aquoso, com coloração de branca a amarela. Acompanha a irritabilidade vaginal, ardor vulvar, dispareunia e disúria. Ao exame físico, pode-se encontrar edema, eritema vulvar e fissuras na vulva ou períneo. A mucosa e o colo podem mostrar-se hiperemiadas com aumento do conteúdo vaginal. O pH vaginal costuma estar abaixo de 4,5. (LINHARES, MIRANDA E HALBE, 2000). Estudos realizados com gestantes mostram que a candidíase é o principal agente etiológico de vulvovaginites neste grupo. Segundo Simões et al. (1996), a freqüência do diagnóstico clínico é bastante similar ao bacterioscópico (15,9% versus 19,3%).

O método de Papanicolaou cora em marrom as hifas e esporos da Cândida, no entanto, não é recomendável para o diagnóstico da candidíase (OLIVEIRA apud HALBE, 1998). Casanova et al. apud Silva Filho e Burlá (2002) destacam que, no exame a fresco, há sensibilidade de 100% e especificidade de 94,8% com valor preditivo positivo de 88,8% e preditivo negativo de 100%. Por ser um microorganismo gram-positivo, na bacterioscopia, a Candida albicans , após coloração pelo método de GRAM, revela-se mais sensível, em aproximadamente, 80 a 90% dos casos (LINHARES, MIRANDA E HALBE, 2000). A cultura deve ser utilizada sempre que houver sintomatologia e os exames anteriores forem negativos (LINHARES et al. apud URBANETZ et al., 2002). A vaginose bacteriana, uma das causas de vulvovaginites como já foi mencionado anteriormente, é caracterizada por um desequilíbrio da flora vaginal, devido ao aumento exagerado de bactérias, em especial, a anaeróbica ( Gardnerella vaginalis , Bacteróides sp , Mobiluncus sp , micoplasmas, peptoestreptococos). Esse aumento é associado a uma ausência ou diminuição acentuada dos lactobacilos acidófilos (que normalmente são os agentes predominantes na vagina). (BRASIL, 1999). Linhares, Miranda e Halbe (2000) relatam que o sintoma mais freqüente é o odor desagradável que piora após o coito e a menstruação, estando o corrimento vaginal presente em 50 a 70% dos casos apresentando-se como um conteúdo fluido, homogêneo, esbranquiçado, acinzentado ou amarelado, quase sempre em moderada quantidade. Estas variações do conteúdo vaginal alertam para a possibilidade de associação com outros patógenos. Silva Filho e Burlá (2002), relatam ainda, como sintomas, ocasionalmente, o prurido e/ou ardência vaginal, dor abdominal baixa, sangramento intermenstrual e menorragias ou fluxos prolongados.

vaginal corado pelo método de Giemsa ou Papanicolaou; cultura, usada somente mediante os casos suspeitos com exames a fresco e esfregaços repetidamente negativos, pois, requer meio específico e condições de anaerobiose (meio de Diamond) e teste do pH vaginal (BRASIL, 1999). Linhares, Miranda e Halbe, (2000) relatam ainda que o parasita é gram-negativo e acompanha-se por um número elevado de polimorfonucleares. Diante destas considerações, tem-se como problema de estudo, a não utilização, pelos profissionais de saúde, de outros meios diagnósticos, além do exame preventivo, para as vulvovaginites em mulheres em idade fértil (12 a 39 anos) assistidas pelo PSF equipe Azul da Unidade de Saúde Mista Silvia Regina.

3 HIPÓTESE

A bacterioscopia é um exame complementar e eficaz no diagnóstico clínico das vulvovaginites.

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo geral:

  • Avaliar a eficácia da bacterioscopia de secreção vaginal no diagnóstico de vulvovaginites em mulheres assistidas pelo PSF, equipe Azul da UMS Silvia Regina. 4.2 Objetivos específicos:
  • Confrontar os resultados de bacterioscopia de secreção vaginal das mulheres assistidas pelo PSF, equipe Azul da UMS Silvia Regina (que participarem da pesquisa) com os resultados dos exames de colpocitologia oncótica.
  • Fazer conexão lógica dos resultados dos exames laboratoriais com os sinais e sintomas apresentados durante a coleta.

interfere na dinâmica familiar, principalmente no que diz respeito ao relacionamento conjugal, este estudo visa mostrar a importância da realização da bacterioscopia como método complementar do diagnóstico das vulvovaginites, correlacionar os sinais e sintomas apresentados durante a consulta de enfermagem e os resultados da bacterioscopia e do exame de Papanicolaou.

6 METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada com um grupo de mulheres residentes no Jardim Aeroporto II e Residencial Búzios que são da abrangência do PSF equipe Azul da Unidade Mista de Saúde Silvia Regina (nessa unidade de saúde, atuam duas equipes de PSF, denominadas Azul e Vermelha somente para diferenciação). Segundo Andrade (2002), a pesquisa avaliativa visa avaliar a eficácia, eficiência e efetividade de algo que é submetido a alguma prova tecnológica. Assim, escolhemos esta metodologia para mostrar a importância da coleta de secreção vaginal para a bacterioscopia na rotina do exame ginecológico como complemento do diagnóstico das vulvovaginites. Levando em consideração que, na prática diária, qualquer mulher pode realizar o exame ginecológico, participaram da pesquisa 100 mulheres com idade variando de 15 a 77 anos. Algumas das mulheres estudadas estavam com o exame preventivo atrasado (realizado há mais de um ano), nunca realizaram o exame e/ou, principalmente, apresentavam alguma queixa ginecológica. Foram orientadas acerca dos requisitos mínimos para a realização da coleta de amostra de material, ou seja, não estarem menstruadas no dia do exame, não ter realizado ducha vaginal, não ter utilizado creme vaginal e estarem em abstinência sexual por pelo menos 24 horas (VESPERO et al., 2000). As gestantes também puderam participar da pesquisa. Essas mulheres foram separadas em dois grupos: assintomáticas e sintomáticas. Cada mulher recebeu, das mãos dos ACS (agentes comunitários de saúde), após orientações e esclarecimentos, um guia de encaminhamento com a data, local e horário onde seria realizado o exame. Além do preenchimento da requisição do exame de colpocitologia oncológica e da bacterioscopia, foi realizado atendimento que compreende: a consulta de enfermagem dando ênfase às seguintes etapas: anamnese, exame físico geral, exames ginecológicos e