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Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR): Diagnóstico, Fisiopatologia e Manejo, Resumos de Obstetrícia

O crescimento intrauterino restrito (ciur), uma condição que afeta o desenvolvimento fetal, com foco em sua fisiopatologia, diagnóstico e manejo. O texto descreve os fatores de risco, os métodos de avaliação, a classificação do ciur e as estratégias de tratamento, incluindo monitoramento fetal e placentário, internamento e intervenções maternas. O documento também discute as complicações perinatais e de longo prazo associadas ao ciur.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 15/01/2025

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Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR)
Feto não atinge o seu potencial de crescimento genético, sendo geralmente abaixo do
percentil 10 para a idade gestacional.
Está associado ao aumento da mortalidade perinatal, comprometimento do
desenvolvimento neurológico na infância e complicações neonatais e maior risco de
doenças cardiovasculares e síndrome metabólica na vida adulta.
Diferença entre CIUR e PIG (Pequeno para Idade Gestacional):
CIUR: Feto que não cresceu adequadamente devido a fatores
patológicos.
• PIG: Feto que é pequeno, mas pode ser constitucionalmente
saudável. Tem menor risco de morbimortalidade
Diante de um possível diagnóstico de CIUR deve-se excluir malformações e infecções e
avaliar insuficiência placentária ( com Doppler das artérias uterinas, umbilical e cerebral
média fetal) e oligoidrâmnio.
Etiologia
Fatores maternos:
• Doenças crônicas : hipertensão arterial ( diminui perfusão uteroplacentária), doenças
autoimunes ( colagenose, síndrome do anticorpo antifosfolípide) , trombofilias, Diabetes
mellitus insulino-dependente com vasculopatia
• Desnutrição crônica, tabagismo ( monóxido de carbono reduz a capacidade da
hemoglobina fetal de carregar oxigênio e a nicotina induz a liberação de catecolaminas
maternas que reduzem a perfusão placentária , uso de álcool e drogas.
Fatores placentários:
• Insuficiência placentária, trombofilia.
Fatores fetais:
• Malformações congênitas, aneuploidias, alterações cromossômicas, infecções
congênitas (TORCH), gestação múltipla, erros inatos do metabolismo
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Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR)

Feto não atinge o seu potencial de crescimento genético, sendo geralmente abaixo do percentil 10 para a idade gestacional.

Está associado ao aumento da mortalidade perinatal, comprometimento do desenvolvimento neurológico na infância e complicações neonatais e maior risco de doenças cardiovasculares e síndrome metabólica na vida adulta.

❗Diferença entre CIUR e PIG (Pequeno para Idade Gestacional):

  • CIUR: Feto que não cresceu adequadamente devido a fatores patológicos.
  • PIG: Feto que é pequeno, mas pode ser constitucionalmente saudável. Tem menor risco de morbimortalidade

Diante de um possível diagnóstico de CIUR deve-se excluir malformações e infecções e avaliar insuficiência placentária ( com Doppler das artérias uterinas, umbilical e cerebral média fetal) e oligoidrâmnio.

Etiologia

Fatores maternos:

  • Doenças crônicas : hipertensão arterial ( diminui perfusão uteroplacentária), doenças autoimunes ( colagenose, síndrome do anticorpo antifosfolípide) , trombofilias, Diabetes mellitus insulino-dependente com vasculopatia
  • Desnutrição crônica, tabagismo ( monóxido de carbono reduz a capacidade da hemoglobina fetal de carregar oxigênio e a nicotina induz a liberação de catecolaminas maternas que reduzem a perfusão placentária , uso de álcool e drogas.

Fatores placentários:

  • Insuficiência placentária, trombofilia.

Fatores fetais:

  • Malformações congênitas, aneuploidias, alterações cromossômicas, infecções congênitas (TORCH), gestação múltipla, erros inatos do metabolismo

Fisiopatologia

Redução do fluxo sanguíneo uteroplacentário leva à hipoxemia fetal, com desvio de sangue para órgãos nobres (cérebro, coração), resultando em redistribuição do crescimento.

Diagnóstico -Identificação de flores de risco no pré-natal

  • Atenção a história de recém-nascidos de baixo peso, com crescimento restrito ou mal-formações
  • Exame físico: AFU ( 4 ou + cm < ig→ deve investigar ), palpação uterina, e inadequado ganho de ponderal materno contribuem para o rastreio de RCF -USG:

1 - CA ( circunferência abdominal)- maior sensibilidade para detecção de RCF ( diminuição do fígado, do glicogênio, do tecido adiposo ) ● 2 - Avaliação do volume de líquido amniótico ( hipóxia crônica: diminuição progressiva do ILA, diminuição da excreção urinária do feto, sinalizando insuficiência placentária ) ● Vitalidade fetal pelo perfil biofísico fetal ( hipóxia aguda: primeiro cai BCF→ diminui movimentos respiratórios, corporais e o tônus )

Dopplervelocimetria Avalia : Circulação Materna – Artérias uterina s - identifica risco de insuficiência placentária, pré-eclâmpsia (que frequentemente acompanham RCF)

Resistência vascular placentária - Artéria Umbilical - insuficiência placentária (⬆ resistência <--> ⬇ fluxo = lesão placentária ) → centralização hemodinâmica

Artéria Cerebral média - avaliação fetal - queda do relação IP cérebro/umbilical < 1 ( vasodilatação seletiva para preservar órgãos nobres- 🧠, ♥ e suprarrenais - e vasoconstrição de outros órgãos )

Avaliação venosa ( do ducto venoso) - resposta cardiovascular do feto- parâmetro isolado com maior capacidade de predizer óbito fetal na RCF precoce

❗ o doppler pode indicar melhora apenas temporária

  • sulfato de magnésio se parto antes de 32 semanas

INDICAÇÃO MONITORAMENTO PARTO

1 PIG grave Insuficiência placentária leve

Semanal vaginal 37semanas

2 Insuficiência placentária GRAVE (diástole zero na artéria umbilical)

2X/semana 34s

3 BAIXA suspeita de Acidose ( artéria umbilical com diástole reversa, alteração de ducto venoso)

diariamente 30s

4 ALTA suspeita de Acidose 12/12h 26s

PREVENÇÃO

Pré-natal precoce e adequado;

  • Identificar fatores de risco e iniciar intervenções preventivas;
  • Cessação de hábitos prejudiciais: Tabagismo, álcool, drogas;
  • Suporte nutricional e acompanhamento de doenças crônicas.

PROGNÓSTICO Curto prazo: ( queda da oxigenação) → O CIR está associado a maior risco de complicações perinatais como asfixia, síndrome do desconforto respiratório, enterocolite necrosante.

Longo prazo ( distúrbios metabólicos) Risco aumentado para obesidade, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares no adulto.