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Continuacao da materia de fundicao em moldes, Manuais, Projetos, Pesquisas de Fundição

Como vimos na aula abrerior em relacao a fundicao e preparacao em moldes ,faremos o mesmo no presente conteudo

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2023

Compartilhado em 12/09/2023

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Prática Técnico Profissional Fundição e Forja
Existem diversos trabalhos na literatura que tentam caracterizar e modelar o desgaste no
forjamento a quente. A equação geralmente utilizada na análise do desgaste é a de Archard
(KANG et al, 1999) que vem sendo utilizada em grande número de pesquisas:
W k
Pi .Vi dt
Hi
Onde:
W- é o volume de material removido por desgaste;
Pi - é a pressão normal aplicada na matriz;
Vi - é a velocidade de deslizamento;
H - é a dureza superficial e
K - é o coeficiente de desgaste , que depende de vários factores.
Para KANG et al (1999), estas pesquisas têm limitações: geralmente a dureza da matriz é
considerada como função da temperatura no modelo de Archard. Entretanto, a dureza é função
não apenas da temperatura, mas também do tempo de operação, visto que ela decresce com o
aumento do número de operações.
a) Fadiga Térmica
Fadiga térmica ocorre devido à distribuição não uniforme de temperatura entre a superfície da
matriz e o seu interior. Os processos de forjamento a quente e a morno possuem ciclos típicos
que levam ao aquecimento e resfriamento da matriz. O tarugo a temperatura elevada é
comprimido entre as cavidades da matriz levando a um aumento drástico de temperatura na
superfície desta, que sofre uma expansão superficial. Ao mesmo tempo, a menor temperatura do
seu interior restringe a expansão, gerando tensões de compressão. Depois de forjada, a peça é
ejectada e a matriz é lubrificada. Durante a lubrificação ou resfriamento, o processo é revertido
dando origem a tensões de tracção. Quando a tensão resultante na superfície excede o limite de
escoamento do material, ocorre deformação plástica nas camadas superficiais. Ciclos repetitivos
resultarão em nucleação e subsequente crescimento de trincas térmicas, dando origem à fadiga
térmica (BABU et al, 1999).
Os principais factores que afectam a fadiga térmica são: temperatura de forjamento, taxa de
aquecimento-resfriamento, histórico tempo-temperatura, resistência a quente, resistência da
matriz ao revenimento, ductilidade e dureza inicial da matriz, tenacidade, limpidez e
homogeneidade do aço ferramenta e seu tratamento térmico. A temperatura é o parâmetro de
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epaissone@gmail.com-845465277-865465777
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Existem diversos trabalhos na literatura que tentam caracterizar e modelar o desgaste no

forjamento a quente. A equação geralmente utilizada na análise do desgaste é a de Archard

(KANG et al , 1999) que vem sendo utilizada em grande número de pesquisas:

Wk

P

i

. V

i dt

H i

Onde:

W- é o volume de material removido por desgaste;

P

i

  • é a pressão normal aplicada na matriz;

Vi - é a velocidade de deslizamento;

H - é a dureza superficial e

K - é o coeficiente de desgaste , que depende de vários factores.

Para KANG et al (1999), estas pesquisas têm limitações: geralmente a dureza da matriz é

considerada como função da temperatura no modelo de Archard. Entretanto, a dureza é função

não apenas da temperatura, mas também do tempo de operação, visto que ela decresce com o

aumento do número de operações.

a) Fadiga Térmica

Fadiga térmica ocorre devido à distribuição não uniforme de temperatura entre a superfície da

matriz e o seu interior. Os processos de forjamento a quente e a morno possuem ciclos típicos

que levam ao aquecimento e resfriamento da matriz. O tarugo a temperatura elevada é

comprimido entre as cavidades da matriz levando a um aumento drástico de temperatura na

superfície desta, que sofre uma expansão superficial. Ao mesmo tempo, a menor temperatura do

seu interior restringe a expansão, gerando tensões de compressão. Depois de forjada, a peça é

ejectada e a matriz é lubrificada. Durante a lubrificação ou resfriamento, o processo é revertido

dando origem a tensões de tracção. Quando a tensão resultante na superfície excede o limite de

escoamento do material, ocorre deformação plástica nas camadas superficiais. Ciclos repetitivos

resultarão em nucleação e subsequente crescimento de trincas térmicas, dando origem à fadiga

térmica (BABU et al , 1999).

Os principais factores que afectam a fadiga térmica são: temperatura de forjamento, taxa de

aquecimento-resfriamento, histórico tempo-temperatura, resistência a quente, resistência da

matriz ao revenimento, ductilidade e dureza inicial da matriz, tenacidade, limpidez e

homogeneidade do aço ferramenta e seu tratamento térmico. A temperatura é o parâmetro de

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controle mais importante, pois influencia na fadiga térmica de várias maneiras: não só origina

tensões e expansão térmicas, mas também reduz a resistência do material devido a transformações

metalúrgicas, diminui o limite de escoamento e leva ao amaciamento devido ao revenimento (BABU et

al , 1999).

b) Fadiga Mecânica

A interação complexa de diversos factores afecta o desempenho da ferramenta durante o

processo de forjamento, conforme mostrado na figura abaixo. A fadiga mecânica é um

dos modos de falha mais comuns no forjamento a quente (BABU et al , 1999).

Figura 2 5 : Interações entre os parâmetros no forjamento a quentes e trincamento da matriz (Adaptado de

BABU et al , 1999).

Conforme descrito por BABU et al (1999), o processo de fadiga mecânica pode ser

dividido em três etapas:

 Nucleação da trinca;

 Crescimento da trinca;

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da ocorrência de deformação plástica. Consequentemente, todos os critérios de projecto e

processo que afectam as distribuições de tensão e de temperatura têm efeito na deformação

plástica da matriz. Destes, a temperatura de forjamento, tamanho e geometria das matrizes,

lubrificante utilizado, tempo de ciclo de forjamento, tipo de equipamento utilizado e de

forjamento (com ou sem formação de rebarba) são os factores mais importantes. Estes

parâmetros ou aumentam a tensão local ou reduzem a resistência da matriz pelo

amaciamento térmico (ou combinação de ambos) (BABU et al , 1999).

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