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Muito bom o conteúdo para jovens católicos
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
A proposta deste texto é ajudar você a compreender sua dimensão psicoa- fetiva (afetividade e sexualidade), aprendendo com o desenvolvimento humano (adolescência e da juventude) em vista do projeto de vida.
Os termos adolescência, juventude e jovens adultos são muito discutidos, com compreensões diversas que aqui não abordaremos^1. O que é básico saber é que a Organização das Nações Unidas ( ONU ) define juventude como um recorte temporal, ou seja, jovens são os que estão entre as idades de 15 a 24 anos. Contudo no Brasil a questão cronológica é alargada, passando dos 24 para os 29 anos de idade, garantindo direitos adquiridos e ampliando sua participação social, confor- me proposta de emenda constitucional (PEC, 2010). É a partir destas definições que compreendemos adolescentes dos 15 aos 17 anos; jovens dos 18 aos 29 anos.
Para compreender cada etapa do desenvolvimento humano de forma integra- da, ou seja, não estanque em si mesma, é necessário uma breve explanação sobre afetividade e sexualidade como elementos integradores das etapas de nossas vidas.
1 Ler: livro Juventudes e trajetória social, o crack como sinalizador do contexto e outros vários textos publicados na revista Convergência da CRB Nacional.
O que é afetividade? Afeto quer dizer afeição ou inclinação para alguém, amizade, simpatia. Afetividade é a capacidade do ser humano de expressar a simpatia, afeição, carinho que tem pelo outro, bem como despertar nos outros a mesma emoção. Ela pode ser representada por um gesto físico, como um abraço, um aperto de mão ou um beijo, ou também um gesto simbólico: uma palavra, uma carta, um presente. O afeto de uma pessoa em relação à outra provoca uma transformação interior em ambas. Ninguém é capaz de amar ou de ser amado sem ser transformado interiormente por esse amor. De fato, somos salvos porque fomos amadas por Jesus até a morte (Gl. 2,20).
A afetividade pode ser negativa quando motivada por raiva ou medo. Exem- plos: ciúme, antipatia, nojo... A pessoa torna-se agressiva ou se fecha em si mes- ma. A afetividade é positiva quando motivada pela compaixão e pela confiança. Exemplos: ternura, empatia, piedade, solidariedade... A pessoa motivada por es- ses sentimentos procura o bem-estar da outra
Uma afetividade adulta e madura leva o ser humano a se relacionar positiva- mente com o outro, não motivada pelo medo ou pela raiva, mas sim pela confian- ça e pela compaixão. Quanto mais a pessoa amadurece, maior é sua tendência a uma afetividade positiva. É um processo que dura à vida inteira.
A pessoa consigo mesma (dimensão psicológica)
Uma afetividade positiva e saudável começa com uma verdadeira autoestima. Jesus nos diz para amarmos o próximo como amamos a nós mesmos (Lc 10,27).
Quem rejeita a si mesmo não consegue amar ninguém mais, principalmente a Deus.
Qual é o caminho da autoestima?
e ser amado. Mas, nem sempre consegue isso. Dependemos dos sentimentos dos outros para sermos amados. Se não nos amam nada podemos fazer. O amor não pode ser vendido ou comprado, apenas dado e recebido (Ct 8,7). Às vezes nos ilu- dimos pensando que “compramos” o amor de alguém com bom comportamento, agrados ou mesmo dinheiro. É uma ilusão, pois o que conseguimos é apenas fingimento. O amor verdadeiro é gratuito e voltado para o bem da pessoa amada.
Como lidar com a afetividade daqueles e aquelas que vivem mais próximo de mim?
Respeitar seus limites, defeitos e qualidades.
Aceitar seus sentimentos, sem tentar mudá-los.
Não tentar “comprar” sua estima e admiração.
A pessoa com Deus (dimensão espiritual)
Deus está em tudo e em todos. Deus é o próprio Amor, é mais belo e pre- cioso do que tudo o que conhecemos. Como é possível que o ser humano se relacione com Alguém tão maior, com o próprio Amor?
Para tornar possível esse relacionamento, o Deus-Amor se manifestou a nós por meio de Jesus de Nazaré. O objetivo da missão de Jesus não era simples- mente tornar Deus conhecido. Seu objetivo era comunicar o amor de Deus e nos convidar a amá-Lo.
Como viver esse amor?
Na atenção aos pobres, pequeninos e sofredores.
Nas relações de fraternidade, amor e solidariedade, na comunidade e com o povo.
Na oração pessoal e comunitária, em profundo silencio interior.
Em comunhão com toda a criação.
É, antes de tudo, o modo de ser diferenciada – a masculinidade e a feminili- dade – e reconhecível em diversos níveis (fisiológico, psicológico, racional-espiri- tual), no qual está inserido o dado fundamental sobre a existência humana: a vida é um dom recebido e a ser doado.
Do ângulo da função, a sexualidade pode ser entendida e gerida como uma deficiência orgânica que faz com que se sinta a necessidade do outro. Mas é também, e, sobretudo, potencial energético emotivo que impulsiona a pessoa a sair de si mesma e a estabelecer relação com os outros em geral e com um tu particular, através da realização da autodoação e do acolhimento da doação da outra pessoa. Este relacionamento está destinado a se colocar cada vez mais no centro da existência e dos afetos do eu, mas torna-se fecundo de vida e de amor também para outros, aos quais se estende, potencializando o original patrimônio energético da pessoa.
Na pessoa viva, a sexualidade, é força tipicamente humana, ligada natural- mente com a capacidade afetiva e entregue à liberdade responsável e à capacida- de educativa do próprio ser humano. Representa, portanto, uma realidade dinâ- mica, com específicos dinamismos ligados aos três níveis (psicofísico, psicossocial, racional-espiritual). É a área em que está particularmente viva a tensão dialética interna do ser humano (às vezes inconsciente), mas, também se pode perceber uma certa tensão de transcendência que permite ao ser humano estabelecer rela- ção com o Tu de Deus, vivendo plenamente com ele a própria capacidade afetiva. É um bem parcial que tende para o bem total da pessoa, dentro de um especifico projeto de vida. Incentivar e “educar” essa tendência significa realizar a própria sexualidade segundo uma precisa “ ordo sexualitatis ”.
O sentido profundo e genuíno da sexualidade pode, portanto, ser expresso e vivido, de um ponto de vista psicológico, também dentro de um projeto de vida em que o relacionamento privilegiado se estabelece com Tu de Deus e com a sua riqueza de amor, e a própria sexualidade se torna riqueza de amor e de relaciona- mento com muitos tus. O amor para com Deus e o relacionamento que daí deriva, que pode ir até o ponto de fazer de Deus o único amor, total e exclusivo, torna-se então a expressão natural e máxima da capacidade afetiva do ser humano, ou
não foge. É importante para que você se perceba na fase adulta de forma equi- librada, ou seja, madura, como estão suas relações interpessoais, a vivências do amor, ódio, medo, ciúme, inveja, poder, ambição, dependência, rivalidade para que seu projeto de vida seja mais consistente possível.
A maioria dos desejos emocionais e sexuais dos seres humanos nos pontos altos e baixos pode ser atribuída a mudanças hormonais que ocorrem no cérebro. Os hormônios tem uma dança toda própria em seres humanos com encontros e desencontros nas diferenças hormonais entre homens e mulheres.
Atua sob propósitos e persevera nas dificuldades, superando sua afetivida- de espontânea;
Tem uma IDENTIDADE ESTÁVEL E MADURA: estabelece objetivos e se empe- nha para alcançá-los, faz juízos sobre si mesmo e a realidade, consciente das pró- prias limitações e potencialidades que quer colocar a serviço dos valores do Reino;
AMOR OBLATIVO: dá-se aos outros com sinceridade, gratuidade e sem res- trições; ama não para receber, mas para ser oferta livre de si, dom total sem procu- rar vantagens ou compensações, capaz de desejar e operar para o bem dos outros.
A Sexualidade é um processo dinâmico e mutável que atravessa crises no curso de uma vida.
Vamos perceber o tema da homossexualidade a partir das reflexões feitas por Pe. Morano^2 onde diz que não há afetividade humana que não comporte esta dimensão homossexual porque esta é uma das grandes diferenças entre a sexu-
2 Pe. Carlos Dominguez Morano: Conferencista do III Congresso de Psicologia da CRB Nacional, 2007.
Reconhecer as próprias reações e atitudes emotivas: saber o que se sente;
Em cada emoção acontece uma autorrevelação : toda reação emocional pode ser experiência de aprendizagem, porque toda reação emocional nos diz algo sobre a nossa pessoa;
Saber o que se quer;
Encontrar emoções perdidas e redescobrir os próprios sentimentos; Trazer de volta o que recalcamos;
Distinguir o que é meu do que é do outro;
Separar o momento presente da experiência do passado;
Tomar consciência das próprias áreas afetivas não livres.
A necessária intervenção da vontade
→ controle – integração – canalização das emoções;
→ harmonizadas com as metas mais amplas da pessoa como ser humano à luz do bem total da pessoa;
Renúncia livre – ativa – consciente
→ Em vista de algo que é mais desejado
→ Que dá sentido à vida que leva à libertação profunda
Diante destas reflexões é possível renunciar em vista de uma grande meta, pois maior que a renúncia é o que se abraça. Isto implica orientar nossos valo- res em vista de projeto de vida e nos perguntarmos: o que atrai o meu coração? Onde está o meu tesouro?
Inspirado no discipulado de Jesus é possível perceber um itinerário que possibilita ao humano expressar o divino.
1 - Destaque no texto questões que ajudam no dia-a-dia sobre os temas Afe- tividade e Sexualidade. 2 - Selecione alguns aspectos mais marcantes e aplique a sua etapa de vida (adolescente jovem, jovem ou jovem adulto). 3 – Diante das reflexões feitas, como conciliar o mundo dos afetos (afetivida- de e sexualidade) em vista do projeto de vida? 4 - Como é a manifestação de minha afetividade e sexualidade na família, na comunidade e na sociedade?
Rubens Nunes da Mota, OFMCap. - (Mestre em Psicologia pela UCB – DF) CENCINI, Amadeo. Por Amor. Paulinas, 1997. MORANO, Carlos Dominguez. Afetividade, Espiritualidade e Mística. Publica- ções CRB, 2007. MOTA, Nunes Rubens. Juventudes e trajetória social, o crack com sinalizador do contexto. Ed 4 cores, Brasília-DF, 2013. VIDAL, Marciano. Sexualidade e condição homossexual na Moral Cristã. Edi- tora Santuário, 2008. ZAMPIERI, Ana Maria Fonseca. Erotismo, sexualidade, Casamento e infidelida- de: Sexualidade conjugal e prevenção do HIV e da AIDS.