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Guias e Dicas
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Menino de Asas: A História de Discriminação e Resiliência, Provas de Língua Portuguesa

Neste texto, encontramos a narrativa mágica de homero homem sobre menino de asas, que sofre discriminação por ter asas em vez de braços. A história mostra como as pessoas da vila impuseram ao professor uma dilema: ensinar os meninos com pés ou o único com asas. Através desta narrativa, podemos refletir sobre o preconceito social e a importância de respeitar as diferenças. Além disso, podemos analisar os personagens, os elementos de uma narrativa e o significado do título.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Homer_JS
Homer_JS 🇧🇷

4.5

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Prefeitura Municipal de Nova Friburgo
Secretaria Municipal de Educação
Equipe dos Anos Finais Coordenação de Língua Portuguesa
OLÁ, QUERIDO ESTUDANTE! SEJA BEM-VINDO!!!
Nesse momento em que as nossas escolas precisam permanecer fechadas para
evitar aglomerações devido ao Coronavírus, convido você a direcionar parte do seu
tempo para alimentar os conhecimentos construídos ao longo de sua formação escolar.
Há um provérbio que diz: " Todas as flores do futuro estão na semente de hoje".
Então, todo dia é dia de renovar as nossas aprendizagens!
ATIVIDADE 4 - 8° ANO - LÍNGUA PORTUGUESA
1- O fragmento que você vai ler abaixo é de um livro diferente, mágico e humano, que conta as
desventuras do personagem “Menino de Asas.”
MENINO DE ASAS
No dia seguinte, Menino de Asas retornou da escola tão triste que se esquecera de fazer
uso das asas. Caminhava desajeitadamente na areia quente, como um pássaro esquisito.
Contou que nenhuma criança comparecera à aula. Ficara sozinho na classe, alisando as
pontas das asas os bancos solitários.
O professor também estava triste, nem lhe tomara a lição. Mandou-o para o recreio e
o recreio era o mesmo deserto de crianças.
Não aguentando a solidão, começara a chorar pedindo para voltar para casa.
Professor, por que os outros meninos não vieram à aula? ´perguntou.
O professor respondeu que era feriado, fosse para casa. À noite daria um pulinho à casa
de seu pai. Precisava ter uma conversa com ele.
Menino de Asas contava a história muito triste, vagamente inquieto. Teria cometido
alguma arteirice?
A mãe achou que sim, o pai achou que não. Aquilo era coisa de caçadores, disse cerrando
as grossas sobrancelhas sujas de terra.
Depois do jantar, que foi calado e comprido, chegou o professor. Pediu ao pai camponês
que mandasse o filho lá para dentro. E contou.
Menino de Asas não podia mais voltar à escola. A vila em peso impusera-lhe o dilema:
ensinar exclusivamente aos seus filhos, que eram a maioria, ou ao Menino de Asas, que era a
exceção.
Na véspera tinha havido vários acidentes na vila. Fiadas no exemplo do Menino de Asas,
as crianças tentavam levantar voo e se machucavam, algumas seriamente. O filho do juiz
quebrara a perna. O do barbeiro fora levado à outra vila, com suspeita de ter partido duas
costelas.
Numa palavra, a vila impusera ao professor que escolhesse entre lecionar aos meninos
que usavam pés ou ao único menino que usava asas. Misturá-los é que não era possível.
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Prefeitura Municipal de Nova Friburgo

Secretaria Municipal de Educação

Equipe dos Anos Finais – Coordenação de Língua Portuguesa

OLÁ, QUERIDO ESTUDANTE! SEJA BEM-VINDO!!!

Nesse momento em que as nossas escolas precisam permanecer fechadas para

evitar aglomerações devido ao Coronavírus, convido você a direcionar parte do seu

tempo para alimentar os conhecimentos construídos ao longo de sua formação escolar.

Há um provérbio que diz: " Todas as flores do futuro estão na semente de hoje".

Então, todo dia é dia de renovar as nossas aprendizagens!

ATIVIDADE 4 - 8° ANO - LÍNGUA PORTUGUESA

1- O fragmento que você vai ler abaixo é de um livro diferente, mágico e humano, que conta as

desventuras do personagem “Menino de Asas.”

MENINO DE ASAS

No dia seguinte, Menino de Asas retornou da escola tão triste que se esquecera de fazer

uso das asas. Caminhava desajeitadamente na areia quente, como um pássaro esquisito.

Contou que nenhuma criança comparecera à aula. Ficara sozinho na classe, alisando as

pontas das asas os bancos solitários.

O professor também estava triste, nem lhe tomara a lição. Mandou-o para o recreio — e

o recreio era o mesmo deserto de crianças.

Não aguentando a solidão, começara a chorar pedindo para voltar para casa.

— Professor, por que os outros meninos não vieram à aula? — ´perguntou.

O professor respondeu que era feriado, fosse para casa. À noite daria um pulinho à casa

de seu pai. Precisava ter uma conversa com ele.

Menino de Asas contava a história muito triste, vagamente inquieto. Teria cometido

alguma arteirice?

A mãe achou que sim, o pai achou que não. Aquilo era coisa de caçadores, disse cerrando

as grossas sobrancelhas sujas de terra.

Depois do jantar, que foi calado e comprido, chegou o professor. Pediu ao pai camponês

que mandasse o filho lá para dentro. E contou.

Menino de Asas não podia mais voltar à escola. A vila em peso impusera-lhe o dilema:

ensinar exclusivamente aos seus filhos, que eram a maioria, ou ao Menino de Asas, que era a

exceção.

Na véspera tinha havido vários acidentes na vila. Fiadas no exemplo do Menino de Asas,

as crianças tentavam levantar voo e se machucavam, algumas seriamente. O filho do juiz

quebrara a perna. O do barbeiro fora levado à outra vila, com suspeita de ter partido duas

costelas.

Numa palavra, a vila impusera ao professor que escolhesse entre lecionar aos meninos

que usavam pés ou ao único menino que usava asas. Misturá-los é que não era possível.

O professor — disse — muito relutara, muito argumentara com os pais da vila. Com o

tempo tudo daria certo, as crianças tinham se entendido muito bem com Menino de Asas.

Inútil. Os pais da vila mantinham-se irredutíveis.

Assim Menino de Asas não podia mais ir à escola. Sob pena de ele, professor, perder o

lugar. Era pobre, tinha também quatro meninos, que usavam os pés, para alimentar e educar. O

pai camponês devia compreender: Menino de Asas tinha mesmo que ficar sem instrução.

— Não há nenhum jeito a dar, senhor mestre? — perguntou a mãe.

— Havia um, sim — disse o professor baixando os olhos. Mas não era sugestão dele, não.

Era dos pais dos meninos que usavam os pés.

— Qual é? — perguntou o pai agarrando-se àquela esperança.

— Que os pais do Menino de Asas consintam em operá-lo. Que suas asas sejam cortadas

— disse o professor baixando ainda mais os olhos.

— Cortar as asas de meu filho, milagre de Deus? — protestou a mãe — As lindas asas

de meu filho? Nunca!

O professor respondeu que assim também pensava, estava até aliviado porque a mãe de

Menino de Asas não concordava com a malvadeza.

— É crime cortar asas tão lindas. Até de pássaro, quanto mais de menino.

Assim, estava cumprida sua missão, ia embora.

O pai do Menino de Asas segurou-o pela gola, argumentou.

— Senhor mestre, ensine meu filho a ler. Ele não deve apenas voar. Tem de usar os pés

como os outros, já que vai viver num mundo que só sabe fazer uso dos pés. Senhor mestre,

venha cada dia à minha cabana, depois da aula, para ensinar meu filho a ler. E toda manhã e

toda tarde levarei à sua casa um cesto de cada coisa que eu extrair da terra.

É possível que o professor tenha aceitado a proposta por interesse. Seus quatro filhos que

usavam os pés estavam crescendo, careciam de comida. Mas também é possível que ele

aceitasse a incumbência com pena de Menino de Asas. De qualquer forma concordou depressa,

despediu-se do casal camponês e foi embora.

Tinha urgência em informar aos pais da vila que Menino de Asas não voltaria à escola.

E assim, por sete anos, Menino de Asas teve instrução ali mesmo em casa.

O pai camponês laborava a terra dobrado. Tinha que pagar pesado dízimo pela educação

do filho. Por fim o professor declarou-o instruído. Nada mais podia ensinar-lhe, por que nada

mais sabia.

A mãe camponesa ficou tão comovida que convidou-o a jantar o leitão que há meses

grunhia no fundo do quintal na expectativa e temor daquele dia.

À noite, depois de consumido o leitão, o pai camponês entregou ao professor o último

cesto de cada coisa que àquela tarde extraíra da terra: uns poucos repolhos, algumas batatas e

só.

A eira dera seus últimos frutos. Arruinara-se a terra. E com ela o camponês na educação

do filho de asas.

O professor quis recusar, mas Menino de Asas insistiu com ele para que levasse aquela

última paga.

— Parto amanhã para a cidade. Trabalharei até que a terra descanse e volte a produzir.

O mestre louvou-lhe as boas intenções.

— Um ótimo filho — disse. — Melhor que muitos dos meninos da vila.

Depois, despediu-se do casal camponês e foi embora.

Fonte:Homero Homem. Menino de Asas. 21. Ed. São Paulo. Ática. 1989. p. 9. 11-2 (Série Vaga-Lume.)

1.3- Qual foi a exigência dos pais dos meninos que usavam os pés para que o Menino de Asas

também pudesse ser instruído na escola da vila?

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1.4- Releia o trecho: “O pai camponês laborava a terra dobrado. Tinha que pagar um pesado

dizimo pela educação do filho.” O que você achou da atitude do pai do Menino de Asas ao

trabalhar arduamente para custear a educação do filho? Justifique.

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1.5- O fragmento narra a história de Menino de Asas, que foi discriminado pelo fato de ter um

par de asas, ao invés de braços.

Na sua opinião, o que levou as pessoas da vila a terem atitudes preconceituosas com ele?

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1.6- Menino de Asas sofreu uma grande injustiça, mas ainda tinha suas asas com as quais podia

realizar muitos feitos, até mesmo heroicos. Se você tivesse asas, o que faria pelo mundo de

hoje?

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2- No livro "Menino de Asas", o escritor Homero Homem nos conduz, através de uma narrativa

fantasiosa, a uma reflexão sobre o preconceito da sociedade com tudo o que considera diferente.

Na vida real, muitas vezes ocorrem situações preconceituosas ou até mesmo de "bullying."

Mas afinal, o que significa “bullying”?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas,

feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying

tem origem na palavra inglesa bully , que significa valentão, brigão. Mesmo sendo uma

denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação,

humilhação e maltrato.

Fonte: https://www.slideshare.net/saulonilson/bullying-

2.1- Leia a tirinha do ilustrador e cartunista Alexandre Beck e, após, responda a questão.

.

a) Qual a mensagem expressa no terceiro quadrinho do texto?

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3- A ESCOLA precisa ser um ambiente de respeito às diferenças e de comportamentos éticos,

inclusive no combate ao "bullying", que pode ser representado por diferentes tipos de agressão,

tais como: física, psicológica, moral, verbal, social ou virtual.

Agora é a sua vez de criar uma tirinha em quadrinhos ou uma charge abordando a importância

de valores comportamentais e éticos (respeito, dignidade, diálogo, solidariedade, convívio

democrático) no combate ao BULLYING.

Use a sua imaginação criativa e mãos à obra!

GABARITO (ATIVIDADE 3/ 8° ANO)

Releia as atividades postadas anteriormente (ATIVIDADE 3 / 8º ANO) e confira

abaixo as respostas corretas:

1.1- O assunto da reportagem é o incentivo que os médicos estão dando à leitura

de livros para crianças menores de 3 anos.

1.2- Os médicos pediatras estão receitando livros para as crianças menores de

3 anos para estimular a linguagem e a interação familiar.

1.3- Resposta pessoal.

a) Monteiro Lobato nasceu na cidade de Taubaté em São Paulo.

b) Monteiro Lobato estreou na literatura infantil com o livro "Urupês", que tinha

como principal personagem, o caipira Jeca Tatu.