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Crise Hipertensiva: Conceitos, Sintomas e Tratamento, Notas de aula de Cardiologia

Este documento oferece informações sobre a crise hipertensiva, incluindo conceitos iniciais, sintomas característicos, diferenciação entre urgência e emergência, tratamento anti-hipertensivo e medicamentos comuns. Além disso, são discutidas as diretrizes da associação brasileira de cardiologia para o atendimento de emergências hipertensivas.

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 14/03/2024

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Cri Hipni
Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL
CONCEITOS INICIAIS
A crise hipertensiva é uma situação em
que a pressão arterial atinge níveis muito
elevados e pode representar um risco
imediato para a saúde. Geralmente, a
pressão arterial elevada é definida como
uma leitura acima de 180/120 mmHg.
Essa condição requer atenção médica
imediata para evitar complicações
graves, como danos nos órgãos -alvo
LOA (coração, cérebro, rins e artérias)..
Obs: As causas da crise hipertensiva
podem incluir: Não aderir ao tratamento
para pressão arterial elevada, consumo
excessivo de sal e uso excessivo de
medicamentos.
Urgência Hipertensiva: São situações
clínicas sintomáticas em que elevação
acentuada da pressão arterial (PA) sem
lesão aguda e progressiva em
órgãos-alvo (LOA) e sem risco iminente
de morte, fato que permite redução mais
lenta dos níveis de PA em período de 24
a 48 horas, com medicamentos de via
oral.
Emergências hipertensivas: Apresenta
risco iminente de morte, fato que requer
redução rápida e gradual dos níveis
tensionais em minutos a horas, com
monitorização intensiva e uso de
fármacos endovenosos. Quando se
suspeita de lesão de órgãos alvos se
torna uma emergência hipertensiva.
Apresentam os seguintes sintomas
característicos: Sudorese, náusea,
taquicardia, angina no peito e etc.
Pseudocrise hipertensiva (PCH): Na
PCH, não LOA aguda ou risco
imediato de morte. Geralmente, ocorre
em hipertensos tratados e não
controlados, ou em hipertensos não
tratados, com medidas de PA muito
elevadas, mas oligossintomáticos e
assintomáticos. Também se caracteriza
como PCH a elevação da PA diante de
evento emocional, doloroso, ou de
algum desconforto, como enxaqueca,
tontura rotatória, cefaleias vasculares e
de origem musculoesquelética, além de
manifestações da síndrome do pânico.
O tratamento anti-hipertensivo visa à
redução rápida da PA com a
finalidade de impedir a progressão
das LOA. A monitorização da PA deve
ser rigorosa, a cada 5 a 10 minutos com
medidas automáticas, ou se possível, com
medida invasiva intra-arterial. As recentes
diretrizes americanas de hipertensão
recomendam em adultos com
emergência hipertensiva, internação
em unidade de terapia intensiva para
monitorização contínua da PA e das
lesões de órgãos alvo, e para
administração de agentes parenterais (via
endovenosa) apropriados.
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Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL CONCEITOS INICIAIS A crise hipertensiva é uma situação em que a pressão arterial atinge níveis muito elevados e pode representar um risco imediato para a saúde. Geralmente, a pressão arterial elevada é definida como uma leitura acima de 180/120 mmHg. Essa condição requer atenção médica imediata para evitar complicações graves, como danos nos órgãos -alvo – LOA (coração, cérebro, rins e artérias).. Obs: As causas da crise hipertensiva podem incluir: Não aderir ao tratamento para pressão arterial elevada, consumo excessivo de sal e uso excessivo de medicamentos. Urgência Hipertensiva: São situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da pressão arterial (PA) sem lesão aguda e progressiva em órgãos-alvo (LOA) e sem risco iminente de morte, fato que permite redução mais lenta dos níveis de PA em período de 24 a 48 horas, com medicamentos de via oral. Emergências hipertensivas: Apresenta risco iminente de morte, fato que requer redução rápida e gradual dos níveis tensionais em minutos a horas, com monitorização intensiva e uso de fármacos endovenosos. Quando se há suspeita de lesão de órgãos alvos se torna uma emergência hipertensiva. Apresentam os seguintes sintomas característicos: Sudorese, náusea, taquicardia, angina no peito e etc. Pseudocrise hipertensiva (PCH): Na PCH, não há LOA aguda ou risco imediato de morte. Geralmente, ocorre em hipertensos tratados e não controlados, ou em hipertensos não tratados, com medidas de PA muito elevadas, mas oligossintomáticos e assintomáticos. Também s e caracteriza como PCH a elevação da PA diante de evento emocional, doloroso, ou de algum desconforto , como enxaqueca, tontura rotatória, cefaleias vasculares e de origem musculoesquelética, além de manifestações da síndrome do pânico. O tratamento anti-hipertensivo visa à redução rápida da PA com a finalidade de impedir a progressão das LOA. A monitorização da PA deve ser rigorosa, a cada 5 a 10 minutos com medidas automáticas, ou se possível, com medida invasiva intra-arterial. As recentes diretrizes americanas de hipertensão recomendam em adultos com emergência hipertensiva, internação em unidade de terapia intensiva para monitorização contínua da PA e das lesões de órgãos alvo, e para administração de agentes parenterais (via endovenosa) apropriados.

Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL Obs: Esta condição clínica necessita de uma redução imediata da pressão, devendo ser tratada com agentes anti-hipertensivos. Na emergência deve ser realizada via endovenosa , na urgência pode ser via oral. Obs: Em suspeita de infarto ou dissecção da aorta realiza-se um eletro, raio X e análise de enzimas. A diferenciação entre essas condições é crucial, pois o tratamento para cada uma delas é distinto. Enquanto o infarto agudo do miocárdio muitas vezes requer intervenção cardíaca imediata, a dissecção da aorta frequentemente necessita de cirurgia vascular de emergência.

ATENDIMENTO NA CRISE

A Associação Brasileira de Cardiologia

(SBC) estabelece diretrizes para o

atendimento de emergências

hipertensivas. O tratamento visa

reduzir rapidamente a pressão arterial

para prevenir complicações graves.

Avaliação Inicial É essencial realizar uma avaliação rápida da pressão arterial e dos sintomas do paciente. Avaliar a presença de sinais de lesão em órgãos-alvo, como dor torácica, dispneia, alterações visuais, déficits neurológicos, entre outros. Diferenciar entre emergência hipertensiva (presença de lesão em órgãos-alvo) e urgência hipertensiva (sem evidência de lesão aguda). Medicação Intravenosa : Uso de medicamentos de ação rápida, como nitroprussiato de sódio, labetalol, nicardipina, esmolol, entre outros, para reduzir rapidamente a pressão arterial. Monitoramento Intensivo : Monitorar a pressão arterial e os sinais vitais frequentemente, em um ambiente hospitalar. Medicação Oral : Em casos de urgência hipertensiva sem evidência de lesão em órgãos-alvo, pode-se considerar o uso de medicamentos por via oral para reduzir a pressão arterial, como captopril, nifedipina de ação rápida, entre outros. Avaliação de Causas Subjacentes : Identificar e tratar as causas subjacentes da crise hipertensiva, como a não adesão ao tratamento, consumo excessivo de sal, problemas renais, entre outros.

MEDICAMENTOS NA URGÊNCIA

O tratamento medicamentoso para essas condições visa reduzir rapidamente a pressão arterial para prevenir complicações graves. Alguns dos medicamentos comumente usados em urgências hipertensivas e sua farmacologia incluem: Nitroprussiato de sódio Farmacologia : O nitroprussiato de sódio é um vasodilatador potente que atua

Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL muscular. Uso : É frequentemente utilizado para sedação e controle de convulsões em emergências médicas. Nitroglicerina Farmacologia : A nitroglicerina é um vasodilatador que atua relaxando os vasos sanguíneos, reduzindo a pré-carga e pós-carga cardíaca, e aumentando o suprimento de oxigênio ao miocárdio. Uso : Utilizada em casos de angina instável, insuficiência cardíaca aguda, e em crises hipertensivas. Dipirona (Metamizol) Farmacologia : A dipirona é um analgésico antipirético com propriedades antiespasmódicas, que atua inibindo a síntese de prostaglandinas. Uso : Utilizada no controle da dor aguda e febre em emergências médicas. Ondansetron Farmacologia : O ondansetron é um antagonista seletivo dos receptores 5-HT3, atuando como antiemético e antinauesante. Uso : Utilizado para controlar náuseas e vômitos em emergências, especialmente associados a condições como intoxicação e após procedimentos cirúrgicos. Morfina Farmacologia : A morfina é um analgésico opióide que atua como agonista dos receptores opióides, reduzindo a percepção da dor e causando sedação. Uso : Utilizada para o controle da dor aguda intensa, como em casos de infarto agudo do miocárdio, traumas graves, entre outros. Salbutamol (Albuterol) Farmacologia : O salbutamol é um agonista seletivo dos receptores beta- adrenérgicos, que promove broncodilatação e alívio da obstrução das vias respiratórias. Uso : Utilizado no tratamento de crises de asma e doença

pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

agudizadas.

Espera-se que se reduza em 25% na primeira horas.

PACIENTES COM LESÃO AGUDA

DE ÓRGÃO ALVO

● Acomodar o paciente em local

calmo para evitar casos de

pseudo crises.

● Manter o paciente em repouso

com decúbito elevado.

● Mediar a PA nos dois braços (

no mínimo duas medidas),

frequência cardíaca e saturação

de oxigênio.

● Instalar acesso venoso

periférico em membro superior

● Realizar ECG quando

disponível.

● Manter a permeabilidade das

vias aéreas e a ventilação

adequada.

● Avaliar nível de consciência,

considerando a intubação.

Nadielson Abas | Enfermagem, UNCISAL