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Fala sobre atualizações ministério saúde sobre coronavírus
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE 1 ª VERSÃO
Dario Brock Ramalho Heloisa Helena Pelluci Janaína Almeida Nara Lúcia Carvalho da Silva Tânia Maria Marcial Amaral Soraia Zardini de Morais FHEMIG Daniela Caldas Teixeira Lívia Fulgêncio da Cunha Melo Neimy Ramos Tatiani Feregueti Virginia Antunes de Andrade FUNED Marluce Oliveira
Em 31 de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na província de Hubei, na China, ocorreu um conglomerado de 27 casos de síndrome respiratória aguda de etiologia desconhecida entre pessoas ligadas a um mercado úmido (de produtos marinhos) dos quais 7 foram relatados como graves. Os casos possuiam vínculo epidemiológico entre si e foi aventada a possíbilidade de transmissão através do contato com animais marinhos manipulados no mercado. Foi identificado pelos chineses tratar-se de um novo vírus que foi denominado 2019 – nCoV (novo coronavírus). 2 - INFORMAÇÕES SOBRE O CORONAVIRUS Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1. Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV). Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia. Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV). 2.1- Período de incubação : média de 5 dias, podendo chegar até 16 dias 2.2- Período de transmissibilidade : A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do Novo Coronavírus (2019- nCoV) sugerem que a transmissão possa ocorrer, mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informação suficiente de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas que uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.
2.3- Transmissão inter-humana Todos os coronavírus são transmitidos de pessoa a pessoa, incluindo os SARS-CoV e o MERS-CoV, porém sem transmissão sustentada, segundo a OMS. Quanto ao 2019- nCoV também já foi confirmada a transmissão de pessoa a pessoa, mas ainda não está esclarecida se tem transmissão sustentada.
2. 4 - Modo de Transmissão De uma forma geral, a principal forma de transmissão dos coronavírus é por meio do contato próximo pessoa a pessoa, a partir de secreções respiratórias de uma pessoa infectada, como também pela tosse. 2.5- Fonte de infecção A maioria dos coronavírus geralmente infectam apenas uma espécie animal ou, pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas. Porém, alguns coronavírus, como o SARS-CoV podem infectar pessoas e animais. O reservatório animal para o SARS-CoV é incerto, mas parece estar relacionado com morcegos. Também existe a probabilidade de haver um reservatório animal para o MERS-CoV que foi isolado de camelos e de morcegos. A forma de transmissão do 2019 - nCoV ainda não está totalmente estabelecida e continua sendo investigada, segundo a OMS. 3 - DEFINIÇÃO DE CASO Situação 1 : Febre* E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU Situação 2 : Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo** de caso suspeito para o coronavírus (2019-nCoV), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU Situação 3 : Febre* OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus (2019-nCoV) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas. *Febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, os extremos de idade, imunossuprimidos ou que tenham utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação.
Os casos suspeitos serão encaminhados aos hospitais de referência após discussão com CIEVS MG. Formulário para preenchimento dos casos suspeitos: https://redcap.saude.gov.br/surveys/?s=TPMRRNMJ3D 4.1- Paramentação e desparamentação do profissional de saúde A paramentação bem como a desparamentarão deverão seguir o descrito Anexo 1. 5 - COLETA DE MATERIAL PARA EXAME ESPECÍFICO E FLUXO DAS AMOSTRAS – FUNED Todos os pacientes com critério para caso suspeito deverão ter as duas amostras de secreção de naso-orofaringe ( swab combinado) coletadas, preferencialmente no centro de referência, por profissional capacitado e devidamente paramentado. Deve-se coletar 2 amostras de cada paciente (2 tubos com meio de transporte viral, contendo 3 swabs cada). O material poderá permanecer refrigerado entre 2 e 8ºC, caso entregue à Funed em até 24h após a coleta. Caso a amostra não possa ser entregue dentro deste prazo, deverá ser congelada a - 80ºC ou em nitrogênio líquido, condições nas quais poderá permanecer por período indeterminado até seu envio à Funed. Devem ser seguidas as orientações para coleta de amostras para diagnóstico de Vírus Respiratórios, conforme Manual de Coleta, acondicionamento e transporte de material biológico para exames laboratoriais , disponível no site da Funed em: funed.mg.gov.br/fichas-formularios-manuais-e-termos-de-coleta-de-amostras. 6 - CONDUTA PACIENTE INTERNADO (Equipes do Hospital Eduardo de Menezes e João Paulo II - FHMEMIG) Esta é a primeira edição deste documento para 2019 - nCoV e trata-se de uma adaptação do manejo clínico recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para manejo de infecções respiratórias agudas graves causadas por MERS- CoV (2019). Este documento é destinado às equipes assistenciais que cuidam de pacientes adultos e pediátricos hospitalizados com síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) quando houver suspeita de infecção por 2019 - nCoV. Não se destina a substituir o julgamento clínico ou a consulta especializada, mas fortalecer o manejo clínico desses pacientes e fornecer orientações atualizadas. 6.1- Triagem: reconhecimento precoce de pacientes com suspeita de infecção por nCoV O 2019 - nCoV pode manifestar-se por doença leve, moderada ou grave, incluindo pneumonia grave, SARA, sepse e choque séptico (Tabela 1). O reconhecimento
precoce de pacientes suspeitos permite medidas de prevenção e controle de infecção (PCI) oportunas e a identificação precoce de critérios de gravidade. Nesse momento, por medida de mitigação, todos os casos suspeitos serão hospitalizados. Tabela 1. Síndromes clínicas associadas à infecção por nCoV Doença não complicada Pacientes com infecção viral não complicada do trato respiratório superior. Podem apresentar sintomas inespecíficos como febre, tosse, dor garganta, congestão nasal, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular ou mal-estar. Os idosos e imunossuprimidos podem apresentar sintomas atípicos. Pneumonia Leve Paciente com pneumonia e sem sinais de pneumonia grave. Criança com pneumonia não grave tem tosse ou dificuldade em respirar + taquipneia: <2 meses ≥60irpm; 2-11 meses ≥50 irpm; 1– 5 anos ≥40 irpm e sem sinais de pneumonia grave. Pneumonia Grave Adultos e adolescentes: febre ou suspeita de infecção respiratória, frequência respiratória > 30irpm, desconforto respiratório grave ou SpO2 <90% em ar ambiente. Criança: tosse ou dificuldade para respirar, além de pelo menos um dos seguintes: cianose central ou SpO2 <90%; desconforto respiratório grave (por exemplo, grunhir, tiragem intercostal importante); sinais de pneumonia com um sinal de alerta: incapacidade de amamentar ou ingerir líquidos, letargia, inconsciência ou convulsões. Outros sinais de pneumonia podem estar presentes: tiragem intercostal, balanço tóraco abdominal e taquipneia. O diagnóstico é clínico; realizar radiografia do tórax para excluir complicações. Síndrome da Angústia Respiratória Aguda - SARA Início : sintomas respiratórios novos ou agravados dentro de uma semana do diagnóstico clínico conhecido. Imagem do tórax (radiografia, tomografia computadorizada ou ultrassonografia do pulmão): opacidades bilaterais, não totalmente explicadas por derrames, atelectasias ou nódulos. Origem do edema : insuficiência respiratória não totalmente explicada por insuficiência cardíaca ou sobrecarga de líquidos. Oxigenação (adultos):
Em caso de desenvolvimento de sintomas, o contato será encaminhado, imediatamente, para avaliação médica, aos serviços de referência. Esse deverá ser orientado a não procurar outros serviços de saúde. 9 - VIGILÂNCIA DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) A vigilância epidemiológica é essencial para as atividades de prevenção e controle de doenças e é uma ferramenta na alocação de recursos do sistema de saúde, bem como na avaliação do impacto de programas e serviços. Para tanto, a Coordenação de Doenças e Agravos Transmissíveis - CDAT recomenda às SRS/GRS que mantenham os municípios de sua área de abrangência em ALERTA TOTAL A QUALQUER CASO SUSPEITO DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG), em virtude da proximidade do período de sazonalidade da influenza, bem como a ocorrência de casos de coronavírus na China. Definição de Caso: (SRAG) Indivíduo de qualquer idade, internado com Síndrome Gripal (febre, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e com início dos sintomas nos últimos 7 dias) e que apresente dispneia ou saturação de O 2 < 95% ou desconforto respiratório. Deve ser registrado o óbito por SRAG independente da internação. Em indivíduos com mais de 6 meses de vida, a Síndrome Gripal é caracterizada por febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia; Em indivíduos com menos de meses de vida, a Síndrome Gripal é caracterizada por febre de início súbito, mesmo que referida, e sintomas respiratórios Casos suspeitos de SRAG, em indivíduos vivos ou em casos de óbito, deverão ser notificados de forma individual no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Influenza (SIVEP-Gripe), através da Ficha de Investigação “Caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG-Hospitalizado)” Acesso disponível em: http://aplicacao.saude.gov.br/sivepgripe
A primeira luva deverá ser retirada e descartada no quarto e a segunda luva na antessala.