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As principais artérias e sulcos do sistema vascular cerebral em ovinos, incluindo o sulco de silvio, sulco rinal lateral, sulco suprasilvio, sulco cruzado, sulco ansatus e outros. Além disso, explica a importância de cada estrutura e suas relações.
Tipologia: Esquemas
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Brasília 2013
Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre pelo programa de Pós- Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Andrade de Mello
Brasília 2013
Dedico este trabalho a minha família, aqueles que já se foram, aqueles que aqui estão, e aqueles que por ventura hão de vir...
Agradeço a Deus, o Grande Arquiteto do Universo que dentre seus planos, direcionou-me ao caminho acadêmico, caminho este que me possibilitou fazer novas e valorosas amizades e obter grandes conhecimentos. Agradeço aos meus professores que durante o curso de mestrado, disponibilizaram seu tempo e talento para dividir seus vastos conhecimentos. Particularmente, as professoras Drª Yolanda Galindo Pacheco, Professora Drª Jussara Rocha Ferreira, Drª Viviane Urbini Vomero, Drª Selma Kuckelhaus e aos professores, Dr. José Roberto Pimenta de Godoy, MsC Fabio Costa Sales, MsC Paulo Mauricio - seu apoio foi fundamental para a execução deste trabalho. Aos amigos de trabalho, Phelipe de Carvalho, Julia Lima Franco e Mauro Freitas, o companheirismo e amizade destes, facilitaram o desenvolvimento do curso de mestrado. Ao técnico de anatomia, Abel de Sousa, sem dúvida a pessoa que mais me incentivou a voltar a estudar e a me inscrever no curso de mestrado. Ao meu amigo Mauricio Barroso, as tardes de pescaria foram a válvula de escape para o estresse do dia a dia. Aos alunos de graduação Pedro Rafael Neto, Gabriel Guillen, Rodrigo Kousak e Mario Dornelas; a ajuda de vocês também foi imprescindível para a execução deste trabalho. Aos meus amigos, Andre Cardoso Farias, Denis Santana e Lenizio Lima Lopes. A minha companheira Lucilene Teixeira, sua companhia e paciência, foram o devido descanso das preocupações do cotidiano. E por fim, aos meus pais, José Ednaldo Pádua e Ana Evangelina de Campos Pádua, nada na minha vida eu teria se não fosse por intermédio de vocês dois.
The teaching of neuroanatomy depends on obtaining anatomical material, and the acquisition of part of the nervous system is difficult. To supply such needs several researchers have been searching of biological models which can be used in the formal teaching of neuroanatomy. The ovine is already used in medical research and nature has been surpassing expectations as an alternative biological model, but there is little information on brain anatomy of this animal. This study aimed to provide a description of the anatomy of the ovine brain. To this end, we identified and measured the sulci 10 more constant in brain surface area of 15 specimens, obtaining of these the average values and standard deviation of each furrow studied. Note with this study that the brain convolutions of ovine exhibit a pattern of easy description, and may be used as a biological model in the teaching of neuroanatomy.
Keywords: Veterinary Anatomy. Human Anatomy. Human Neuroanatomy. Ovine. Brain.
Figura 1: “A” - Cabeça Humana: Visão lateral, calota craniana removida evidenciando a dura-máter encefálica; “B” Cabeça de ovino: Visão superior, calota craniana removida evidenciando a dura-máter encefálica. ....................................... 16
Figura 2 – “A” Encéfalo humano, visão lateral. “B” - Encéfalo de ovino, visão lateral. .................................................................................................................................. 16
Figura 3 – “A” Encéfalo humano, visão basal. “B” Encéfalo de ovino, visão basal. ... 17
Figura 4 – “A” Encéfalo humano, corte sagital. “B” Encéfalo de ovino, corte sagital. 18
Figura 5 –“A” Encéfalo humano, visão basal - detalhes das estruturas mesencéfallicas. “B” Encéfalo de ovino, visão basal - detalhes das estruturas mesencéfallicas. ........................................................................................................ 19
Figura 6 – “A” Tronco encefálico do ovino, visão superior. “B” - Encéfalo de ovino, visão basal, estruturas mesencéfallicas e vasculares. ............................................. 20
Figura 7 - Motor de chicote Beltec............................................................................. 33
Figura 8 - Encéfalo de ovino, visão dorsal e basal. ................................................... 35
Figura 9 - Encéfalo de ovino, visão dorsal. ............................................................... 35
Figura 10 - Encéfalo de ovino, visão dorsal: preparo com fio de lã azul ................... 36
Figura 11 - Encéfalo de ovino, visão dorsal............................................................... 37
Figura 12 - Encéfalo de ovino, visão lateral............................................................... 37
Figura 13 - Encéfalo de ovino, visão lateral: Lobos encefálicos. ............................... 38
Figura 14 - a e b - Encéfalo de ovino, superfície dorsal. ........................................... 44
Figura 15 - Encéfalo de ovino, superfície basal......................................................... 45
Tabela 1 - Lista dos nomes e abreviaturas dos sulcos documentados ..................... 36
Tabela 2 - Peso em quilogramas e valor em centímetros dos eixos de comprimento encefálicos do ovino. ................................................................................................. 40
Tabela 3 - Valor em centímetros dos eixos de lateralidade encefálica do ovino. ...... 41
Tabela 4 - Quantidade de encéfalos que possuem o circuito anastomótico aberto e fechado na artéria cerebral anterior. ......................................................................... 57
Tabela 5 - Quantidade de ramos que se originam no circuito anastomótico da base do encéfalo do ovino e a frequência em que ocorrem. .............................................. 58
Gráfico 1 - Gráfico de média e desvio padrão dos eixos de comprimento encefálico do ovino. .................................................................................................................... 39
Gráfico 2 - Gráfico de média e desvio padrão comparando os eixos de lateralidade do ovino. .................................................................................................................... 39
Gráfico 3 - Peso do encéfalo de ovino. ..................................................................... 40
Gráfico 4 - Média e desvio padrão em centímetros dos sulcos encefálicos do hemisfério direito. ...................................................................................................... 42
Gráfico 5 - Média e desvio padrão em centímetros dos sulcos encefálicos do hemisfério esquerdo. ................................................................................................. 42
Gráfico 6 - Média e desvio padrão dos sulcos marginais dos hemisférios direito e esquerdo. .................................................................................................................. 43
Gráfico 7 - Média e desvio padrão dos sulcos encefálicos dos hemisférios direito e esquerdo. .................................................................................................................. 43
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1 INTRODUÇÃO
O ensino básico de neuroanatomia humana em universidades e centros de formação utiliza habitualmente peças provenientes de humanos. No entanto, as instituições de ensino enfrentam dificuldades na obtenção de peças que estão cada vez mais escassas, havendo então a necessidade de métodos alternativos de ensino como a utilização de modelos animais semelhantes ao humano (Erhart, 1976; Hildebrand, 1995 ).
As anotações de Charles Darwin, que culminaram no seu livro A origem das espécies, publicado em 1859 faz analogias entre diferentes espécies mostrando padrões anatômicos e estruturais que colaboram para sua teoria de que as espécies teriam um ancestral comum. Dessa forma, Darwin deu subsídio para várias pesquisas utilizando modelos animais com finalidade de responder questionamentos relacionados à anatomia e fisiologia humana (Regis e Cornelli, 2012; Feagle, 1999).
Algumas características evolutivas são as mesmas em um grupo de animais. Nos mamíferos, em geral, podemos observar que quando em situação de perigo, mostram a mesma reação a este tipo de estresse, como a dilatação das pupilas, aumento da frequência cardíaca e pelos arrepiados. Estas reações são as mesmas tanto para o ser humano quanto para a um cão. Podemos inferir assim que os mecanismos neurais envolvidos com respostas a situações de perigo são parecidas, talvez idênticas (Feagle, 1999; Bear, 2002).
Como o encéfalo é o órgão mais complexo do corpo animal, a sua morfologia tem um papel importante na análise de suas funções. Em primatas não humanos, Feagle (1999) assinalou as diferenças entre os graus de encefalização, relacionando o tronco cerebral, com funções reflexas básicas como funções cardiorrespiratórias e integração dos sistemas sensoriais. E relacionou os hemisférios cerebrais a funções motoras, sensoriais e cognitivas.
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encefálica; “B” Cabeça^ Figura 1: “A”^ - Cabeça Humana: Visão lateral, calota craniana removida evidenciando a dura-máter de ovino: Visão superior, calota craniana removida evidenciando a dura-máter encefálica.
“A” 1. Osso frontal; 2. Artéria menígea média, ramo temporal; 3. Artéria menígea média, ramo occipital; 4. Dura- máter encefálica; 5. Osso parietal; 6. Osso occipital; 7. Osso temporal. “B” 1. Osso frontal; 2. Seio frontal; 3. Dura-máter encefálica; 4. Seio sagital superior; 5. Região da confluência dos seios e tenda do cerebelo; 6. Dura- máter encefálica região do cerebelo; 7. Osso temporal; 8. Côndilo occipital.
Figura 2 – “A” Encéfalo humano, visão lateral. “B” - Encéfalo de ovino, visão lateral.
“ A ” - A. Cerebelo; B. Lobo occipital; C. Lobo temporal; D. Lobo parietal; E. Lobo frontal; 1. Sulco Lateral ou de Silvio; 2. Sulco central; 3. Giro pós central; 4. Giro pré-central; 5. Bulbo; 6. Ponte. “ B ” - A. Cerebelo; B. Lobo occipital; C. Lobo temporal; D; Lobo parietal; E. Lobo frontal; 1. Sulco lateral ou de Silvio; 2. Sulco pseudo Silvio;
a b
a (^) b
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Figura 3 – “A” Encéfalo humano, visão basal. “B” Encéfalo de ovino, visão basal.
“ A ” - 1. Cerebelo; 2. Bulbo; 3. Artéria vertebral; 4. Artéria basilar; 5. Ponte; 6. Lobo temporal seccionado; 7. Artéria cerebral média; 8. Quiasma ótico; 9. Nervo olfatório; 10. Base do lobo frontal; 11. Fissura inter- hemisférica. “ B ” - 1. Bulbo; 2. Ponte; 3. Cerebelo; 4. Nervo trigêmeo; 5. Nervo óculo motor; 6. Corpo mamilar; 7. Infundíbulo; 8. Quiasma ótico; 9. Trato ótico; 10. Lobo piriforme; 11. Fissura inter-hemisférica; 12. Bulbo olfatório.
a b
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Figura 5 –“A” Encéfalo humano, visão basal - detalhes das estruturas mesencéfallicas. “B” Encéfalo de ovino, visão basal - detalhes das estruturas mesencéfallicas.
“A” - Artéria cerebral anterior; 2. Artéria comunicante anterior; 3. Artéria carótida interna; 4. Quiasma ótico; 6. Artéria comunicante posterior; 7. Corpo mamilar; 8. Artéria basilar. “B” - 1. Quiasma ótico; 2. Artéria cerebral média; 3. tato ótico 4. infundibulo; 6. corpo mamilar 6. Artéria comunicante caudal.
a
b
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Figura 6 – “A” Tronco encefálico do ovino, visão superior. “B” - Encéfalo de ovino, visão basal, estruturas mesencefálicas e vasculares.
“A” - A. lobo occipital; 1. Cerebelo; 2. Vermes do cerebelo; 3. Artéria cerebelar anterior; 4. Coliculo inferior; 5. Colículo superior; 6. Nervo vestibulococlear. “B”Artéria cerebral média; 4. Quiasma ótico; 5. Artéria carótida do encéfalo; 6. Infundíbulo; 7. Corpo Mamilar; 8. - 1. Artéria cerebral anterior; 2. Artéria comunicante anterior; 3. Nervo trigêmeo; 9. Rede mirabilis epidural; 10. Artéria basilar; 11. Artéria cerebelar anterior; 12 basialr; 13. Artéria cerebelar posterior; 14. Nervo abducente.
O encéfalo do ovino apresenta muitos giros e sulcos se comparado a outras espécies de mamíferos não primatas. A Fissura Longitudinal do Cérebro ou Fissura Inter-Hemisférica é exuberante nos ovinos, seres humanos e mamíferos em geral.
O Sulco Lateral ou Sulco de Silvio encontra-se bem definido, este aparece em uma posição mais vertical no ovino enquanto que no humano encontra-se numa posição mais horizontal. Outros sulcos presentes no encéfalo do ovino, como o Sulco Ansatus, também se desloca ganhando mais expressividade de acordo com a evolução das espécies (Feagle, 1999; Montagna, 1964).
Os dados aqui expostos sugerem que o ovino apresenta razões para se tornar uma opção de modelo biológico para o ensino de neurociências (Seibel et al., 2006).
a b