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Interações entre Células Imune: Apresentação de Antígeno a Células T e B, Notas de estudo de Medicina

Este documento aborda as interações entre diferentes populações de linfócitos e outras células na ativação eficiente de uma resposta imune. Apresenta a importância da interação entre as células t e as células apresentadoras de antígeno (apc), o processamento do antígeno e a cooperação celular na imunidade mediada por células. Além disso, discute as interações entre as células t e as células b, as citocinas envolvidas e as diferenças entre as subpopulações de linfócitos t.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Tiago22
Tiago22 🇧🇷

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Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Medicina
Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal
Disciplina de Imunologia – MED 194
COOPERAÇÃO CELULAR
Monitor: Osvaldo
Sumário
1. Introdução
2. Apresentação do antígeno para célula T
3. A interação entre as células T e as células B
4. Cooperação celular na imunidade mediada por células.
5. Imuno-regulação
6. Auto avaliação
7. Bibliografia indicada
1. Introdução
Na ativação de uma resposta imune eficiente, é importante a interação de diferentes
populações de linfócitos e outros tipos de células. Algumas vezes, é necessário mais do que
a presença do antígeno para deflagrar a resposta, sendo o segundo sinal recebido pelas
células uma peça principal. A regulação das respostas é feita de diversas formas, tendo em
vista que uma reação imune exacerbada também é prejudicial, como se vê nas doenças
autoimunes e hipersensibilidades.
2. Apresentação do antígeno para as células T.
A interação com as células apresentadoras de antígeno (APC) é essencial para a
ativação dos linfócitos T.
Processamento do antígeno; Refere-se a degradação do antígeno em fragmentos
peptídeos que se associam a moléculas de MHC classe II.
Tipos de APC;
- Monócitos sangüíneos (antígenos particulados).
- Linfócitos B com receptores de alta afinidade (sIgM ou sIgD). São as APC
mais importantes quando o antígeno está em baixas concentrações
(antígenos solúveis).
- Macrófagos. Induzem a proliferação e diferenciação de células T através da
produção de citocinas (antígenos particulados).
- Células dendríticas foliculares (não é o mesmo que células células de
Langehans da pele).
- Os linfonodos podem ser infectados por vírus e apresentarem os antígenos
virais (antígenos peptídicos ou aptenos).
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Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Medicina

Departamento de Anatomia PatolÛgica e Medicina Legal

Disciplina de Imunologia ñ MED 194

COOPERAÇÃO CELULAR

Monitor: Osvaldo

Sum·rio

**1. Introdução

  1. Apresentação do antígeno para célula T
  2. A interação entre as células T e as células B
  3. Cooperação celular na imunidade mediada por células.
  4. Imuno-regulação
  5. Auto avaliação
  6. Bibliografia indicada**

1. Introdução

Na ativaÁ„o de uma resposta imune eficiente, È importante a interaÁ„o de diferentes populaÁıes de linfÛcitos e outros tipos de cÈlulas. Algumas vezes, È necess·rio mais do que a presenÁa do antÌgeno para deflagrar a resposta, sendo o segundo sinal recebido pelas cÈlulas uma peÁa principal. A regulaÁ„o das respostas È feita de diversas formas, tendo em vista que uma reaÁ„o imune exacerbada tambÈm È prejudicial, como se vÍ nas doenÁas autoimunes e hipersensibilidades.

2. Apresentação do antígeno para as células T.

  • A interaÁ„o com as cÈlulas apresentadoras de antÌgeno (APC) È essencial para a ativaÁ„o dos linfÛcitos T.
  • Processamento do antígeno; Refere-se a degradaÁ„o do antÌgeno em fragmentos peptÌdeos que se associam a molÈculas de MHC classe II.
  • Tipos de APC;
    • MonÛcitos sang¸Ìneos (antÌgenos particulados).
    • LinfÛcitos B com receptores de alta afinidade (sIgM ou sIgD). S„o as APC mais importantes quando o antÌgeno est· em baixas concentraÁıes (antÌgenos sol˙veis).
    • MacrÛfagos. Induzem a proliferaÁ„o e diferenciaÁ„o de cÈlulas T atravÈs da produÁ„o de citocinas (antÌgenos particulados).
    • CÈlulas dendrÌticas foliculares (n„o È o mesmo que cÈlulas cÈlulas de Langehans da pele).
    • Os linfonodos podem ser infectados por vÌrus e apresentarem os antÌgenos virais (antÌgenos peptÌdicos ou aptenos).

i.exe

  • Moléculas de superfície que interagem durante a apresentação do anígeno;
    • Fornecem um segundo sinal para a ativaÁ„o dos linfÛcitos T. Sem este segundo sinal n„o h· uma resposta adequada e as cÈlulas T tornam-se inativas, produzindo um estado de toler‚ncia imunolÛgica especÌfica (anergia clonal).

Linfócito T Célula APC TCR e CD4 MHC II e peptÌdeo LFA ñ1 ICAM- CD28 B7. B7. CD2 LFA-

O CD28 È provavelmente o co-estimulador mais importante. B7.1 e B7.2 s„o encontradas em macrÛfagos, cÈlulas dendrÌticas e cÈlulas B. A CTLA-4* È homÛloga da CD28, competindo pela ligaÁ„o com a B7.1 e a B7.2. A estimulaÁ„o da CD28 prolonga e aumenta a produÁ„o de IL-2, que È respons·vel pela induÁ„o e proliferaÁ„o dos linfÛcitos T e reduz a express„o da porÁ„o α do receptor de IL-2, a qual aumenta a afinidade deste receptor pela IL-

  • A CTLA-4 È uma molÈcula necess·ria para limitar da ativaÁ„o das cÈlulas T.
  • Linfócito B como célula apresentadora de antígeno as cÈlulas B s„o eficientes na captaÁ„o de antÌgeno atravÈs do BCR (endocitose mediada por receptor) devido ‡ imunoglobulina atuar como receptor de alta afinidade. S„o ineficazes na captaÁ„o de antÌgenos por fagocitose ou pinocitose. O antÌgeno È processado e combina-se com molÈculas recÈm sintetizadas de MHC II. A sinalizaÁ„o do BCR tambÈm induz aumento na express„o de molÈculas MHC II; estimula express„o de B7.1 e B7.2; aumenta a afinidade de ligaÁ„o do LFA-1.
  • Marcadores de superfície dos linfócitos B maduros

Marcador Função IgD CR1 e CR2(CD21) Receptores do Complemento 5í-nucleotidase (CD73) FunÁ„o desconhecida CD23 ProteÌna de ligaÁ„o de OligossacarÌdeo LFA(cel T) ICAM-1(cel T) CD22(cel B)

ProteÌnas de Ades„o

Selectina L Receptor de residÍncia, as localiza nos linfonodos MHC II ApresentaÁ„o de antÌgeno ‡s Th (atravÈs do TCR e da CD4) CD CD40L

Principais molÈculas envolvidas na ativaÁ„o do linfÛcito B

  • Antígenos T-independentes A resposta por anticorpos pode ser induzida por 2 tipos de antÌgenos. Amaioria dos antÌgenos protÈicos requer o auxÌlio das cÈlulas T antÌgeno-especÌficas para produzir uma resposta humoral (antÌgenos T- dependentes). PorÈm alguns antÌgenos n„o necessitam da presenÁa de cÈlulas Th, sendo denominados T-independentes. Tipos de antÌgenos TI: 1. Tipo 1: quando presentes em altas concentraÁıes, induzem ativaÁ„o de muitas cÈlulas B, tanto especÌficas quanto inespecÌficas ñ por isso denominados ativadores de células B policlonais. TambÈm estimulam fortemente macrÛfagos a produzirem IL-1 e TNF-α. Exemplo: lipopolissacarÌdeo 2. Tipo 2: n„o possuem propriedades de ativadores de cÈlulas B policlonais, nem ativam macrÛfagos. Em geral, s„o antÌgenos polimÈricos altamente repetitivos, como polissacarÌdeos de paredes bacterianas ou flagelos bacterianos. - Características; 1. S„o grandes molÈculas polimÈricas com unidades repetidas, 2. S„o resistentes a degradaÁ„o, 3. A maioria de origem bacteriana, 4. Provocam geralmente respostas mais fracas do que os antÌgenos T- dependentes,
  1. Geram, principalmente, resposta IgM (ao invÈs de IgG), provavelmente a n„o ativaÁ„o da CD40,
  2. N„o induzem a diferenciaÁ„o de cÈlulas B de memÛria.
  • S„o necess·rios 2 tipos de sinal para ativar uma cÈlula B;
  • InteraÁ„o do antÌgeno (Ag) com os receptores imunoglobulina de superfÌcie (sIg) nas cÈlulas B;
  • Sinais estimulatÛrios provenientes das cÈlulas Th que respondem ao antÌgeno (Ag) processado e ligado ao MHC II (ligaÁ„o de CD40-CD40L e produÁ„o de IL-4 pela cÈlula T ativada).
  • Citocinas das cÈlulas T importantes na ativaÁ„o das cÈlulas B;
  • IL-2. Induz a maturaÁ„o de linfÛcitos B (e mudanÁa de classe de anticorpos para IgE e IgG4) e maturaÁ„o de cÈlulas T.
  • IL-4 e IL-13.
  • TNFα e TNFβ.Importantes para o crescimento das cÈlulas B.

OBS: A interaÁ„o entre os linfÛcitos T e B tambÈm n„o È um processo unidirecional, mas sim com duas vias em que as cÈlulas B apresentam o Ag para as cÈlulas T e recebem sinais provenientes destas para divis„o e diferenciaÁ„o em plasmÛcitos produtores de imunoglobulinas.

  • Th2 – produzem IL-4, IL-5, IL-6, IL-10, IL-13. A IL-4 promove troca de classe para IgE e IG4. Estas citocinas atuam em conjunto na quimioatraÁ„o de cÈlulas B, mastÛcitos, basÛfilos e eosinÛfilos.
  • Th0 – tÍm capacidade de se diferenciar em qualquer subtipo de Th, capacidade de secretar tanto IFN-γ quanto IL-4. Em qual subtipo de cÈlula Th ela vai se diferenciar È determinada pelas linfocinas do meio. IL-12 induz diferenciaÁ„o para Th1. IFN-γ inibe diferenciaÁ„o para Th2. IL-4 e IL-10 induzem diferenciaÁ„o para Th2 e inibem diferenciaÁ„o para Th1.

Fonte: http://www.med.sc.edu:85/bowers/imm-reg.htm

3. Ação dos linfócitos T citotóxicos (CTL) – Os linfÛcitos T citotÛxicos podem ser ativados diretamente pelas cÈlulas APC, quando estas expressam muitos sinais estimulatÛrios (B7.1 e B7.2). No entanto, na maioria das vezes, eles precisam de cooperaÁ„o das cÈlulas CD4+ Th1 para serem ativados. Uma vez ativados os linfÛcitos T citotÛxicos interagem com as cÈlulas-alvo e liberam o conte˙do de seus gr‚nulos. Os gr‚nulos dos linfÛcitos Tc possuem perforina (citolisina) e granzimas. As molÈculas de perforina formam poros na membrana plasm·tica da cÈlula-alvo, porÈm estes n„o s„o suficientes para destruir as cÈlulas. AtravÈs dos poros, as granzimas entram na cÈlula- alvo e deflagram a apoptose. A interaÁ„o Fas-FasL tambÈm est· relacionada, porÈm parece ser mais importante para a regulaÁ„o imune do que para as funÁıes do CTL.

5. Imuno-regulação

1. Fatores - Papel do antígeno: o DiferenÁas quÌmicas antÌgenos protÈicos induzem imunidade e humoral. Os polissacarÌdeos e lipÌdeos s„o incapazes de estimular cÈlulas T atravÈs das molÈculas de MHC classes I e II, porÈm podem ser reconhecidos via apresentaÁ„o por outras molÈculas como o CD1. o Quantidade ñ de um modo geral, quantidades muito grandes de antÌgenos tendem a induzir toler‚ncia. o Via ñ antÌgenos protÈicos administrados subcut‚nea ou intradermicamente s„o, em geral, imunogÍnicos; administrados intravenosa ou oralmente muitas vezes induzem a falta de imunidade especÌfica.

2. Mecanismos - Tolerância (a ser visto em outra aula) - Linfócito T “supressor” – atualmente acredita-se que exista uma populaÁ„o de linfÛcitos T ìsupressoresî, produtores de TGF- fl, porÈm as v·rias populaÁıes de cÈlulas T (Th1 e Th2) s„o capazes de se regularem, pois a IL-10 produzida pela cÈlula Th2 suprime a cÈlula Th1 e o IFNγ produzido pela cÈlula Th1 suprime a resposta Th2. - Regulação idiotípica – os idiÛtipos ñ componentes dos receptores para antÌgeno ñ s„o potencialmente imunogÍnicos, podendo induzir respostas imunes contra receptores antigÍnicos expressos pelos linfÛcitos do individuo, podendo servir de funÁ„o reguladora. - “Feedback” pelo anticorpo – a ligaÁ„o de complexos antÌgeno-anticorpo a receptores de Fc na superfÌcie do linfÛcito B suprime a ativaÁ„o do linfÛcito, sendo um mecanismo de retroalimentaÁ„o negativa apÛs produÁ„o m·xima de anticorpos.

6. Auto-avaliação

_01. Quais as diferenças entre as interações que ocorrem entre as células T e APC e células T e B? Qual a importância do segundo sinal?

  1. Qual a diferença entre o reconhecimento de antígeno pelos linfócitos T e pelos linfócitos B?
  2. Quais as diferenças entre as subpopulações de linfócitos Th? Cite correlacionando as principais citocinas envolvidas na diferenciação das subpopulações.
  3. Quais os principais mecanismos de ação do linfócito B?
  4. Como o tamanho do antígeno e a via de apresentação podem influenciar na resposta imune?
  5. Quais são os principais mecanismos de imunoregulação_?

7. Bibliografia Indicada

Imunologia MÈdica Daniel P. Stites, Abba I. Terr, Tristram G. Parslow. CapÌtulos: 9 (LinfÛcitos T e cÈlulas Natural Killer)

Imunologia Celular e Molecular Abul K. Abbas, Andrew H. Lichtman, Jordan S. Pober CapÌtulos: 9 (AtivaÁ„o de linfÛcitos B e produÁ„o de anticorpos) ; 10 (RegulaÁ„o das respostas imunes) e 12 (Citocinas)

http://www.med.sc.edu:85/book/immunol-sta.htm http://www.med.sc.edu:85/bowers/imm-reg.htm