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Articulação entre corpo, arte, clínica e potência.
Tipologia: Provas
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Nome: Larissa Abiraude Professora: Leda Rebello Materia: Corpo e Clinica Contemporânea A articulação entre corpo, arte, clínica e potência propõe, em primeiro lugar, a escuta singular dos corpos. Ela nos trás a ideia de que não há um corpo universal, mas sim corpos com diferentes especificidades nos seus modos de sentir, experimentar e de como as inscrições das memorias e dos registros que nos constituem, enquanto seres no mundo, foram deixando marcas a serem desconstruídas. Corpo e mente funcionam como unidade, não havendo uma causalidade entre eles, pois a experiencia acontece em todos os campos de forma simultânea. Pensar no corpo não é, necessariamente, pensar em intervir nele ou lançar mão do uso de alguma psicoterapia corporal especifica. É possível alcançarmos planos de sensibilidade pela palavra que, de alguma maneira, se intensificam quando a fala consegue mobilizar afetos no corpo e quando temos uma escuta sensível pra essa singularidade. Precisamos pensar nos corpos rígidos que se cristalizaram em modos de existência e os afastaram de suas verdadeiras subjetividades. Na clínica, as vezes, a palavra vêm esvaziada de afetos e surge como uma repetição mecânica de apegos que não são particulares do sujeito, mas sim modelos reproduzidos a partir do ponto de vista social ou até mesmo da organização psíquica formulada na primeira infância. Esses modelos, que são atrelados às narrativas do mundo, fazem com que as pessoas reproduzam modos de pensar que as afastam dos próprios estados afetivos. Para ocorrer algum deslocamento é preciso que haja uma sensibilização e uma apropriação do corpo em si, pois a partir do momento em que nossos estados de afeto são vivenciados, podemos criar possibilidades do surgimento de algo novo. À medida que esse corpo se sensibiliza, seja pela palavra, toque, movimento, dança, diálogo com a arte ou qualquer tipo de expressão, é possível experimentar esses estados inéditos, acessamos níveis potenciais que são subjetivos, e assim abrimos possibilidades do surgimento de novas formas de perceber e de sentir. Nessa medida a clinica se aproxima da arte, pois a arte é o surgimento de algo inédito, de algo novo. A arte produz afetações sem objetivos pré-definidos, ou seja, são singulares, cada expectador se afeta de maneira única. Nossos traços são construídos de
maneira singular, então cada um vai vivenciar a experiencia de forma diferente, mas independente da natureza do afeto, os deslocamentos e possibilidades trazidos pela arte nos permite acessar questões, indagações e emoções particulares da nossa subjetividade. A arte na clínica acontece de acordo com cada abordagem, encontro terapêutico, analista e paciente. É preciso saber sobre as narrativas que o sujeito vem trazendo, sobre aquilo que ele já pode acessar e sobre o que já é suportável para ele. Não há uma formula a priori, na verdade, há uma ausência de formula, pois falamos de uma clínica que não atende a um modelo de intervenção especifico, sendo construída na arte do manejo. Podemos concluir que a clínica se aproxima da arte quando ela opera com o intuito de desligar o corpo submetido à alienação subjetiva e busca possibilidades de trazer novos horizontes de experimentação. Essa ideia contempla uma clínica que não normatiza, que não segue um modelo de intervenção, mas um modo de interação onde o manejo terapêutico não busca a cura ou a adequação, mas a possibilidade de intervir buscando o surgimento do novo, para que ocorra um deslocamento da nossa potencialidade corporal à um plano de intensidade mais sensível.