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Controle Discreto de Aeronave de Combate F/A-18E Super Hornet, Esquemas de Sistemas de Controle Lineares

Um problema de controle discreto de um avião de combate f/a-18e super hornet. O objetivo é realizar uma manobra de ataque, mergulhando até uma altitude de 20 metros e, em seguida, escapar ascendendo além de 4000 metros, tudo isso em um tempo máximo de 40 segundos. O sistema é altamente acoplado, com diversos parâmetros a serem controlados, como velocidade longitudinal, velocidade de ascensão, ângulo de arfagem e altitude. O controle será feito de forma digital, com uma frequência de 10 hz. Além disso, o documento aborda um cenário de emergência, com pane no sistema de navegação inercial, onde apenas um altímetro e um inclinômetro ruidosos estarão disponíveis, e um filtro de kalman linear será utilizado para estimar os estados do sistema. O documento fornece as equações do modelo matemático, as matrizes de ruído e perturbação, e solicita a implementação de simulações em matlab para ambos os cenários.

Tipologia: Esquemas

2023

Compartilhado em 05/04/2024

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DO RIO DE JANEIRO
CONTROLE DISCRETO ENG1471
Prof. Marco Antonio Meggiolaro
Trabalho para G3, 25 de maio de 2023
Entrega: 15 de junho de 2023
Um avião de combate F/A-18E Super Hornet (F-18) encontra-se horizontalmente em
velocidade de cruzeiro uc = 375m/s (Mach 1.1) a uma altitude inicial h = h0 = 1000m. Este
F-18 precisa fazer uma manobra de ataque, mergulhando até uma altitude h < hb = 20m, e
em seguida escapar ascendendo além de uma altitude segura h > hf = 4000m. Esta manobra
completa precisa ser executada em um invervalo de tempo máximo t ≤ tmax = 40s.
O modelo Super Hornet do F-18 possui comprimento L = 18.31m, largura total 13.62m
(8.4m com as asas dobradas) e altura A = 4.88m. Sua massa com combustível e todos os
equipamentos necessários para essa missão é M = 21538kg, assumida constante durante a
manobra. Esse modelo é atuado por dois turbofans General Electric F414-GE-400, cada um
capaz de prover até 98kN de empuxo ao acionar o afterburner (sem o afterburner cairia para
58kN cada), totalizando uma força conjunta f com um limite máximo fmax = 196000N
(196kN). A velocidade máxima teórica desse avião é 532m/s, equivalente a Mach 1.6.
Ele foi projetado para operar de forma segura em até 7.6g, onde g = 9.81m/s2 é a aceleração
da gravidade local. No entanto, para essa missão serão admitidas acelerações máximas de até
10g., acima das quais tanto a integridade do avião quanto do(a) piloto estariam em risco. A
razão empuxo/peso do F-18 é definida como fmax/(Mg) 0.93, e seu teto de serviço é de
cerca de 15000m.
O vetor de estado X do F-18, que representa sua dinâmica longitudinal, é dado por
T
X [u v h]
onde:
(uc + u) velocidade longitudinal do F-18 (em relação a um referencial inercial no
solo, mas com direção definida ao longo da fuselagem) [m/s] note que u seria o
desvio da velocidade longitudinal em relação à de cruzeiro uc = 375m/s;
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

DO RIO DE JANEIRO

CONTROLE DISCRETO – ENG

Prof. Marco Antonio Meggiolaro

Trabalho para G3, 25 de maio de 2023

Entrega: 15 de junho de 2023

Um avião de combate F/A- 18 E Super Hornet (F-18) encontra-se horizontalmente em

velocidade de cruzeiro u c

= 375 m/s (Mach 1.1) a uma altitude inicial h = h 0 = 10 00m. Este

F- 18 precisa fazer uma manobra de ataque, mergulhando até uma altitude h < hb = 20m , e

em seguida escapar ascendendo além de uma altitude segura h > hf = 4000m. Esta manobra

completa precisa ser executada em um invervalo de tempo máximo t ≤ tmax = 4 0s.

O modelo Super Hornet do F- 18 possui comprimento L = 18.31m , largura total 13.62m

( 8.4m com as asas dobradas) e altura A = 4.88m. Sua massa com combustível e todos os

equipamentos necessários para essa missão é M = 21538 kg , assumida constante durante a

manobra. Esse modelo é atuado por dois turbofans General Electric F414-GE- 400 , cada um

capaz de prover até 98kN de empuxo ao acionar o afterburner (sem o afterburner cairia para

58kN cada), totalizando uma força conjunta f com um limite máximo fmax = 196000N

( 196kN ). A velocidade máxima teórica desse avião é 532m/s , equivalente a Mach 1.6.

Ele foi projetado para operar de forma segura em até 7.6g , onde g = 9.81m/s

2

é a aceleração

da gravidade local. No entanto, para essa missão serão admitidas acelerações máximas de até

10g ., acima das quais tanto a integridade do avião quanto do(a) piloto estariam em risco. A

razão empuxo/peso do F-18 é definida como fmax/(Mg)0.93 , e seu teto de serviço é de

cerca de 15000m.

O vetor de estado X do F- 18 , que representa sua dinâmica longitudinal, é dado por

T

X[u v   h]

onde:

 ( uc + u ) – velocidade longitudinal do F- 18 (em relação a um referencial inercial no

solo, mas com direção definida ao longo da fuselagem) [m/s] – note que u seria o

desvio da velocidade longitudinal em relação à de cruzeiro u c

= 375 m/s ;

v – velocidade de ascensão do F- 18 (velocidade absoluta em relação ao solo, mas na

direção perpendicular à fuselagem) [m/s];

 – taxa de arfagem ( pitch rate , representando a velocidade angular do avião) [rad/s]

(por exemplo > 0 indicaria avião “empinando”), denominado tetap no Matlab;

  – ângulo de arfagem ( pitch , ou inclinação) [rad] (por exemplo  > 0 indicaria “nariz

elevado”), denominado teta no Matlab;

h – altitude em relação ao solo [m], medida na vertical.

Note que a condição inicial do problema é

T

0

X[0 0 0 0 h0] , que representa uma

velocidade horizontal (e portanto v = 0 ,  = 0 e   0 ) igual a uc (e assim o desvio u = 0 ) em

uma altitude inicial h = h0 = 1000m.

O vetor de atuação no avião é dado por U = [dp de]

T

, onde:

dp – desvio no ângulo do profundor ( taileron , uma combinação de profundor e

aileron em sua cauda) em relação ao ângulo usado em cruzeiro [rad]; note os limites

de operação  0.5rad < dp < 0.5rad , e que por exemplo um dp > 0 abaixa o profundor

para provocar um “mergulho” do avião;

de – empuxo (thrust) adimensionalizado, obtido dividindo a força conjunta f dos

propulsores pela massa M do avião, isto é def/M , fazendo com que de sempre

fique no intervalo 0 < de ≤ fmax/M9.1. Note que esse limite superior 9.1 é igual ao

produto entre g = 9.81m/s

2

e a razão empuxo/peso 0.93 do F-18 Super Hornet.

O avião está sujeito à perturbação do vento, dada pelo vetor w = [wu wv]

T

, onde:

w u

  • velocidade do vento em relação ao solo, na direção longitudinal do avião (ao

longo da fuselagem) [m/s];

wv – velocidade do vento em relação ao solo, na direção perpendicular à fuselagem do

avião [m/s].

Assuma que o sistema abaixo represente o movimento desse avião. Ele foi linearizado para

velocidades próximas à de cruzeiro uc e para altitudes h ao nível do mar. Note que o sistema

também foi linearizado para  pequenos: por exemplo, a equação diferencial que rege a

altitude seria

c

h  (u  u) sin    v cos  

, porém ao ser linearizada com sin   , cos   1

e u << uc ela resulta em

c

h  u    v , conforme representado abaixo. Por simplicidade, e

para evitar a necessidade de implementar um simulador não-linear nesse problema, assume-se

que o sistema linearizado abaixo seja válido para todas as altitudes h , velocidades ( u c

+ u ) e

valores de  da manobra:

w

X  F X   G U   G  w

onde

c

c

0.068 0.011 0 g 0 u u 0.41 1.00 0.068 0.

v 0.023 2.10 u 0 0 v 77.0 0.09 0.

dp

de

0 1 0 u 0 h h 0 0

u

v

w

w

caso. Informe também os valores de referência escolhidos para cada estado em função do

tempo t para todos os instantes simulados 0 ≤ t ≤ tfim = 50s.

Gere a partir do arquivo “ f18.m ” fornecido um arquivo de simulação de Matlab “ parte1.m

que simule os primeiros tfim = 5 0s do problema, gerando as matrizes X , Y , U (todas com

1+tsim/T = 501 colunas) que armazenam os valores de X(:,k+1) , Y(:,k+1) e U(:,k+1) para

cada amostra coletada no instante t = kT , onde 0 ≤ k ≤ 5 00.

Note que o arquivo “ f18.m ” fornecido gera uma animação da manobra, e produz 4 gráficos

em função do tempo: (i) valores reais das velocidades u e v , em m/s; (ii) ângulo de arfagem 

(teta) do sensor e real, convertida de radianos para graus, assim como a taxa de arfagem 

(tetap) convertida para graus/s; (iii) altitude h do sensor e real, em m; e (iv) valores reais das

atuações dp (convertida para graus) e de (adimensional entre 0 e 9.1 ), e da razão a/g entre os

módulos da aceleração do avião e da gravidade (que sempre deve ser manter abaixo de 10 ).

Os gráficos também mostram informações adicionais como altitude mínima alcançada,

ângulos mínimo e máximo de arfagem na manobra, e valores máximos de dp (em módulo),

de (adimensional e convertida para f em kN ), e da razão a/g , assim como se a missão foi um

sucesso ou qual foi o motivo de falha. No caso de sucesso, é informado também o instante de

tempo tsucesso em que a altitude h > hf = 4000m foi alcançada, sem mais retornar a esse

patamar até o final dos tfim = 5 0s da simulação.

Importante relembrar, para todas as partes:

 para a simulação ser considerada um sucesso, será verificado nos gráficos se: (i) a razão

a/g sempre se manteve abaixo de 10 , durante toda a simulação; (ii) os atuadores nunca

foram saturados durante toda a simulação, ou seja sempre estiveram nas faixas de

operação  0.5rad < dp < 0.5rad e 0 < de ≤ 9.1 ; (iii) em algum instante da trajetória

alcançou-se a altitude desejada h < hb = 20m , porém sempre com h > 0 para não colidir

com o solo; e (iv) se tsucesso ≤ tmax = 40s.

 programe a simulação deste sistema discreto de forma explícita, sem o uso da função

dlsim do Matlab ou de ferramentas Simulink, e implemente no simulador as condições de

saturação de dp e de para que nunca sejam violadas.

Bônus:

O único trabalho que gerar o menor tempo tsucesso ganhará bônus de 2.0 pontos na G3 (ou

na G2), o segundo menor tempo bônus de 1.0 ponto, e o terceiro menor tempo bônus de

0.5 pontos.

Parte 2 ( 50 %)

Considere a mesma manobra, porém na presença de turbulência com ventos significativos.

Além disso, houve uma pane no sistema de navegação inercial, impossibilitando as medições

de u , v e

. Um altímetro e um inclinômetro são então usados nesta manobra sob condições

de emergência para medir h e , porém ambos os sensores são ruidosos. O computador de

bordo do avião, ao perceber a pane no sistema de navegação, liga automaticamente um

sistema de controle de emergência, que utiliza apenas os 2 sensores acima em um filtro de

Kalman linear.

Assumindo os ruídos como Gaussianos, obtiveram-se dos fabricantes os valores dos desvios-

padrão dos erros nas medições do altímetro e do inclinômetro, respectivamente:

hstd = 10 m para h ;

tetastd = 0. 0873 rad para  (equivalente a 5 º )

Os ventos da zona de turbulência são assumidos Gaussianos de média zero, com orientação e

velocidade aleatórias, com desvios-padrão:

wustd = 3 m/s para wu ;

wvstd = 2 m/s para w v

A partir desses dados, é possível estimar as matrizes de covariância W (das perturbações) e V

(dos ruídos dos sensores). Informe no trabalho os valores das matrizes de W e V , das novas

matrizes H e J adotadas após a pane, além de todas as equações de controle, predição e

correção utilizados na implementação deste controlador de emergência com filtro de Kalman

linear. Informe também no trabalho as matrizes Q 1

e Q 2

escolhidas para o LQR, assim como

a matriz de ganhos K resultante e os pólos de malha fechada (caso tenham sido modificados

em relação à Parte 1 ). Informe também os valores de referência escolhidos para cada estado

em função do tempo t.

Com o auxílio do arquivo “ f18.m ” fornecido, gere um segundo arquivo de simulação de

Matlab “ parte 2 .m ” que simule os primeiros tfim = 5 0s do problema usando um filtro de

Kalman linear, e gere os mesmos gráficos solicitados anteriormente. Note que a simulação do

sistema precisa sortear a cada instante valores Gaussianos adequados para os ruídos e

perturbações.

Importante:

 use no Matlab a notação vruido = [vh vteta]' para os ruídos sorteados nas leituras de h e

, para não confundir com a variável v da velocidade de ascenção, e adote w = [wu wv]'

para as perturbações sorteadas.

 para o cálculo da atuação U pela lei de controle a ser implementada (assim como para as

predições e correções para estimar os estados), é proibido usar o estado real X , as

perturbações sorteadas do vento w e os ruídos sorteados dos sensores vruido.

 a cada simulação a resposta será um pouco diferente, uma vez que os ruídos e perturbações

vruido e w são aleatórios e sorteados no simulador. Por esse motivo, rode várias vezes

essa simulação da Parte 2 para ter certeza que o controlador/estimador implementado é

robusto e gera simulações bem sucedidas em todos os casos testados.

Atenção: O TRABALHO É INDIVIDUAL

O PDF do trabalho precisa mostrar todas as equações relevantes, incluindo as leis de controle

e de predição/correção e matrizes solicitadas para cada parte. É preciso incluir também no

PDF do trabalho todos os gráficos de cada parte gerados pelo Matlab, e ocupando toda a

largura das páginas para maior clareza.

É preciso enviar pelo Moodle, além do trabalho em um único PDF, os arquivos parte1.m e

parte2.m com as rotinas todas implementadas, prontas para serem rodadas. Cada arquivo, ao

ser rodado, precisa gerar os gráficos solicitados e replicados no texto do trabalho. Portanto no

Moodle poderão ser enviados até 3 arquivos: 2 arquivos de extensão *.m e mais 1 PDF.

Boa pilotagem!