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Contabilidade de Custos, Notas de estudo de Administração Empresarial

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Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 01/09/2008

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FACENS
Faculdade de Engenharia de Sorocaba
CONTABILIDADE DE CUSTOS
ADMINISTRAÇÃO
Módulo 2 - 1º semestre - 2002
Prof. Adilson
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FACENS

Faculdade de Engenharia de Sorocaba

CONTABILIDADE DE CUSTOS

ADMINISTRAÇÃO

Módulo 2 - 1º semestre - 2002

Prof. Adilson

CONTABILIDADE GERAL

1 – Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é como a representação gráfica do Patrimônio ou uma

“fotografia”, em dado momento, do conjunto do Patrimônio de uma empresa ou entidade.

Patrimônio de uma empresa é o conjunto de seus bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido, sendo essa situação patrimonial representada, em qualquer momento, na forma

de uma equação denominada Balanço Patrimonial.

O Balanço Patrimonial é constituído de duas partes. O lado esquerdo é denominado de ATIVO, e o lado direito é denominado de PASSIVO.

ATIVO: é a aplicação de recursos em Bens e Direitos.

PASSIVO: é a origem dos recursos que foram aplicados no Ativo. Esses recursos podem ter sido provenientes de terceiros por meio das Obrigações (dívidas) contraídas e que serão cobradas ou exigidas pelos credores, constituindo o Passivo Exigível e/ou do Patrimônio Líquido por meio de recursos (capital) aplicados na empresa por seus sócios ou gerados de suas atividades (lucros).

No cabeçalho do Balanço Patrimonial devem constar as seguintes informações:

**- Denominação da empresa;

  • Número da Inscrição no CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (antigo**

CGC);

**- Título da demonstração contábil – no caso, Balanço Patrimonial;

  • Data de encerramento do balanço.**

Exemplo de Balanço Patrimonial:

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  • As disponibilidades de numerários da empresa: dinheiro em caixa, saldos em contas

correntes bancárias, aplicações financeiras de curto prazo e de liquidez imediata;

  • Os estoques de mercadorias para revenda nas empresas comerciais;
  • (^) Os estoques de matérias-primas, materiais de embalagens, materiais secundários e materiais auxiliares para a fabricação de produtos acabados, nas empresas industriais;
  • Os imóveis, os veículos, as máquinas e os outros equipamentos utilizados no

exercício das atividades da empresa.

Bens Intangíveis: os que são incorpóreos ou sem substância física.

Exemplos:

  • Marca;
  • Patente;
  • Ponto comercial etc.

Os bens tangíveis subdividem-se em: ativos móveis e imóveis:

  • Ativos móveis: aqueles que não são fixos, podendo ser transportados a qualquer momento de um local para outro, como por exemplo: mesas, cadeiras, veículos, máquinas etc.
  • Ativos imóveis: aqueles que são fixos, não podendo ser transportados de um local

para outro, como, por exemplo: terrenos, prédios, instalações, árvores etc.

Direitos

Representam os direitos que a empresa tem em relação a terceiros em determinado momento, que serão futuramente convertidos em numerário, serviços ou bens tangíveis ou intangíveis.

Exemplos:

  • Direito de receber em dinheiro o saldo de duplicatas devido pelos clientes, em decorrência das vendas a prazo efetuadas em determinado período;
  • Direito de receber em devolução ou descontar da Folha de Pagamento os adiantamentos ou empréstimos efetuados para funcionários;
  • O direito de receber em mercadorias ou serviços o valor correspondente aos adiantamentos efetuados para os fornecedores de bens e serviços.

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Entende-se, portanto, como direitos os saldos de duplicatas a receber, demais contas a

receber, títulos de créditos, aplicações financeiras, participações societárias em outras empresas etc.

Características do Ativo

  • Propriedade: o bem ou direito precisa pertencer à empresa, para poder constar de seu ativo. Por exemplo, a empresa tem direito a utilizar determinada rodovia, mas tal direito não consta de seu ativo, visto não ser sua propriedade. Da mesma forma, os funcionários de uma empresa não são contabilizados como ativos, visto que, apesar de representarem bens valiosos, não são de sua propriedade.
  • Valor determinado de forma objetiva: o bem ou direito deve ser passível de avaliação monetária, caso contrário, é impossível o registro contábil. O valor do ponto comercial, por exemplo, apesar de ser um bem da empresa, tem sua avaliação em dinheiro quase sempre impossível, motivo pelo qual não é contabilizado. A boa imagem de um produto, por exemplo, representa um bem valioso para a empresa; mas, como não se pode avaliar e quantificar monetariamente o valor dessa boa imagem, tal bem não é contabilizado como ativo. Da mesma forma, um excelente quadro de vendedores representa um bom ativo da empresa, mas não é passível de avaliação monetária e financeira;
  • Benefícios presentes e futuros: todo o ativo contabilizado deve representar um

potencial de benefícios presentes e futuros para a empresa. Os estoques, por exemplo, representam a possibilidade futura de ganhos, quando de suas vendas para os clientes. As máquinas e os equipamentos de produção representam um potencial futuro de geração de lucro, visto que serão utilizados para a produção que serão futuramente vendidos.

Quando um ativo não tiver mais a capacidade de gerar benefícios presentes ou futuros, deve ser baixado dos saldos contábeis. Uma mercadoria defeituosa, imprestável para venda ou para consumo, deve ser eliminada dos saldos do ativo, visto que se tornou inútil para a geração de lucros.

3. Passivo

3.1 – Passivo Exigível - Obrigações

No Passivo Exigível são classificadas as obrigações da empresa, ou seja, o capital de

terceiros aplicado na exploração de suas atividades.

Exemplos de Obrigações ou Exigibilidades:

  • obrigações com fornecedores de mercadorias para revenda, de matérias-primas e material secundário para industrialização, de material de embalagens, de materiais para consumo;

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Menos: Prejuízo das atividades no período 01/01 a 31/12/xb (100.000)

Valor do Patrimônio Líquido em 31/12/xb 1.000.

Tendo-se em conta que os resultados das operações modificam o Patrimônio Líquido, conclui-se que, por conseqüência, seu valor varia freqüentemente.

Exemplo completo:

Casa das Bicicletas Ltda CNPJ: 001.002.003/0001-

Balanço Patrimonial em 20/12/x

ATIVO $ PASSIVO $

Realizável Exigível Bancos – conta corrente 150.000 Contas a Pagar 600. Mercadorias para revenda 650.000 Fornecedores 250.

Total do Realizável 800.000 Total do Exigível 850.

Permanente Patrimônio Líquido Móveis e instalações 150. Prédio 700.000 Capital Social 800.

Total do ATIVO 1.650.000 Total do PASSIVO 1.650.

Conclusões:

Analisando o Balanço Patrimonial apresentado, extraem-se, entre outras, as seguintes conclusões:

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  • o Patrimônio Líquido representa o capital próprio ou os recursos dos sócios;
  • o Passivo Exigível constitui os recursos de terceiros utilizados nas atividades da empresa;
  • o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido são as origens dos recursos utilizados;
  • o Ativo representa o destino ou a aplicação dos recursos.

4. Conceitos Principais:

a.) Demonstração de Resultado do Exercício (DRE): mostra em detalhes o Resultado (lucro ou prejuízo) obtido por determinada empresa em determinado período.

b.) Receitas Operacionais: são decorrentes das operações normais da empresa. Será classificado como operacional o resultado das atividades, principais ou acessórias, que constituam o objeto social da empresa.

As receitas operacionais podem ser decorrentes:

  • das vendas de mercadorias;
  • da prestação de serviços; ou
  • de ambas as atividades.

Por exemplo, uma empresa pode ter como atividade comercial a revenda de aparelhos hospitalares e, ao mesmo tempo, montar uma equipe de técnicos para prestar serviços de assistência para manutenção e limpeza desses aparelhos vendidos. Outro exemplo: uma revendedora de veículos pode explorar também os serviços de manutenção de veículos, além das vendas de peças.

c.) Outras Receitas Operacionais e Não Operacionais: normalmente, as receitas de uma empresa decorrem da venda de bens e mercadorias e da prestação de serviços. Essas são as atividades principais e, também, podem ser obtidas receitas das atividades acessórias. Exemplos de atividades acessórias:

  • rendimentos das aplicações financeiras – operacionais;
  • venda de bens do ativo permanente – não operacional;

Há necessidade, portanto, de planejar um sistema de escrituração que forneça informações detalhadas acerca da origem de cada tipo de receitas, bem como se houve ou não o recebimento correspondente.

Uma empresa deve segregar a escrituração de suas receitas pelas contas:

  • venda de mercadorias – empresa comercial;
  • vendas de produtos – empresa industrial;
  • prestação de serviços;
  • receitas financeiras ; e
  • receitas não operacionais.

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i.) Despesas Operacionais: trata-se dos demais gastos efetuados pela empresa que não compõem o custo dos produtos, das mercadorias nem dos serviços vendidos.

As despesas operacionais são, por conseguinte, aqueles gastos necessários para a exploração das atividades de uma empresa, sendo contabilizadas em conta de resultado para posterior confrontação com o lucro bruto e conseqüente apuração do lucro ou prejuízo do exercício ou período correspondente.

As despesas operacionais são reunidas em três grandes grupos:

  • despesas de vendas: comissões, fretes, seguro de transporte, propaganda etc.;
  • despesas administrativas: salários e encargos do pessoal da administração, aluguéis, água, luz, telefone, correio etc.;
  • despesas financeiras: juros e variação cambial líquidos de eventuais receitas financeiras.

j.) Resultado Operacional do Exercício ou de um período: representa o ganho ou a perda resultante das operações efetuadas em determinado período.

A apuração do resultado é efetuada pelo confronto entre as receitas, o custo das vendas e as despesas de um mesmo período. Para efeito dessa apuração, as contas de receita e despesa são encerradas em contrapartida de uma conta transitória denominada, geralmente, de “Resultado do Exercício” ou de “Lucros e Perdas”.

Se o valor das receitas superar o montante dos custos e das despesas, diremos que houve lucro. Caso contrário, quando o resultado é negativo, prejuízo.

k.) Resultado Não Operacional: é o resultado de operações não relacionadas à atividade operacional da empresa, tais como:

  • lucro ou prejuízo na venda de bens do ativo imobilizado;
  • baixa de bens inservíveis;
  • baixa de bens sinistrados; e
  • indenizações de seguros.

l.) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) e da Contribuição Social: é a diferença entre todas as receitas realizadas e todas as despesas incorridas no período, tanto operacionais quanto não operacionais, e servirá de base de cálculo dos impostos devidos.

m.) Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social: é o valor dos impostos incidentes sobre o lucro contábil apurado conforme item anterior ajustado pelas despesas não dedutíveis e pelas receitas não tributáveis, conforme legislação em vigor. A contrapartida dessa despesa é uma obrigação que será classificada no Passivo Exigível.

n.) Lucro Líquido do Exercício: é o lucro final que estará à disposição dos sócios ou proprietários para constituição de reservas ou distribuição de dividendos.

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5. Apuração de Resultados em Empresas Comerciais e Industriais

a) empresas comerciais:

Suas principais atividades são a compra e a venda de mercadorias prontas para revenda. Por exemplo, uma loja de móveis adquire camas, mesas, sofás, cadeiras etc., de uma indústria para revenda a seus clientes.

Outro exemplo: uma loja de eletrodomésticos adquire das indústrias os produtos prontos para posterior revenda aos consumidores, tais como cafeteiras, tostadores, secadores de cabelo, liquidificadores, batedeiras, geladeiras, televisores etc.

Fornecedores de Compras Estoque de Vendas F 0 A E

F 0 A E Clientes mercadorias mercadorias

fluxo das atividades nas empresas comerciais

Entende-se por estoques de mercadorias, nas empresas comerciais, o conjunto de mercadorias adquiridas para posterior revenda. As livrarias, por exemplo, recebem os livros e as revistas das editoras e os colocam nas prateleiras para revenda aos leitores. O saldo de seus estoques em determinado momento é o total de livros, revistas, jornais etc., adquiridos das editoras e ainda não revendidos.

O valor atribuído ao estoque é composto dos valores pagos ou a pagar aos fornecedores, mais eventuais gastos de transporte, menos impostos recuperáveis.

b) empresas industriais

Além das atividades comerciais, que é a venda de seus produtos, essas empresas exercem também as atividades de industrialização – ou fabricação – dos produtos que são posteriormente vendidos.

Uma indústria de móveis compra diversas matérias-primas, utiliza mão-de-obra especializada e outros custos necessários à produção, e fabrica os diversos móveis, os quais são posteriormente vendidos.

Estoques Requisições Produção Produção Estoque Venda Clientes em concluída processo

Materiais F 0 A E Materiais F 0 A E Produtos F 0 A E Mão-de-obra acabados

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Em determinado mês, a loja de Eletrodomésticos Quichoque adquiriu para revenda 400

aparelhos de som, ao custo unitário de compra de $ 200.

Durante o mês, vendeu 350 aparelhos, ao preço de venda de $320 por unidade, permanecendo 50 aparelhos em estoque para venda nos próximos meses.

As despesas do mês (aluguel da loja, salários do pessoal, comissões dos vendedores, encargos sociais, despesas financeiras, água, luz, telefone, impostos etc.) totalizaram $ 30.000.

O resultado do mês seria assim demonstrado:

Demonstração do Resultado do mês da Quichoque $

Receitas de vendas: 350 aparelhos x $320 cada 112.

Menos: custo das mercadorias compradas e revendidas no mês: 350 aparelhos x $200 (70.000)

= Lucro Bruto 42.

Menos: despesas operacionais (30.000)

= Lucro do mês 12.

Evidentemente que o exemplo apresentado está bastante simplificado, visto que se parte do pressuposto que a loja vendeu apenas um tipo de mercadoria, no caso, aparelhos de som. No entanto, o demonstrativo seria elaborado de maneira semelhante até a linha do lucro bruto , independente da diversidade das mercadorias comercializadas.

Após a linha do lucro bruto de todas as mercadorias comercializadas no mês, deduz-se o total das despesas da loja, para obter-se o lucro final.

7. Apuração do Lucro ou Prejuízo nas Empresas Industriais

Uma empresa industrial, por sua vez, como já mencionado, adquire matérias-primas,

aplica mão-de-obra especializada e outros custos de produção para a fabricação dos produtos, que serão posteriormente comercializados.

Exemplo: a Indústria de Móveis Residenciais Conforto Ltda, tem o seguinte gasto para produzir cada unidade de sofá;

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Custos de Produção $

Matérias-primas 40

Mão-de-obra especializada 20

Outros custos de produção 15

Total do custo para produzir cada sofá 75

Durante o mês de junho, produziu 900 unidades de sofá, ao custo unitário demonstrado.

Durante o mês, vendeu 830 unidades, ao preço de venda unitário de $130, permanecendo com um estoque de 70 sofás para vendas nos próximos meses.

Supondo que não houve outras vendas e que as despesas do mês totalizaram $ 32.700, o resultado seria apurado como segue:

Demonstração do Resultado do mês da Conforto $

Receitas de vendas: 830 sofás x $130 cada 107.

Menos: custo dos produtos vendidos no mês: 830 sofás x $75 (62.250)

= Lucro Bruto 45.

Menos: despesas operacionais (32.700)

= Lucro do mês 12.

8. Separação dos Gastos entre Custos e Despesas em uma Empresa

Industrial

A separação dos gastos em custos e despesas é fundamental para a apuração do custo da produção, das despesas e do resultado de um período, visto que:

  • os custos de produção devem ser incorporados ao custo do produto fabricado na empresa. Enquanto o produto não for vendido, seu respectivo custo não é transferido para o resultado do período. Em outras palavras, o custo do produto não

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= Lucro do mês 70.

No entanto, a auditoria acusou erro nessas informações. De acordo com o relatório da auditoria, houve gastos em agosto, no total de $ 30.000, considerados por engano como despesas, que, na realidade, tratam-se de custos com a produção dos 120.000 sacos de cimento.

Os $ 30.000 referem-se aos gastos com embalagem do produto, gastos necessários à conclusão do processo produtivo. O contador, por engano, considerou tais gastos como despesas comerciais.

Refazendo as contas, concluiu-se que os custos totais foram de $ 510.000 (os $ 480. anteriores mais os $ 30.000 de materiais de embalagens).

Conseqüentemente, o custo unitário foi de $ 4,25 ($ 510.000 divididos pela produção de 120.000 sacos de cimento no mês).

Por sua vez, as despesas foram reduzidas para $ 150.000 (os $ 180.000 anteriores menos os $ 30.000 transferidos para o custo da produção).

Com base em tais informações “refeitas as contas, após a auditoria” , o resultado do mês de agosto foi, na realidade, o seguinte:

Demonstração do Resultado do mês de agosto da Indústria de Cimento KaiKai $

Receitas de vendas: 100.000 sacos x $ 6,50 cada 650.

Menos: custo dos produtos vendidos no mês: 100.000 sacos x $ 4,25 (425.000)

= Lucro Bruto 225.

Menos: despesas operacionais (150.000)

= Lucro do mês 75.

Portanto, o lucro do mês de agosto, que era de $ 70.000, aumentou para $ 75.000, diferença de $ 5.000.

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Nos saldos dos estoques no final do mês, a diferença entre as duas apurações seria a

mesma, visto o direto relacionamento entre a valorização dos estoques e a apuração do resultado, como demonstrado:

  • (^) Saldo do estoque de produtos acabados pela posição anterior $

20.000 sacos de cimento x custo unitário de $ 4,00 = 80.

  • Saldo do estoque de produtos acabados “após a auditoria”

20.000 sacos de cimento x custo unitário de $ 4,25 = 85.

Diferença no Estoque Final 5.

CONTABILIDADE DE CUSTOS

I. Classificação dos Gastos

1. Custos Fixos

São aqueles custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independentemente do volume de produção. Conseqüentemente, não são identificados como custos da produção do período, mas como custo de um período de produção.

Em outras palavras, uma alteração no volume de produção para mais ou para menos não altera o valor dos custos fixos.

Exemplos:

  • Salários e encargos das chefias da produção;
  • Salários e encargos sociais do pessoal da segurança: as fábricas contratam pessoal para exercer as atividades de segurança dos ativos de empresa e das pessoas envolvidas nos diversos processos industriais;
  • Aluguel do prédio e/ou das máquinas produtivas: o montante dos gastos com aluguel geralmente é fixo, por mês. Portanto, havendo ou não produção no período, o mesmo montante será pago para aluguel do ativo utilizado na atividade produtiva;
  • Depreciação do prédio e/ou das máquinas: os ativos de propriedade da empresa perdem valor ao longo do tempo. Essa perda de valor é chamada de depreciação, que é o registro do desgaste das máquinas e dos demais bens do ativo utilizados na produção.

Por depreciação entende-se o registro contábil do desgaste do bem, adquirido anteriormente e colocado à disposição da produção.

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Por exemplo, um livro considerado “ best- seller ” normalmente tem seus custos menores

do que a média dos livros publicados em determinado período, visto que o total de seus custos fixos será diluído por uma grande tiragem, possibilitando um menor custo unitário, o que trará como conseqüência imediata:

  • Maior lucro para a editora e para o autor; e/ou
  • Redução do preço de venda do livro.

2. Despesas fixas

São aquelas despesas que permanecem constantes dentro de determinada faixa de atividades geradoras de receitas, independentemente do volume de vendas ou de prestação de serviços.

Dessa maneira, uma alteração no volume de receitas para mais ou para menos não altera o valor total da despesa, como, por exemplo:

  • Honorários, salários e encargos sociais dos diretores administrativos;
  • Salários e encargos sociais dos funcionários administrativos;
  • (^) Despesas financeiras;
  • Despesas com aluguéis;
  • Seguros etc.

As despesas fixas têm características semelhantes às apresentadas anteriormente em relação aos custos fixos.

3. Gastos Semifixos ou Semivariáveis

Alguns gastos têm parte de sua natureza fixa e parte variável. Por exemplo, a depreciação

é a perda de valor de um bem em função do desgaste pelo uso, pela ação do tempo e pela obsolescência. Essa perda de valor tem o seguinte comportamento:

PERDA DE VALOR POR NATUREZA

desgaste pelo uso variável ação da natureza fixa obsolescência fixa

Na prática, esses gastos são classificados em função do que seja mais relevante e de acordo com o critério de cálculo.

No Brasil, a depreciação geralmente é calculada pelo método linear em função do tempo de vida útil. Assim, é tratada como gasto fixo. Caso fosse calculada em função do tempo efetivo de utilização ou das unidades de fabricação, seria apropriada como gasto variável.

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Por exemplo:

VIDA ÚTIL ESTIMADO CUSTO DO CLASSIFICAÇÃO DEPRECIAÇÃO VALOR DA DE VEÍCULOS VEÍCULO DO GASTO POR DEPRECIAÇÃO

5 anos $18.000 fixo tempo de vida útil, $ 3.600 p/ano ou independentemente $ 300 p/mês. do tempo de utiliza- ção = 20% aa.

200.000 km $ 18.000 variável Km/efetivamente $ 0,09 por km rodado. rodado no período.

Outros exemplos de gastos semifixos ou semivariáveis são as contas mensais das chamadas “tarifas públicas”, como água, luz, telefone etc. Nas contas mensais, é cobrada uma parcela fixa, que é taxa mínima e outra parcela variável, que evidentemente aumenta com a maior utilização do serviço público.

4. Custos Variáveis

São aqueles custos que mantêm uma relação direta com o volume de produção ou serviço e, conseqüentemente, pode ser identificados com os produtos. Dessa maneira, o total dos custos variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta. Na maioria das vezes, esse crescimento no total evolui na mesma proporção do acréscimo no volume produzido. Por exemplo:

  • Matéria-prima = em muitas empresas, a matéria-prima é o único componente de custo que varia proporcionalmente ao volume da produção.

Por exemplo, se uma indústria consome um metro quadrado de couro para produzir um par de sapatos, teremos o seguinte custo de material direto:

PRODUÇÃO DO CONSUMO DE COURO CONSUMO TOTAL PERÍODO POR UNIDADE DE COURO

1.000 pares 1 metro 1.000 metros

1.200 pares 1 metro 1.200 metros 1.500 pares 1 metro 1.500 metros

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