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Uma análise histórica da crise do período pós-independência da república democrática do congo, com ênfase no caso único da separação do catanga. O trabalho retrata a violência desmedida que ocorreu no congo após a independência, o papel de patrice lumumba, a ascensão do poder de mobutu e os principais momentos da crise. O documento também discute a intervenção da organização das nações unidas (onu) e a influência da guerra fria no contexto africano.
Tipologia: Exercícios
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11ª Classe Turma: CCS-A Curso: Nocturno Tema: A crise do Período pôs -Independência e a separação do Catanga Chimoio, Setembro de 2023
11ª Classe Turma: CCS-A; 4o^ Grupo Curso: Nocturno Tema: A crise do Período pôs -Independência e a separação do Catanga Discente : Augusto domingos Augusto Félex Fernando Deolinda Domingos Fernando António Manucha Henriques Pedro Cebola Pedro Tome Mussa Suzana tome Tomas deve Docente : Manuel Guezane Chimoio, Setembro de 2023
1. Introdução O trabalho retrata a crise do período pós - independência da conquista e partilha do continente africano, caso concreto da república democrática de Congo, onde os europeus foram realizados tão rapidamente como a sua própria descolonização. Em alguns casos, a descolonização foi empreendida de maneira gradual e ordeiramente, como aconteceu com algumas das antigas colónias africanas pertencentes ao Reino Unido, noutros, as descolonizações foram mal planeadas, por vezes com recurso à guerra como aconteceu com as colónias portuguesas. O que aconteceu no Congo foi, em certa medida, caso único no contexto africano, no que concerne à violência desmedida. Como podemos constatar nas palavras do antropólogo americano Robert B. Edgerton, 1.1. Objectivos 1.1.1. Geral Compreender a crise do período pós -independência e a separação do Catanga 1.1.2. Específicos Descrever o inicio da crise do período pós -independência de Congo; Entender o papel de Patrice Lumumba pôs independência do Congo; Descrever o Crise do Período Pós-Independência e a Separação do Catanga; Mencionar Principais momentos da ascensão do poder de Mobutu.
2. O inicio da crise do período pós -independência de Congo A história do Congo é a saga de um mal sem tréguas por parte dos seus líderes, quer se trate de europeus ou congoleses, e no entanto, em todos os estágios desta história, pessoas comuns recusaram desistir da sua compaixão uns pelos outros, da sua busca de felicidade e da sua esperança num futuro melhor” Desde o início da colonização europeia do território, que o Congo fora palco de uma gestão desumana e imoral dos seus recursos e dos seus vários povos. Congo, com o intuito de proteger o território ultramarino da Bélgica: A economia do Congo sofreu com a guerra, mas mesmo assim assegurou o fornecimento de cobre e de outros materiais essenciais ao esforço de guerra. A agricultura decresceu muito o que levou à fome em muitos locais e com o final da Primeira Guerra Mundial sobreveio a Gripe Espanhola, que ceifou muitas vidas nos centros urbanos do Congo. A seguir ao conflito, o governo belga lançou um intensivo programa de obras públicas, que incluíam a construção de portos, estradas, centrais eléctricas, refinarias e, para as populações, casas modernas, escolas e instalações sanitárias. Foi a seguir à Primeira Guerra que outra região do Congo, o Kasai, conheceu um desenvolvimento muito importante, devido às suas reservas de diamantes que aumentavam a reputação do Congo como uma colónia rica. Durante os anos 1920, o Congo conheceu um forte crescimento, permitindo que os próprios nativos passassem a ter melhores condições de vida e de saúde embora existisse ainda segregação racial, sobretudo ao nível da saúde e educação. Os belgas chamavam de évolués eram os nativos que tinham sido educados nas missões religiosas, que estavam perfeitamente integrados numa sociedade Ocidental, neste caso a sociedade belga. Eram uma nova elite intelectual que os belgas receavam criar uma consciência anti-colonialista. “Havia a preocupação em não dar uma educação ocidentalizada aos Africanos…Eles só iriam desenvolver sentimentos anti-coloniais ou mesmo sentimentos Comunistas.
Esta situação deixou o governo de Lumumba muito descredibilizado tanto a nível nacional como internacional, pouco tempo depois, o governo belga enviou milhares dos seus soldados para proteger os cidadãos belgas que viviam no Congo, violando com isto a soberania do novo Estado. A secessão das duas regiões mais ricas da República Democrática do Congo levantou problemas que o estado central não conseguia resolver. O Primeiro-Ministro, Patrice Lumumba, pediu ajuda às Nações Unidas, inicialmente para ajudar a pôr em ordem a ANC (Armée Nationale Congolaise) e expulsar as forças Belgas que tinham sido enviadas por Bruxelas para proteger a população branca. Lumumba tinha a intenção de usar as forças da ONU para pôr fim ao separatismo Katangês e do Kasai do Sul. Através da Resolution 143, que permitia o envio das tropas da ONUC (United Nations Operation in the Congo), as Nações Unidas iniciaram a sua participação na Crise do Congo, embora logo desde o início houvesse crispação entre Lumumba, que queria usar as tropas para subjugar o Katanga, e o Secretário-Geral da ONU, DagHammarsköld, que não queria envolver a ONU num assunto interno do estado do Congo. O fim da secessão do Katanga teria lugar durante o mês de Janeiro de 1963. A secessão do Kasai do Sul terminou mais cedo com as intervenções sucessivas das forças Congolesas no território a enfraquecerem o fraco poder local de Kalonji. A 30 de Dezembro de 1961 o território voltou para o controlo do estado central. A ascensão de Lumumba foi quase tão rápida como a sua queda. Apesar de não ter feito um curso superior, como a maioria da classe política congolesa na altura da independência, Lumumba tinha uma grande capacidade argumentativa e era muito eloquente. A sua popularidade “estava ligada ao facto do seu discurso desafiar a visão dominante da Bélgica no projecto colonial”. Nos discursos que fazia em prol da autonomia do Congo, era muito aceso e emotivo, criticando duramente a colonização belga, as desigualdades sociais entre brancos e africanos e a expropriação das riquezas naturais do Congo. Mesmo antes da independência, o governo belga já considerava Patrice Lumumba como um líder indesejado no futuro do Congo, temendo uma possível proximidade ao comunismo.
2.3. Intervenções Estrangeiras. A Crise do Congo levou à intervenção de várias forças estrangeiras que disputaram interesses económicos e posições de força, ou que vieram simplesmente para manter a paz. A ONU, criada em 1945 com o objectivo de facilitar o diálogo entre as nações do mundo e impedir a guerra, encontrou em África, no início dos anos 1960, o seu principal foco de preocupação face aos desafios que os novos estados independentes trouxeram para o panorama internacional. O imperialismo europeu deixou problemas únicos que a ONU teve de enfrentar, principalmente porque a presença colonial em África perdurou até um período posterior ao de outros locais, como a Ásia e Médio Oriente, onde já existiam sociedades bem organizadas e historicamente mais antigas que as sociedades africanas e onde a consciência política no início dos anos 1960 ainda era muito embrionária. Além disso, no mesmo período, a Guerra Fria já estava globalizada. As descolonizações africanas, especialmente nas décadas de 1950 e 1960 (16 novos países independentes só em 1960), causaram grandes transformações na ONU, na medida em que a supremacia das nações ocidentais começara a perder alguma da sua influência na organização que despertava para a consciência dos povos do Terceiro Mundo. 2.4. A Crise Do Período Pós-Independência E A Separação Do Catanga O novo Estado enfrentou de imediato problemas graves que iriam condicionar a evolução posterior do país: Entre os integrantes da liderança do país nenhum deles tinha experiência de gestão administrativa, senão a liderança de algumas associações, ou seja, a um nível bastante limitado. A coesão entre os membros desta liderança era quase nula. Cada um deles, além de se identificar com o seu próprio grupo étnico-tribal, tinha convicções políticas próprias. As forças centrífugas lideradas por Moise Tshombe (do Catanga) e Albert Kalondji (do Kasai) continuavam bastante fortes. Neste contexto, poucos dias após a independência, a força pública revoltou-se. A violência criou pânico entre a população branca, agravada pela promoção de alguns africanos a oficiais superiores. Instalou-se o caos, e o país ficou paralisado.
2.5. Principais momentos da ascensão do poder de Mobutu 1966 - Nacionalização da Union Miniàre. 1967 - Reforma monetária para estabilizar a moeda nacional e elevar a reputação do Zaire no mundo. 1970 - No culminar de uma reforma política de grande envergadura, o Mouvement Populaire de la Revolution (MPR) passaria a controlar a Vida política nacional tornando-se partido único. A ideologia deste partido passa a ser resumida na palavra « autenticidade », que pressupõe encarar os problemas de frente e dar-lhes soluções adequadas com base nos próprios recursos. É esta ideia que está na origem de uma autêntica «balbúrdia» no vocabulário e nos nomes das pessoas: por exemplo, Joseph Mobutu passava a chamar-se Mobutu Sese Seko, o Congo passava a ser Zaire, Léopoldville passava a Kinshasa, etc. Tudo autêntico, originariamente local. 1972 - O governo e a comissão executiva do MPR fundiram-se para formar um Conselho Executivo Nacional, cujos comissários de Estado eram dotados de funções ministeriais. 1974 - Revisão constitucional, que atribuía ao chefe de Estado a chefia do Conselho Executivo Nacional, a presidência do Conselho Legislativo Nacional, a chefia do poder judicial e das forças armadas. 1975 - Instituída a Comissão Permanente do Secretariado Politico do MPR.
3. Conclusão A história do Congo belga desde a Segunda Guerra Mundial é a história de uma descolonização há longo tempo falhada. A política colonial belga fez do Congo uma colónia mais avançada do que muitas outras quanto a certos aspectos. O Congo era considerado, mais ou menos, uma «propriedade de família», em cujas zonas mais salubres os europeus podiam instalar-se e criar raízes. Como resultado dessa política, em 1960, existia um número bastante considerável de colonos belgas. Após a independência Lumumba iniciou, através de artigos publicados em jornais, a critica ao colonialismo, advogando a igualdade entre africanos e belgas. A nível da economia, o país tinha iniciado um desenvolvimento industrial raro em África, graças à acção vigorosa de sociedades financeiras