



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Documento que descreve a oficina realizada no curso de enfermagem da escola alfredo pinto sobre o gerenciamento criativo no cuidado de enfermagem. A facilitadora, dr.ª onã silva, explicou e vivenciou a técnica do brainstorming, estimulou o pensamento criativo e fluência de ideias, realizou atividades criativas e fundamentou as teorias da criatividade e gerenciamento. Os objetivos incluíram explicar e vivenciar a técnica do brainstorming, estimular o pensamento criativo, realizar atividades criativas, fundar nas referências do gerenciamento e criatividade, e alinhar as fundamentações à técnica de brainstorming.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 7
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Gerentes do cuidado criativos. Este desafio foi trabalhado, em forma de oficina, na disciplina Gerenciamento no Cuidado de Enfermagem, do Curso de Enfermagem da Escola Alfredo Pinto(1), cujo responsável docente é o Dr. Fernando Porto. A temática da aula na modalidade oficina – Brainstorming: técnica e atividades para abertura de ideias criativas no gerenciamento do cuidado – teve como facilitadora a Dr.ª Onã Silva, enfermeira e pesquisadora da temática criatividade no ensino superior de enfermagem(2)^ e, atualmente, em estágio Pós- doutoral na UNIRIO. A oficina planejada nos fundamentos da criatividade recebeu o nome de “Criar, cuidar e Gerenciar: tempestade de ideias no ar!”, sendo desenvolvida no dia 22 de março de 2016, no período vespertino, com a participação de estudantes da disciplina Gerenciamento do Cuidado de Enfermagem. Os objetivos, a serem alcançados na oficina como atividade acadêmica, foram: Explicar e vivenciar a Técnica do Brainstorming , por meio de atividades de criatividade, aplicada ao gerenciamento do cuidado. Estimular o pensamento e fluência das ideias criativas, de forma individual e em grupo. Realizar criativas atividades, visando o desenvolvimento de múltiplas ideias no processo de gerenciamento. Desenvolver habilidades psicomotoras, visando aumentar as ideias e o potencial criador no gerenciamento. Iniciar o processo de criação de um hospital fictício, conforme solicitado pelo professor da disciplina. A metodologia de planejamento da oficina constou das seguintes fases: a) Fundamentação nas referências do gerenciamento, com ênfase em solução de problemas. b) Fundamentação nos pressupostos da criatividade, com ênfase em definição, princípios, aplicação, aspectos facilitadores e inibidores, pensar criativo, fluência e associação de ideias. c) Alinhamento das fundamentações supras à Técnica de Brainstorming , como importante ferramenta gerencial ao desenvolvimento criativo individual e coletivo, visando a inovação do gerente do cuidado, para solução de problemas. d) Seleção e preparação de atividades criativas relacionadas ao gerenciamento do cuidado. e) Seleção e preparação de recursos criativos para desenvolvimento das atividades propostas. f) Definição de critérios de avaliação para realizar feedback do conteúdo, da aula e da oficina. g) Aplicabilidade da oficina planejada para estudantes do Curso de Graduação de Enfermagem (UNIRIO), durante a disciplina Gerenciamento do Cuidado de Enfermagem. h) Seleção de tecnologias criativas de autoria da facilitadora, para distribuir aos participantes.
A experiência vivenciada na Oficina Para acolhimento dos estudantes, inicialmente, a facilitadora organizou o cenário da oficina, destacando a MaliChita Criativa – recheada de recursos para utilização nas atividades planejadas – dispondo, também, as cadeiras em semicírculo, em prol da comunicação, interação pessoal e o desenvolvimento da oficina criativa (Fotos nº 1 e nº 2).
Foto nº 1 – MaliChita Criativa e os recursos criativos utilizados na Oficina. Fonte: acervo fotográfico da autora.
Foto nº 2 – Espaço acadêmico organizado para desenvolvimento da Oficina com as cadeiras dispostas em semicírculo. Fonte: acervo fotográfico da autora.
Inicialmente, na atividade criativa de apresentação individual, foram distribuídas etiquetas, solicitando que os mesmos escrevessem os nomes do quadrado, sendo entregue etiquetas retangulares. Iniciaram então as primeiras informações sobre o pensar criativo, desbloqueio e ativação cerebral com vistas à fluência e associação de ideias(3-7). Para identificar algumas características do pensamento criativo(3-5,7)^ – fluência, flexibilidade, originalidade, elaboração e avaliação – , prosseguiu-se com a dinâmica de nomes, aumentando a complexidade, a ativação para tempestade de ideias quando os participantes deveriam dizer o seu próprio nome e dos seus colegas, na sequência em que eram apresentados. Das dinâmicas realizadas, refletiu-se sobre a importância dos nomes e as facilidades, dificuldades, interferências internas e externas na realização da atividade de identificação pessoal. Quem se considera criativo? Foi à questão norteadora para conhecer a autoavaliação dos estudantes sobre o nível de criatividade de si mesmos. Nesta atividade, poucos estudantes se autoavaliaram criativos. A facilitadora refletiu com os mesmos sobre os pressupostos teóricos advindos da corrente humanista, em especial o pensar de Maslow sobre a criatividade e saúde mental(4): "o homem criativo não é o homem comum ao qual se acrescentou algo. Criativo é o homem comum do qual nada se tirou"(5)^ e o conceito sistêmico de criatividade(2-5,8).
Foto nº 4 – Grupos apresentando as soluções e as criações gerenciais inovadoras. Fonte: acervo fotográfico da autora.
Associou-se, à atividade, também os princípios da técnica de usos inusitados(3), mudando as características originais de um problema, para enriquecer a TdB visando fluência, associação e combinação de ideias(5-7). Na roda dialógica, a facilitadora apresentou a definição de Brainstorming (3-5)^ – termo criado pelo publicitário e escritor Alex Faickney Osborn – como Técnica grupal ou individual. No Brasil, a técnica é conhecida como Tempestade de ideias. As principais noções da TdB – trabalhadas desde o início da oficina – foram esclarecidas, enfatizando que se trata de atividade para explorar potencial criativo, em equipe, com vistas à solução de problemas específicos. Ou seja, quem participa da TdB utiliza o maior número de ideias, visões, propostas e experiências para gerar soluções inovadoras. Resumidamente, as duas partes da TdB são Definição do problema e Preparação, sendo necessário no processo encontrar os fatos, geração da ideia e a solução do problema. Ressaltaram-se também aos estudantes as quatro principais regras da técnica: a) Críticas são rejeitadas (a regra mais importante); b) Criatividade é bem-vinda: c) Quantidade de ideias geram mais hipóteses e boas ideias e d) Combinação e aperfeiçoamento das ideias geradas. Para continuar a aplicação da TdB, a facilitadora distribuiu óculos coloridos e pirulitos de sabores variados como recursos lúdicos (Foto nº 5), para a fase de gerar ideias e solucionar o problema apresentado pelo professor da disciplina: construção de um hospital fictício. Explicado pela facilitadora sobre a metáfora dos óculos coloridos, como um recurso lúdico para “enxergar” a criatividade pelo olhar da fantasia e imaginação. Em outras palavras, a abertura da mente e ampliação do olhar gera inovação e criatividade, contribuindo para o desafio proposto de criação do hospital fictício, visando o gerenciamento do cuidado.
Foto nº 5 – Óculos coloridos, como metáfora criativa, usados na aplicação da Técnica de Brainstorming e recurso lúdico para novas ideias. Fonte: acervo fotográfico da autora.
No ambiente criativo da oficina, os participantes reuniram-se em pequenos grupos, a partir do critério da cor do pirulito, e receberam a solicitação de criar nomes criativos aos seus próprios grupos,
bem como trabalhar criativamente – ativando o cérebro com ideias criativas, para solucionar o problema apresentado e que efetivamente será avaliado ao final da disciplina. Os membros dos pequenos grupos debateram o tema, no tempo oferecido, recorrendo a conhecimentos prévios, políticas públicas de atenção e ao gerenciamento cuidativo, visando achar soluções (Foto nº 6). Nos primeiros ensaios, as ideias geradas foram apresentadas e revisadas – conforme a técnica e proposta criativa do brainstorming. Elegeram-se como as melhores ideias e propostas para criação do hospital fictício, resumidamente: a) realizar ideias de pesquisas; b) implementação do acolhimento; c) capacitação profissional voltada para a endocrinologia; d) políticas públicas para a população a ser beneficiada pelo hospital fictício.
Foto nº 6 – Grupos interagindo no processo de Brainstorming , para solução do problema proposto pela disciplina, a criação de um hospital fictício Fonte: acervo fotográfico da autora.
Para sistematizar as ideias levantadas na TdB, formou-se novamente o grupo geral, para discussão, avaliação e decisão gerencial das ideias consideradas mais alinhadas às políticas de atenção do SUS, não discriminatórias e nem preconceituosas. Em consonância com a TdB, a facilitadora teceu considerações para os estudantes aplicar os conhecimentos da oficina, em encontros futuros, revendo as ideias, até a tomada de decisão final e a construção definitiva do hospital fictício, conforme está proposto na disciplina. As derradeiras atividades propostas foram, em roda, uma dinâmica coletiva, trabalhando os hemisférios cerebrais(4)^ – esquerda e direita – como sensibilização à ativação cerebral, para estimular novos pensares, saberes e fluências criativas, na ação gerencial. Adotaram-se como critérios para dar e receber feedback da oficina: o desenvolvimento do conteúdo e estratégias propostas, o manejo criativo das ideias, recursos, produtos e a interação de duplas, pequenos grupos e grupo geral. No decorrer da oficina, solicitava-se feedback contínuo, individual ou grupal, após a aplicação de cada atividade. No final, solicitou-se o feedback da oficina, quando, individualmente, apresentaram, criativamente, respostas as três questões: “Que bom que... Que pena que... Que tal se...” Criar, Cuidar e Gerenciar: tempestade de ideias no ar! – uma oficina deveras importante para o ensino de enfermagem mais criativo e desenvolvimento gerencial de estudantes mediado pelos conceitos e atividades criativas(2,6, 12-13). Registra-se, na Foto nº 7, o momento singular de aprendizagem mútua(14)^ – entre a facilitadora e os estudantes – revitalizando os conhecimentos, os saberes e a fluência de ideias visando o gerenciamento do cuidado criativo.
Autores : Onã Silva Pós-doutoranda do PPGENFBIO/UNIRIO. Dra. em Enfermagem pela UNB. Presidente da Academia IPÊ - Academia Internacional de Poetas e Escritores de Enfermagem. Fernando Porto Doutor em Enfermagem com Pós-doutoramento pela USP. Professor da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, PPGENF, PGENFBIO da UNIRIO. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Presidente da Academia Brasileira em História da Enfermagem (ABRADHENF). Membro dos grupos de pesquisa, LAESHE, LACENF e líder do LACUIDEN.
Como citá-lo : SILVA, O, PORTO, F.. R. Criar, cuidar e gerenciar: tempestade de ideias no ar! [internet]. Rio de Janeiro (Br); 2016 [Acesso em: dia, mês (abreviado) ano]. Disponível em: http://www.lacenf.com.br (completar com dados do site).