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Contabilidade Internacional: IFRS e a Padronização de Demonstrações Contábeis, Resumos de Contabilidade

Resumo simplificado de como funciona no Brasil e no mundo.

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 06/10/2019

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CONTABILIDADE INTERNACIONAL
A linguagem da in forma çao contabi l nao e homog e nea e varia confo rme o
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O seu estudo tem sido essencial, po is po ssibi lita a integraça o de
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que elas sempre manten ham certa diverg e nc ia. A proposta e que os
prin cípios basicos q ue norteia m a contabilidade sejam comuns a fim de
facilitar cada ve z mais a t roca de infor m oes entre d ifere ntes merca dos
glob ais.
Estrutura Normativa
No Brasil a regulament aça o e realizada atra ves do Comite de
Pronunciamentos C ont abeis - CPC, por meio d as Normas Brasil eiras de
Contabilidade - N BC. Em 2 007 com a public ao da Le i
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dev e m seguir os padr oes internacionais cont idos nos Inte rnational
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Baixe Contabilidade Internacional: IFRS e a Padronização de Demonstrações Contábeis e outras Resumos em PDF para Contabilidade, somente na Docsity!

CONTABILIDADE INTERNACIONAL

A linguagem da informaçao contabil nao e homoge nea e varia conforme o país. Fato disso e a classificaçao da contabilidade como sendo uma cie ncia social aplicada. Isso significa dizer que ela recebe grande influe ncia do meio em que esta inserida. A contabilidade internacional surge para construir um ponto comum entre os relatorios financeiros elaborados por contextos de outros países e definir metodos de adaptaçao aos padroes internacionais a partir da contabilidade local. Tornou-se importante no Brasil a partir da criaçao da Bolsa de Valores e da vinda de capital estrangeiro ao mercado nacional. Ela esta estruturada a partir do estudo das normas cont abeis vigentes em cada país e tem como objetivo a transformaçao de relatorios a diferentes regras normativas, conforme os interesses comerciais relacionados a operaçoes de exportaçao/importaçao ou entre empresa matriz e filial situada no exterior, por exemplo. O seu estudo tem sido essencial, pois possibilita a integraç ao de informaçoes econo micas entre o mercado internacional e a interaç ao de pesquisas e trabalhos acade micos com compreensao logica mesmo que atraves de tecnicas contabeis distintas. Muito se tem falado sobre o fim da contabilidade internacional, j a que as normas brasileiras te m a algum tempo convergido as normas internacionais, num processo de harmonizaçao. Porem a tende ncia e de que elas sempre mantenham certa diverg e ncia. A proposta e que os princípios basicos que norteiam a contabilidade sejam comuns a fim de facilitar cada vez mais a troca de informaç oes entre diferentes mercados globais.

Estrutura Normativa

No Brasil a regulamentaçao e realizada atraves do Comite de Pronunciamentos Contabeis - CPC, por meio das Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC. Em 2007 com a publicaçao da Lei 11.638/2007 começa a converge ncia brasileira aos padroes internacionais e em 2009 com a Resoluçao CFC 1.156/2009, as NBCs devem seguir os padroes internacionais contidos nos International Financial Reporting Standards (IFRS) publicados pelo International Accounting standards Board (IASB)

Assim, a partir de 2010 ficam obrigadas todas as empresas, a elaborar seus demonstrativos financeiros conforme as novas normas. O conjunto completo de IFRS deve ser observado pelas sociedades de grande porte e as pequenas e medias empresas estao sujeitas ao previsto na Resoluçao CFC 1.255/2009. As principais mudanças se referem a> nova estruturaçao do Balanço Patrimonial, os criterios de avaliaçao dos ativos e passivos, a publicaçao do Fluxo de Caixa e da Demonstraçao do Valor Adicionado, dentre outros. Uma das razoes mencionadas pelo CPC para a integraç ao das regras e o custo extra que investidores de outros pa íses te m para trocar informaçoes com empresas brasileiras, custo este destinado a contrataçao de consultores e empresas especializadas na convers ao dos demonstrativos brasileiros aos padroes utilizados pelos investidores.

Formação Acadêmica

Um grande desafio para as instituiç oes de ensino que ofertam o curso de cie ncias contabeis e a adaptaçao de suas grades curriculares as novas normas e ao fato de que cada vez mais a contabilidade antes dita internacional tem se tornado cada vez mais a local. Isso afeta a forma de ensino nao so numa materia específica, mas ao longo dos quatro anos da graduaçao. Paralelo a isso, esta a> busca de materiais e livros com conte udos atualizados e a renovaçao de títulos nas bibliotecas das universidades que possam suprir os alunos com conhecimento din a mico e atual. Este sempre foi um dilema da contabilidade, que força os seus profissionais a estar em constante atualizaçao e reciclagem sob pena de estar fora do mercado e ficar obsoleto diante do mesmo. Estudos tentam verificar a releva ncia do estudo das contabilidades de pa íses emergentes como China e I@ndia dentro do contexto da contabilidade internacional, o que pode representar um desafio extra aos futuros profissionais da classe. O fato e que a contabilidade internacional nunca ir a deixar de existir. Basta tomar o conceito de Financial Reporting que est a relacionado com usuario da informaçao. Observe que as informaçoes requeridas pelos Governos locais dificilmente serao padronizadas e sempre serao um grande potencial para estudo da contabilidade internacional, principalmente em areas como tributaçao e societarias.

Em termos gerenciais, as IFRS tambem trouxeram melhorias para a realidade brasileira. Ganhou-se tempo por conta da otimizaçao e padronizaçao, possíveis graças aos relatorios internos e externos que sao exigidos pelas normas internacionais. O conceito de valor justo, que esta relacionado diretamente ao valor que podera ser recebido na venda de um ativo ou gasto ao transferir um passivo tambem foi introduzido com as normas. Esse conceito e fundamental, pois o valor justo e utilizado na mensuraçao de propriedades para investimentos. Isso e fundamental para investidores estrangeiros , pois com esse entendimento padronizado, ha uma segurança muito maior em saber os índices corretos para um investimento em outro país.

A adaptação das empresas

Os sistemas de tecnologia das empresas passaram por uma profunda transformaçao a fim de atender a>s regras. Alteraçoes na interface, base de dados, na maneira como o usuario se relaciona com proprio sistema. Tudo isso para atender a>s normas de padronizaçao das IFRS e manter o nível de apresentaçao dos dados financeiros, contábeis e gerenciais. Com a padronizaçao, houve a simplificaçao da apresentaçao desses dados. O padrão contábil mundialmente aceito, assim como os relatorios financeiros, diminui as chances de erros. Alem disso, amplia a eficiencia operacional, possibilita maior integraçao, exige sistemas mais eficientes e deixa inoperantes os sistemas díspares. blog/ifrs-relatorios-contabeis-ibpt-educacao

Contabilidade internacional: entenda mais sobre isso

Para as empresas de grande porte e sociedades anonimas, a utilizaçao dos padroes da contabilidade internacional e uma discussao antiga, cuja obrigatoriedade fica clara na Lei 11.638 , de 2007. Depois disso, em 2009, a Resolução 1.255 do Conselho Federal de Contabilidade estendeu a obrigatoriedade a>s pequenas e médias empresas. Um dos intuitos do órgão foi o de estabelecer processos e linguagem contábil únicos. Por meio desses padroes, a transparencia e a confiabilidade das demonstraçoes contabeis sao maximizadas. Saiba agora o que sao as normas internacionais, quais sao seus objetivos, como surgiram e quais benefícios trazem a>s empresas.

O que são as normas da contabilidade internacional?

As International Financial Reporting Standard (IFRS) — Normas Internacionais de Relatorios Financeiros — sao pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade. Esse conjunto de regras serve para que as demonstrações contábeis de empresas e órgãos governamentais de diversos países utilizem a mesma linguagem contábil. Alem disso, elas fazem com que essas demonstraçoes sejam mais transparentes e confiaveis. E relatam fielmente os fatos contabeis para os interessados das organizaçoes, onde quer que estejam. Esse padrao de contabilizaçao facilita, tambem, a compreensao das demonstraçoes para agentes interessados no aspecto de globalizaçao dos negocios. Isso porque anteriormente diferentes países contavam com procedimentos distintos para a contabilidade de suas empresas. Em alguns casos, a realidade tributaria do país poderia dificultar em muito para o entendimento das demonstraçoes, caso do Brasil.

Como surgiram as normas?

Antes do IASB, existiu a International Accounting Standards Committee (IASC) — Comissao de Normas Internacionais de Contabilidade —, que emitia os pronunciamentos IAS.

internacional pelas organizaçoes brasileiras. Ate esse momento, as normas existentes eram as de nomenclatura IAS, numeradas de 1 a 41. Caso nao haja IFRS posterior que substitua uma IAS, esta e valida. Entao, a partir da IFRS 1, as grandes empresas e sociedades anonimas teriam de adotar as IASs na contabilizaçao.

IFRS 2

Essa norma refere-se ao pagamento baseado em açoes. Em suma, exige que os resultados e as informaçoes financeiras nas demonstraçoes contabeis das empresas mostrem os efeitos dessas transaçoes. Inclusive com seus gastos relacionados e situaçoes de cessao de opçoes de açoes aos funcionarios. Aqui, a adequaçao foi feita pelo CPC 10 no ano de 2010.

IFRS 3

Essa IFRS trata da combinaçao de negocios — quando uma empresa adquire e passa a controlar uma organizaçao ou mais de uma. Conforme ela, pronunciada pela CPC 15 , as demonstraçoes devem reconhecer os ativos e passivos da adquirida a valor justo e pela data de aquisiçao. O mesmo deve ser feito com o goodwill — tipo de ativo intangível que representa a diferença entre o valor de aquisiçao e o patrimonio da adquirida — surgido na transaçao.

IFRS 4

O CPC 11 , em 2011, pronunciou a>s organizaçoes brasileiras a IFRS 4. Ela especifica que as emitentes de contratos de seguros devem aperfeiçoar continuamente a contabilizaçao relativa aos contratos emitidos. Alem de divulgar demonstraçoes que identifiquem e tornem compreensivos os valores provenientes de contratos. Essas divulgaçoes devem mostrar os valores, as datas e as incertezas dos fluxos de caixa projetados em relaçao a>s emissoes das seguradoras.

IFRS 5

Essa norma e o CPC 31 estabelecem a contabilizaçao de ativos nao circulantes mantidos para venda e a divulgaçao de operaçoes interrompidas.  Esses ativos devem ser mensurados pelo valor contabil mais baixo registrado e pelos seus valores justos com subtraçao de despesas de vendas;

 a depreciaçao e a amortizaçao desses ativos devem parar; e  eles devem ser apresentados separadamente no balanço patrimonial, bem como os resultados das operaçoes interrompidas — fora da demonstraçao de resultado principal.

IFRS 6

A IFRS 6 faz exigencias em relaçao a> contabilizaçao de valores da exploraçao e da avaliaçao de recursos minerais.

IFRS 7

Aqui, a IASB trata da evidenciaçao das informaçoes nos instrumentos financeiros. De acordo com a IFRS 7 e o CPC 40 , os instrumentos precisam permitir que os usuarios deles avaliem:  a relevancia dos instrumentos financeiros para as finanças da organizaçao e seu desempenho; e  os tipos e extensao dos riscos associados a>s informaçoes divulgadas e tambem a forma como tais riscos sao gerenciados.

IFRS 8

O princípio basico dessa norma afirma que as informaçoes divulgadas devem permitir que os usuarios das demonstraçoes contabeis consigam avaliar os efeitos financeiros das atividades desenvolvidas. E tambem o ambiente economico no qual a empresa esta envolvida. Para o Brasil, ela foi traduzida e e aplicada pelo CPC 22.

IFRS 9

Consolidado em 2014 pela IASB, o CPC 48, define regras para contabilizaçao, classificaçao e apresentaçao de instrumentos financeiros. Neste artigo voce pode ler sobre aspectos diversos da IFRS 9. Dentre eles, os benefícios que apresenta e a adequaçao e transiçao da IAS 39 para o novo pronunciamento.

IFRS 10

De acordo com o CPC 36 , a IFRS 10 estabelece diretrizes a serem seguidas para elaboraçao e apresentaçao de demonstraçoes contabeis de organizaçoes que sao controladoras de outros negocios.

Conforme a norma IFRS 16 , o leasing — ou arrendamento de bem — tera de constar em ativos e passivos das empresas envolvidas. Atualmente, em geral, os arrendamentos ficam fora dos balanços, apenas em notas explicativas. O objetivo e dar transparencia a> comparabilidade. Permitindo que a avaliaçao do negocio seja feita incluindo obrigaçoes e direitos de leasing. A diferença entre arrendamentos e contratos de serviços passara a ficar clara nas demonstraçoes contabeis.

Quais são os benefícios da contabilidade internacional para

as empresas?

Mesmo que a organização tenha seu capital fechado, deve aderir às IFRS. Isso porque com a globalizaçao dos negocios e especialmente do mercado financeiro, a transparencia corporativa, o disclosure e a correta adequaçao a> contabilidade internacional sao cada vez mais importantes. Um investidor, por exemplo, pode descartar o investimento em um negocio que nao atende a esses requisitos antes mesmo de pesquisar mais sobre ele. O mesmo pode ocorrer na tentativa de tomada de credito. Ou a instituiçao procurada pode oferecer taxas de juros maiores pela falta de transparencia. Portanto, corporaçoes que aderem aos pronunciamentos da IASB e do CPC conseguem atender a diversas exigencias do mercado, de investidores e de interessados. Assim, alem de estar em concordancia com a linguagem contabil internacional e a implantada no Brasil, melhoram suas possibilidades de atuaçao e crescimento. www.blbbrasil.com.br/blog/contabilidade-internacional/