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contabilidade custo financeira, Notas de aula de Contabilidade

contabilidade financeira custo

Tipologia: Notas de aula

2020

Compartilhado em 29/11/2021

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Sociologia das
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Sociologia das

Organizações

Sociologia das

Organizações

Vila Velha (ES)

Apresentação

Caro estudante,

Seja bem vindo à ESAB. A Escola Superior Aberta do Brasil, funda-se no princípio básico de atuar com educação a distância, utilizando como meio, tão somente, a internet. Em 2004,foi especialmente credenciada para ofertar cursos de pós- graduação a distância, via e-learning, utilizando-se de software próprio denominado Campus Online.

Em 2009 foi credenciada com Instituição de Ensino Superior – IES, através da portaria MEC nº 1242/2009, de 30 de dezembro de 2009, ocasião em que também foi autorizada a ofertar o curso de pedagogia – licenciatura, na modalidade presencial, conforme portaria Mec nº 14/2010, de 9 de janeiro de 2010.

Em outubro de 2012 recebeu o Prêmio Top Educação 2012, da Editora Segmento, sendo reconhecida como a Melhor Instituição de Ensino EAD para Docentes.

Em 2013 é aprovada para a oferta dos cursos de: Administração (Bacharelado); Pedagogia (Licenciatura) e Sistemas de Informação (Bacharelado), todos na modalidade EAD, com avaliação máxima das comissões avaliadoras.

Como você já sabe, vivemos em sociedade, mais especificamente na contemporaneidade, em uma sociedade de organizações. Como bem destacou Etzioni (1980), nascemos, estudamos, trabalhamos e finalmente nos divertimos em organizações. Logo, dada a importância dessas instituições na sociedade, a disciplina de Sociologia das Organizações pretende ser um convite a você, estudante de um curso superior, para que inicie contato com uma das mais complexas Ciências Sociais. Para nos auxiliar neste trabalho, apresentaremos nossa discussão baseada nas obras de Bernardes (2003), Castro (2010), Costa (2002), Giddens (2005) e Dias (2008).

Mas, para que esse encontro seja proveitoso, é importante que você passe a refletir acerca do ambiente organizacional, sobretudo porque são essas reflexões que levam a compreensão dos aspectos sociais, econômicos e culturais inseridos no seio das organizações.

Bom estudo!

Equipe Acadêmica da ESAB

Objetivo

O nosso objetivo é compreender os estudos na área da Sociologia Organizacional que auxiliem a atuação na área de gestão de organizações, promovendo habilidades para analisar as situações grupais e organizacionais de forma crítica e criativa. Com isso, visamos também facilitar seu processo de reflexão e de tomada de decisão, fornecendo-lhe instrumental teórico baseado em conhecimento científico na área de organizações.

Competências e habilidades

  • Compreender a importância de uma reflexão crítica sobre sua realidade social e cultural, assim como sobre os processos históricos, políticos e econômicos que concorreram para a disposição de tal realidade.
  • Conhecer as correntes teóricas e as aplicações práticas dos conceitos propostos pela Sociologia das Organizações sobre o mundo do trabalho.
  • Aplicar as ferramentas conceituais proporcionadas pela Sociologia das Organizações na gestão e no desenvolvimento das competências das pessoas que integram a equipe de trabalho de uma organização.
  • Utilizar os conhecimentos adquiridos para lidar com modelos de gestão flexíveis e inovadores, atuando com iniciativa e criatividade, sendo consciente das implicações éticas do seu trabalho.

Ementa

Sistema social e sua hierarquia. Divisão do trabalho e industrialização. Estratificação social e distribuição de renda. Tipologia das organizações. Organizações modernas. O modelo burocrático e suas disfunções. Marx, Weber, Durkheim, Merton e Parsons. Antropologia cultural. Cultura, subculturas e contracultura nas organizações. Ritos, rituais, heróis, símbolos, mitos e tabus. Microssociologia organizacional.

Introdução à Sociologia:

perspectiva histórica e conceitos

gerais sobre o sistema social

Objetivo Conhecer os antecedentes históricos do sistema social e os principais conceitos em Sociologia em geral.

Se você pudesse percorrer a história da humanidade até os nossos dias atuais, constataria que o homem, como ser social, preocupa-se com problemas sociais.

Em cada época verificamos como os homens buscam resolver tais problemas, seja por meio da religião, da filosofia, da ciência ou do senso comum. Isso ocorre em virtude da constante imposição do homem sobre a natureza. Novos desafios e descobertas dinamizam a história da humanidade em sua busca pela sobrevivência (CASTRO, 2010).

Sabemos que o homem é um ser dotado de inteligência. E, ao questionar o que é o mundo e o próprio homem, fez nascer a filosofia – por volta do século VI a.C., quando surgiram os primeiros filósofos gregos. Eles buscaram um tratamento racional da natureza no seu conjunto, e tinham como preocupação voltar-se para o mundo existente e suas transformações. Os filósofos buscavam um princípio capaz de explicar tudo. Os primeiros questionamentos sobre o homem começaram com Sócrates, que considerava a conduta moral dependente do conhecimento. Para esse filósofo, segundo Castro (2010), a ignorância impede o homem de atingir a felicidade, que é o conhecimento do bem.

Outro filósofo importante foi Platão, discípulo de Sócrates. Platão considerava a sabedoria como essencial para a felicidade. Para Platão, o mundo real é o mundo das ideias, do qual o mundo sensível é apenas sombra. É com Aristóteles, discípulo de Platão, que encontramos a definição de Filosofia Social. Segundo ele, seja qual for a sociedade, essa

se trata de uma organização natural e moralmente necessária para o homem atingir a felicidade.

Evoluindo mais adiante na história, Castro (2010) explica que as primeiras investigações filosóficas acerca do mundo e do homem somam- se os acontecimentos oriundos da Revolução Francesa e da Revolução Industrial como substrato sobre o qual emergiram as abordagens sociológicas.

Giddens (2005) acrescenta que as origens da sociologia como estudo sistemático da sociedade e do comportamento humano é relativamente recente, datando de fins do século XVIII. E aponta que a emergência da abordagem sociológica se deu a partir dos acontecimentos e das mudanças radicais introduzidas pelas Revoluções Francesa e Industrial da Europa dos séculos XVIII e XIX. Esses eventos mudaram irreversivelmente o modo de vida que os humanos haviam mantido por milhares de anos.

E é exatamente esse período do século XIX o marco do surgimento da Sociologia , a partir das teorizações de Augusto Comte sobre as fases da evolução da humanidade. Comte formulou a lei dos três estados: para ele a humanidade passou do estado teológico para o estado metafísico, para só então atingir o estado científico. Castro (2010) elucida que para Comte a história da humanidade baseia-se na ordem, tendo como princípio o amor e como finalidade o progresso. A única fonte legítima da ciência, segundo ele, é a experiência sensível.

Saiba que foi Augusto Comte quem atribuiu à sociologia a função de estudar as leis sociais, sendo elas: estática – ordem, coexistência social

  • ou dinâmica – processo, transformações sociais. Sua visão sobre a sociologia era científica e objetivava observar os fatos sociais e morais, por meio dos quais os grupos humanos se formam e progridem.

Castro (2010) ressalta as contribuições de outros estudiosos do tema e disserta sobre as preocupações metodológicas para a nova disciplina oriundas dos trabalhos de Karl Marx e, sobretudo, de Émile

amplas transformações sociais e econômicas , que culminaram com o desenvolvimento de inovações tecnológicas , como a energia e a máquina a vapor.

Sobre a Revolução Industrial, você sabia que o surgimento da indústria levou a uma enorme migração do campo para as áreas de industrialização nascente, causando uma rápida expansão das áreas urbanas e introduzindo novas formas de relações sociais? Então, saiba que essa situação mudou drasticamente o mundo social, isso porque a maioria dos bens de que necessitamos passaram a ser produzidos, desde então, por indústrias.

Todas essas grandes mudanças e rupturas com os modos de vida tradicionais desafiaram pensadores a desenvolverem uma nova visão de mundo. Os pioneiros da Sociologia foram apanhados pelos acontecimentos que cercaram essas grandes revoluções e tentaram compreender sua emergência e a sua consequência potenciais.

Para sua reflexão

Vamos refletir sobre as mesmas questões que esses pensadores buscaram responder em todos os períodos históricos. Com suas visões e conceitos, reflita e responda: o que é a natureza humana? Por que a sociedade é estruturada da forma como é? Como e por que as sociedades mudam? Já parou para pensar sobre essas questões?

As respostas a essas reflexões formam parte de sua aprendizagem e são individuais, não precisando ser comunicadas ou enviadas aos tutores.

Contexto de emergência da

disciplina e conceitos importantes

Objetivo Estudar os aspectos históricos de surgimento da disciplina Sociologia das Organizações e conceitos importantes para o tema.

Podemos dizer que a Administração e a Sociologia tiveram um desenvolvimento semelhante. Ambas surgiram das necessidades de organização da sociedade provocada pela Revolução Industrial. As duas disciplinas sofreram, em seu início, influências das Ciências Exatas. Prova disso é que a Sociologia no início era a “Física Social” por Auguste Comte, e a Administração tinha um profundo viés nas Ciências Exatas, notadamente na Engenharia, com Frederick W. Taylor, seu iniciador (DIAS, 2008).

2.1 Aspectos históricos da Sociologia das

Organizações

A Revolução Industrial levou-nos ao surgimento das fábricas, fato que passou a ter enorme importância na sociedade. Em decorrência dessa importância e da necessidade de tentar solucionar os diversos problemas que foram surgindo com o seu desenvolvimento, emergiu, no fim do século XX, uma nova ciência social, a ciência da Administração, que inicialmente se desenvolveu por causa de conceitos advindos da engenharia, fruto do trabalho dos pioneiros da administração, que em sua maioria tinha sua origem nessa profissão.

Nesse sentido, a administração surge com a proposta de unir as pessoas para alcançar objetivos comuns, o que de imediato mostra a necessidade de organização das atividades que deverão ser desenvolvidas para se conseguir alcançar esses objetivos. Com isso, desenvolve-se um processo

Elton Mayo, no início do século XX. As pesquisas objetivaram o estudo da moral e da fadiga dos trabalhadores e da monotonia do trabalho relacionadas com a produção.

Saiba mais

Um dos grandes acontecimentos na história da Sociologia das Organizações foi a experiência de Hawthorne. Para entender um pouco mais sobre esse evento, clique aqui.

Depois dos trabalhos de Hawthorne, diversos outros fatores foram levados em consideração, cujas conclusões ressaltaram a importância das relações interpessoais e das motivações alicerçadas em variáveis independentes. Com isso, o objeto da Sociologia das Organizações consiste em se analisar as organizações e os papéis profissionais.

Assim, Castro (2010) destaca que a Sociologia Aplicada à Administração se preocupa em compreender as organizações e os papéis que as integram, considerando o sistema social em suas manifestações morfológicas e funcionais.

De acordo com o autor, nas organizações, os indivíduos assumem papéis socioprofissionais, e compete à Sociologia analisar essa realidade como complexo funcional. Assim, torna-se necessário que se tenha em mente que administrar implica decidir. Para destacar essa temática, Castro (2010) lança mão de alguns autores importantes da área e suas respectivas conceituações do que seria a Administração:

  • Herbert A. Simon: considera a Administração como uma arte cujo objetivo é conseguir que algo determinado seja realizado, exigindo, por isso, decisão e ação;
  • Henry Fayol: formulou um conceito que se tornou clássico: administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar;
  • Frederick Taylor: declara que o principal objetivo da Administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, ao empregado.

Por fim, temos que a Sociologia interessou-se primeiramente pelos fatos sociais, tais como a religião, o jurídico, a moral e o econômico. Contudo, pela impossibilidade de traçar leis da evolução social, como era a pretensão dos pioneiros, passou a estudar os grupos parciais e as relações interindividuais. Com isso, surgiu então esse campo de estudo da Sociologia aplicada com denominações diversas: Sociologia Industrial, Sociologia do Trabalho, Sociologia da Administração, Sociologia das Organizações, entre outras (CASTRO, 2010).

dos instrumentos cada vez mais precisos, permite reduzir as variações em termos de qualidade do produto final.

Cabe destacar ainda que com o advento da Revolução Industrial surgiram novos papéis sociais, principalmente os de empresário capitalista e de operário. Para o autor, o empresário é o detentor dos instrumentos de produção (máquinas, equipamentos, local de trabalho), e o operário é portador da força de trabalho, fator essencial para a produção industrial. Essa interdependência recíproca entre o empresário e o operário era fator fundamental de distinção da nova sociedade que se iniciava. Marx, por exemplo, caracteriza esses dois grupos sociais como classes fundamentais na sociedade capitalista (DIAS, 2008).

3.1 Revolução Industrial

As transformações desencadeadas da Revolução Industrial marcaram profundamente o social, criando novas formas de organização e causando modificações culturais duradouras que perduram até os dias atuais. Dias (2008) destaca que a chamada primeira revolução técnico-científica compreende o período em que um conjunto de invenções e inovações relacionadas permitiu alcançar uma enorme aceleração da produção de bens e assegurar um crescimento que foi se tornando rapidamente independente da agricultura. Esse fenômeno teve início na Inglaterra no século XVIII, num período compreendido entre os anos 1760 a 1820, e foi caracterizada pela produção em larga escala e generalização do uso da máquina para reduzir tempos e custos de produção.

Conforme Dias (2008), a Revolução Industrial inglesa emergiu a partir da indústria algodoeira, que multiplicou extraordinariamente a produção de tecidos pela introdução de teares mecânicos. Contudo, foi a siderurgia quem produziu um impacto ainda mais decisivo por meio da grande mudança que provocou no processo produtivo. Isso foi possível em virtude de vários aperfeiçoamentos em fornos e sistemas de fundição, o que permitiu obter ferro de alta qualidade, capaz de substituir vantajosamente outros materiais para melhorar muitas técnicas existentes e construir novas máquinas.

Assim, foi graças ao ferro que se deu o desenvolvimento das estradas que vieram a somar-se às importantes transformações para o transporte das mercadorias e matérias-primas. Esse fato contribuiu para o aumento do comércio, uma vez que houve a diminuição do tempo de deslocamento, levando a uma ruptura das relações de dependência entre núcleos urbanos e rurais, próprias da sociedade agrícola anterior (DIAS, 2008).

Saiba que a Revolução Industrial possibilitou o crescimento da economia inglesa. As consequências foram:

  • aumento da necessidade de suas indústrias por matéria-prima, que a Inglaterra não tinha e era obrigada a buscar no mercado externo;
  • a necessidade de ampliar o mercado consumidor dos seus produtos.

Em decorrência desses dois fatores, houve a necessidade de um aumento do controle das colônias, além de um crescimento da disputa com outras potências da época pela obtenção e manutenção dos mercados. Isso porque durante o período de Revolução Industrial a Inglaterra dependia cada vez mais do comércio externo para escoar sua produção. Essa expansão se deu à custa do trabalho escravo e direcionados para os centros produtores de matéria-prima que as indústrias necessitavam.

Você pode perceber que nesse período de intensas mudanças a máquina assumiu funções antes desempenhadas pelo homem, multiplicando a capacidade manual e artesanal e executando com vantagem tarefas que antes eram exercidas por muitos indivíduos. As indústrias poderiam trabalhar com um número menor de trabalhadores, mas com capacidade produtiva maior.

Fórum

Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem da instituição e participe do nosso Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar, por meio da interação, a construção do seu conhecimento. Vamos lá?

humanas: a casta, a escravidão, o estamento e a classe. Como instituição formal, a escravidão foi gradualmente erradicada, tendo desaparecido quase completamente no mundo atual. A casta associa-se às culturas da Índia. Os hindus acreditam que, se os indivíduos não forem fiéis aos rituais e deveres da sua casta, renascerão em uma posição inferior na próxima encarnação.

Saiba que, de acordo com Giddens (2005), os estamentos fizeram parte de muitas civilizações tradicionais. Na Europa, o estamento mais alto era composto pela aristocracia e pela pequena nobreza, o clero formava outro estamento, e os plebeus (servos, mercadores e artesãos) compunham o chamado terceiro estamento.

Já os sistemas de classes, apontam Giddens (2005) e Dias (2008), diferem em muitos aspectos da escravidão, das castas e dos estamentos. Pode-se definir uma classe como um agrupamento de pessoas que compartilham recursos econômicos em comum, os quais influenciavam profundamente o tipo e o estilo de vida que podiam levar. A posse de riquezas juntamente com a profissão são as bases principais das diferenças de classe.

Conforme Giddens (2005), as classes diferem das antigas formas de estratificação em muitos sentidos.

  • Ao contrário de outros tipos de estratos, as classes não são estabelecidas por providências legais ou religiosas; a condição de membro não se baseia em uma posição herdada, especificada legalmente ou por costume. Os sistemas de classes são normalmente mais mutáveis do que os outros tipos de estratificação, e as fronteiras entre as classes nunca são claras. Não existe nenhuma restrição formal quanto ao casamento de pessoas de classes diferentes.
  • A classe do individuo é, pelo menos de alguma forma, conquistada, e não simplesmente determinada no nascimento, como é comum em outros tipos de sistema de estratificação. A mobilidade social é bem mais comum do que nos outros tipos (no sistema de castas, a mobilidade individual de uma casta para outra é impossível).
  • As classes dependem de diferenças econômicas entre os agrupamentos de indivíduos – desigualdades na posse e no controle de recursos materiais. Nos outros tipos de sistemas de estratificação, os fatores não econômicos (como a influência da religião no sistema indiano de casta) são geralmente os mais importantes.
  • Nos demais tipos de sistemas de estratificação, as desigualdades são expressas primeiramente nas relações pessoais de dever ou de obrigação – entre o servo e o senhor, o escravo e o amo ou entre os indivíduos de castas mais baixas ou de castas mais altas. Os sistemas de classes, em contraste, funcionam principalmente por meio de conexões de larga escala com caráter impessoal. Por exemplo, o ingrediente principal das diferenças de classe encontra- se nas desigualdades de condições de pagamento e de trabalho, que afetam todas as pessoas em categorias ocupacionais específicas, como resultado de circunstâncias econômicas que prevalecem em toda a economia.

4.2 Distribuição de renda

Saiba que a distribuição de renda e desigualdade social associada ao crescimento econômico dos países são temas centrais nas ciências da sociedade, como Economia e Sociologia. Esse fato já foi sinalizado no século XVIII por Adam Smith em sua obra seminal chamada “Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações”. Por isso a importância de conhecermos as formas de como se medem os resultados das atividades econômicas de um país.

Podemos medir o desempenho econômico de uma nação pela análise de seu Produto Interno Bruto (PIB) e da sua renda per capita. O PIB consiste na soma de todas as riquezas produzidas dentro dos limites de uma determinada região (cidade, estado, país) durante certo período de tempo. O PIB é expresso em valores monetários. No Brasil, expressamo- lo em reais, nos Estados Unidos em dólares, por exemplo. Ele é um importante índice para avaliar a atividade econômica de uma nação e para avaliar o crescimento econômico.