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A importância de identificar e compreender o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (tdah) em crianças, seus sintomas e implicações no contexto escolar. Além disso, oferece estratégias para educadores para melhorar o desempenho acadêmico e social dessas crianças, contribuindo positivamente na sua educação.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Trabalho de monografia apresentado a Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação- como requisito para a conclusão do curso de graduação em pedagogia. Orientadora: prof.ª Nelma Galvão
Dentre os inúmeros momentos de angustia, incerteza, contradição e medo, juntos formam um conjunto de sentimentos que me acompanharam no decorrer desta pesquisa. E para superá-los, eu precisei da ajuda de algumas pessoas, no qual gostaria de agradecer. Meu primeiro agradecimento é a Deus, que sempre está comigo, segurando minha mão. Em segundo, a minha irmã Janiele Magalhães, que de forma carinhosa me deu força e coragem, ao meu pai João Adilson Magalhães, por ser meu porto seguro e a todos os familiares que direta ou indiretamente deram sua contribuição positiva nessa fase. E não deixando de agradecer de forma grata e grandiosa a minha orientadora, prof.ª Nelma Galvão, pela paciência, acolhimento e momentos vivênciados ao longo da construção dessa pesquisa. Só me resta agradecer a todos pelo incentivo.
“Fica estabelecida a possibilidade de sonhar coisas impossíveis e de caminhar livremente em direção aos sonhos” Luciano Luppi
- 1. INTRODUÇÃO........................................................................... - 2. O QUE É TDAH?............................................................
O presente trabalho originou-se de uma experiência vivenciada numa escola municipal, que estagiei, em Salvador. Nesta instituição, os professores costumavam rotular aqueles alunos que fugiam dos padrões estabelecidos pela escola, como portadores do Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH). Era comum escutar queixas de educadores, em conversas informais, sobre o comportamento de alguns alunos, como por exemplo, não prestam atenção nas aulas, não param quietos, não se concentram para realizar as atividades, conversam demais, seus materiais estão sempre desorganizados, dentre outras atitudes que resultava num péssimo rendimento de aprendizagem desta criança e dos demais colegas da turma. Esses comportamentos são característicos do TDAH, no entanto não devemos julgar esse individuo como tal, antes de um diagnostico especifico. A produção dessa pesquisa terá como objetivo, apresentar o tema, nas suas várias dimensões, para esclarecer as dúvidas dos educadores a respeito do assunto, em seguida analisar os desafios enfrentados pelos professores ao trabalhar com crianças com TDAH, mostrando algumas possibilidades existentes para trabalhar, no cotidiano escolar, com esse aluno especial. A Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) define esse transtorno da seguinte forma: O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o individuo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. ( ABDA, 2013, S/N) Normalmente, as crianças em fase de desenvolvimento, apresentam comportamentos característicos dos sintomas do TDAH, sendo hiperativa, desatenta e muitas vezes impulsivas. Por conta disso, o primeiro capítulo será para apresentar esse transtorno nas suas dimensões conceituais, históricas, características, as possíveis causas e o diagnóstico. Com o objetivo de esclarecer as dúvidas de pais e educadores, para não julgar de forma incorreta o comportamento dos seus alunos e filhos.
De acordo com a vigência escolar, é comum escutarmos dos professores, queixas sobre alunos inquietos, agitados, crianças que não conseguem se concentrar para realizar suas atividades. Os mesmos são rotulados como: “capetinhas”, “no mundo da lua”, “pestinha”, “burro”, “preguiçoso”, dentre outros rótulos pejorativo. No geral esses comportamentos são tidos como falha na educação doméstica, indisciplina, ou associados ao transtorno mental. Ao longo do tempo, foram apresentados alguns avanços nas pesquisas e nos critérios de diagnosticar o TDAH, antes o que era considerado como um jeito de ser do individuo (personalidade), passou a ser reconhecido como um transtorno neurológico chamado de Transtorno e Déficit de Atenção/Hiperatividade. Segundo o autor Rohde e Benczik(1999, p.39) o TDAH é: O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, que passaremos a chamar apenas pela sigla TDAH, é um problema de saúde mental que tem Três Características básicas: a desatenção, a agitação (ou hiperatividade) e a impulsividade. Ainda de acordo com os autores citados, os indivíduos com TDAH enfrentam várias dificuldades emocionais, de relacionamento com as pessoas próximas, sejam seus pais, amigos, professores. Além de apresentarem um baixo desempenho escolar. Para entender melhor esse transtorno, irei fazer um breve estudo histórico analisando seu percurso. A primeira aparição desse transtorno foi em 1902, quando um pediatra inglês, Still escreveu um problema em crianças que ele denominou como “defeito na conduta moral”. Ele percebeu que essas crianças apresentavam dificuldade em absorver o que é regras e limites. Still acreditava que esses
comportamentos poderiam ser resultados dos danos cerebrais. Além de afirmar que: Essas crianças não poderiam ser ajudadas e que estas deveriam ser institucionalizadas com uma idade bastante precoce. (BENCZIK, 2000,p.21) Segundo o autor Benczik(2000), citando outros autores, entre os anos 1917 e 1918, devido à uma crise de encefalite, os profissionais de saúde notaram que as crianças que sobreviveram a essa infecção cerebral, apresentavam inquietação, desatenção, além de serem impacientes e hiperativas. Comportamentos esses que só foram manifestados depois da doença. O ano de 1937 é marcado pelo inicio do uso de estimulantes no tratamento de crianças que apresentavam problemas no comportamento, fossem eles emocionais ou físicos. Foi, Charles Bradley, citado por Benczik(2000), quem durante seu trabalho numa clinica psiquiátrica infantil, acompanhando o tratamento de crianças emocionalmente perturbadas, experimentou o uso de medicação nesses indivíduos, observando uma melhora em seu comportamento. No período da segunda guerra mundial, pesquisadores tiveram a chance de estudar as seqüelas da guerra, dentre elas os traumas cerebrais.De acordo com Benczik(2000), durante essa fase, foi descoberto que os danos de qualquer parte do cérebro frequentemente resultavam em comportamentos de desatenção, inquietação e impaciência. Nesse período foram abordadas algumas hipóteses científicas, entre elas a de que o problema dessas crianças era a distração. Nessa época, além de tratar sobre o uso de medicação, o autor chama atenção para algumas mudanças no currículo escolar, como também, mudanças em sala de aula, pelos educadores, atitudes como a retirada excessiva de decoração, janelas fechadas, etc.
critérios dois grupos de sintomas de mesmo peso para diagnostico: a) Desatenção e b) Hiperatividade/ impulsividade. (BENCZIK,2000, p.23) 2.1 CARACTERÍSTICAS As crianças com TDAH apresentam grandes dificuldades para acompanhar o ritmo da rotina escolar. Normalmente, este tipo de transtorno prejudica o desempenho do individuo, no que diz respeito ao convívio social, familiar e também da aprendizagem. É importante que os professores, diretores e toda equipe de apoio pedagógico, tenha conhecimento sobre o TDAH, para poder contribuir de forma positiva na educação da criança portadora deste transtorno. O TDAH é um transtorno que se manifesta por meio das seguintes características: Desatenção, Hiperatividade e impulsividade. Segundo a Associação Brasileira Do Déficit de Atenção o TDAH é assim definido: O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o inndividuo por toda sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA(Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.(ABDA, 2013, s/n)
2.1.1 Desatenção
a)não prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido; b)ter dificuldade para concentrar-se em tarefas e/ou jogos; c) não prestar atenção ao que lhe é dito (“estar no mundo da lua”); d) ter dificuldade em seguir regras e instruções e/ou não terminar o que começou; e) ser desorganizado com as tarefas e matérias; f) evitar atividades que exijam um esforço mental continuado; g) perder as coisas importantes; h) distrair-se facilmente com coisas que não têm nada a ver com o que está fazendo; i) esquecer compromissos e tarefas. (p.39,40) 2.1.2 Hiperatividade/ Impulsividade
O TDAH compromete de modo marcante a vida da criança e dos adultos que a cercam, pois é uma condição que promove dificuldades, como controle de impulsos, concentração, memória, organização, planejamento e autonomia. E envolve uma grande pluralidade de dimensões implicadas, tais como comportamentais, intelectuais, sociais e emocionais. (p.26)
Existem várias hipóteses sobre as possíveis causas do TDAH. Como vimos no ítem anterior, esse transtorno é caracterizado pelos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Vejamos algumas hipóteses:
a) Hereditariedade: Estudos realizados com familiares e gêmeos com TDAH mostraram uma alta ligação hereditária das crianças com esse tipo de transtorno, ou seja, feitas as observações, pode-se perceber que nas famílias onde tinham indivíduos com o TDAH era comum encontrar parentes também afetados. Os professores Luis Rohde e Paulo Mattos, em entrevista para a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, afirmam que: A prevalência da doença entre parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral, isto é chamado de recorrência familial. Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influência ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo “desatento” ou “hiperativo” simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devido a predisposição genética e não somente ao ambiente. (Rohde e Mattos, ABDA, 2011, s/n) Deste modo, foram necessários outros estudos genéticos para comprovar a participação dos genes. Um exemplo claro é nos estudos com gêmeos. Nos estudos com gêmeos é feita uma comparação entre os gêmeos univitelinos e bivitelinos. Sabemos que os univitelinos apresentam 100% de semelhança genética e os bivitelinos 50%. Nessa mesma entrevista para a ABDA(Associação Brasileira de Déficit de Atenção), Rohde e Mattos, se posicionam a respeito desta hipótese da seguinte maneira: Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos bivitelinos, quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc). Sabendo- se que os gêmeos univitelinos tem 100% de semelhança genética, ao contrario dos bivitelinos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os bivitelinos, a única explicação é a participação de componentes geneticos( os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc). Quanto mais parecido, ou seja, quanto mais concordam em relação aquelas características, maior é a influencia genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito parecidos do que os bivitelinos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH. (Rohde e Mattos, ABDA, s/n)
Estudos científicos mostraram que crianças que sofreram intoxicação com chumbo, apresentam sintomas parecidos com o do TDAH. Benczik(2000, p32), diz que: Há algumas evidencias cientificas de que altos níveis de chumbo em crianças pequenas podem estar associados com maior risco para TDAH. Essa relação parece mais importante quando a exposição ao chumbo funciona como um irritante no cérebro prejudicando-o. Sabemos que as crianças estão expostas a chumbo em várias situações no seu cotidiano, seja nas roupas, nos doces, no solo ou até mesmo na água que ingerem. Alguns cuidados podem ser tomados pelos pais, se eles tiverem conhecimento desse fato. Sendo que esta é mais uma hipótese de uma possível causa do TDAH. e) Problemas familiares Uma das hipóteses mais utilizadas no senso comum é a de relacionar problemas familiares com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Estudos mostram que as dificuldades no lar, como por exemplo, alto grau de discórdia entre os pais, baixa instrução das mães, a família composta por um dos pais apenas e famílias com baixo poder aquisitivo, poderiam ser a causa do TDAH em alguns indivíduos. Mas, estes obstáculos da vida podem ter ligação com problemas de saúde mental e não necessariamente com o TDAH. 2.4 DIAGNOSTICO O Transtorno de Defict de Atenção/Hiperatividade, nos últimos anos, tornou-se um rótulo para quase todas as crianças que apresentam os sintomas característicos da síndrome. Sabemos que o TDAH é caracterizado pela falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. Porém, muitas crianças em fase de desenvolvimento apresentam esses comportamentos, por exemplo, são um pouco agitadas, não prestam atenção nas aulas, nem nas atividades que são encarregadas de fazer, não respeitam sua vez na fila. Contudo, para considerar em um possível diagnostico é necessário que esses sintomas aconteçam de
maneira excessiva, junto com demais manifestações, atrapalhando no desenvolvimento infantil. Outro ponto a ser analisado é o sistema de ensino utilizado pela grande maioria das instituições e as práticas pedagógicas que buscam padronizar o educando, no propósito de que todos os alunos correspondam da mesma maneira ao ensino que é passado, ou seja, que tenham o mesmo ritmo de aprendizagem. Por conta disso, as crianças com TDAH sofrem problemas na sala de aula, pois, para ter um bom desempenho acadêmico, depende muito do seu nível de concentração, além de seguir as regras estabelecidas pela professora, ficando quieto e sentado. Devemos levar em consideração também, o fator social e cultural do meio onde a criança está inserida. A equipe de avaliação precisa se atentar para as variações culturais na população dos indivíduos que estão sendo avaliados, identificando as diferenças individuais, fazendo uma análise clara, para uma intervenção adequada para o caso. A autora bencezik(2000, p. 55) descreve a avaliação da seguinte maneira: O objetivo da avaliação diagnostica do TDAH não é de qualquer forma rotular crianças, mas sim de avaliar e determinar a extensão na qual os problemas de atenção e hiperatividade estão interferindo nas habilidades acadêmicas, afetivas e sociais da criança, e na criação e no desenvolvimento de um plano de intervenção apropriado. É necessário que o profissional esteja atento para não transformar o social em biológico. Por isso a equipe de avaliação deverá agir com cautela e sensível às variações culturais das crianças para não cometer erros. Para que os professores tenham consciência que possuem em sua classe uma criança com TDAH é necessário um diagnostico. Benczik(2000, p. 56), descreve um modelo de avaliação psicológica para esse transtorno. Vejamos: Esse processo de avaliação envolve estágios diferentes (multinível) e também diferentes tipos de instrumentos e procedimentos (multimodal). Essa estratégia de avaliação é dinâmica e flexível e diretamente voltada em um plano de implementação da intervenção e da avaliação das intervenções realizadas. Esse modelo de avaliação pode ser realizado em quatro estágios, com objetivos e estratégias particulares, característicos de cada fase, a saber: 1) identificação do problema, 2)