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Um estudo realizado sobre a ocorrência de alterações biliares observadas por ultrassonografia em pacientes que receberam nutrição parenteral. O estudo incluiu pacientes de idades variadas, a maioria deles internados em unidade de terapia intensiva. Os resultados mostraram que 28% dos pacientes apresentaram lama biliar, um fator de risco para o desenvolvimento de litíase e suas complicações. O documento conclui que o acompanhamento ultrassonográfico é necessário para que uma conduta profilática e/ou curativa seja eficaz em casos de alterações biliares mais complexas.
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Tipologia: Notas de aula
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caso ilustrativo e exuberante desta complicação, correlacionando os principais achados de imagem e ectoscópicos. Relato de caso: V.B.O., masculino, 54 anos. Evoluiu em quatro meses com perda ponderal, tosse seca, dispnéia e circulação colateral intensa em tórax e abdome. Realizado exame de tomografia computadorizada, que evidenciou: nó- dulo pulmonar no segmento anterior do lobo superior direito, grande lesão expansiva heterogênea ocupando parte dos segmentos medias- tinais médio e superior (adenomegalias coalescentes). Observavam- se ainda sinais de invasão da veia cava superior (VCS) e de seus ra- mos, além de ectasia venosa exuberante no sistema ázigos, vasos torácicos e mamários internos. Com base nestes achados foi feito o diagnóstico de SVCS de origem neoplásica, sendo indicado tratamento radioterápico. Discussão: SVCS é uma complicação de natureza obs- trutiva ao retorno venoso da VCS em direção ao átrio direito. Possui diversas causas, sendo as neoplasias pulmonares malignas respon- sáveis por 70% dos casos, seguidas por doenças malignas e benignas do mediastino, tromboses relacionadas a cateteres centrais e distúrbios de coagulação. O espectro clínico é amplo, variando em função do grau de obstrução vascular. Inicialmente, caracteriza-se por dispnéia e edema facial. Com a progressão do quadro, observa-se edema dos membros superiores, disfagia e comprometimento neurológico. Nos casos avançados, com obstrução vascular completa, evidencia-se cir- culação colateral exuberante da parede torácica (como no presente caso). O diagnóstico de SVCS é feito com base nos dados clínicos e de imagem. Dentre os principais exames radiológicos, destaca-se a tomo- grafia computadorizada. Este método possui alta sensibilidade e capa- cidade de fornecer dados sobre a natureza e extensão do processo obstrutivo. Dentre os principais achados, destacam–se: falha de en- chimento na topografia da VCS e/ou de seus ramos, importante ecta- sia venosa colateral nos casos avançados, principalmente no sistema ázigos, torácicas internas ou mamárias, torácicas laterais, veias para- espinhais e plexo venoso periesofagiano. O tratamento varia conforme sua etiologia. O manejo nas lesões malignas depende do estadiamento e o tratamento cirúrgico só está indicado quando curativo. Em casos de circulação colateral evidente e obstrução neoplásica completa, está contra-indicada a cirurgia de bypass devido ao risco de tromboembo- lismo. Por ser um distúrbio grave que pode se manifestar abruptamente, seu reconhecimento precoce por exames de imagem se torna impor- tante para que terapêuticas adequadas sejam implementadas em tempo hábil, levando a aumento da sobrevida.
Muccini PC; Freire ANM; Muccini PHCL. Hospital Santa Isabel.
Introdução: A terapia nutricional parenteral (TNP) é prática co- mum na maioria dos hospitais e vem se aperfeiçoando cada vez mais, porém existem riscos elevados de ocorrerem alterações hepatobiliares durante a sua utilização. Diante disso, este estudo teve como objetivo, avaliar a ocorrência de alterações biliares visualizadas por ultra-sono- grafia em pacientes que receberam nutrição parenteral. Método: O estudo foi feito no Hospital Santa Isabel, no período de dezembro de 2005 a março de 2006, onde 25 pacientes de ambos os sexos (56% homens e 44% mulheres) foram avaliados através de exames ultra- sonográficos. As idades variaram de 15 a 85 anos em pacientes inter- nados em sua maioria (80%) em unidade de terapia intensiva. Resul- tados: Dos 25 pacientes, 24% possuíam vesícula contraída nas pri-
meiras avaliações, retornando ao seu aspecto normal durante os ou- tros exames; 28% possuíam bile ecogênica, permanecendo inalterada durante todo o período de TNP; e 48% restantes possuíam vesícula de aspecto normal e não tiveram alterações nos exames sucessivos. Conclusão: Os exames demonstraram que 28% dos pacientes apre- sentaram lama biliar, fator de risco para o desenvolvimento de litíase e suas complicações e que o acompanhamento ultra-sonográfico se faz necessário para que uma conduta profilática e/ou curativa seja efetiva nos casos de alterações biliares mais complexas já observadas por outros estudos, cujo desenvolvimento de lama biliar foi efetiva em 100% dos pacientes após a sexta semana de NPT. Este acompanhamento através do método ecográfico é uma conduta simples e poderá preve- nir que alterações biliares possam comprometer a estabilidade dos pacientes já debilitados e portadores de doenças graves.
/ P-104 / ASPECTOS ULTRA-SONOGRÁFICOS DAS APENDICOPATIAS RA- RAS. Miranda FC; Corpa MCE; Kim MH; Silva MRC; Mendes GF; Garcia RG; Fleming FCF; Lourenço RB; Francisco Neto MJ; Funari MBG. Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo, SP.
Introdução: As apendicopatias raras englobam varias patologias que podem confundir o radiologista. Neste trabalho serão apresenta- dos aspectos técnicos e anatômicos do exame normal do apêndice e feito uma revisão bibliográfica abrangendo aspectos da intussuscep- ção do apêndice cecal, da diverticulite do apêndice cecal, da mucocele do apêndice, da apendicite hiperplástica e da apendicite relacionada a tumores do ceco. Todos os casos amplamente documentados. Revi- são: A intussuscepção do apêndice para dentro do ceco é bastante incomum, ocorrendo em 0,01% dos pacientes submetidos a apendi- cectomia. É raramente diagnosticada no pré-operatório. Os divertícu- los de apêndice são encontrados em 0,004% a 2,8% das apendicec- tomias. São mais freqüentemente adquiridos que congênitos e po- dem ser encontrados em qualquer parte do apêndice. A mucocele do apêndice é encontrada em 0,2% a 0,3% das apendicectomias e 25% dos pacientes são assintomáticos. Discussão: As apendicopatias ra- ras têm achados clínicos e radiológicos que podem simular outras pa- tologias mais comuns, e por isso poucos casos são diagnosticados no pré-operatório. O exame ultra-sonográfico é o método que tem sido mais utilizado para abordar essas doenças. Neste cenário muitas ve- zes o médico poderá defrontar-se com situações de diagnósticos dife- renciais difíceis e que devem obrigatoriamente ser do conhecimento do ultra-sonografista geral. Referências: 1. Kim SH, Lim HK, Lee WJ, Lim JH, Byun JY. Mucocele of the appendix: ultrasonographic and CT findings. Abdom Imaging 1998;23:292–296. 2. Pickhardt PJ, Levy AD, Rohrmann CA Jr, Kende AI. Primary neoplasms of the appendix: radiologic spectrum of disease with pathologic correlation. RadioGraph- ics 2003;23:645–662. 3. Misdraji J, Graeme-Cook FM. Miscellaneous conditions of the appendix. Semin Diagn Pathol 2004;21:151–163.
/ P-105 / AVALIAÇÃO DA BILE TUMEFACTA EM PACIENTES EM USO DE CEF- TRIAXONE. Passos RK; Queiroz Filho AL; Araujo MMM; Porto TCD; Bessa IU; Braga TC; Silva MG. Hospital Santo Antônio – Salvador, BA.
Introdução: A bile tumefacta (ou pseudocolelitíase) tem sido descrita em pacientes que fazem uso de ceftriaxone, uma cefalospo- rina parenteral de terceira geração, muito utilizada como antibiótico de escolha no tratamento de casos graves de infecções por Gram-nega-
tivos. Sua eliminação é predominantemente renal, porém cerca de 40% ocorre por via biliar, com concentração de até 150 vezes maior que a sérica, agindo portanto como indutor da precipitação de sais biliares na vesícula, sobretudo naqueles pacientes submetidos à infusão rápida da droga. O objetivo deste trabalho é descrever os principais achados ecográficos da bile tumefacta através de imagens adquiridas em pacien- tes internados em nossa instituição. Metodologia: Foram avaliados no serviço de radiologia deste hospital 40 pacientes em uso de ceftria- xone, no período de outubro de 2006 a abril de 2007. Resultados: Dos indivíduos avaliados, identificaram-se seis pacientes com bile tu- mefacta, dos quais cinco eram crianças com faixa etária de 3 a 9 anos. Os aspectos ecográficos encontrados foram: conteúdo hiperecogênico na vesícula biliar, depositados em sua parede posterior e móveis à mudança de decúbito, dispostos como aglomerados em forma de flo- cos e promotores de leve sombra acústica. Discussão: A litíase biliar é incomum na população pediátrica, sendo geralmente encontrada em prematuros submetidos à nutrição parenteral prolongada e em crianças com patologias crônicas, tais como fibrose cística, anemia he- molítica (anemia falciforme em nosso meio), doença de Crohn, doença de Wilson, entre outras. Bile tumefacta é um achado incidental na maioria dos pacientes, embora alguns possam apresentar desde dor abdominal inespecífica até dor localizada em hipocôndrio direito su- gestiva de cólica biliar. Pode ser identificada pela ecografia entre 4 a 22 dias após o início da terapia com ceftriaxone, desaparecendo entre 2 a 63 dias após sua suspensão. É de fundamental importância lem- brar desta condição em crianças que desenvolvem dor abdominal durante uso de ceftriaxone associado ao surgimento de “cálculos” bi- liares ao ultra-som, sobretudo por tratar-se de um fenômeno benigno e de resolução espontânea, evitando, portanto, procedimentos cirúrgi- cos desnecessários.
Fleury EFC; Fleury JCV; Roveda Junior D; Ferreira CAP; Arikawa RK. Santa Casa de São Paulo.
Objetivo: Apresentar os resultados obtidos da avaliação Dop- pler-fluxométrica das artérias penianas após farmacoindução no plano axial da base do pênis e correlacionar com os achados obtidos no plano longitudinal. Materiais e métodos: Foram avaliados 20 pacien- tes consecutivos submetidos ao estudo Doppler-fluxométrico para pes- quisa de disfunção erétil. O exame foi realizado antes e após a injeção intracavernosa de prostaglandina (Caverjet), com observação da res- posta medicamentosa por um período de 20 minutos. Foram obtidos os picos de velocidade sistólica e diastólica nos planos axial e longitu- dinal, sendo comparados os resultados. Foram considerados insufi- ciência arteriogênica quando o pico de velocidade sistólica foi inferior a 25cm/s e escape sanguíneo quando o pico de velocidade diastólico foi superior a 5cm/s. Discussão: Não foram observadas alterações significativas nos picos de velocidade sistólica e diastólica, bem como no padrão de onda obtida quando comparados os resultados nos pla- nos axial e longitudinal. No entanto, o plano axial permite avaliar de forma comparativa as artérias cavernosas, bem como a presença de anastomoses fisiológicas entre as artérias cavernosas e com as arté- rias dorsais. Outra vantagem é não haver necessidade de correção do ângulo Doppler, já que o eixo de estudo se apresenta perpendicular à emergência da artéria. O tempo de exame observado no plano axial foi menor do que no plano longitudinal. Conclusão: O estudo Doppler- fluxométrico do pênis no plano axial permite avaliar as artérias penia- nas com os mesmos resultados obtidos pelo plano longitudinal, permi- tindo ainda avaliar a presença de anastomoses fisiológicas e comparar as artérias no mesmo plano de estudo, com tempo de realização de exame reduzido.
Andrade MRL; Amaral CAC; Oliveira MLO; Colares CBO; Tonil OL; Dama- ceno MB. UFPA.
Descrição do propósito do estudo: A apendicite aguda é consi- derada a causa mais comum de abdome agudo não-traumático. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais freqüente na 2ª e 3ª décadas de vida. O diagnóstico é, basicamente, clínico e laboratorial, sendo os métodos radiológicos excelente ferramenta de auxílio ao diagnóstico, principalmente nos casos de apresentação clínica atípica; a ultra-so- nografia (US) aparece, nesse contexto, como método auxiliar de fácil acesso, baixo custo, alta sensibilidade e especificidade. Neste estudo os autores correlacionam achados ultra-sonográficos de apendicite aguda com a confirmação deste diagnóstico pela histopatologia. Ma- terial e método: Foram estudados 16 casos de US abdominais realiza- das no período de dezembro de 2005 a dezembro de 2006, em pa- cientes com dor abdominal difusa ou localizada na fossa ilíaca direita. Os exames de US foram realizados utilizando transdutor de 3,5MHz, inicialmente, e complementados com transdutor de 7,5MHz. Após pro- cedimento cirúrgico destes pacientes, as peças cirúrgicas foram envia- das para estudo histopatológico. Resultados: Os achados sonográfi- cos mais encontrados foram: apêndice não-compressível (87,5%), com diâmetro aumentado (75%), com lesão em alvo no plano transversal (50%), sinais de adenite mesentérica (18,75%), fluido heterogêneo ad- jacente (12,5%), fluido homogêneo, no trajeto ureteral distal direito na fossa ilíaca direita, sem visualização do apêndice (6,25%) e inconclu- sivo (6,25%). Os estudos histopatológicos confirmaram o processo in- flamatório em todos os casos avaliados sonograficamente, sendo en- contradas: hiperplasia linfóide sem atipias (18,75%), apendicite aguda (18,75%), apendicite gangrenosa (25%) e apendicite úlcero-flegmo- nosa (37,5%). Conclusões: Este estudo correlacionou os achados clínico-sonográficos, confirmando os diagnósticos sonográficos com resultados de estudos histopatologicos dos apêndices retirados pelo procedimento cirúrgico. Reiterando que a US é excelente método diag- nóstico de apendicite aguda, pelo seu baixo custo, alta sensibilidade e especificidade, rápida execução e por ser método não-invasivo.
/ P-108 / CORRELAÇÃO DOS ACHADOS ULTRA SONOGRÁFICOS E PATO- LÓGICOS EM 45 APÊNDICES OPERADOS COM DIAGNÓSTICO DE APENDICITE AGUDA. Regiani APSL; Oliveira GA; Lage L. Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória.
Objetivo: A técnica de exame e os sinais ecográficos da apendi- cite aguda são bem conhecidos. Contudo, os apêndices operados, vistos ao ultra-som (US), apresentam detalhes geralmente pouco va- lorizados ou não-investigados de forma sistemática. Este trabalho pre- tende comparar aspectos ultra-sonográficos com os observados na patologia. Materiais e métodos: Foram examinadas ao US 45 peças de apêndices operados no HINSG, no período de 1/11/2006 a 1/2/ 2007, com diagnóstico de apendicite aguda; os achados foram corre- lacionados com cortes macroscópicos e histológicos. Resultados: O diâmetro de cada apêndice examinado variou nas suas partes proxi- mal, média e distal; em todos os casos em alguma área foi maior do que 6mm. Dois apêndices estavam totalmente rotos, foram encontra- dos apendicolitos em 23 apêndices, sendo que múltiplos em 11 pe- ças. Em 10 casos a obstrução da luz foi causada por hiperplasia dos folículos linfóides. Em 41 casos o processo inflamatório determinou indefinição das camadas que constituem a parede do apêndice, sendo que em 21 casos esta indefinição estava restrita à mucosa, tanto no US quanto no corte histológico. A luz continha débris em 38 casos. Conclusão: Os critérios de um diâmetro superior a 6mm e presença
de 50 pacientes com o diagnóstico de hepatopatia crônica com hiper- tensão portal, encontramos dois casos com a síndrome de Cruveilhier- Baumgarten em que realizamos o estudo pelo Doppler-color, com o fluxo hepatopetal em todos os segmentos da veia porta e fluxo hepa- tofugal nas veias que deixam o fígado (veia paraumbilical no ligamento falciforme e nas veias da parede abdominal anterior). Pacientes e métodos: Foram avaliados, por ultra-sonografia com Doppler-color, pros- pectivamente, 50 pacientes com diagnóstico clínico de hepatopatia crônica e hipertensão portal. Encontramos dois casos com síndrome de Cruveilhier-Baumgarten. O aparelho utilizado de ultra-sonografia foi de marca Toshiba, modelo Power Vision 6000, com sondas de banda larga, multifreqüencial de 3MHz a 5MHz convexo, e 7MHz a 10MHz linear com Doppler-color. As documentações dos exames foram reali- zadas através de captura de imagens do sistema Sismed. Na síndrome de Cruveilhier-Baumgarten a importância dos dois ramos forma pro- porção inversa, sendo mais volumoso o tronco esquerdo, pelo fato de receber a maior quantidade do sangue portal, que ganhará a veia cava inferior por intermédio da veia umbilical. O ramo portal esquerdo apa- rece como a verdadeira continuação do tronco porta. Este fato é con- seqüência de passagem do grande volume do sangue porta pela veia umbilical, que tem origem no ramo portal esquerdo. Parece que a pre- sença da veia paraumbilical pérvia previne a formação de varizes eso- fagianas em pacientes com a síndrome de Cruveilhier-Baumgarten. Com o emprego de ultra-som com Doppler-color foi possível avaliar a presença e a direção do fluxo desta rota colateral porta-sistêmica, co- municando a veia paraumbilical da veia porta esquerda com as veias da parede abdominal anterior, que é caracterizada como “cabeça de medusa”. A síndrome clássica de Cruveilhier-Baumgarten caracteriza- se pelo fluxo hepatopetal em todos os segmentos da veia porta e fluxo hepatofugal nas veias que deixam o fígado (paraumbilical no ligamento falciforme e nas veias da parede abdominal anterior). Referências: 1. Pégot M. Tumeur variqueuse du système veineux et persistance de la veine umbilicale, développement des veines sous-cutaneés abdomi- nales. Bull Soc Anat Paris 1833;8:49–57. 2. Cruveilhier J. Maladie des veines. In: Anatominie pathologique générale. Vol. 2. Paris: Baillière, 1852;315p. 3. Von Baumgarten P. Ueber Vollstandiges of fenbleiben der vena umbilicalis: zugleich ein beitrag zur frage des morbus bantu. Arb Geb Pathol Anat Inst Tubingen 1907;6:93–110. 4. Lafortune M, Constantin A, Breton G, Legore AG, Lavoie P. The recanalized umbilical vein in portal hypertension. Amyth AJR 1985;144:549–553. 5. Su- bramanyam BR, Balthazar EJ, Madamba MR, Raghavendra BN, Horii SC, Lefleur R.S. Sonography of porto-systemic venous collaterals in portal hypertansion. Radiology 1983;146:161–166. 6. Yiengapruk- sawan A, Ganepola GAP, Freeman HP. Tendinous intersection as an unusual site for porta systemic anastomosis: an ultrasonographic ob- servation. J Clin Ultrasound 1987;15:265–268. 7. Janhke Jr EJ, Ma- jor MC, Palmer ED, Brick IB. The Cruveilhier-Baumgarten syndrome. A review and report of four cases: three treated by direct porto caval shunt. Ann Surg 1954;140:44–55. 8. Sousa RP. Subsídio ao estudo da sín- drome de Cruveilhier-Baurmgarten. A esplenoportagrafia transparietal. (Tese de Doutoramento da Técnica Operatória e Cirurgia Experimen- tal), 1961. 9. Morin C, Lafortune M, Pomier G, Robin M, Breton G. Patent paraumbilical vein: anatomic and hemodynamic variants and their clinical importance. Radiology 1992;185:253–256.
/ P-113 /
TUMOR DE CÉLULAS EPITELIAIS FUSIFORMES COM DIFERENCIA- ÇÃO SEMELHANTE AO TIMO. AVALIAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA, CITOPATOLÓGICA E HISTOPATOLÓGICA: RELATO DE UM CASO.
Bispo DDC; Fonseca Júnior LE; Maia Filho APM; Flores MP; Melo PTN; Bulhões FV. Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos – UFBA.
Introdução: Em 1991, Chan e Rosai(3)^ estabeleceram as bases morfológicas para o diagnóstico do tumor de células epiteliais fusifor-
mes com diferenciação semelhante ao timo (SETTLE). Desde então, apenas 17 casos de SETTLE foram relatados na literatura médica, de- monstrando, assim, a raridade deste tumor(1,2,4–8). Descrevemos um caso de SETTLE, enfatizando as suas características clínicas, ultra-so- nográficas, citopatológicas e histopatológicas. Relato de caso: Trata- se de um paciente do sexo masculino, sete anos de idade, com queixa de tumoração nodular, indolor, em região cervical esquerda. Ao exame físico, foi detectada uma tumoração cervical, em topografia correspon- dente ao lobo esquerdo da tireóide, com superfície lisa, de consistên- cia fibroelástica e móvel. Os níveis séricos dos hormônios tireoidianos estavam normais. O exame ultra-sonográfico revelou lesão nodular, de limites bem definidos, contornos lobulados, com ecotextura predomi- nantemente hipoecogênica, sem calcificações, medindo 4cm x 3cm x 2,5cm, indissociável do lobo esquerdo da tireóide e com extensão para o istmo (Figuras 1 e 2). Foi realizada citologia aspirativa com agulha fina, com diagnóstico de neoplasia fusiforme em tireóide (Figura 3). O paciente foi submetido a tireoidectomia total e o exame macroscó- pico revelou tumoração indissociável do lobo esquerdo da tireóide, com extensão para o istmo; o exame histopatológico revelou neoplasia fu- siforme cujas células apresentavam expressão para citoqueratina (Fi- guras 4, 5 e 6), estabelecendo-se o diagnóstico de SETTLE. Discus- são: O SETLLE acomete principalmente jovens do sexo masculino (média da primeira apresentação de 14,5 anos), com relação entre homens e mulheres de 1,6:1. Apresenta um crescimento indolente. Esta tu- moração origina-se de tecido tímico ectópico ou de remanescentes do ducto timo-faringiano. O diagnóstico pré-cirúrgico do SETTLE é difícil devido à ausência de sinais e sintomas clínicos típicos. Ao exame
Figura 2. Tumoração predominantemente hipoecogênica, de limites bem defi- nidos (corte longitudinal).
Figura 1. Tumoração lobulada, hipoecogênica, indissociável do lobo esquerdo da tireóide (corte transversal).
físico, apresenta-se como massa firme com superfície lisa, móvel, in- dissociável de um dos lobos da tireóide, sem evidências de linfonodos palpáveis. Ao exame ultra-sonográfico apresenta-se como um sólido bem circunscrito, com ecotextura heterogênea. Em todos os casos re- latados na literatura os pacientes eram eutireoidianos. O SETTLE é um tumor de baixo potencial de malignidade, com bom prognóstico a curto prazo, com metástases podendo ocorrer até muitos anos depois do diagnóstico (média, 11,4 anos; mediana, cinco anos), acometendo, pre- dominantemente, os pulmões e rins. Referências: 1. Xu B, Hirokawa M, Yoshimoto K, et al Spindle epithelial tumor with thymus-like Differen- tiation of the thyroid: a case report with a pathological and molecular genetics study. Human Pathol 2003;34:190–193. 2. Cheuk W, Jaco- bson AA, Chan JKC. Spindle epithelial tumor with thymus-like differen- tiation (SETTLE): a distinctive malignant thyroid neoplasm with signifi- cant metastatic potential. Modern Pathol 2000;13:1150–1155. 3. Chan JKC, Rosai J. Tumors of the neck showing thymic or related bran- chial pouch differentiation: a unifying concept. Human Pathol 1991;22:349–367. 4. Kirby PA, Ellison WA, Thomas PA. Spindle epi- thelial tumor with thymus-like differentiation of the thyroid with promi- nent mitotic activity and focal necrosis. Am J Surg Pathol 1999;23:712–
thymus-like differentiation: a case report and review of the literature. Otolaryngol Head Neck Surg 1999;120:603–606. 6. Raffel A, Cupisti K, Rees M, et al. Spindle epithelial tumor with thymus-like differenti- ation of the thyroid gland with widespread metastases in a 13-year-old girl. Clin Oncol 2003;15:490–495. 7. Chetty R, Goetsch S, Nayler S, Cooper K. Spindle epithelial tumor with thymus-like element (SETTLE): the predominantly monophasic variant. Histopathology 1998;33:71–
/ P-114 / IMPORTÂNCIA DA ULTRA-SONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO-ALCOÓLICA. Athayde LGM; Boente LA; Leal RA; Campos FDH; Soares DLD; D’Almeida FR; Araújo Neto C; Athayde ACM; Cotrim HP. Grupo de Estudos em Esteato-Hepatite Não-alcoólica; Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia; Image Memorial.
Propósito do estudo: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) está relacionada a múltiplos fatores e caracteriza-se por sua
Figura 3. Citologia aspirativa com agulha fina. Células fusiformes entrelaça- das.
Figura 6. Histopatologia. Imuno-histoquímica: positividade para citoqueratina.
Figura 4. Histopatologia. Tumoração indissociável do lobo esquerdo da tireóide.
Figura 5. Histopatologia. Tumoração constituída por células fusiformes dis- postas em feixes.