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Ramos viscerais da artéria pudenda interna do coelho: considerações (O. cuniculus), Notas de aula de Literatura

Os resultados de um estudo anatómico realizado sobre os ramos viscerais da artéria pudenda interna em coelhos adultos. O estudo foi conduzido para melhorar a compreensão da distribuição da artéria em ambos os sexos. Os autores descreveram a origem e a distribuição da artéria, identificando modalidades diferentes de distribuição dos ramos terminais.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Carnaval2000
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Rev. Fac. Med. vet. Z ootec. U niv. S. Pau lo,
1 3( 2):459-63. 1976.
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RAMOS VISCERAIS DA ARTÉRIA
PUDENDA INTE RNA DO COELHO (Oryctolagus cuniculus)
An ton io M arcos OR SI *
Plín io P IN TO E S IL VA **
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Or s i, A. M.: Pi n to e S il v a . P .; C a m p o s . V. J. de M .; Si l v a , Z . Consid erações sobre
os ramos viscer ais da artéria pudend a i nterna do coe lho ( Ory ctola gus cu nic ulu s).
Rev. Fac. Med. vct. Zootec. Univ. S. Paulo. 13(2 ) :459-63. 1976.
Re s u m o : Foi realizad o estudo anatóm ico dos ra mos viscerais da artéria pode nda
intern a do co elho. Foram utiliz ados 30 coe lhos <16 mach os e 14 fêmeas ), adulto s,
anestesiados com é ter eti lico, inje tados com contr aste na aorta abdom inal (27 com
láte x corado c 3 com massa ra diopaca) e dissecados sob lup a. Os três coe lhos
inje tados com massa rad iopaca foram previa mente radiog rafados e poste riorm ente
dissecados para compa rações com as outras preparações. Em resultad os o descritas
a origem c a ramescència da a. pudenda intern a, esta últi ma expressada em figuras
de por centage m rela tiva.
Un it e r m o s : Artéria pu denda inte rna ; C oel hos *.
INTRODUÇÃO
A revisão da literatura especializada
não nos apresentou trabalho algum de
conduta sistemática, que procurasse es.
tabelecer o comportam ento arter ial dos
vasos pélvicos do coelho.
Po r outro lado, em tratados espe-
calizados (L ESB RE,-' 1923; H YMAN , -
1942; PO PES KO,11 1954), no capítu lo con
cernente à irrigação arterial pélvica des.
ta espécie animal não encontram os re
ferên cias relativas ao comportamen to
* Pr ofess or As sisten te.
** P rofe ssor T itul ar.
De part ame nto de Mo rfol ogi a da Facu ldad e
Rev. Fac. Med. vet. Z ootec. U niv. S. Pa ulo,
dos ramos viscerais da a. pudenda in
terna, o bjetivo deste estudo.
Entre os pequenos m am íferos o
com portamento anatôm ico da a. pudenda
interna é descrito no rato (G RE EN E,1
1935; MI CKW TZ, 1956, 1957) e no hams
ter dourado (M ICH EL, 1 1959). Contudo,
em coelh os não encontramos, na litera
tura, estudos que tivessem como fina li
dade a sistematização arterial da a. pu
denda interna, em ambos os sexos, obje
tivo deste trabalho, que ora apresenta,
mos.
de C iênc ias Médi cas e Bi ológica s de Bo tucat u.
1 3( 2) :459-63, 1976. 459
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Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 1 3 (2 ):459-63. 1976.

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RAMOS V IS C E R A IS DA A R T É R IA

PUDENDA IN T E R N A DO COELHO (Oryctolagus cuniculus)

A n to n io M arcos O R S I * P lín io P IN T O E S IL V A ** V alên cio José de M attos CA M PO S * * Zen on S IL V A *

RFM V-A/

O r s i , A. M.: P i n t o e S i l v a. P .; C a m p o s. V. J. de M.; S i l v a , Z. Considerações sobre os ramos viscerais da artéria pudenda interna do coelho ( O ryctolagus c u n icu lu s ). Rev. Fac. Med. vct. Zootec. Univ. S. Paulo. 13(2) :459-63. 1976.

R e s u m o : Foi realizado estudo anatómico dos ramos viscerais da artéria podenda interna do coelho. Foram utilizados 30 coelhos <16 machos e 14 fêmeas), adultos, anestesiados com éter etilico, injetados com contraste na aorta abdominal (27 com látex corado c 3 com massa radiopaca) e dissecados sob lupa. Os três coelhos injetados com massa radiopaca foram previamente radiografados e posteriorm ente dissecados para comparações com as outras preparações. Em resultados são descritas a origem c a ramescència da a. pudenda interna, esta ú ltim a expressada em figuras de porcentagem relativa.

U n i t e r m o s : Artéria pudenda in tern a • ; Coelhos*.

I N T R O D U Ç Ã O

A revisão da literatura especializada não nos apresentou trabalho algum de conduta sistemática, que procurasse es. tabelecer o comportamento arterial dos vasos pélvicos do coelho.

Por outro lado, em tratados espe- calizados (LESBRE ,-' 1923; H YM AN , - 1942; PO PE SK O ,11 1954), no capítulo con cernente à irrigação arterial pélvica des. ta espécie animal não encontramos re ferências relativas ao comportamento

  • P rofessor Assistente.
    • P rofessor T itu la r. D epartam en to de M o rfo lo g ia da Faculdade

Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo,

dos ramos viscerais da a. pudenda in terna, objetivo deste estudo.

Entre os pequenos m am íferos o comportamento anatômico da a. pudenda interna é descrito no rato (G R E E N E , 1935; M ICKW TZ, ’■ 1956, 1957) e no hams ter dourado (M IC H E L, 1 1959). Contudo, em coelhos não encontramos, na litera tura, estudos que tivessem como finali dade a sistematização arterial da a. pu denda interna, em ambos os sexos, ob je tivo deste trabalho, que ora apresenta, mos.

de Ciências M édicas e Biológicas de Botucatu.

1 3 (2 ):459-63, 1976. 459

M A TE R IA L E MÉTODOS

No presente trabalho estudamos 30 coelhos (16 machos e 14 fêm eas), adul tos, da raça “ N o rfolk ” , sacrificados por inalação de étsr etílico. Vinte e sete animais foram injetados, via aorta abdo minal, com contraste vascular apropria, do para dissecção sob lupa (látex cora do), e três com contraste radiopaco (massa de Schlesinger, S C H LE S IN G E R , 1957).

Após conveniente redução, as prepa rações foram fixadas em form ol a 5% adicionado de ácido fênico diluído (0,1%), para evitar enrijecimento das estruturas anatômicas. As artérias pudendas inter nas foram abordads após remoção par- cil dos ossos ilícos, por corte bilateral dos ramos acetabular do púbis e sinfi- sário do ísquio respectivamente. As artérias ilíaca interna e pudenda foram então dissecadas sob lupa.

As preparações injetadas com con traste radiopaco foram radiografadas afim de com provar e dirim ir possíveis dúvidas surgidas no decorrer das dissec- ções e posteriormente, também foram dissecadas.

R E S U L T A D O S

Apresentamos nossos resultados en focando a origem e a distribuição da a. pudenda interna em ambos os sexos:

a. Origem As observações pertinentes à a. pudenda interna, dissecadas bila- teralmente nos 30 animais estu. dados, nos mostraram que esta artéria é a continuação dorsal, direta da a. ilíaca interna (Fig. 1).

b. Distribuição:

Em virtude da a. pudenda interna vascularizar estruturas genitais a classificamos em dois grupos, de acordo com o sexo dos animais; dentro de cada

grupo encontramos bilateralmen te, modalidades de distribuição da artéria em pauta, ds acordo com o comportamento de seus ramos viscerais terminais.

G rupo 1 (Machos: Modalidades A, B, C, D, E — Fig. 2)

Modalidade A: em 13 antímsros (40,63%), a a, pudenda interna terminou bifurcando-se num ramo peniano ( fo r mando a a. dorsal e a a. profunda do penis) e num ramo retal (a. retal caudal).

Modalidade B: 8 antímeros (25%), notamos que a a. pudenda interna fin dou emitindo um tronco peniano-bulbo- uretral e um ramo retal.

Modalidade C: em 6 antímeros (18,75%), a a. pudenda interna terminou originando um tronco bulbo-uretral-retal c um ramo peniano.

Modalidade D: em 3 antímeros (9,37%), a artéria em estudo forneceu como ramos terminais um tronco ps- niano.bulbo uretral-retal e um ramo retal.

Modalidade E : bilateralmente, num animal (6,25%), a a. pudenda interna díu origem a um tronco uretro-peniano- bulbo-uretral e a um ramo retal.

Grupo 2 (Fêmeas: Modalidade A, B, C — Fig. 3).

Modalidade A: em 16 antímeros (57,15%), a a. pudenda intsrna findou, dando origem a um tronco vagino-clito- rideano (a. vaginal e a. do clitóris), e a um ramo retal.

Modalidade B: em 7 antímeros (25% ), a a. pudenda interna terminou form ando um ramo vaginal e um ramo retal.

Modalidade C: em 5 antímeros (17,85%), a artéria em aprsço formou um tronco vagino-retal e um ramo cli- torideano.

(^460) Rev. Fac. Mecl. vet. Zootcc. Univ. S. Paulo, 1 3(2) :459-63, 1976.

F ig. 2 — M odalidades A. B. C. D. E de d istribu içã o dos ram os viscerais da a. pudenda in tern a em m acho ( O ry cto la gu s c u n ic u lu s ).

  1. A orta: 2. a. sacra m édia; 3. a. ilíaca com um : 4. a. ilíaca intern a: 5. a. u m bilical;
  2. a. ilíaca in terna; 7. a. pudenda in tern a; 8. tron co u retro -p en ia n o-b u lb o-u retra l; 9. ramo periiáno; 11. tron co p en ian o -b u lb o-u retra l; 12. tron co b u lb o-u retra l-reta l; 13. tronco p enlano b u lb o-u retra l-retal.

F lg. 3 — M odalidades A. B. C. de d istrib u içã o dos ram os viscerais da a. pudenda in te rn a em fêm ea ( A ryctolu gu s c u n ic u lu s ).

  1. Aorta; 2. a. sacra m édia: 3. a. ilíaca com um ; 4. a. ilíaca externa; 5. a. um bilical;
  2. a. ilíaca in tern a; 7. a. pudenda in terna; 8. tron co v a gin o-clitorid ea n o ; 9. ram o retal;
  3. ram o vagin al; 11 ram o retal; 12. tron co vagin o -re ta l; 13. ram o clitorid eano.

462 Rev. Fac. Med. vet. Zootcc. Univ. S. Paulo, 1 3(2) :459-63. 1976.

RFM V-A/

O r s i. A. M.: P i n t o e S i l v a. P .; C a m p o s. V. J. df. M.; S i l v a. Z. Considerations about the term inal visceral branches o/ the internal pudendal artery in the rabbit (OryCtolagUS c u n icu lu s ). Rev. Fac. Med. vet Zootcc. Univ. S. Paulo, 13(2) :4S9-63.

S u m m a r y : This paper deals with the anatomical study o f the visceral branches o f the internal pudendal artery in the rabbit.

Th irty animals (IK males and 14 fem ales), adults, were anaesthetised toitli ethylic ctltcr, injected with contrasting substance in abdominal aorta (27 animals with Neoprene latex and .'i with radio-opac mass) and dissected through stereo scopic 7nicroscopc. The animals injected with radio-opac mass were radiographed in order to compare with other preparations.

In results were described origin and branching o f this artery. The last result was expressed i?i relative percentage figures and compared with the rodents arterial disposition.

U n i t e r m s : Pudendal internal artery• ; Rabbits ' *.

R E F E R Ê N C IA S B IB L IO G R Á F IC A S

1 — GREENE. E. T h e an atom y o f th e rat. Trans. Amer. Phil. Soc., 27: 205-6,

2 — H Y M A N. L. H. 'Comparative vertebrate anatomy. Chicago, U n iversity o f C h i cago Press, 1942, p. 376.

3 — LESBRE. F. S. Prdcis d ’anatomie compa rts des animaux domestic/ues. Paris, J. B. B ailligre. 1923. v. 2, p. 383.

4 — M IC H E L. G. 'Die A u fzw eigu n g der A orta abdom inalis des Syr G o ld ham sters m it besonderer B erü ck sich tigu ng der arteriellen G efassversorgung der m än n lich en und w eib lich en G e-

schlchtsorgane. Anat. A m. 107: 111-

5 — M IC K W IT Z apud M IC H E L 4. (1959).

6 — PO PE S K O. P. Atlas of thopographical anatomy of the domestic animals. P h ila d elp h ia. Saunders Co.. 1954. v. 3. p. 205.

7 — SC H LE SIN G E R. M. J. New radiopaqu e mass vascular in jection. Lab. Invest., 6:1-11. 1957.

R eceb id o para publicação em 31-8- A p rovad o para publicação em 13-9-

Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 13(2) :459-63. 1976. 463