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CONSIDERAÇÕES FINAIS. Ao chegarmos ao final deste trabalho, consideramos que ele apresenta uma tentativa de compreensão da comunicação da ciência através da ...
Tipologia: Exercícios
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Ao chegarmos ao final deste trabalho, consideramos que ele apresenta uma tentativa de compreensão da comunicação da ciência através da divulgação científica, a partir da revista Ciência Hoje das Crianças. Mas, ponderamos que esta pesquisa apresenta apenas alguns aspectos relativos ao tema proposta para estudo, que ficaram restritos ao olhar e à abordagem dados pela autora. Sabemos que a pesquisa apresenta algumas lacunas que podem e devem ser preenchidas por meio de outras reflexões sobre o tema e o objeto estudados. Mas consideramos que os objetivos propostos para a realização desta pesquisa, bem como a questão que norteou o trabalho foram alcançadas e contempladas, mas as possibilidades de entendimento não foram esgotadas. Avanços científicos e tecnológicos ocorridos principalmente após a Segunda Guerra Mundial modificaram o cenário dos países ao redor do mundo. Conhecimento científico e desenvolvimento tecnológico tornaram-se responsáveis pela independência e supremacia dos Estados. No Brasil, este processo de valorização científica também aconteceu, mas com avanços tímidos ao longo dos anos. Em termos de ação governamental, a partir da década de 1950, foram realizadas algumas iniciativas importantes em favor do desenvolvimento científico nacional. Dentre elas destacamos a criação de agências de fomento à pesquisa e formação de pessoal como o CNPq, Capes e as FAPs (fundações estaduais de amparo à pesquisa) e de institutos de pesquisa em áreas estratégicas como física nuclear e estudos da Amazônia. No entanto, após muitos avanços no campo da institucionalização da ciência, constatamos que as políticas públicas para ciência e tecnologia por muito tempo foram políticas de governo, que visam resultados imediatos e muitas vezes com objetivos meramente eleitorais, em detrimento das políticas públicas de Estado, que visam o desenvolvimento científico, social e econômico do país em médio e longo prazos, não ficando limitados às temporalidades dos mandatos governamentais. O objeto de estudo desta pesquisa é uma publicação editada pela SBPC, entidade responsável por muitas reivindicações e avanços no campo das políticas de ciência e tecnologia no Brasil. A revista Ciência Hoje das Crianças é publicada desde 1986 com o objetivo de ser um canal de divulgação científica para o público infantil. “A proposta [da revista] é de uma relação interativa com o leitor, estimulando a investigação e a reflexão que o
levarão a construir suas próprias explicações para os fenômenos à sua volta a partir do conhecimento científico apresentado nos textos. Para que tudo isso seja possível, a revista ousa em tratar a ciência de forma coloquial, leve e, sempre que possível, divertida”, conforme explica a Bianca Encarnação, atual editora da revista. O periódico busca mostrar para seu público que a ciência faz parte do dia-a-dia das pessoas e pode ser feita por todos, inclusive pelas crianças. A revista é um periódico que destina-se ao público formado por crianças com idade entre 8 e 13 anos. Este público possui inúmeras particularidades, a começar pelos graus de alfabetização, refletidos na capacidade de interpretação e compreensão dos textos. Assim, a abordagem do mesmo tema em textos com enfoques diferentes busca suprir as diferentes necessidades dos públicos. Após a realização da análise sobre a construção do discurso de divulgação apresentado na revista, constatamos que esta proposta é cumprida, no sentido em que um tema científico é tratado de modo diferente, com graus de profundidade diferentes, com enfoques diferentes em seções diferentes da revista. Entretanto, além do público infantil, existe outro público leitor desta revista: os professores de ensino básico. Este público, apesar de não constar no enfoque principal da publicação, utiliza-a para diversas finalidades, tais como para preparação de aulas ou mesmo para suprir as curiosidades e necessidades de aprofundamento em algumas áreas do conhecimento, conforme foi informado na entrevista realizada para este trabalho com professoras do ensino básico de escolas públicas e particulares das cidades de São Paulo, Carapicuíba e Osasco. Ao realizar uma análise crítica do discurso que a revista apresenta, identificamos que não é feita uma imagem estereotipada da criança, caracterizada, por exemplo, pela utilização de termos infantilizados. E também em relação aos responsáveis pelo “fazer científico”, a revista os apresenta como são pessoas “normais e comuns”, como todos os outros cidadãos, que possuem interesses pessoais, emoções, dificuldades, anseios e dúvidas semelhantes a pessoas que não estão ligadas diretamente à ciência. A revista busca apresentar uma visão desmistificada a respeito do cientista que aparece em grande parte dos meios de comunicação, que é visto como um gênio pelas outras pessoas, que usa jaleco branco, tem cabelos desgrenhados e que vive e trabalha em seu laboratório de última geração. Esta visão diferente e sem estereótipos sobre a ciência e o cientista pode ser comprovada durante a análise do artigo da pesquisa sobre os bagres-de-poço, em que
Entretanto, os investimentos aumentaram ao longo dos últimos anos, conforme apresentado no Capítulo II. A atitude de aumentar os investimentos na área científica e tecnológica garante ao Brasil possibilidade de competitividade em relação à produção de tecnologia e de capacitação de profissionais de todas as áreas da ciência, o que gera desenvolvimento social e econômico para todo o país.