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Este documento discute a relação entre cultura e o trabalho de correspondentes internacionais, com ênfase no caso do brasil e estados unidos. O texto aborda as diferenças culturais entre os dois países, a importância da economia e mobilidade social nos estados unidos, e a influência cultural estadunidense no mundo. Além disso, o documento discute as dificuldades enfrentadas por correspondentes brasileiros no exterior e por correspondentes estadunidenses no brasil.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Universidade Federal de Juiz de Fora Anna Flávia Rocha e Silva Correspondentes Internacionais: um diálogo entre culturas UFJF FACOM 2.SEM.
Anna Flávia Rocha e Silva
Monografia apresentada à banca examinadora de projetos experimentais como parte dos requisitos para conclusão do curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo. Orientadora acadêmica: Profª Drª Iluska Coutinho. UFJF FACOM 2.SEM.
Dedico este projeto a todos que me auxiliaram durante os anos de faculdade, em especial aos meus pais Tadeu e Assunção e aos meus irmãos Rosanna e Rafael.
Exposição sobre Jornalismo Internacional e correspondentes internacionais. Estudo de caso sobre artigos do jornalista Larry Rohter no New York Times sobre o Brasil.
Em geral, o texto de projetos acadêmicos é redigido na terceira pessoa. Entretanto, resolvi escrever esta introdução em primeira pessoa devido ao meu envolvimento durante toda realização deste trabalho. Irei não somente analisar um assunto através de livros e teorias, mas escrever sobre algo que é resultado de minha experiência e acrescenta um pouco mais também na minha formação como jornalista. Durante quatro meses, realizei um estágio na Scripps Howard Foundation Wire – uma agência de notícias em Washington. Nesse período estive em contato com correspondentes internacionais e cobri assuntos de interesse internacional, o que me motivou na escolha do tema desta monografia. Correspondentes internacionais nos enviam informações diariamente de países os quais conhecemos bem ou nunca ouvimos falar. Um correspondente deve dar conta de cobrir todo um país, região e até mesmo continente. As notícias que recebemos passam pelo crivo e avaliação de um profissional que, muitas vezes, enfrenta dificuldades no país estrangeiro que cobre e deve estar atento a tudo o que possa interessar ao leitor de seu país. A figura desses jornalistas sempre me fascinou. Eles vão para uma terra que, às vezes, nem conhecem, para mandar as informações mais importantes e de interesse para o seu país. “Como você cobre o que não conhece?”, foi a pergunta que ouvi de muitos, em tom crítico, ao relatar minha experiência como repórter em Washington. Agora, retorno a pergunta, “Então o jornalista é expert em todos os assuntos que cobre?” Definitivamente não. Busquei questionar diversos correspondentes sobre cobertura internacional, em especial aqueles brasileiros que vão para os Estados Unidos – um
dos países que recebe mais jornalistas no mundo. A maioria considera o trabalho do correspondente internacional como o de qualquer outro jornalista que, constantemente, é confrontado com uma pauta da qual não conhece, um tema o qual nunca ouviu falar – isso em qualquer país, editoria e estágio de carreira. Minha monografia procurou então identificar como a cultura do correspondente internacional pode influenciar sua cobertura. Ainda que o seu trabalho seja objetivo, parto do pressuposto de que é impossível ser totalmente imparcial quando se exerce uma atividade tão subjetiva e complexa como o jornalismo. Na atividade de um correspondente internacional, toda informação é nova, ou, ao menos, há sempre um obstáculo a ser superado – seja um sotaque mais carregado no idioma que não é o seu, seja uma dificuldade de acesso a fontes importantes, seja o desconhecimento de determinado costume que lhe impede de prosseguir com uma entrevista, seja uma pergunta formulada de um jeito diferente que também provoca uma resposta inesperada. A relação entre cultura e o trabalho do correspondente internacional é, portanto, fonte de debate. Durante um evento na National Geographic Society em Washington, fotógrafos que documentaram seus países e falavam sobre suas fotografias, discutiam a importância do relato jornalístico feito pelo próprio nativo da região. A maioria dos presentes destacou que, só mesmo o nativo pode verdadeiramente conhecer e reportar o fato, por ser ele o que melhor conhece a cultura e particularidades de seu país. No entanto, um jornalista brasileiro reportando para os chineses, por exemplo, desconhece o seu leitor e poderia omitir aspectos importantes sobre as notícias brasileiras que levariam ao melhor entendimento do leitor oriental.
New York Times, Larry Rohter, já que no estudo de caso, analisamos algumas de suas matérias sobre o Brasil publicadas naquele jornal, mas também não conseguimos fazer contato. Também foram entrevistados os estudantes de jornalismo estadunidenses como os quais fiz o estágio na Scripps Howard Foundation Wire , que deram sua opinião sobre o que constitui a cultura dos Estados Unidos. Através deste projeto pretendemos conhecer um pouco mais sobre a maneira como o correspondente internacional trabalha e como suas reportagens influenciam a visão dos leitores sobre o país que é destacado.
Cultura é constantemente associada à sabedoria, educação e, até mesmo, à sofisticação. Sob esse ponto de vista, cultura significa nível social e educacional, sendo atribuída àqueles considerados letrados; apreciadores e conhecedores das artes, ciências e outros campos do conhecimento. Em “Você tem cultura?”, Roberto da Matta faz uma distinção entre os conceitos de cultura, considerando que o termo também é usado para discriminar – quando os que não têm erudição são considerados “sem cultura”: Cultura aqui é equivalente a volume de leituras, a controle de informações, a títulos universitários e chega até mesmo a ser confundida com inteligência, como se a habilidade para realizar certas operações mentais e lógicas (que definem de fato a inteligência) fosse algo a ser medido ou arbitrado pelo número de livros que uma pessoa leu, as línguas que pode falar, ou os quadros e pintores que pode, de memória enumerar. (DA MATTA, 1986, p. 122) De acordo com o conceito antropológico, cultura refere-se à personalidade e à vida social do indivíduo. Nesse contexto, cultura é conceituada como o conjunto de características que estabelecem normas comuns de comportamento, identificando um ser ao grupo: Para nós, “cultura” não é simplesmente um referente que marca uma hierarquia de “civilização”, mas a maneira de viver total de um grupo, sociedade, país ou pessoa. Cultura é, em Antropologia Social e Sociologia, um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas. (DA MATTA, 1986, p. 123) A cultura, portanto, estabelece normas básicas de comportamento, mas ela é regulada por um número finito de regras, permitindo diversas variações dentro de uma única cultura. Esse conjunto de regras define como classificamos o mundo. Uma única cultura possui várias formas de atualização e expressão: “Apresentada assim, a cultura parece ser um bom instrumento para compreender as diferenças entre os homens e as sociedades.“ Essas diferenças seriam resultado das diversas
Essa tendência de condenar o diferente como irracional e bárbaro é um fenômeno universal, chamado de etnocentrismo, o qual Laraia define como um fenômeno universal: O ponto fundamental de referência não é a humanidade, mas o grupo. Daí a reação, ou pelo menos, a estranheza, em relação aos estrangeiros (...) comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais. (LARAIA, 1986, p. 75) Já Lévi-Strauss afirma que “a diversidade das culturas é de fato no presente, e também de direito no passado, muito maior e mais rica que tudo o que estamos destinados a dela conhecer.” (2000, p. 54) Segundo ele, “duas culturas elaboradas por homens pertencentes a uma mesma raça podem diferir tanto ou mais que duas culturas provenientes de grupos racialmente afastados.” (p.54) As culturas não se diferem do mesmo modo. Para Lévi-Strauss as sociedades humanas nunca se encontram isoladas e o contato entre elas provoca estranhamentos e desejos de oposição: É na própria medida em que pretendemos estabelecer uma discriminação entre as culturas e os costumes, que nos identificamos mais completamente com aqueles que tentamos negar. Recusando a humanidade àqueles que surgem como os mais “selvagens” ou “bárbaros” dos seus representantes, mais não fazemos que copiar- lhes as suas atitudes típicas. O bárbaro é em primeiro lugar o homem que crê na barbárie. (2000, p. 60) Tanto na negação ou aceitação de novos costumes, é no contato com outras culturas que as sociedades reafirmam ou modificam sua própria cultura na construção de sua identidade.
2.1. Identidade cultural Na descoberta de novos hábitos, o indivíduo revê, e reafirma ou modifica sua cultura original, identificando-se ou estranhando uma dada cultura. Lévi-Strauss afirma que todo o processo cultural é função de uma coligação entre as culturas: Esta coligação consiste em pôr em comum (consciente ou inconsciente, voluntário ou involuntário, intencional ou acidental, procurado ou obrigado) das possibilidades que cada cultura encontra no seu desenvolvimento histórico; finalmente admitimos que esta coligação era tanto mais fecunda quanto se estabelecia entre culturas mais diversificadas. (2000, p. 91) Manuel Parés i Maicas caracteriza a identidade cultural como o sentimento de pertencer a uma sociedade, relacionada com a reafirmação das raízes. Segundo ele, as características que definem a identidade cultural diferem em cada comunidade, ainda que estas sejam partes da mesma nação. A identificação com um grupo pode ocorrer de acordo com características como etnia, língua, religião, compartilhamento de um território, classe social, entre outras. A identidade cultural está sujeita às mudanças advindas do contato com outras culturas e outras influências externas: A identidade cultural sempre leva implícita em si a idéia de alteridade, e de relação com o outro, a par do sentido de pertencimento ao que consideramos que nos é próprio. Não podemos concebê-la como algo estático, senão como uma obra, um fenômeno mutante.^2 (MAICAS, 1996, p. 19) Mas esse contato entre diversas culturas, ao mesmo tempo em que reforça a cultura originária, também ressalta a identidade como efêmera. Stuart Hall explica que as sociedades modernas estão em mudança constante e nesse contexto, as sujeitas também assume identidades distintas, “variáveis”, “provisórias” e “problemáticas”, dependendo do momento: (^2) (tradução da autora) La identidad cultural siempre lleva implícita em si la idea de alteridad, y de relación com el outro a la par de sentido de pertenencia a lo que consideramos que nos es próprio. No la podemos concebir como algo estático, sino como um hecho, um fenômeno cambiante.
A relativização é não somente um processo para evitar conflitos e negação da cultura do outro. Entendendo o diferente em seu contexto, reforçamos nossa própria identidade ao reconhecermos nossas raízes culturais. 2.1.1. Identidade Cultural no Brasil A cultura brasileira é diversa e tão extensa como o território do país. No exterior o Brasil é, constantemente, classificado como um lugar exótico – conhecido pelas belezas naturais, hospitalidade, futebol e carnaval. Mas em um país que também se manifesta pela multiplicidade de estilos, torna-se difícil definir a identidade brasileira. Ainda que dentro da sociedade brasileira existam grupos diferentes, a nossa identidade pode ser entendida como uma série de características que fazem parte do repertório comum de um brasileiro. Por exemplo, todos nós falamos Português e identificamos uma série de características típicas de um brasileiro, ainda que não nos enquadremos a todas essas características. Da Matta exemplifica nossa identidade por meio de um processo de contraste com a cultura estadunidense: Sei, então, que sou brasileiro e não norte-americano, porque gosto de comer feijoada e não hambúrguer; porque sou menos receptivo a coisas de outros países, sobretudo costumes e idéias; porque tenho um agudo sentido de ridículo para roupas, gestos e relações sociais; porque vivo no Rio de Janeiro e não em Nova York; porque falo Português (...) (DAMATTA, 1994, p.16) Para Da Matta, cultura exprime um estilo e um modo de fazer as coisas. Ele alerta que a sua definição foi feita sob um ponto de vista brasileiro e, portanto, reconhecida pelos brasileiros, “usei uma fórmula que me foi fornecida pelo Brasil.” (1994, p. 18)
A identidade brasileira também é definida pela noção da família, a proteção dos laços sanguíneos, o lugar da tradição o qual resguardamos. A casa, sendo o local da confiança, é também é o local onde são aceitos agregados que não fazem parte da família, mas são acolhidos no ambiente, como um amigo que passa por dificuldades financeiras ou um velho empregado que não tem para onde ir. (DA MATTA, 1994, p.26) A rua também é um local importante para os brasileiros. Segundo Da Matta, casa e rua se equilibram, numa perspectiva do mundo complementar: “Todos sabemos, por experiência respeitável e profunda, que na rua não se deve brincar com quem representa a ordem, pois naquele espaço se corre o grave risco de ser confundido com quem é ninguém.” (1994, p.31). Outro aspecto destacado por Da Matta, é visão do trabalho que na concepção anglo-saxã é considerado “uma ação destinada à salvação.” No Brasil, a concepção de trabalho é realizada através da tradição católica romana, na qual é considerado “castigo”: Não é à toa que o nosso panteão de heróis oscila entre uma imagem deificada do malandro (aquele que vive na rua sem trabalhar e ganha o máximo com um mínimo de esforço), o renunciador ou o santo (aquele que abandona o trabalho neste e deste mundo e vai trabalhar para o outro, como fazem os santos e líderes religiosos) e o caxias, que talvez não seja o trabalhador, mas o cumpridor de leis que devem obrigar os outros a trabalhar...” (1994, p.31). O fator racial é outro ponto presente na cultura brasileira. Da Matta menciona o padre jesuíta José Antonil que define a estrutura racial brasileira como um triângulo formado por branco, mulato e negro -- associando o branco ao paraíso, o mulato ao purgatório e o negro ao inferno. O Brasil não é um país dual de caráter exclusivo, “ou seja, uma oposição que determina a inclusão de um termo e a
Estados Unidos é “uma simples e direta adequação entre a prática social e o mundo constitucional e jurídico (...) É isso que faz a obediência que tanto admiramos e, também, engendra aquela confiança de que tanto sentimos falta.” (1994, p.98) Existem outros aspectos culturais estadunidenses que conquistam os mais diversos países através da influência cultural que os Estados Unidos exercem em todo o mundo com a sua mídia – filmes Hollywoodianos, indústria musical, canais a cabo de televisão. Através desses e de outros meios, a cultura norte-americana consegue espalhar-se por nações diferentes e estabelecer padrões de comportamento relacionados ao consumo. Sut Jhally argumenta que os Estados Unidos vivem uma cultura consumista e, portanto, às vezes, é difícil identificar as origens dos seus valores. Nessa sociedade do consumo, a cultura também se torna um produto: No mundo contemporâneo, mensagens sobre mercadorias são todas penetrantes – a publicidade foi crescentemente ocupando os espaços da nossa existência diária. Nossa mídia é dominada pelas imagens publicitárias, o espaço público foi tomado pela informação sobre os produtos, e a maioria dos nossos eventos esportivos e culturais são acompanhados pelo nome de um patrocinador corporativo.^3 (JHALLY, 2003, p. 250) Gary R. Weaver defende que os maiores efeitos dos movimentos pelos direitos civis e anti-Guerra do Vietnam nos anos 60, foi o questionamento de verdades culturais defendidas pelos estadunidenses durante várias gerações. Weaver explica que esses movimentos levaram à reafirmação da identidade cultural dos grupos: Não mais, os indivíduos estão negando as suas identidades para se ajustar na abstrata sociedade Anglo-masculina. Eles estão afirmando suas originalidades e totalidade ao mesmo tempo em que as adotam para a sua justa cota nos benefícios da sociedade.^4 (WEAVER, 2000, p. 60) (^3) (tradução da autora) In the contemporary world, messages about goods are all pervasive – advertising has increasingly filled up the spaces of our daily existence. Our media are dominated by advertising images, public space hás been taken over by “information” about products, and most of our sporting and cultural events are accompanied by the name of a corporate sponsor.
Weaver acrescenta que, ao contrário de um pluralismo cultural, existe hoje nos Estados Unidos, um imperialismo cultural. Os hábitos e costumes de minorias como, Chineses, Latinos, Indianos e Africanos, que vivem no país, por exemplo, não foram absorvidos pela cultura estadunidense. Ao contrário, a diversidade aumentou o racismo. Os grupos minoritários, então, passam a reafirmar seus valores e interesses culturais mais arduamente: As dinâmicas do racismo são agora aparentes para a maioria dos americanos (...) No entanto, a opinião de que todos os homens são iguais é talvez tão responsável para esse nivelamento cultural como qualquer tipo de racismo evidente, primeiramente porque nega a realidade das diferenças físicas, culturais, e psicológicas entre os homens.^5 (WEAVER, 2000, p. 60). A identidade cultural nos Estados Unidos é, assim como a brasileira, de difícil definição. Os Estados Unidos é extenso territorialmente, com regiões que se diferenciam em seus costumes. Além disso, existem os estrangeiros que residem no país legal ou ilegalmente. Cerca de 11,7 por cento da população que vive nos Estados Unidos, não nasceu naquele país – isso corresponde à 33,5 milhões de pessoas, segundo estimativas do relatório do Census norte-americano, divulgado em 2003. Nesse contexto de diversidade cultural, os semelhantes se reuniram formando grupos – compostos por indivíduos que querem reafirmar suas origens culturais e particularidades. 2.1.3. Perspectivas da cultura norte-americana (^4) (tradução da autora) No longer are individuals denying their identities to fit into an abstractive, Anglo-male society. They are asserting their uniqueness and wholeness while taking it for granted that they are entitled to their fair share of society’s benefits (^5) (tradução da autora) The dynamics of racism are now apparent to most Americans (...) Yet, the belief that all men are equal is perhaps as responsible for this cultural leveling as any sort of overt racism, primarily because it denies the reality of physical, cultural, and psychological differences among men.